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História Copy Girl - Hospital


Escrita por: DarthUnicorn10

Capítulo 21 - Hospital


Fanfic / Fanfiction Copy Girl - Hospital

O caminho para o hospital foi muito cansativo.

E quando eu digo muito, eu digo muitíssimo mesmo.

Ian e Candice discutiram o caminho todo, e na minha opinião, Candice havia ganhado essa confiança toda com o Joseph. Antigamente ela não aumentava o tom de voz nem para o próprio reflexo, e agora, Ian e ela estavam aos berros dentro do carro.

E eu sempre odiei gritos.

- Eu já mandei você ficar quieto, eu não vou abrir o vidro traseiro! - Candice se irritou novamente, e eu me encolhi mais no banco tentando esconder meu rosto em meio ao sweater azul. A cor preferida do Mike.

- Mas eu quero ar! - Ian rebateu, apertando o botão ao seu lado e fazendo o vidro abrir novamente.

- Eu já disse que não! - Candice gritou, e apertou para erguer o vidro, no mesmo momento em que Ian apertou para que ele descesse.

E eles ficaram assim, brigando por uma janela fechada ou não.

- Droga! - Ian começou a apertar o botão com força, e Candice fazer o mesmo quando viu que o vidro havia parado na metade do caminho.

- Viu o que você fez! - Candic estava enfurecida - Você quebrou o meu carro!

- Ah, cale a boca! Isso é tudo culpa sua - Os dois continuaram discutindo e eu bufei para mim mesmo, olhando para fora e ignorando a discussão.

- E o pior é que você nem dinheiro para arrumar tem! - Meus olhos se arregalaram para o minha amiga, e antes que Ian dissesse qualquer coisa eu apontei um dedo para ela.

- Peça desculpas agora! - Exigi - Os dois!

Candice me olhou envergonhada e Ian franziu o cenho, cruzando os braços logo em seguida.

- Eu não vou pedir desculpas - ele retrucou, colocando a mão para fora do vidro entreaberto - Eu queria apenas ar.

- Candice - Pedi e a mesma revirou os olhos - Por favor...

- Okay - ela resmungou - Desculpa.

Ian continuou olhando para sua mão do lado de fora.

- Ian... - O chamei baixinho, e o mesmo respirou fundo - Não doí pedir desculpas.

- Eu prefiro levar um tiro - Ele disse como uma criança emburrada.

Candice prestava atenção no trânsito quando eu me arrumei melhor no banco, olhando para Ian que tinha uma cara amarrada. Os lábios rosados formando um biquinho.

- Ian, pedir desculpas te faz melhor, sabia? - O chamei, ganhando sua atenção - Como minha mãe diz, só os fortes assumem os próprios erros.

- Eu sou forte - Candice cantarolou, e Ian rolou os olhos.

- Desculpa por quebrar seu carro - Ian resmungou - Eu vou dar um jeito de pagar.

Cutuquei Candice, vendo que ela não havia dado nenhuma resposta.

- Não precisa - Candice me encarou enquanto falava - Eu também fui o culpada por isso, deixa pra lá.

Sorri vitoriosa, e Ian me mandou um beijinho discretamente. Vi que Candice observou o ato pelo retrovisor, mas continuou calada.

- Ian - O chamei logo que estacionamos no hospital - Eu queria lhe pedir para não fazer nenhum comentário maldoso ou algo do tipo... Não que eu ache que você vá fazer...

- Eu acho - Candice resmungou.

Ian a encarou e eu me inclinei mais para o banco traseiro.

- Eu só digo que elas são crianças diferentes, sabe? Elas estão bem fraquinhas pela quimioterapia e algumas bem tristes. Eu gosto de vir aqui com Candice para contar historias e brincar com elas, mesmo que algumas estejam de cama. Só por favor, de uma chance para gostar delas como nós gostamos. Essas crianças são fantásticas!

Candice sorriu para mim e eu voltei a encarar Ian, que concordou com a cabeça.

- Eu quis vir, Nina - Ele murmurou, piscando um dos olhos azuis para mim - Fique tranquila.

Suspirei aliviada, e ouvi Candice bufar abrindo a porta.

- Vamos lá! - Disse um pouco animada demais. Afinal, eu amava essas crianças.

Entramos no hospital e fomos recebidos por Grace, que me abraçou sorridente e deu um beijinho em Candice, que sorriu.

- E quem é esse garoto bonito? - Grace perguntou, ela usava um terninho branco, que sempre ficava muito bonito com os broches decorativos que escolhia.

- Esse é o Ian- Murmurei, e Candice me olhou enquanto eu mordia o lábio para continuar - O meu namorado.

Os seus olhos se iluminaram.

- Michaela falou muito de você, querido! - Ela abraçou Ian brevemente, enquanto eu via algumas mães entrarem para ver suas crianças - Você é bem alto, não?

- Eu jogo basquete - ele comentou, sorrindo para Grace - E fico lisonjeado que fui a conversa das senhoras.

Grace sorriu maior ainda, e apontou para a portinha branca.

- As crianças estão com tantas saudades, Neens - Ela comentou baixinho, já que havíamos entrado na ala dos quartos - Infelizmente como ainda é quinta-feira algumas delas estão em sessão.

Concordei tristonha, eu queria poder ver todas elas.

- Mas Mike está super animado para vê-la, acho que alguma das enfermeiras comentou que você viria, e ela não fala em outra coisa - Grace murmurou carinhosa, e apontou logo em seguida para o quarto onde normalmente encontravam as pequenas preciosidades.

- Fiquem à vontade, eu não vou participar dessa vez, preciso ajudar em algumas coisas na recepção. As coisas não estão indo muito bem, algumas mães estão com dificuldade no pagamento, outros aparelhos não estão funcionando, o salário dos médicos e enfermeiros... - Grace suspirou.

- Eu estou fazendo de tudo para ajudá-la - Eu disse rapidamente, e a mesma voltou a sorrir.

- Eu sei querida, eu sei - Ela beijou meus cabelos - Mas nada de desanimo, vão ver as crianças, até depois.

Candice estava na frente quando Grace abriu a porta, e senti dedos se entrelaçarem nos meus. Ian.

Meu coração parecia quentinho quando vi as crianças com olhos arregalados e sorrisos se formando, e a primeira coisa que identifiquei era a pequenino de olhinhos azuis e touca de gatinhos, correndo até mim.

- Nina! - Mike gritou segurando em minha perna, e outras crianças vieram ao meu encontro, enquanto algumas acenavam de suas camas.

July abraçava Candice apertado, e Mike pareceu se assustar com a presença de Ian, se escondendo atrás de minhas pernas.

- Neens - Ele cochichou baixinho, e eu soltei os dedos de Ian para me abaixar e ouvi-lo- Quem é esse menino, ai?

- É o Ian- Cochichei de volta, olhando para Ian que sorria para uma garotinha mostrando sua boneca nova para Candice.

Ian olhou para mim, e sorriu para Mike que se escondeu mais atrás de minhas pernas.

- Hey - Eu segurei em sua mãozinha - Ele é bem legal, olha.

Apontei para Ian que sorriu, se abaixando junto a mim.

- Oi, como é seu nome? - Ian perguntou meio inseguro, mas eu lhe lancei um olhar de incetivo.

- Mike - Ele respondeu, ajeitando a toca de gatinho - O seu cabelo é bem maneiro!

Mike foi rapidamente até Ian, pegando nos cabelos dele.

- Você gostou? - Ian perguntou, enquanto o pequeno acenava rapidamente com a cabeça.

- Victor - Mike apontou para os cabelos de Ian, que ria baixinho - Olha, Victor!

Victor era outro garotinho que usava touca, e ele veio até os cabelos de Ian, chegando até ignorar minha presença para observar os cabelos negros.

- Hey, vocês se esqueceram da tia Candice? - Candice perguntou fazendo biquinho, enquanto uma das enfermeiras examinava os batimentos cardíacos de Peter que estava em seu colo.

Os garotos riram baixinho, e enquanto Victor e mais outras crianças  maravilhavam com os cabelos de Ian, Mike veio até mim para que eu o pegasse no colo.

(Ian POV)

Duas menininhas coradas brincavam com o meu cabelo, enquanto um garotinho chamado Mike me contava sobre os dinossauros do seu quintal, e Shophie brincava com uma boneca sentada em uma de minhas pernas.

Eu estava sentado no tapete rindo de Nina, que tentava dar atenção a todas as crianças ao mesmo tempo, enquanto equilibrava Mike e corava pelos elogios.

- Candice - Chamei q outra que construía um castelo com legos junto a um garotinho que estava deitado - O que eu faço?

Shophie agora dormia em meu colo, enquanto eu sentia que meus cabelos estavam cheios de broches coloridos pelas duas menininhas.

- Deixe que eu a pego - Candice sussurrou, e tentou não tropeçar nos garotos que corriam até Nina - Ela deve estar cansada.

Candice pegou Shophie de meu colo e colocou em uma das caminhas bem arrumadas que a enfermeira havia lhe apontado.

- Eu queria ter um cabelo assim - Um garotinho disse, e eu a olhei vendo que seus olhinhos pareciam dois girassóis - Mamãe disse que quando eu sarar, eu vou ter.

- Você vai - Eu dei umas batidinhas em minhas pernas, e o garotinho veio até ela, enquanto seu amiguinho bocejava ao meu lado.

Nina apareceu com os cabelos todos desgrenhados, rindo de duas crianças que faziam cócegas uma nas outras.

Parei para observá-la. Era incrível como todos ali a amavam, desde as enfermeiras aos médicos. E ela distribuía sua atenção a todos, dando beijinhos nos que já dormiam e carregando algumas crianças até pegarem no sono.

- As crianças maiores estão na quimioterapia - Candice suspirou, me entregando uma garrafinha de água, e eu percebi que o outro garotinho em meu colo também havia adormecido.

- Eles parecem exaustos - Eu apontei para o menininho.

- É bem cansativo, mas Nina gosta de visita-las sempre - Candice sorriu para si mesmo - Ela é a melhor pessoa que eu já conheci no mundo. Nina pensa no bens das pessoas em primeiro lugar, enquanto você e os outros daquele colégio só pensa em bens matériais e essas outras coisas fúteis, Nina está salvando vidas. Ela é um grande exemplo.

Nina agora acariciava a bochecha de um garotinho, que tirou a touca para dormir mostrando sua cabeça livre de qualquer fio de cabelo.

- Ela é boa demais pra você, Ian - Candice disse se levantando.

Mordi o interior da bochecha, e acabei pegando a criança em meu colo para fazer o mesmo que Candice e a levar para uma cama.

Segundos depois o meu celular começou a tocar, e eu tratei de atender antes que acordasse todas aquelas crianças.

- Ian! - Paul me saldou rapidamente, enquanto eu tomava o máximo de cuidado para fechar a porta do grande quarto.

- O que foi, Paul? - Perguntei baixo, procurando uma área livre para poder falar em um volume bom.

- Onde você foi cara? Hoje é o jogo de basquete e você sumiu, eu preciso do meu parceiro para assistir e comer nachos - Ele reclamou.

Sai pela entrada do hospital, suspirando e vendo o jardim destruído pela neve.

- Eu vim no hospital com Nina - Respondi esmagando algumas formigas.

- Ela está bem? O que houve? - Paul se exaltou do outro lado e eu suspirei.

- Não, idiota. No hospital que Nina está ajudando, aquele que cuida das crianças com câncer - Murmurei.

- Ah - Paul respondeu avoado e logo comemorou uma cesta de três pontos - Você é muito esperto.

Olhei para o nada sem entender.

- Como assim muito esperto? - Perguntei e ele bufou.

- Você sabe, Ian. Agradar Nina e ganhar a confiança dela pra depois transarem - Ele parecia falar com a boca cheia de comida - Esses truques seus parecem bons, mas eu ainda não creio que não vou te pagar a Ferrari.

- Ah, é - Mexi com a cabeça - A Ferrari.

- O que foi? - ele riu alto - Já está desistindo?

- Cale a boca - Rebati - Essa Ferrari já é minha.

Olhei para o hospital novamente, e fechei os olhos suspirando.

- Você vai desistir - Paul cantarolou.

- Cale a boca, eu vou ver a pirralhada lá dentro e ganhar essa aposta - Disse rapidamente, querendo calar Paul - Agora vai se foder com esses nachos.

Desliguei o celular com força. É claro que eu não iria desistir, por que eu faria isso?!

Fiquei mais alguns segundos do lado de fora, imaginando se um cigarro agora me acalmaria. Na verdade, eu precisaria é de um maço todo.

Escutei barulhos de saltos vindo até mim.

- Ian? - Grace me chamou na entrada do hospital - Espero não estar atrapalhando.

Neguei com a cabeça rapidamente, guardando meu celular no bolso de minha jaqueta.

- Essas árvores dão flores lindas na primavera, são magnólias - Grace apontou para as árvores em frente - As crianças adoram em como elas deixam tudo colorido.

Assenti vendo a mulher mais velha sorrir.

- As magnólias são como Nina, entende? - Grace perguntou, e eu a observei apontar - Elas iluminam tudo, deixam mais bonito, e é exatamente o que ela faz. Sabe Ian, Nina já fez tanto por nós, nenhum dinheiro no mundo pagaria os sorrisos que ela coloca nessas crianças, a alegria que ele dá a cada uma delas com suas visitas.

Percebi que eu estava sorrindo abobado para Grace, e a mesma levou a mão até meu ombro.

- Nós estamos passando por muitas dificuldades, o hospital não está conseguindo mais arcar com as despesas e Nina foi como um milagre quando chegou aqui. Devemos muito a ela e aos Dobrev, você tem uma garota de ouro ao seu lado, não concorda?

- Sim - Eu disse sorrindo para as árvores que se mexiam com o vento.

- Cuide bem dela, okay? Ela é como minha segunda filha - Grace parecia prestes a chorar, e eu engoli o nó que se formava em minha garganta - As vezes acho que Nina é um presente do céu, então cuide da nossa anjinha.

Sorri para Grace que acabou tendo que limpar os cantinhos dos olhos, sorrindo confortadora.

- Agora pare de dar ouvidos a mim e vá encontra-la lá dentro, essas crianças devem estar deixando a pobrezinha com dor nas costas - Ela murmurou voltando a andar até a entrada.

Sorri para o nada e acabei até me esquecendo da conversa com Paul, eu estava mais preocupado com a garota que me esperava lá dentro cheio de crianças ao seu redor.

Quando abri a porta encontrei um grande silêncio. Nina estava sentada de pernas cruzadas no meio de duas camas, onde dois garotinhos com soros ligados nos braços escutavam sua historia atentamente. As outras crianças estavam em volta da loira, e ela segurava duas delas em seus braços.

Senti mãozinhas segurarem minhas pernas, e tirei meus olhos daquele grupinho distante para dar atenção o garotinho com touca de gatinho.
Mike.

- Olha o meu leão - Ele disse baixinho, enquanto eu ia até um sofá ao lado. Mike me acompanhou parando em minha frente.

- Ele é bravo? - perguntei sorrindo. O pequeno tentou subir no sofá, mas precisei ajudá-lo, então o trouxe para o meu colo.

- É - Ele disse esmagando a cara do pobre leão de pelúcia contra suas bochechas, e apontou para a Nina - Foi a Neens que me deu, ela disse que tem uma coleção grandona de bichinhos de pelúcia na casa dela. Quando eu sarar será que eu vou poder ir lá ver?

Concordei com a cabeça, vendo o menor tirar a touquinha.

- Eu não tenho cabelo assim igual o seu - Ele apontou para minha cabeça - Mas o senhor Popô tem um monte, olha.

Ele apontou para o senhor Popô, que era um leão amarelo-queimado, cheio de pelos macios.

- O senhor Popô disse que gosta de você - Mike se aconchegou mais ao meu peito, como um verdadeiro gatinho.

- Eu também gostei muito do senhor Popô - Sussurrei para ele, sentindo suas mãozinhas fuçarem minha jaqueta.

- Você tem um celular - Ele disse animado, mas bocejou logo em seguida -Quando eu ficar maior eu também vou ter um.

Mike continuou a falar sobre o senhor Popô e sobre a cor da minha jaqueta parecer com o seu chocolate favorito.

- Você e Nina vão casar? - Ele perguntou, enquanto eu o ajudava a colocar a pequena touquinha.

Sorri para ele e vi Nina bocejar em meio as crianças que já pegavam no sono, ela coçou os olhos e ajeitou o sweater azul. Era fácil confundi-la com essas coisinhas graciosas.

- Eu não sei - Murmurei para ele - Você acha que Nina casaria comigo?

Mike concordou rapidamente.

- Só se você desse um montão de ursos pra ela - Ele citou - E der beijinhos na bochecha, a Nina gosta quando eu faço isso. Mas eu não posso casar com ela, só você pode.

Sorri para o pequenino, que brincava com minha jaqueta e fechava os olhinhos devagar.

- Eu também gosto de você - Mike sussurrou, já pegando no sono - Um "montão".

Eu observava o pequeno de olhos claros cair no sono com o senhor Popô em seu colo, e tomei um pequeno susto quando a enfermeira pediu para pega-lo e leva-lo para sua cama.

Nina apareceu ao meu lado, corada e com os cabelos todos bagunçados. Seu sweater engolindo todo seu corpo enquanto ela se sentava espremida no sofá infantil junto a mim.

- O que achou? - Ela perguntou com os olhos brilhando em esperança - Elas são perfeitas, não são?

Concordei sorrindo abobado para ela.

- O que foi? - Ela perguntou - Eu to com massinha no rosto? Mike queria fazer uma mascara...

Calei Nina com um beijo em sua bochecha.

- Mike disse que você gosta de beijinhos na bochecha - Sussurrei para ela, que olhou para os lados corando.

- Ele disse? - Ela perguntou - Eu o amo, ele foi o primeiro a interagir comigo quando cheguei aqui.

Minha vontade agora era de pegar Nina no colo como fiz com essas crianças a tarde toda, e beijar suas bochechas coradas enquanto a via bocejar e falar sobre ursos de pelúcia e cabelos.

Eu devo estar ficando maluco.

- Eu quero tentar ganhar a quantia para ajudar - ela murmurou, tentando arrumar sua franja - É por isso que eu te pedi ajuda, eu nunca conseguiria sozinha, você até me ajudou na festa da Kat...

Ela sorriu pequeno para mim. Se ela soubesse da aposta.

- O que foi? - Ela perguntou, mirando seus olhos castanhos e mim - Está cansado? Candice está colocando as crianças pra dormir, nós logo vamos.

Concordei com a cabeça, sem saber o que dizer enquanto Nina sorria para uma criança que acariciava as bochechas de Candice.

- Você é uma pessoa boa, Nina - Sussurrei - Eu sou o contrário.

Não sei muito bem por que estava dizendo isso, mas era a pura verdade. Eu só pensava em mim mesmo, não dava valor a família e nunca me preocupei com nada alem do meu próprio nariz. E vendo Nina, a garota milionária que nem sequer tinha um carro, mas ajudava crianças com câncer, me deixava envergonhado. Muito.

- Você está mudando, veja - Ela apontou para Mike dormindo com o senhor Popô - A semanas você nem sequer gostava de crianças.

Sorri para ela.

- A semanas eu não gostava de você - Murmurei risonho, e vi ela arregalar os olhos.

- E agora gosta? - Ela perguntou num fio de voz, e eu peguei seus dedos junto aos meus.

- Muito - Admiti - Gosto muito.

Nina sorriu grande, e seu peito pareceu subir e descer várias vezes.

- Você não está mentindo, está? - Ela perguntou, e o nervosismo parecia se apoderar de sua voz.

- Eu acho que nunca fui tão sincero em minha vida toda - Me aproximei de seu rosto, lhe deixando um beijinho na pontinha do nariz - Não! Eu fui mais sincero ainda quando lhe disse que era bonita.

- Ian...- Nina disse envergonhada, e eu acariciei sua mão, louco para beija-la.

- Você está me deixando diferente, Nina - Eu falei fechando os olhos, e a mesma encostou a bochecha em meu ombro.

- É tudo que eu mais quero, Ian - Ela confessou me deixando confuso - Tudo.



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