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História Contraditório - Demissão


Escrita por: MSabaku0206

Notas do Autor


Oi!

Boa leitura!

Capítulo 8 - Demissão


Fanfic / Fanfiction Contraditório - Demissão


- É sério? Não acredito. – a voz de Hinata soou surpreendida pelo lugar. Já haviam passado cinco dias desde o cio da ômega, que finalmente havia podido retornar às aulas, encontrando-se agora com o loiro em sua sala, ambos comendo seu lanche isolados de todo o resto dos alunos, que agora encontravam-se no refeitório, já que era intervalo.
- É verdade Hina-chan, estou lhe dizendo, estou tendo aulas de defesa pessoal. – repetiu o loiro, após engolir mais um pedaço de seu sanduíche.
- Não, não é isso o estranho. Acho muito bom que queira aprender Naruto-kun, o que me surpreende é quem é o professor.
- Por ele ser ômega? – a menor negou.
- Não. Conheço Sasuke-kun, já estudamos juntos uma vez, sempre estava sozinho em um canto, isolado de todos, é totalmente anti-social. Me intriga que aceite lhe dar aulas, já que, sejamos sinceros Naruto-kun, você não é a pessoa mais silenciosa e Sasuke-kun detesta gente barulhenta, ele mesmo o dizia, nas poucas vezes que falava. – explicou a ômega.
- Hm... talvez me ature pelo pagamento. – falou o loiro, tentando buscar uma explicação.
- E por que precisaria? Até onde sei a família dele tem dinheiro. Muito dinheiro.
- São ricos? – a menor negou.
- Mais que isso, o pai de Sasuke-kun é dono de um banco, Naruto-kun. Já ouviu falar no banco Uchiha, não? – o maior abriu os olhos como pratos, já que os donos de tal banco estavam na lista dentre as quinze pessoas mais ricas do mundo, possuíam filiais por todo o continente. Mas então... por que Sasuke havia aceitado lhe dar aulas?

 

(...)


- E então você bate com a perna na circulação da dele, assim... – demonstrou o moreno, o derrubando no chão – Entendeu?
- Eu... entendi. – pronunciou o loiro ofegante, levantando-se com dificuldade.
- Qual o problema, dobe? Não está concentrado. – perguntou o ômega incomodado, pois parecia falar com uma parede e ele odiava perder o tempo com algo que não trouxesse resultados.
- Estou concentrado. – defendeu-se o maior, Sasuke negou.
- Não, não está. Está com o olhar perdido e a cara mais tonta que o normal.
- Oie, não sou tonto. – o loiro cruzou os braços, com um bico nos lábios.
- Nunca disse que fosse... – sorriu de lado o menor – disse que sua cara era tonta, mas se a carapuça serviu... – deu de ombros, o mais velho o fulminou com o olhar, porém nada disse, a verdade era que a conversa com Hinata mais cedo ainda estava em sua mente e queria esclarecer suas dúvidas, mas... Sasuke lhe diria o que queria saber? Por isso, enquanto o via recolher suas coisas para ir embora, pois havia achado melhor acabar com a aula, pela falta de concentração do alfa, respirou fundo, decidindo por perguntar.
- Ei Sasuke... – o chamou, recebendo um “hm” como resposta – Por que aceitou me dar aulas?
- Por que pergunta dobe? Óbvio, foi pra ver sua cara bonita. – o rosto do loiro adquiriu um intenso tom vermelho e o ômega riu – Estou brincando, óbvio foi pelo pagamento. Achou o que? Que iria querer passar meus dias com um tonto por nada? – ouch... por algum motivo aquilo havia doído, ainda assim o alfa não deixou transparecer.
- Pois... eu também não me agrado de passar meus dias com uma maldita rúcula mal-humorada. – o menor sorriu de lado pela tonta expressão “maldita rúcula” usada pelo mais velho – Só que me deu curiosidade... me disseram que sua família tem dinheiro... por que precisaria me dar aulas? – pôde perceber que o corpo do moreno se tencionou após tais palavras.
- O que faço ou não, não te diz respeito dobe. – e colocando a mochila sobre seus ombros, deu as costas – Agora vamos embora... a aula acabou.

(...)

 

Os dias que se seguiram, Sasuke evitou ao alfa de todas as formas possíveis, não querendo voltar ao assunto de sua família e do porquê havia aceitado lhe dar aulas. Ao tocar o sinal, saía correndo em direção à saída, faltando também aos clubes, que tanto gostava, só queria se manter longe daquele loiro e de suas perguntas incômodas.

Começou a chegar mais cedo ao trabalho, preocupando a seu chefe, que mesmo não dissesse, lhe havia tomado carinho, quase como se fosse seu próprio filho, por isso quando ao final das duas semanas aquilo ocorreu, não sabia o que fazer.


- Lhe juro Orochimaru-san, não fiz nada, eu não sei como isso veio parar aí. – falou o ômega aflito, o dinheiro do caixa havia sumido e por isso todos os funcionários haviam sido revistados, ele por último e para sua desgraça e confusão, o dinheiro havia sido encontrado em sua mochila,
não entendia, ele não havia colocado isso aí.
- Sasuke... – o homem com olhos de cobra o nomeou, porém antes que pudesse dizer qualquer coisa, uma feminina voz o interrompeu.
- Deveria chamar a polícia Orochimaru-sama. – falou Tayuya, recebendo olhos assassinos por parte do acusado.
- Não se meta, isso não... – mas foi cortado por outra das funcionárias.
- Tayu tem razão. Esse ômega é um ladrão, deve ser preso, sabe lá quantas vezes não nos roubou sem que percebêssemos. – Kin apoiou a amiga, acusando ao mais novo que negou, nunca havia pego uma bala de ninguém sem consentimento.
- Agora que me lembro, desapareceu um dinheiro seu na semana passada, não foi Kabuto? – perguntou Zaku em acusação ao integrante mais jovem da cafeteria, o acinzentado em resposta sorriu de lado.
- Sim, tive que voltar a pé para casa, tarde da noite. – fez drama o de óculos, mesmo o que dizia era mentira, já que a verdade era que havia gastado mais além do que deveria em um bar, com um alfa que havia conhecido lá mesmo. Sasuke negou com a cabeça.
- Isso é mentira, nunca roubei nada. Tem que acreditar em mim, Orochimaru-san, estão querendo me prejudicar, sabe que me odeiam...
- Falemos em meu escritório, Sasuke. – e sem dar oportunidade de protesto, o dono da cafeteria dirigiu-se à sua sala, sem olhar para trás. Com um suspiro, o ômega girou-se, tendo como sua última visão o sorriso irônico do ômega acinzentado.

(...)


- Tem que acreditar em mim, Orochimaru-san, nunca roubei, nem roubaria nada, muito menos de você. – falou nervoso o Uchiha, o maior sorriu.
- Sei disso Sasuke-kun, te conheço, conheço a todos que trabalham aqui e sei muito bem que alguém armou pra você. – os negros olhos se iluminaram.
- De verdade? – perguntou, sentindo um nó se formar em sua garganta, o mais velho assentiu.
- Sim, meu menino. – um sorriso surgiu na face do pequeno, este que foi desaparecendo à medida que o outro continuou – Mas infelizmente não posso fazer nada por você, Sasuke. Eu queria te ajudar, de verdade, mas... Jiraya já ficou sabendo do “roubo” – fez aspas com os dedos – e me mandou lhe demitir, caso contrário... caso contrário ele irá fechar a cafeteria. – a boca do menor entreabriu em surpresa, se bem Orochimaru era o dono, o qual dirigia o estabelecimento, ele, por ser ômega, não podia ter nada em seu nome, por isso o local estava no nome de Jiraya, seu alfa – Eu sinto muito Sasuke, mas se não te demitir terei que fechar.
- Eu entendo... – o moreno abaixou a cabeça, sentia-se injustiçado, é claro, mas também não queria prejudicar seu chefe, nem os funcionários com os quais se dava, porque sim, nem todos o odiavam, mesmo a maioria o fazia, por ser o preferido do chefe.
- Eu sinto muito, não posso fazer nada, mas... se precisar de alguma coisa, qualquer coisa... – e seus olhos encheram-se d’água ao ver a expressão tão doída do menino o qual já considerava como seu filhote, por isso aproximou-se dele com cautela, o trazendo ao seu peito, em um abraço, afagando seus cabelos – Meu menino precioso, queria poder fazer alguma coisa... – e pela primeira vez em meses, o menor permitiu-se ser fraco e dominar-se pelas emoções, deixando uma única lágrima escapar de seus olhos, ao sentir tão cálido abraço, que há muito tempo necessitava.

(...)


- Não acredito que vai mesmo embora... vamos sentir sua falta. – a ômega azulada falou com a voz quebrada, já havia se afeiçoado tanto ao pequeno garoto, que quase o sentia como seu pequeno irmãozinho – Isso é tão injusto, se pudesse me demitia também, como protesto. – o moreno sorriu, tocado pelas palavras.
- Obrigado Guren, mas deve ficar, tem que cuidar de Yukimaru. – respondeu, se referindo ao pequeno menino de sete anos, filho da azulada, que era mãe solteira e tinha ao emprego na cafeteria como única forma de sustento, para cuidar de seu filhote.
- Ele ficará triste quando souber. – pegou nas mãos dela, com um sorriso tímido.
- Diga a ele que irei o visitar e iremos brincar uma tarde inteira. – a mulher assentiu, e com um último abraço, se despediu. Logo o ômega se girou ao outro, que estava ao lado – Acho que você ainda irei ver mais seguido.
- Sim. – sorriu – Nos vemos Sasuke.
- Nos vemos Kimimaro. – e abraçando ao namorado de seu amigo alaranjado, se despediu também, posicionando-se novamente à frente do dono do lugar – Orochimaru-san...
- Não fale nada, Sasuke. – pediu, lhe entregando um envelope – É o seu pagamento.
- Mas... – tentou dizer algo, pois sabia que Jiraya havia proibido seu esposo de pagar os dias trabalhados ao “ladrão”, o maior o cortou.
- Nem pense em recusar.
- Mas Jiraya-san... – novamente foi interrompido.
- Ele não ficará sabendo, tirei isso das minhas economias secretas. Aceite Sasuke. – e sentindo novamente sua garganta se fechar e seus olhos arderem, o menor assentiu, abraçando uma última vez ao homem de cabelos longos, que lhe deixou um último beijo na teste – Se cuide filhote e não se esqueça... sempre estarei aqui para quando precisar.

(...)

 

Ao chegar em casa naquele dia, o alfa viu a seu ômega incomodado, colocando o jantar na mesa com as sobrancelhas franzidas em irritação, seus passos duros e seu semblante bravo e já sabendo o que ocorria, tentou ignorar, aproximando-se para dar-lhe um beijo, sendo abruptamente recusado.


- Orochimaru... – nomeou-o, recebendo um olhar assassino em sua direção.
- Seu jantar está servido. – falou o irritado ômega.
- Não vai comer? – perguntou, ao vê-lo afastar-se.
- Não tenho fome. – o alfa suspirou.
- Deve se alimentar, o filhote... – antes que pudesse continuar, o moreno o cortou.
- Meu filhote está bem... – destacou a primeira palavra – ao contrário do que você me obrigou mandar embora.
- Era um maldito ladrão, pela Deusa. – reclamou o alfa albino, recebendo pela primeira vez em seu matrimônio a mão pesada do menor em seu rosto, em um tapa, que o fez abrir os olhos em surpresa.
- Não fale do meu filhote. Não sabe o que está dizendo. – exclamou bravo, o alfa aproximou-se ameaçador, segurando com força em seu braço.
- Nunca mais toque dessa forma em seu alfa, entendeu... ômega? – usou a voz de comando, o fazendo encolher inconscientemente, mesmo seus olhos continuavam ferozes como nunca.
- Sim... alfa. – e com passos duros saiu em direção ao quarto, deixando ao maior suspirando pesado pelo acontecido, nunca haviam brigado tão feio antes e por isso sobressaltou-se quando ouviu barulhos na sala, seus olhos saltando ao ir ver o que ocorria.
- O que...
- Até que meu filhote volte, você irá dormir na sala... alfa. – a passos pesados voltou ao quarto, batendo a porta na cara do maior, que a percebeu trancada e que bufou ao ouvir o grito contrário – BOA NOITE, ALFA!
- ABRA ESSA PORTA OROCHIMARU! NÃO SEJA ESTÚPIDO! SOU SEU ALFA, ESTOU MANDANDO! – gritou, sem sucesso, bufando ao final, não entendia como um maldito ladrão podia ser mais importante para seu esposo que ele, seu alfa, o pai do filhote que esperava. Frustrado, girou-se novamente à sala, atirando-se no sofá, não mudaria de ideia, esse maldito ladrão não voltaria a seu estabelecimento, ainda que o coração de seu ômega o houvesse adotado como seu filhote.
 


Notas Finais


Continua...


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