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História Coração De Gelo (Em Hiatus) NÃO CONCUÍDA - Fiz Porque Te Amo


Escrita por: GirllSallvatore

Notas do Autor


Desculpem a demora, este capítulo deveria ter saído antes mas não consegui postar, enfim, boa leitura 💖

Capítulo 15 - Fiz Porque Te Amo


Fanfic / Fanfiction Coração De Gelo (Em Hiatus) NÃO CONCUÍDA - Fiz Porque Te Amo

Dean ficou olhando pro rosto estoico de sua namorada, ela não ria nem se quer sorria, e Dean estava esperando a hora em que ela fosse dizer ‘Aha, te peguei, você devia ter visto a sua cara’ mas isso nunca aconteceu.

— Espera, você está brincando, certo? Isso é apenas uma brincadeira muito sem graça. — Dean murmurou ignorando as lágrimas que se formavam em seus olhos e continuou olhando pro rosto sério e ate resignado de Jen.

— Dean eu ...

— Não, não fala nada. — Ele disse bruscamente e olhou para o mais distante possível dela. Não podia ser real, ele não podia perder Jen, não agora, não nunca ... não por sua culpa.

Suas mãos tremiam e ele já não conseguia segurar a caixinha, ele então a guardou novamente no bolso, ele viu a expressão dela cair quando o viu guardar o anel, o anel de casamento que ele guardou pra propor a ela na hora certa.

Mas ele viu agora que ... não existia mais hora certa, tudo acabou, Jen fez um maldito trato por ele.

— Dean, eu tenho um ano. — Ela revelou baixinho e Dean mordeu o lábio quase ao ponto de sangrar pra não gritar, ele não iria perder o controle, ele não vai gritar com ela, tudo o que ele queria era se esconder o mais longe possível de todos e chorar, botar pra fora tudo o que ele guardou nesses últimos anos. Bem ... ele não seria Dean Winchester se fizesse isso — Eu não quero que você me odeie, eu fiz por você, por que te amo. — Dean riu sem nenhuma pontada de graça, apenas dor e raiva.

— Você fez por mim ou por você?. — Ele rosnou secamente mirando a distância, suas mãos nos cabelos e no rosto fazendo um transição irritada. Jen não pode conter as lágrimas, ela sabia que isso aconteceria, ele iria ficar furioso, mas ele nem poder olhar pra ela é demais pra ela suportar.

— Dean, preciso que você me entenda. — Ela começou, ela precisava que ele soubesse por que fez isso, precisava que ele conhecesse os motivos, mas o olhar dele ainda estava vazio, e isso era pior que a certeza de um futuro em meio a fogo e tortura.

— Eu entendo, eu faria o mesmo sem piscar, e isso é uma merda. Mas eu não queria que você fizesse isso, eu nunca pedi que você desse a sua vida por mim. — Ele sussurra baixinho, seu tom de voz porém não condiz com a sua postura rígida e defensiva. Ele se vira e só então olhou pra ela, os olhos de Dean estavam com uma mistura de raiva e tristeza.

— Eu sei que você não queria, mas eu não podia mais aguentar olhar pra você quase morto naquela cama, nada do que você falar vai mudar qualquer coisa, eu não mudaria nada. — Ela disse limpando as lágrimas, seu coração doía por ter trazido mais esse problema para ela e os meninos, mas ela conhecia o seu destino, e não iria lutar contra ele.

— É realmente isso que você imaginou pra sua vida? Se ver presa por um contrato de um ano e morrer no final? Foi isso que você imaginou quando me conheceu? — Dean pergunta de repente com a voz crua e rouca, Jen franze a testa e abre a boca para falar mas Dean a interrompe — Isso não é vida, Jen, se você nunca tivesse me conhecido hoje você estaria ...

— Morta por dentro, estaria vazia e sozinha achando que a vida nunca quis que eu fosse feliz. Eu fui ... eu sou feliz com você Dean, eu não ligo que vou morrer, pois será por você. — Jen declara colocando ênfase em cada palavra. Dean bufa e levanta o olhar para mirar em algo sem importância.

— Claro, continue se enganando, mas a verdade é que você própria achou mais fácil morrer que ficar comigo — Dean cospe com um brilho intenso e autodestrutivo nos seus olhos verdes causando um arrepio de descrença em Jen. Ela franze o rosto e encara Dean como se tivesse acabado de ouvir a maior besteira da sua vida.

— O que?

— Qual é, Jen?! Ninguém que entra na minha vida sai ileso ou inteiro, eu destruo tudo o que toco, sempre foi assim, com você não seria diferente — Dean aperta o maxilar apontando um dedo acusatório para Jen. — Toda a minha fodida vida foi um desastre, você mal está nela por metade de um ano e já pegou minha loucura.

Jen continua de boca aberta ouvindo o que Dean diz com descrença. Mesmo que ouvir tudo aquilo tenha doído profundamente, ela sente vontade de rir na última parte mas decide que aquela não é uma boa hora pra isso.

— Dean ... você é um idiota — Ela resmunga com os lábios entreabertos e os braços cruzados sob o peito. Dean inclina a cabeça pro lado e bufa exasperado. — Eu te amo, será que não entende isso?

Dean abaixa a cabeça como resposta e chuta a terra próxima de seus pés.

— Eu não acredito que você fez isso, seria melhor ter me deixado morrer. — Dean parecia tão abatido e triste que Jen só queria abraça-lo.

— Não diga isso, jamais iria permitir, não iria poder continuar sem você, eu sei que foi louco e imaturo, mas ... eu ... eu dei a minha vida por esse amor, e eu não me arrependo de nada, eu não me arrependo do que fiz. — Ela tentou se explicar mas o olhar de Dean estava complicando tudo.

— Eu fiz isso antes, fiz porque fui egoísta, porque tinha medo de ficar sozinho. — Dean disse olhos vermelhos de as quais ele lutava para não derramar.

— Não, você fez por amor, fez por que achou certo, eu fiz o mesmo por você. Somos uma família, e família cuida um do outro — Jen tentava controlar as suas emoções sutilmente mas não parecia adiantar, não quando seu coração já quebrado estava sendo estraçalhado com essa conversa.

Dean olhou pra longe, ele parecia estar se controlando e seu rosto estava incrédulo, ele apertava o maxilar, e fazia punhos apertados nas mãos.

— Dean ... por favor não me odeie, eu preciso de você no tempo em que ainda me resta, preciso de você comigo, pra fazer esse pesadelo ficar mais fácil de suportar. — Ela implora, as lagrimas rolavam solta de seus olhos, ela se aproximou dele e colocou as mãos no pulso dele pra chamar a sua atenção, ele olhou pra ela de rosto vermelho. — Eu sinto muito Dea...

— Merda Jen, como você pode fazer isso? Eu não posso, não posso, não vou poder viver sem você. — Ele falou quase que em um sussurro, seus olhos estavam cheios de lágrimas que começaram a cair rapidamente de seus olhos. Dean estava finalmente soltando suas emoções, e de certa forma Jen ficou aliviada com isso, Dean tem a mania de reprimir as suas emoções, e nunca acaba bem, então ele mostrar o que está sentindo é melhor do que guardar tudo e suportar sozinho a dor.

— Dean, ei, eu ainda estou aqui, ainda vou ficar aqui com você. — Ela correu e o abraçou, Dean a segurou com força soltando tudo o que estava sentindo, os dois caíram na grama verde e Dean escondeu a cabeça no pescoço dela soluçando baixinho. Ela fez isso com ele, e Jen se sentia horrível, se sentia destruída, mas pelo menos Dean podia estar aqui reclamando com ela por ter feito a pior bobagem de sua vida.

Depois de alguns minutos ele se compôs e falou com a voz dura mas também reconfortante.

— Não vou deixar você morrer, eu prometo.

{...}

A volta ao bunker foi silenciosa, Dean não voltou a mencionar o casamento o que fazia um buraco no coração de Jen, tudo o que ela queria era casar com Dean e ter uma família, mas agora não dava mais, e isso fazia Jen miserável.

Quando chegaram Dean saiu do carro e foi direto pro quarto passando por Sam sem saldar como sempre fazia, Jen entrou com um olhar desolado atrás dele.

— Como foi?. — Sam perguntou cautelosamente e Jen torceu os lábios no que deveria ser um sorriso, mas logo o sorriso foi substituído por lágrimas e soluços incontroláveis, Sam correu e a abraçou lhe dando um ombro pra chorar e derramar suas frustrações.

— Ele me pediu em casamento Sam, ele ... ele já tinha o anel, eu não consegui aguentar, eu disse a ele, ele ficou destruído. — Ela falou entre lagrimas e Sam suspirou.

Dean mais uma vez perderia a chance de ser feliz, Jen foi uma das raras coisas que trouxe luz aos olhos de seu irmão, e pensar que isso está ameaçado o fazia pensar se eles serão um dia felizes de verdade, uma felicidade sem fim. Sam não acha que terá seu irmão de volta de Jen for embora.

— Sinto muito. — Foi só o que Sam disse, segurando suas próprias lágrimas enquanto consolava a menina nos seus braços.

{...}

— Dean?. — Jen chamou pela porta fechada, Dean estava trancado aí a pelo menos 4 horas e isso preocupava Jen que Dean estivesse querendo passar por essa situação sozinho.

Dean não respondeu o que não era surpresa pra ela, Jen suspirou e bateu novamente na porta.

— Dean, por favor me deixa entrar, eu sei que você está com raiva, mas eu preciso de você, não vou conseguir passar por isso sozinha. — Ela falou alto pra ele escuta-la, ela recostou na porta e foi quando ouviu Dean destrancando a porta devagar.

— Não estou com raiva de você, eu estou com raiva de mim, essa merda toda é culpa minha. — Ele disse assim que abriu a porta dando vislumbre ao rosto corado.

— Não é ...

— É sim, você nunca devia ter me conhecido, eu sempre trago o mal pras pessoas, agora você poderia estar vivendo a sua vida, sem problemas, e não condenada ao inferno por minha causa. — Ele fungou e andou até a cama se deitando e escondendo o rosto debaixo do travesseiro.

— Dean, se você não tivesse aparecido na minha vida hoje eu seria uma bagunça ...

— Pelo menos seria uma bagunça que teria uma longa vida pela frente. — Dean resmunga coma voz abafada pelo travesseiro.

— Não, Dean, o que eu fiz foi porque eu quis, se eu fiz isso foi por que te amo tanto que não poderia viver sem você, você me deu esse amor, ele é perigoso e lindo, é algo que eu nunca pensei que fosse ter, e eu agradeço todo dia por ter te encontrado, você foi a melhor coisa que aconteceu comigo e eu não mudaria o passado, nem se eu pudesse. — Ela suspira esfregando as costas dele, Dean ainda estava com o rosto escondido pelo travesseiro mas ela viu quando os ombros dele relaxaram.

— Não sabe o que está dizendo. — Ele sussurrou quando sutilmente tirou o travesseiro da cabeça, ela sorriu suavemente.

— Eu sei sim. — Jen falou simplesmente e se deitou próxima a ele lhe dando um beijo na bochecha. Agora só o que ela queria era ficar junto a ele.

— Minha avó me disse uma vez que eu encontraria alguém muito especial na minha vida, ela não me disse como ou quando seria, mas só que essa pessoa faria a minha vida realmente começar, me faria começar a viver de verdade, e a minha avó sempre tinha razão, afinal eu encontrei você. — Ela sorriu, talvez esse não seja o fim pra ela, talvez seja apenas o começo. Talvez eles deem um jeito.

Você vai ser muito feliz, essa pessoa vai mostrar a você o verdadeiro amor, vai lhe mostrar que a vida merece ser vivida, essa pessoa vai fazer você viver verdadeiramente.

— E quem é essa pessoa?.

— Só o tempo vai dizer, mas acredite, mesmo que as vezes você chore, você também terá a chance de sorrir, você será muito feliz.

Jen dormiu com esses pensamentos rondando a sua mente.

{...}

— Crowley, vem aqui agora, precisamos de você. — Dean falou rápido e desligou o telefone, pouco tempo depois Crowley apareceu na sala com um olhar irritado.

— Sério esquilo, eu estava ocupado na minha massagem matinal. — O demônio resmungou olhando pra Dean. — Sua cara não parece boa, em que problemas vocês já se meteram?

— Jen, ela fez um trato com um demônio pra salvar Dean, ela só tem um ano. — Sam disse e Crowley bufou.

— Qual é o problema com vocês e seus instintos suicidas? Parece que sempre arrumam um motivo pra morrer. — Crowley resmunga olhando pra todos com uma carranca.

— Crowley, não te chamamos pra nos dar lição de moral, precisamos de sua ajuda pra romper o trato. — Dean disse friamente ao demônio menor, Jen ficou apenas sentada em silêncio.

— O como exatamente vocês querem que eu faça isso? Quase não tenho mais poder no inferno, e se um de vocês tivesse feito um trato recentemente eu saberia, a não ser ... — Ele parou com o dedo na boca como se estivesse pensando.

— A não ser o que?. — Dean falou rapidamente.

— Provavelmente não foi um dos meus demônios que fez o trato. — Crowley disse e Sam e Dean o olharam com dúvida.

— Então quem fez? — Sam questionou sem entender nada.

— Cavaleiro do inferno. — Crowley falou simplesmente e todos congelaram, agora tudo estava pior do que imaginavam.

— O QUE?, não podemos matar um cavaleiro do inferno, eu não tenho mais a marca. — Dean falou exasperado, como eles iriam tirar Jen dessa situação?

— Não, mas você tem a mim, e como eu me considero seu amigo vou ajuda-los com isso. — Crowley disse com um sorriso e todos o encararam com desconfiança, Crowley nunca foi muito solidário.

— Como?. — Jen falou pela primeira vez nessa conversa.

— Jennifer, tinha esquecido que você estava aí, minhas desculpas. — Ele riu e ela revirou os olhos. — Uma lança, está escondida a muito tempo, diziam os mais antigos que ela tinha o poder de matar qualquer coisa.

— E você vai nós entregar com a bondade do seu coração mesmo sabendo que podíamos matar você com ela?. — Dean questionou com a sobrancelhas levantas.

— Não, isso seria burrice, eu não vou entrega-la a vocês. — Todos olharam pro demônio com medo.

— O que?.

— Calma, eu não vou entregá-la a vocês, mas eu vou dizer onde está escondida pra vocês irem busca-la. — O demônio revelou de vagar sempre com o seu sorriso arrogante no rosto.

— Isso é sério, Crowley?. — Sam quase gritou. — Você poderia pega-la com mais facilidade, e como vamos saber se é legítimo?

— Não vão, mas é a única forma de salvar a sua namoradinha. — Ele terminou olhando pra Dean. — E eu não posso chegar perto da lança, o poder dela é muito forte, mataria um demônio por simplesmente toca-la, mesmo um demônio incrível como eu.

Todos reviraram as olhos, mas essa lança poderia salvar Jen então eles fariam o que fosse possível pra acha-la.

— Muito bem, onde essa lança que mata qualquer coisa está escondida?. — Dean questionou com a mão no ombro de Jen que estava sentada do seu lado, Dean estava de pé.

— Marrocos.

— OQUE?. — Todos gritaram ao mesmo tempo – Isso é muito longe, não podemos simplesmente dar um pulinho em Marrocos.

— Oque vocês queriam? Que estivesse a venda em alguma loja de conveniências? Essa lança é umas das coisas mais mortais que existem, foi escondida pra exatamente não ser fácil de pegar. — Crowley avisou alto olhando pra todos com os olhos irritados.

— E como você sabia onde estava?. — Jen perguntou olhando pra Crowley mordendo o lábio.

— Eu tenho os meus meios de descobrir o que eu quero, se essa lança pode me matar eu tinha que saber quando alguém colocou as mãos nela, pra minha própria segurança. — Ele disse com atitude e um encolher de ombros.

Se essa lança podia salvar Jen ou não eles não sabiam, mas eles iriam tentar, Dean não iria deixar sua namorada morrer, não antes de estarem velhos e casados e com filhos e netos.

TBC



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