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História Copy Girl - Elevator


Escrita por: DarthUnicorn10

Capítulo 10 - Elevator


Fanfic / Fanfiction Copy Girl - Elevator

-Desculpe, eu só estou um pouco pensativa. - falei para Lucy, filha da Maria,  que as vezes ficava com a mãe. Ela era como uma irmã.

   - o que é isto no seu pescoço? - Ela perguntou apontando e depois tampando um sorriso com a mão- isso é um chupão!

    Meus olhos se arregalaram, me levantei de imediato do sofá e corri até o espelho, que ficava em cima da bandeja de bebidas do meu pai, tomando um susto quando vi uma marca vermelha um tanto arroxeada no meu pescoço.

    -Ow, o seu namorado sabe o que faz. Qual é o nome dele mesmo? Ah é. .. Ian. Acertei?- cerrei os olhos para ela que ergueu os braços em rendição, gargalhando alto. - desculpe.

  Suspirei olhando para meu reflexo e subi  um pouco o sweater tentando esconder aquela marca, mas falhando.  Corei por perceber que nem tinha notado quando o Ian havia feito isso em mim. Aquele idiota...

    - Sua mãe disse para você encontra-la no hospital, parece que ela quer sair com você,  ou algo assim.- Maria apareceu descendo as escadas com o koll em seus braços.

    -Tudo bem, eu vou apenas ligar para o hospital infantil. Hoje é sexta, e eu sempre ligo para a Jô. - Maria concordou,  enquanto eu subia os degraus rapidamente a fim de chegar em meu quarto e telefonar de uma vez.

    Jô era fundadora do hospital e uma grande amiga minha. Acreditou em mim desde o início quando disse que salvaria aquele hospital e as crianças.

    Peguei meu celular e disquei rapidamente, sendo atendida no segundo toque.

    -Jô!- saldei,  ouvindo  sua risada do outro lado.

   - Sempre animada, pequena Nina. - murmurou para mim. Ela era uma senhora de cabelos castanhos escuro e provavelmente já foi muito bonita quando era mais jovem. Não que ela seja feia, longe disso, sua simpatia encanta qualquer pessoa.

   - Eu liguei para saber como vão as coisas,  prometo que domingo eu irei visitar as crianças. - sorri para o nada, ouvindo ela se animar.

   - Oh,  Mike e as outras crianças estão sentindo falta de você,  e da Candice também.

   - Diga  ao Mike,  que irei levar um presente para meu garotinho. Sobre as doações eu...- tentei dizer, mas Jô me cortou

   - Antes de qualquer coisa,  sua mãe me contou que você está namorando! - tentei conter um suspiro, enquanto podia ter certeza que ela pulava de alegria.

   -Você falou com minha mãe? - perguntei curiosa.

   - Ela quem me ligou,  querida. - me sentei na minha cama mordendo a pontinha do meu dedo mindinho- ela estava um pouco preocupada com você,  mas deve ser briga de casal, não é?

  Isso não é importante,  Jô...

  - Ela só disse isso mesmo? - insisti
  
  - Me chamou para jantar em sua casa, próxima terça.  Por que querida?  Aconteceu algo?

  - Não!  - Disse rapidamente - Eu só pensei que vocês estariam... eu não sei,  pensando em deixar outra pessoa mais capacitada assumir o meu lugar.

  - Oh, querida não pense isso! - falou alto- Eu e sua mãe,  temos tanto orgulho de você.  Fique tranquila,  você é capacitada o suficiente e sei que vai conseguir.

   Mordi os lábios comprimindo um sorriso.

  - Jô, muito obrigado por confiar em mim, prometo não desapontar.

  - Não vai, pequena Neens.

   Depois de passar alguns detalhes a Jô,  eu tomei um banho e vesti meu sweater favorito, com um gatinho que tinha uma tiara de flores em sua cabeça,  ele era preto e branco além de ser confortável.  Arrumei meus cabelos fazendo cachos e os deixando solto,  eu gostava dele amarrado, mas hoje eu iria sair com a mamãe e gostava de agrada-la.

    -Seu pai já chegou,  está lá no escritório- Lucy disse e eu sorri concordando.

   -Diga a ele que eu fui encontrar a mamãe no hospital. - acenei para ela, vendo o táxi que eu havia chamado, parar em frente da minha casa.

   No caminho,  quando vi alguns caras muito parecidos com aqueles que o Ian temia, me lembrei que deveria contar a Candice sobre o Joseph usar drogas.

   Eu sei que isso não é da minha conta e também não quero ver Candy infeliz com o Joseph, mas é minha obrigação de amiga. Mandei uma mensagem rapidamente para  a Candice, perguntando se ela poderia almoçar comigo amanhã,  e ela, felizmente, concordou.  Eu contaria de qualquer jeito.

  Logo  que cheguei ao hospital, a recepcionista que atendia um idoso, me reconheceu e me deu um pequeno crachá para que eu pudesse ir ver a mamãe onde quer que ela esteja. Laura, uma das enfermeiras chefes, apontou minha mãe  e eu sorri ao ver ela  apressada pelos corredores, segurando uma prancheta marrom.

  -Mãe! - a chamei e a mesma sorriu grande para mim,  apontando para uma sala onde ela entrava.

Eu vi uma pessoa familiar sentada numa maca com o braço machucado e contorcendo os lábios enquanto minha mãe avaliava seu ferimento. Eu fiquei surpresa ao ver que a mulher era a mãe do Ian.

  Seus olhos azuis se iluminaram ao me ver.

  -Oi - ela disse para mim e apontando logo em seguida- é sua filha? - perguntou a minha mãe que assentiu sorridente.

  - somos idênticas,  não é?  - mamãe perguntou e eu olhei para a prancheta. - Edna Somerhalder?

   Meu corpo pareceu congelar,  e eu apontei rapidamente para fora, tentando arrumar alguma desculpa para beber água ou ir ao banheiro. Eu estava tão desesperada.

   Se minha mãe descobrir que aquela é a mãe do Ian,  eu estou ferrada!

  Eu seria pega em uma mentira!

  E eu odeio mentiras!

  Um corpo sentado em um dos assentos de espera me chamou a atenção,  principalmente pelo cabelo bagunçado. Seu rosto estava até bem escondido pelo grosso moletom preto,  mas claramente, eu o reconheci.

  Me sentei ao seu lado, vendo ele, aliás,  o Ian me olhar rapidamente, arregalando os olhos e tampando o rosto, enquanto sussurrava/gritava comigo.

  - Que porra está fazendo aqui? !- perguntou um tanto irritado,  e eu apontei para o grande quadro onde tinha a foto dos meus pais.

  - Esse hospital é dos meus pais se ainda não percebeu. - disse me irritando,  já que a conversa do jantar passado foi basicamente sobre a profissão deles, mas o Ian sequer deve ter prestado atenção.

  - Eu sei disso,  mas por acaso você virou uma enfermeira? - falou arrogante,  e eu prendi o ar, inalando minhas bochechas.

  - Eu estava com minha mãe agora pouco, e ela estava conversando com a sua. - vi seus olhos se arregalarem e sua mão esquecer de tampar o rosto.

-Mas que droga! faça alguma coisa.- disse já se levantando,  e eu o vi ainda tentando se esconder- sua mãe não pode saber. Droga de dia!

  Ian parecia mais irritado,  enquanto desbloqueava o celular.

  - Eu é quem digo isso, se minha mãe descobrir que estou mentindo,  ela ficará tão decepcionada comigo. - meu coração pareceu se afundar cada vez mais quando eu pensava nisso.

  - E quem se importa?! Minha mãe está prestes a abrir sua grande boca e acabar com tudo, já imaginou a humilhação que eu vou passar? - perguntou entredentes,  eu me espantei pela sua relação, impressionada com sua frieza.

  - Você é tão fútil Ian- passei por ele indo em direção onde nossas mães se encontravam, deixando o Ian e sua idiotice para trás.

Quando cheguei,  Edna já estava com o braço enfaixado,  e minha mãe mostrava um porta-retrato com a foto da nossa família para a mulher bonita,  porém de aparência cansada.

  - E essa daqui é a minha filha Nina, você já conheceu,  é claro.- mostrou e sorriu ao me ver entrar.

-Eu tenho um casal. - Edna disse para minha mãe,  que concordava sorridente. - Mas minha filha mais velha,  sempre morou com os avós,  então nos vemos bem pouco. Eu nunca tive condições de criar meus filhos e hoje em dia,  é que consigo manter tudo em ordem.

  Senti um nó se formar em minha garganta. Como o Ian pode ter vergonha desse ser humano tão gentil?

  - Você é uma grande mulher,  Edna. - mamãe a elogiou e logo olhou para o relógio- Eu preciso ir, fique aqui até uma enfermeira aparecer e lhe passar alguns remédios por acaso você sinta dor.  Adorei te conhecer.

   Mamãe deu um pequeno abraço em Edna e tocou em meu ombro, passando por mim.

  -Mais uns vinte minutos e eu vou poder sair. - murmurou para mim e saiu porta a fora ouvindo seu nome sendo chamado pelo alto falante.

  - Você é amiga do Ian, não é? - Edna perguntou um pouco menos sorridente,  e eu assenti.  - Ele foi embora?  Porque eu sei que ele não gosta muito de aparecer... comigo.

  Meu peito pareceu se espremer, e eu sentei ao seu lado, sorrindo de leve.

-Ele ainda está aqui, mas se ele tiver ido,  você pode sair para jantar conosco.- ofereci, mas ela negou.

  - Muito obrigado,  mas eu tenho que trabalhar ainda hoje.- olhei espantada para ela que apenas encolheu os ombros.

  - Mas você não pegou atestado?

  - Eu peguei,  mas ainda assim,  não sei se posso me dar ao luxo de perder esse emprego, tenho contas para pagar. - concordei com a cabeça,  e sorri carinhosa para ela.

  - Mas é melhor a senhora repousar. Se fizer esforço agora, provavelmente vai se ferir mais,  o que vai piorar e te deixar mais tempo sem trabalhar. - expliquei,  e ela balançou a cabeça.

  - Você deve ter razão,  e também são só alguns dias. - disse, e eu tratei de me despedir após ver uma das enfermeiras entrar.

  -Até mais, Nina- Edna me deu um tainha na bochecha com a mão livre, e eu acenei para ela sorrindo.

Encontrei o Ian sentado no mesmo local, só que agora  falando no celular e desligando rapidamente quando me viu,  correndo apressado até mim

  - O que ela disse? - perguntou um tanto desesperado, e eu revirei os olhos.  Ian me fazia ter essa vontade cada vez que abria a boca para falar.
  - Você deveria se orgulhar da sua mãe.  - falei e ele me ignorou sentando-se novamente no banco - Você não sabe o quanto ela é maravilhosa.

  Agora foi a vez dele revirar os olhos para mim.

  - Quer trocar então? Você me dá os pais milionários e eu te dou a família pobre e destruída,  que tal?

  Suspirei desistindo de discutir com o Ian,  ele teria que enxergar sozinho que está se tornando uma pessoa ruim. Eu não tinha absolutamente nada a ver com isso.

  - Filha, eu preciso que você pegue o meu casaco... Oi,  Ian!- minha mãe gritou animada, e pude sentir o Ian endurecer ao meu lado. Meus olhos correram para o corredor tendo certeza que Edna ainda estava na enfermaria.

  - Senhora Dobrev - falou sorridente,  e eu quis esgana-lo por ser tão falso com minha mãe.

  - Que isso,  querido, pode me chamar de Michaela. - ela sorriu grande, e por um segundo pensei que o Ian havia esquecido o nome dela.

  - Eu já estava de saída...- Ian disse apontando para o elevador, e meus olhos se arregalaram, já que ele provavelmente iria embora sem Edna.

  - Então desça com ele, Nina. Pegue meu casaco no carro,que eu logo irei  sair. - Ela me estendeu as chaves,  e eu olhei para o Ian,  suplicando para que ele não deixasse sua mãe sozinha.

  - Vamos. - Ele me puxou pela cintura,  e meus olhos ainda não desgrudavam do corredor.

   (Ian POV)

Ela parecia relutante em me seguir até o elevador, falando com sua voz irritante coisas irritantes que me irritava.

  - Da para calar a boca?!- pedi apertando o botão para descer e escutando ela bufar atrás de mim dentro do grande elevador espelhado.

  -Você vai deixar sua mãe aqui?- ela disse alto e um tanto brava- Eu não posso acreditar que está fazendo isso...

  - Mas que droga! - Me virei para ela, a vendo se encolher rapidamente - Dá para parar de cuidar da minha vida?

  - Mas ela é sua mãe! 

  - Cala a boca! - gritei novamente,  e ela estufou o peito pela primeira vez.

  - Pare de me mandar calar a boca! - gritou para mim, e eu revirei os olhos.

  O elevador parou rapidamente lançando Nina em meu peito, que soltou um pequeno grito quando viu que havíamos parado.

  - Mas que porra!- comecei a apertar todos os botões rapidamente, vendo ela bater na porta achando que tinha alguém.

  - Nós estamos trancados no meio do caminho, pare de ser uma idiota e ficar batendo na porta. - puxei seu ombro,  recebendo um tapa rapidamente.

  - Não toque em mim! - Gritou brava, e eu sorri vendo a marca em seu pescoço.

  - Não foi isso que você disse enquanto gemia manhosa, sentindo meus dentes morderem seu pescoço. - ela arregalou os olhos e empurrou meu peito - Quer outra marquinha dessas, Neens?

  - Você é um idiota! - ela me deu mais um empurrão no peito enquanto eu continuava sorrindo - Um tremendo idiota que...

  A calei rapidamente, prensando seu  corpo em uma das paredes espelhadas do elevador e sentindo seu corpo relutante se arrepiar com meu toque.

  - Eu sei que você quer...- sussurrei em seu ouvido, a ouvindo arfar rapidamente.

  Puxei seu queixo para cima, e colei nossos lábios com força, sentindo a relutância da Nina em me deixar explorar sua boca novamente. Levei minhas mãos à sua cintura,  impulsionando seu corpo no meu e a fazendo levantar do chão e entrelaçar suas pernas em mim.

  Beijei sua boca com vontade e até um tanto grosseiro, tirando gemidos doloridos dela, enquanto puxava seu lábio inferior com os dentes, apertando sua cintura com força e a prendendo contra parede, tentando possui-la cada vez mais.

   Nina tinha um gosto indescritível,  suas mãos que puxavam meus cabelos,  estavam me deixando a loucura, principalmente quando ela tomou coragem e puxou meus cabelos para trás, rompendo o beijo e descendo sua deliciosa boca pelo meu pescoço.

  Tirei uma das minhas mãos de sua cintura e corri para meu zíper,  abaixando-o rapidamente e abrindo os botões.  Senti ela congelar no meu colo e abrir os olhos assustados.

  - o que?! Me solta!- gritou praticamente caindo do meu colo com os lábios vermelhos e com a expressão assustada - Eu não acredito que você... Você achou que íamos...

  - Ah,  qual é,  Nikolina?  É só uma foda. - falei irritado,  vendo ela boquiaberta.  Ela era a virgem mais difícil que eu já vi.  - Vamos lá.  Nós temos o elevador todinho para nos dois.

  Ri da sua expressão que ainda parecia desacreditada, senti meu membro pulsar só de imaginar em foder ela agora.

  - Eu não sou essas garotas que você usa, Ian! - seu grito foi cortante, me fazendo parar de sorrir e encarar seu rosto sério - Pare de me tratar como uma vadia! Eu não sou assim ! Pare de achar que eu sou fácil e que isso não tem valor algum para mim! Porque tem!

  - Pare de drama...- comecei,  mas ela apontou o dedo para mim, já com lágrimas nos olhos.

  - Não ouse tocar em mim novamente! - gritou, e eu a puxei pela cintura,  sorrindo cafajeste quando o elevador começou a andar

  - Agora podemos foder em movimento. - falei, e logo em seguida, um estalo foi ouvido. Meu rosto se virou com o tapa que ela havia me dado, e eu olhei incrédulo para a garota de bochechas coradas e lágrimas escorrendo.

  - Você me da nojo,  Somerhalder! - gritou em prantos e saiu rapidamente quando as portas do elevador se abriram, mostrando o estacionamento vazio,  enquanto eu segurava minha bochecha dolorida.

   Meus olhos se arregalaram quando ela gritou novamente.

  - Esqueça nosso trato, a esqueça nossa mentira! Eu nunca mais quero te ver em minha frente!

  Ela saiu correndo pelo estacionamento,  enquanto as portas voltavam a se fechar.



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