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História Coração Amargo - Treinando o Papai


Escrita por: PatriciaCastro

Notas do Autor


Oiê gente! 😊💕

Então ne, eu sei que eu falei que essa fic ia ser curtinha, mas eu vou lá e escrevo e o cap fica gigante afff aí tenho que dividir.
Esse era para ser o último, mas ia dar até calo no olhos de tanto ler , aí achei melhor dividir ele dois .

Espero que vocês gostem ♥️


Sobre os comentários atrasados...😬 Não me odeiem , eu estou respondendo todos com muito carinho 💙

Boa leitura 💕

Capítulo 5 - Treinando o Papai


Fanfic / Fanfiction Coração Amargo - Treinando o Papai

- Bom dia papai Jen! Bom dia! Bom dia! – Jensen acordou em um rompante, ao sentir o corpinho pequeno pular em cima dele, e bateu forte a cabeça contra o queixo de alguém, e pulou da cama assustado, e rosnou alto, com as presas a mostra, e os olhos ameaçadoramente vermelho, e a posição de ataque.

 

O coração batendo muito rápido!

Não era acostumado com contato físico a muitos anos, ninguém o toca, as pessoas ficam a uma distância respeitosa dele.

E já nem se lembra como é ter alguém encostando em seu corpo.

- Papai Jay! – Zeppelim pulou no colo do moreno, se encolhendo e escondendo o rosto no seu peito, agarrado a sua blusa, assustado.

E o Jorge caiu da sua mão, lá no chão perto dos pés de Jensen.

Jared esfregava o queixo dolorido, tentando entender o que aconteceu, estava ouvindo a voz do filho, animado dizendo bom dia, está tão acostumado em ser acordado assim que nem se tocou que o Jensen não está acostumado com isso.

Jared olhou para o loiro e viu sua expressão mudar ao ver finalmente os dois ali na sua frente, e uma sombra de culpa passar por seus olhos ao ver que assustou o filho.

- Bom dia campeão – Jared falou afastando o filho do seu corpo e bagunçando seus cabelos. Não queria que o incidente deixasse o seu lobinho com medo do seu pai Jensen, Zeppelim cresceu sabendo que Jensen é seu pai, e tem uma intimidade com o loiro, que Jensen não tem com nenhum dos dois .

O que a vida fez com seu ômega?

Jensen viu o pequeno o olhar com os olhos assustados, não queria assustar seu lobinho, nem causar medo nele, precisava acostumar ainda que tem seu bebê de volta, não sabe se vai conseguir ser o pai que se imaginava sendo, mas queria muito ser. O loiro viu o coelho caído no canto da cama e abaixou pegando ele e se abaixou atrás da cama tentando sumir e colocou o coelho em pé no colchão.

- Oi Zepp , você está com fome? - Jensen fez a voz do coelho e viu um sorriso grande aparecer no rosto do garotinho e ele se soltar de Jared, chegando perto do coelho.

- Essa não é a voz do Jorge. - O menino falou alegre. - Não é papai Jay?

- Esse é o Jorge versão papai Jen. - O moreno falou não querendo que o loiro se retraia de novo, podia ver no loiro sua dificuldade de ser quem era, e sua vontade de voltar a ser, é como se tivesse amordaçado por amarras invisíveis. E sabe quanta falta Zepp sente do pai, ele esperava ansioso para ter ele com os dois, e agora ele está aqui.

- Eu me lembro que o papai Jensen, sabia fazer panquecas deliciosas . - Jensen sentiu um aperto no peito, e um frio no estômago, fazia tanto tempo que não cozinhava nada, que tinha deixado de lado essas coisas pequenas, mas sim, ele gostava muito de fazer panquecas para Jared nos dias que dormiam juntos, nunca mais cozinhou desde que Jared deixou de estar ao lado.

Jensen pegou o coelho colocando uma das mãozinha da pelúcia no queixo dela, como se ele estivesse pensado.

- Acho que o papai Jensen, não sabe mais fazer panquecas. – fez outra vez a voz do coelhinho .

- Eu ensino você papai, eu sei fazer panquecas – Zepp falou animado e Jensen sorriu ouvindo ele falar, cada vez que ouvia essa vozinha doce o chamando de pai, algo se derretia no seu peito.

Uma batida na porta fez o loiro se levantar por instinto e ficar com expressão séria e a postura fria outra vez.

Jared estreitou os olhos sem perceber, vendo a mudança do seu ômega. Não queria ele assim, não queria ver ele agindo como o pai, um soldado moldado na dor por um homem cruel.

Jensen foi até a porta e a abriu , e um dos seus criados fez uma pequena referência.

- Meu alfa, seu cavalo está selado e o aguardando como o senhor havia pedido. A reunião com os mercadores é as oito.

- Obrigado.

- Mas papai Jen, eu ia te ensinar fazer panquecas – Zeppelim olhou chateado para o pai.

Jensen sentiu o coração se partir com a carinha do seu bebê, mas não conseguia ir contra o que foi treinado para fazer. Era como se o pai estivesse ali, o olhando com aqueles olhos severos, o culpando por ser fraco, dizendo que a morte de Jared era por culpa dele , por ser fraco, e sentia o ar lhe faltar, e um medo insano de perder ele outra vez... não, jamais será fraco!

- Eu preciso ir, sinto muito Zeppelin.

Jensen se trocou e seguiu para onde era aguardado.

O garotinho se sentou na cama, segurando Jorge pelo pé, olhando triste para a porta.

- O papai Jen não gosta da gente, papai.

- É claro que ele gosta, meu lobinho. – Jared falou pegando o garotinho e jogou para cima, o pegando de volta, fazendo ele rir . E é assim que gosta de ver seu filhote – vem tirar esse pijama e escovar os dentes. E me espera na cozinha, eu vou buscar o papai Jen.

- Vai buscar de verdade? – perguntou com os olhos brilhando em expectativa.

- De verdade – Jared levou o filho para o banheiro para ajudar ele a escovar os dentes.

- Ebaaaa!! Você ouviu Jorge? O papai vai buscar o papai Jen!

....

Jared saiu do quarto e cruzou os corredores da mansão, indo para o estábulo, onde ouviu o criado dizer a Jensen que ele estava sendo aguardado.

Seus passos firmes e pesados despertavam a atenção por onde passava, talvez seu porte natural de alfa, ou por que não fez nenhuma questão de ocultar sua força ou sua essência, como vinha fazendo.

Não está suportando ver Jensen agir como um robô criado pelo pai, pode ouvir o verdadeiro Jensen pedindo socorro e sendo sufocado. Sabe que Alan está morto, mas tem certeza que ele deixou alguma sombra dele nesse pack, que ainda oprime o loiro e o obriga a ser o líder forte e inabalável que o antigo alfa queria.

Mas esses abusos acabam agora, a era Alan Ackles acabou! Aquele maldito destruiu sua matilha, tentou lhe matar, e acabou com a vida do próprio filho, mas agora Jensen não precisa mais viver a vida do seu pai, porque está aqui por ele, e para ele e para sempre.

Jared ouvia o burburinho por onde passava, podia ouvir eles dizendo que ele é o alfa de Jensen. Outros dizendo que ele voltou do mundo dos mortos, alguns dizendo que ele veio para matar todos por vingança, e alguns dizendo que ele e Jensen travariam uma grande batalha pela liderança do pack.

Apenas ignorou tudo e seguiu seu caminho, sem se virar para nenhum dos lados, não estava ali por nada, nada neste pack lhe interessa, nem sua fama de serem os lobos mais poderosos do mundo, porque ele teve que sobreviver a morte , e aprendeu a ser forte sozinho!

Não importa que os lobos desse lugar possam viver para sempre, não quer roubar deles o presente que a deusa lua lhes deu, só quer o que uma vez foi seu, o seu garotinho de olhos radiantes e cheio de sonhos, seu ômega que foi arrancado de seus braços a sete anos, junto com a vida que conhecia, com seu pack e toda sua matilha.

Jared avistou próximo do estábulo seis cavalos selados, e cinco homens altos perto do loiro, tinham expressão geladas, olhar severo e posturas superiores, e uma energia agressiva e rígida idêntica a do maldito lobo que destruiu seu povo. Não estava enganado, Alan deixou suas sombras para vigiar o filho. Jeffrey também estava ao lado do loiro.

Os cinco lobos brancos se viraram na direção de Jared assim que sentiu sua energia, e viu os homens estreitar os olhos, irritados com sua presença, mas não se intimada com cara feia.

Jared parou a uma distância respeitosa, e olhou para seu ômega, procurando em seu olhar permissão para ser seu alfa, e encontrou o que queria, em meio a um milhão de coisas que amordaçava e acorrentava seu loiro.

Por trás de toda postura confiante de homem feito que Jensen tem agora, e seu porte perigoso, frio e distante, existe um ômega doce aprisionado, e o olhar do seu garoto estava ali, pedindo “ vem cá e me tira daqui”.

E foi o que fez! Jared caminhou até o loiro, podia ver sua respiração forte, antecipando sua chegada, era uma mistura de ansiedade e vontade de sair correndo, Jensen sabia o que ele ia fazer.

Os homens de preto ao seu lado, levaram instintivamente a mão ao cabo das espadas, que traziam presas no cinto, suas energias agressiva mostravam que ele não era bem vindo.

Jeffrey também se colocou em posição de luta, mas sabia que ele não o atacaria, só se Jensen ordenasse isso a ele, mas os lacaios de Alan não precisariam de ordens do seu alfa para o fazer, e Jared respondeu a altura.

O olhar do alfa se tornou vermelho como sangue, e sua energia de alfa sobressaia fácil a energia dos outros lobos, e estes deram um passo para trás intimidado, mas sem mudar a postura de luta.

Jared passou o braço na cintura do loiro e o abraçou por trás, e sentiu Jensen retesar todo o corpo com o contato, sua respiração estava forte e podia sentir ele tremer.

- Eu não vou permitir que ninguém mais te machuque meu ômega, você pode ser quem você quiser – falou baixo em seu ouvido, só para ele escutar, e sentiu ele tremer mais - eu quero muito estar entre as coisas que você realmente quer. – abraçou seu corpo, colando as costas do loiro contra seu peito, deslizando o rosto de leve contra a lateral do rosto dele, sentindo seu cheiro doce que tanto ama - Me deixa voltar para sua vida Jen, eu te amo tanto.

Jensen engoliu em seco, sentindo as mãos geladas, e o coração ameaçando parar no peito. Respirar estava cada vez mais difícil, e se manter sobre as pernas parecia uma tarefa árdua. Tinha tanta paz dentro daquele abraço, tanta proteção, tinha vida e calor e queria poder fechar os olhos, e ficar ali para sempre... mas sentia como se houvesse uma lâmina sobre seu pescoço o fio da lâmina cortando sua pele e a voz do pai, que nunca o deixa em paz, gritando severo : “ Amar é fraqueza! Ele morreu você ser fraco Jensen!”

- Jared eu...- As palavras não saiam da sua garganta, porque não queria dispersar o amor da sua vida, mas não podia ficar com ele, porque o fantasma do seu pai não deixa! E porque era uma pessoa totalmente vazia. Uma pessoa cruel, o Jensen que Jared ama, não existe mais...e sente que morrerá se perder seu alfa outra vez.

- Vamos para casa meu ômega, vamos tomar café com nosso lobinho e depois você faz os seus trabalhos de alfa. É que você faz sua vontade, você é a lei desse lugar – falava baixo para ele, e ergueu a cabeça com seu olhar de alfa, encarando os homens a frente deles – É você quem manda meu alfinha, não são eles – falou para os lobos ouvirem, e os homens podiam sentir a aura possessiva e protetora do alfa. E a diferença entre um ômega alfa, e um alfa legítimo era gritante.

Jensen viu os cinco guerreiros fiéis de seu pai se afastar e abaixar a cabeça respeitosamente, nunca conseguiu impor medo nesses cinco lobos, foram eles quem o treinou, sempre foram rigorosos, impiedosos e seu treinamento sempre foi cruel e desumano.

Tinha voz ativa com eles e todo seu pack, por ser o alfa. Mas não possui voz de comando, nem esse dom de intimidar os outros lobos apenas com a presença. As pessoas do seu pack o temem por medo, porque tem sérias represálias.

- Eu vou ficar com minha família, mais tarde iremos – Jensen falou firme, embora tivesse quase certeza que se Jared o soltasse, ele desabava no chão.

Jeffrey abaixou a cabeça para esconder o riso, ao ver os guerreiros de Alan rosnar em desagrado, mas aceitar a decisão do alfa.

Jensen olhou para Jeffrey, e sentiu o rosto corar levemente, por estar nos braços de um homem que o enchia de beijos, e viu o sorriso largo do seu beta.

- Estou indo para meu escritório, Jensen...meu alfa – se corrigiu – chame se precisar.

- Espera eu – Jensen limpou a garganta meio enrolado com as palavras e Jared sabia que a razão do seu desconserto , era ele, não sabia se era por ele ser um alfa sendo visto com o seu alfa, ou se era por ser o seu ômega agindo como um alfa na sua frente.

- Eu vou te esperar ali – mostrou com a cabeça em direção a casa e Jensen quase o segurou para não sair de perto dele em um reflexo.

Jared saiu de perto e Jensen ficou olhando ele ir, se esquecendo que mandou Jeffrey esperar e que seu beta estava ali do seu lado.

- Que fofo, ele te chama de alfinha.

Jensen sentiu o rosto corar.

- Não tem nada pra fazer no escritório não, Jeffrey? – falou sério e Jeffrey riu divertido. – tá esperando o que para ir atrás do seu alfa, garoto? – Jeffrey puxou o seu cavalo que estava selado, e o levou para o estábulo para soltar ele, e ir para o escritório.

Jensen olhou para Jared que estava parado perto da fonte de água, estava de costas para ele, debruçado nas pedras e mexendo nas águas claras com a mão, e Jensen sentiu um frio no estômago. Respirou fundo e foi até ele, sentindo que suas pernas ainda tremendo.

- Oi. – O loiro falou meio sem graça, ainda era estranho ter o moreno ali, vivo e de volta pra sua vida, não sabia mais como agir junto do seu alfa, nem o que falar com ele. O moreno virou em sua direção sorrindo.

- Vamos?

- Para onde?

- Você tem um lobinho esperando você para fazerem panquecas. – Jared pegou o loiro pelo mão e Jensen se sentiu ser puxado de volta pra casa. – Se eu bem conheço mini Jensen, garanto que já começou sem nós.

“ Mini Jensen” – Jensen sorriu ouvindo o moreno dizer isso, era o tipo que coisa que vindo do moreno o derretia de um jeito gostoso, que nem se lembrava mais como era sentir.

Os dois entraram na cozinha, e Zepp estava em pé em cima de uma cadeira, e Jensen viu que ele separava os ingredientes para fazer a panqueca, quando o viu, o garotinho abriu um sorriso animado, e Jensen se pegou imaginando quantas coisas havia perdido com o seu pequeno, e se Jared não o tivesse impedido de ir agora, teria perdido mais uma manhã.

- Papai Jen, eu separei as coisas para você. – O garoto desceu da cadeira, e foi até o loiro, pegando em sua mão e o levando para junto da bancada na cozinha. Jensen ficou observado o seu lobinho voltar a subir na cadeira e lhe olhar atento, esperando que ele fizesse.

Jared olhava os dois juntos, o loiro fazia um esforço enorme para que Zeppelin não se sentisse deslocado, mas Jared via a dificuldade em Jensen, mas não era só com o pequeno, Jensen não sabia como agir com ele também. O moreno deu um passo em direção aos dois, e seu celular tocou alto chamando a atenção dos três, o numero de Bill apareceu na tela, não havia falado ainda com o amigo. Jared olhou para o aparelho e voltou a olhar para seu ômega e o seu lobinho.

- Tudo bem se eu atender? – Perguntou especificamente para Jensen.

- Claro... Tudo bem, a gente se vira aqui né Zepp?

- Sim, eu vou ensinar o papai a fazer a melhor panqueca do mundo. – Jared olhou mais uma vez para o loiro e ganhou um sorriso pequeno.

Jensen olhou o moreno saindo, era a primeira vez que ficava sozinho com Zeppelin, e sabia que seria a primeira de muitas.

- Primeiro, papai, você tem que colocar o trigo. – Zeppelin esticou os bracinhos para pegar o pacote e Jensen viu que este já estava aberto, e tentou pegar antes do filho, para que ele não derramasse a farinha pelo chão, mas Zeppelim foi mais rápido, e Jensen viu a farinha derramar toda em cima da pedra de mármore.

O menino olhou para Jensen, com os olhos cheios de lagrimas, e o loiro viu que ele estava com medo dele, talvez pelo que aconteceu ontem a noite, ou nessa manhã.

- Desculpa papai Jensen, eu não quis fazer isso. – Jensen abriu a boca sem saber como responder, se fosse qualquer outra pessoa ali, Já teria gritado ou brigado, mas não podia fazer isso com ele. O loiro pegou o pacote que ainda tinha um pouquinho de farinha dentro, pegando ela com a mão e jogou em cima da cabeça do garotinho que olhou espantado pra ele.

- Talvez podemos fazer Zepp a milanesa em vez de panquecas. – O menino sorriu aberto, e pegou o pó que havia caído em cima da mesa e jogou em Jensen também, e a risada sonora e gostosa da criança enchia o ambiente e o coração do loiro.

Pensou que nunca ouviria o som do riso do seu filho, e esse era o som mais gostoso que já ouviu na vida. O loiro sorriu de volta pra ele , jogando outro punhado de farinha no pequeno que ria alto.

...

Jeffrey terminou de separar a papelada que Jensen tinha que rever para falar com os fornecedores, mas não ia levar isso para o loiro agora, Jensen tinha acabado de encontra a família de volta, e sabe que ele tem muita coisa para resolver com Jared, sabe que tem feridas ali dentro que vão ser muito difícil de cicatrizar, mas confia no alfa para fazer isso com o loiro. Jeffrey viu Jared parado em frente a casa, havia acabado de desligar o telefone.

- Oi Jeffrey. – Jared falou gesticulando com a cabeça, e viu o beta baixar a cabeça em sinal de respeito.

- Posso falar com o Zepp?

- Ele esta lá dentro com o Jensen.

Os dois entraram indo direto para a cozinha e Jeffrey foi falando em voz alta.

- Jensen eu queria saber se o Zepp... – O moreno parou de falar a cozinha estava uma verdadeira bagunça, tinha trigo e ovos quebrados para toda a parte, e Jensen e o menino riam tacando farinha um no outro. – Quer brincar com o meu filho – Terminou a frase em tom baixo, olhando a bagunça.

- Eu quero, eu quero brincar! – Zeppelin foi até o outro, e Jeffrey afastou o cabelo coberto de trigo da frente dos olhos do garotinho que parou em seus pés lhe olhando com expectativa. – Acho que vou levar você para tomar banho de mangueira antes.

Jared viu Jeffrey levar o garoto, e chegou perto de Jensen que estava apoiado perto do balcão, ele ainda estava sorrindo, e isso era uma coisa muito boa de ver nele.

- E você? Vai tomar banho de mangueira também? – Jensen arrumou o corpo, tentando voltar a sua postura seria, o que ficou engraçado por ele estar coberto de trigo.

- Acho que eu devia né? – Falou mostrando a roupa. Jared chegou mais perto de Jensen, olhando seus olhos verdes, sentia tanta saudade dele, dos seus abraços de seus beijos, do seu ômega.

- Ou você pode deixar eu te dar um banho. - Jared parou em frente ao loiro, viu a respiração desregular do loiro, Jensen não olhava para os seus olhos. Jared segurou o queixo do loiro fazendo o loiro lhe olhar. - Você quer?

- Eu... Eu preciso ir Jared. - Jensen se afastou do corpo de Jared, e saiu em passos rápidos da cozinha.

...

Zeppelim estava sentado na grama perto de Jensen, estava brincando com Jorge enquanto o pai falava com os homens que compram laranja que eles produzem ali, foi isso que seu pai lhe disse, e Jared ficou na casa com Jeffrey, estava ligando para o senhor Jim para dizer que iriam passar outra noite ali, e Zeppelim amou saber que iam ficar mais tempo com o pai.

O garotinho colocou sua pelúcia de pé perto dos arbustos e foi buscar algumas folhas para montar uma fortaleza, e quando se virou viu um grande lobo de cor cinza abocanhar o Jorge e correr com ele para o meio das árvores escuras.

- NÃO! JORGEEE! – Zeppelim correu em direção que o lobo correu com seu amiguinho, e Jensen se virou instintivamente, ao ouvir o grito do filho, e viu dois lobos da montanha ali, eram da matilha que matou seu pai.

- Zepp, não vai atrás dele! – o loiro soltou o cesto com as amostras de laranja , que tinha levado para mostrar ao alfa dos lobos madeira, no chão e correu para ajudar seu filhote, sentindo um terror o tomar, com medo pelo seu bebê.

Aqueles lobos são assassinos por opção, por prazer, e possuem uma rixa pessoal com os lobos brancos, porque seu pai recusou a oferta do líder deles, para se casar com seu filho ômega, e ser o novo alfa da alcatéia mais temida que existe.

Mas Alan Ackles era orgulhoso demais para aceitar isso, ele não aceitava que seus dois filhos tenha nascidos ômegas, mas mesmo assim, não aceitaria que o alfa dos lobos brancos não tivesse o seu sangue!

Jensen viu o homem negro alto, o olhar com um sorriso perverso, antes de se transformar em um lobo cinza , grande e feroz e correu, saltando sobre seu garotinho.

- NÃO! - Jensen se transformou correndo atrás do lobo, e viu o alfa dos lobos cinzas abocanhar seu garotinho pelo casaco e o levar assim, se embrenhando por entre a escuridão das árvores.

Jensen não permitiria que ninguém machucasse seu filho! Jared o odiará por saber que a primeira vez que deixou Zeppelin com ele, o garoto foi capturado por esses monstros.

- PAPAI! - Zeppelin gritava apavorado, sentia muito medo!

Jensen alcançou o lobo cinza e saltou sobre ele, fazendo o mesmo soltar seu bebê, que caiu rolando pelo chão e correu para longe do lobo mau.

O alfa dos lobos brancos travou uma luta ferrenha com o outro alfa.

Zeppelin viu o lobo cinza jogar o seu pai no chão e subir em cima, mordendo seu pescoço, o pequeno se transformou em um lobinho preto como a noite, e correu para ajudar o pai, mordendo o pé do lobo mau com força.

O lobo cinza bateu o pé forte no filhote, jogando ele longe e o gesto despertou a irá do alfa, que mordeu seu pescoço com fúria, rasgando o mesmo sem piedade.

- Zepp! – Jensen voltou a sua forma humana, correndo para ver seu bebê.

- Papai eu me transformei você viu? – perguntou todo empolgado, sem nem se dar conta o perigo que correu, e ainda corriam, haviam mais três lobos ali, furiosos por ter matado seu alfa, os cercando.

- Eu vi, meu bebê corajoso – Jensen falou com um sorriso um pouco tenso, tinha que proteger seu lobinho. O loiro olhou em volta os lobos cinzas se aproximarem.

Ia se transformar outra vez, quando ouviu o farfalhar de folhas entre os arbustos, e se virou naquela direção, rosnando e segurando seu filho, atento também aos outros lobos.

- Olá cunhado – Bill saiu de entre os arbustos, com um sorriso calmo no rosto, e um andar presunçoso, e olhou em direção aos lobos cinzas, que costumava botar para correr, junto com seu alfa. – três contra um? O que acham de tornamos isso mais justo?

- Tio Bill!! – Zeppelim tentou correr para abraçar o tio e Jensen o segurou.

- Fica aqui lobinho, depois você abraça o titio – Jensen se transformou e se emparelhou com o moreno , que mudou para sua forma de lobo também, e lobo um terceiro lobo branco se juntava a eles.

“ Alex” – Jensen sentiu o coração se aquecer ao ver o irmão outra vez, e lutando ao seu lado.

- É o beta do lobo negro! Então é verdade que os dois packs se juntaram! – um dos lobos falou alarmado, olhando seu alfa morto, e os três lobos rosnando ameaçadores.

Os três lobos cinzas se olharam, e se retiraram , correndo para a floresta e sumindo na escuridão, e evitando uma luta onde seriam com certeza aniquilados.

Alexander pegou o sobretudo no chão e vestiu e foi até o irmão, que o olhava com olhos cheios de lagrimas, sem sair do lugar.

- Alex, eu pensei que nunca mais ia te ver... – Jensen segurou o rosto do caçula com as duas mãos. – me desculpa... eu fui um idiota com você e...

- Eu te amo Jensen – Alexander o calou com um abraço apertado, não queria ver ele assim, nunca o culpou por nada e jamais culparia, ama incondicionalmente o irmão, conhece sua dor, conhece seu passado, conhece seus traumas – você sempre cuidou de mim, e me protegeu da tirania do papai, eu vou sempre amar você Jen, sempre.

- Eu me tornei o nosso pai depois... – falou sem olhar para o irmão.

- Você nunca foi o papai, Jensen, você não é como ele.

Alexander ouviu a voz animada de uma criança e se virou para onde estava o namorado.

Alexander viu uma mini cópia do irmão, sem roupa, todo feliz e animado nos braços de Bill contando que era grande e forte e que era um lobo negro como o papai. E Bill ouvia tudo com atenção.

O moreno vestiu sua blusa no garotinho , o cobrindo, e ficou só com o sobretudo negro. O loiro sorriu imaginando o pai incrível que seu alfa seria.

Jensen olhava a cena também, vendo a felicidade do seu lobinho com o moreno que ele queria matar a dois dias atrás, e a culpa o consumiu outra vez.

- Jen quem é esse bebê? É o seu? – não tinha muita margem para dúvidas, era um Jensen pequenino ali na sua frente.

- É ele sim. – falou baixo sem olhar para o irmão – ele e o Jared estão aqui.

- O alfa do Bill, é o seu Jay? – perguntou com um sorriso feliz no rosto.

- É...

Os quatro se viraram em direção onde ouviram barulho de passos rápidos, em alerta, e viram Jared chegar correndo ali.

- Jay...

O moreno foi até o loiro, tirou o sobretudo, e o cobriu.

- Você está bem meu amor? – perguntou preocupado, mal parou a caminhonete de Jeffrey na entrada do pack dos lobos madeiras, e o alfa veio lhe contar aflito que o filho dele e Jensen foram atacados por lobos cinzas e veio no rastro deles, com o coração desesperado.

- Eu protegi o nosso bebê dessa vez Jared. - Jared viu nos olhos de Jensen a tristeza que aquela frase o trazia, e entendia o que ele queria dizer com dessa vez.

- Jen... - O alfa falou de forma baixa e passou a mão no rosto do loiro. E Jensen foi surpreendido por um beijo que lhe tirou o ar e as forças também.

As pernas falharam miseravelmente, e Jared o segurou sem deixar de beijar seus lábios e Jensen se viu correspondendo, aqueles lábios eram tão gostoso, tão seus...e sentiu tanta saudade.

 Zeppelin parou de falar, olhando para os pais, os grandes olhinhos verdes, brilhando em ver os dois juntos.


Notas Finais


Beijos pessoal 🤗♥️


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