1. Spirit Fanfics >
  2. Contrato selado >
  3. "Prova de fogo"

História Contrato selado - "Prova de fogo"


Escrita por: umaentremuitas

Notas do Autor


Boa leitura

Capítulo 7 - "Prova de fogo"


Acordo 6:30 AM com o maldito do meu despertador. Ótimo, estou atrasada. Não poderia me atrasar hoje, Alexandre viria me buscar para irmos a faculdade juntos. Na certa ele achará que me atrasei de propósito. Já que o passatempo favorito dele é me irritar.

Levanto num salto, correndo contra o tempo. Tomo um banho rápido coloco uma roupa qualquer e desço as escadas de casa feito bala. Bato em alguma coisa que não sei muito bem o que é e acabo caindo de barriga no chão.

- Caralho! - falo sozinha. - Ai! - levanto um tanto desorientada, alisando com cautela a roupa pouco amassada.

Estranhei o fato da minha mãe não estar por ali, ela sempre me recepcionava de manhã. Ah, o que eu estou fazendo? Não tenho tempo para pensar nisso agora, estou mais que atrasada. A buzina de um carro começa a ecoar, tenho certeza que é Alexandre. Apenas reviro os olhos, dizer que ele é irritante já tá virando meu mantra favorito.

- Caralho Giovanna, você demorou! - falou impaciente. - Que aconteceu com você? - me analisa da cabeça aos pés, tombando a mesma para o lado.

- Comigo? Nada. Por que? - faço o mesmo que ele, me analiso da cabeça aos pés.

- Ah..hã..deixa pra lá, estamos atrasados! - coçou a sobrancelha, entrando no carro sem abrir a porta pra mim, típico troglodita que ele é. 

...

E aqui estávamos nos, dentro do carro com as respirações ofegantes, mais pareciamos ter corrido uma maratona. Criando coragem para sair e encarar a todos. Alexandre me olha, percebi isso pelo canto dos olhos. Ele estava tão nervoso quanto eu.

- Precisamos ir! - ele quebra o silêncio. Apenas faço que sim com a cabeça, eu não queria falar nada. Precisava poupar a minha voz o máximo possível, não quero que ela falhe caso eu precise dar uma explicação muito longa. - Segura a minha mão e sorria! - engulo em seco. Pousar de casalzinho com ele não vai ser uma coisa fácil.

Ele então desce do carro, dando a volta no mesmo, pairando na porta carona. Se eu estava respirando? Esqueci como se faz isso quando ele abre vagarosamente a porta. Alexandre estende a mão para mim, e eu paraliso. Bem que meu subconsciente me avisou que aquilo não era uma boa ideia. 

- Porra, vem logo.. - sussurrou entre os dentes, a mão ainda estendida em minha direção. - Antonelli, vem logo! - resmungou, e pelo tom estava começando a se irritar. - Cê não vai me deixar na mão, né?

Olho para a mão dele, mordendo os lábios indecisa. "EU TE AVISEI, DEMÔNIA" meu subconsciente debocha, tenho a sensação que ele fará isso sempre que tiver a oportunidade.

- Giovanna, não faz isso! - ele forçou um sorriso, na certa tentando esconder a raiva dos olhares curiosos que nos cercavam. - Me dá a sua mão!

Por que tinha que ser sempre assim? Era só ele aparecer na faculdade com alguém que ficava um monte de urubu tentando descobrir quem era a conquista da vez.

Respiro fundo 1,3,2 vezes.. quer dizer 1,2,3 vezes. Estou tão atordoada que até raciocinar estava difícil. Lentamente levanto a mão direita que estava pousada em uma de minhas coxas, segurando com certa relutância a mão esquerda dele. Gélida, sua mão está gélida. Gélida e suada. Aaain que nojo.

- Sua mão tá suada! - eu sussurro quando finalmente saio do carro, um sorriso forçadíssimo nos lábios.

- Você quer me matar do coração? - sussurra de volta, com o mesmo sorriso ensaiado que o meu.

- Meu Deus, tá todo mundo olhando pra gente! - abaixo minha cabeça, certeza que estou corada. Lentamente ele levanta meu rosto, segurando com o indicador meu queixo. - Que cê tá fazendo? - arregalo os olhos quando ele deposita um beijo casto em minha bochecha.

- Atuando! - sussurrou em meu ouvido, cheirando meus cabelos em seguida. - É pra isso que eu estudo, esqueceu?

Mesmo o conhecendo a tanto tempo, esse foi o nosso primeiro contato "carinhoso". As pessoas nos olhavam, na certa surpresas. Qual é o problema desse povo? Eles não tem vida própria?

- Podemos ir? - fiz que sim, ele então entrelaça seus dedos aos meus com certa pressão.

- Seja o que Deus quiser! - minhas pernas? Eu mal sei como elas estão se locomovendo, estavam trêmulas, moles. Preciso me esforçar ao máximo para não cair de joelhos ali mesmo. Nós dois juntos chamávamos atenção, mais pareciamos estar andando nus.  

A cada passa dado era um sussurro indignado das pessoas que ali estavam. Era notório que viramos pauta para todos ali presentes, e isso me incomodava um pouco. Quer saber? Foda-se o que vão pensar, quem está passando a maior prova de fogo sou eu. Estou pouco me fodendo pra opiniões alheias. Saímos daquele maldito estacionamento devagar, Alexandre mais parecia estar me exibindo feito um troféu.

"Todos aí estão pensando que ele te fodeu a noite inteira" inconsistente filha da puta "Caí na real Giovanna, ele não te pagaria 50 mil só pra segurar a sua mão".

- Que isso? - Amora atrapalha a maldade do meu querido subconsciente. Rapidamente solto a mão de Alexandre, ele me olha com reprovação no semblante. - Que porra é essa? Tô sonhando?

Meu coração mais parece escola de samba minutos antes de entrar na avenida. Eu estou muito mais nervosa agora. Passo uma das mãos na testa para ter certeza do óbvio, eu estou mesmo suada. 


Notas Finais


Vocês querem beijo? Vocês querem o teatrinho logo? COMENTEM O QUE QUEREM


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...