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História Corações conectados - Cap. 18 - Luz e Escuridão -


Escrita por: Larxene

Capítulo 17 - Cap. 18 - Luz e Escuridão -


Isso aê galera, vocês zeraram o jogo... Digo, a fanfic '-'
Curtam agora o final emocionante e revelador em CG (:
-QQQ

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Enquanto as crianças carregavam o jovem com visível dificuldade, Nika então reparou na arma que jazia na mão de Ventus, que já mal a segurava. Pensou que talvez, se pegasse emprestado, poderia derrotar aqueles bichos, já que Aqua e Terra também tinham uma parecia, e conseguiam derrotá-los.

Pegou a keyblade com vontade. Sorriu ao notar que não era não pesada quanto aparentava, e baixou-a em cima a cabeça do heartless mais perto. Ele sumiu, deixando um coração rodopiar pelos céus.

Por um instante, a keyblade começou a emitir um brilho esbranquiçado. Os heartless que estavam por perto se afastaram, e os que estavam mais longe ficaram paralisados, examinando aquela luz.

-Terra, ela pode ser... – Aqua não conseguiu terminar a pergunta.

-Essas crianças são incríveis, Aqua. Riku também conseguiu o mesmo com a minha keyblade. O futuro com certeza está na mão deles. – aproveitou que os heartless estavam admirados com a luz, que estava começando a se extinguir aos poucos, e começou a atacá-los novamente, assim como Aqua.

E também fez Nika. Apesar da pouca experiência com a arma, ela se saiu extremamente bem; golpeava, defendia, esquivava. Nem parecia uma garotinha de sete anos.

Porém os esforços não foram o bastante. Nika se distraiu por um momento, e os heartless atacaram ferozmente as três crianças e Ventus, que tentavam se defender de todas as formas, inutilmente.

Então, as criaturas pararam de repente. Olhavam desesperadas para o céus, balançando a cabeça freneticamente. Foram embora, desaparecendo em pequenos redemoinhos negros.

Terra e Aqua caíram de joelhos no chão, arfando. Suor escorria pela testa de ambos; estavam tolamente exaustos.

Nika, com as poucas forças que lhe restava, correu até onde os seus amigos estavam. Seu coração pareceu parar no peito quando viu aquela cena: Sora Kairi e Riku estavam deitados inconscientes, enquanto Ventus, que estava agora recobrado, olhava para os três tristemente. Uma lágrima lhe escorreu o rosto.

Só que mais surpreendente era o fato de que os três tinham uma espécie de fumaça negra saindo de seus corpos. Estavam pálidos, e Riku, o qual tinha a maior quantidade daquela fumaça saindo de seu corpo, chegava a tremer.

-Eu tentei protege-los. – Ventus gaguejou, cerrando o punho – Mas não consegui. Não consegui. – soluçou enquanto lagrimas escorriam fartas pelo seu rosto.


-O que aconteceu? – Nika berrou, deixando-se cair ao lado do três. Segurou a mão fria de Kairi com força. Seu olhar então passou para Sora. Ela pousou ma mãos sobre os cabelos do garoto. Acabou molhando-o com suas lágrimas.

-O que aconteceu? – ela voltou a perguntar, dessa vez com um fio de voz, em meio a soluços.

-Eles.. Eles perderam seus corações para a escuridão. – Aqua sussurrou. Ela e Terra, com pouco de forças que ainda tinham, foram até perto das três crianças.

-Então esse era o plano o tempo tudo! – Terra bateu com força contra a parede de uma casa próxima – Eles não queriam nos derrotar, mas sim derrotar esses garotos, para que o futuro esteja sem mestres da keyblade. Malditos!

Aqua ajoelhou-se ao lado dela, usando o restante de suas forças para tentar cura-los. Mas ela mesma sabia que era inútil.


Foi então que Nika se lembrou. Ela, escondida, ou uma conversa entre os três guerreiros e Mickey, na qual o camundongo explicava a eles que a keyblade também poderia trancafiar ou abrir corações, não somente portais.

A keyblade poderia dar a vida aos três.

Ela só precisaria se sacrificar.

Ela anuiu em silencio com o pensamento que lhe veio na cabeça. Era o mais correto, iria salvar a todos eles. Porém, antes de qualquer coisa, tinha algo que queria fazer antes de morrer.

Colocou-se ao lado de Riku. Sua mão tremula pousou sobre o seu rosto gélido.
Abaixou-se com cuidado e encostou seus lábios nos dele, rapidamente. Seu melhor rival, seu melhor amigo. Ele significava muito mais do que isso, porém a garota mal podia entender o porquê de seu coração pulsar tão desesperado quando estava ao lado dele, o porquê tinha vontade de sorrir na sua presença e o porquê de se sentir tão feliz e satisfeita com a vida quando ele estava por perto. Ela encarou aquilo como um mais profundo gesto de amizade que ela poderia lhe dar.
Queria que ele vivesse, queria mais do que tudo, mais do que a própria vida.

Rapidamente, antes que qualquer um dos três guerreiros pudessem entender o que se passava pela sua cabeça, se colocou de pé, com a keyblade de Ventus na sua mão.

Fincou-a no seu peito.

O mundo começou a rodar; sua visão embaçou, foi perdendo cada um de seus movimentos enquanto caia contra a areia. Então aquilo era morrer. Não era tão ruim, ela estava cheia de uma sensação calorosa, de um trabalho bem feito. Antes de seus últimos segundos, pensou em Kairi, Sora e Riku. Eles iriam sobreviver, ela não precisava daquilo.
Do seu corpo jogado contra areia apareceu um coração, brilhante e cheio de vida. O mesmo dividiu-se em três fragmentos, e cada um foi parar no peito das três crianças.

Nika já havia desaparecido. Tinha doado toda a luz de seu coração para os três. Agora, dela só restava trevas.




A garota despertou de seu transe, cambaleando para trás.

- Eu... Eu, eu sou real? – seus olhos arregalados começavam a ficar molhados.

-Você, Nika, não é nobody de ninguém além de si própria. – Aqua começou a falar-lhe – Você doou o seu coração para Sora, Kairi e Riku, para que eles pudessem sobreviver. E isso fez você poder partilhar dos poderes deles, isso explica o seu poder inesgotável. Porém você é Xanik, nobody de Nika.

-As... Nada era ilusão? – balbuciou.

-Não, você viveu tudo aquilo mesmo – Ventus disse, com um sorriso – Porém, assim que perdeu seu coração era como se você nunca tivesse existido. E assim, os anos se passaram, e a memórias deles sobre você foi ficando cada vez mais vaga.

-Até que perderam seus corações para a escuridão – Terra continuou – E como, fragmentos do seu coração estavam conectados com os deles, Xanik, a nobody, foi criada. Assim que a encontraram, Xemnas notou seu poder, e preparou você durante todos essas anos, implantando memórias falsas em sua mente, no Castle Oblivion. Queria te tornar uma arma ainda mais poderosa, com um só objetivo; você vingar-se dos que te esqueceram. Assim Xemnas teria sobre sob seu controle a única e mais poderosa mestre da keyblade, para encher o falso Kingdom Hearts da Organizaion XIII com os corações que você conseguiria. Mas o plano dele falhou, e acabou sendo morto antes de poder usá-la.

-Obviamente, - Aqua seguiu falando - você esqueceu de grande parte de sua vida verdadeira, assim como seus amigos esqueceram qualquer memória mínima sobre Nika que eles ainda guardavam. Não é culpa deles, é o Castle Oblivion.

-Xanik, nobody, memórias... Chega! – ela gritou gesticulando. Não conseguia mais conter as lágrimas – Eu sou Nika, eu sou Nika! Não mudei, não sou nobody, eu tenho um coração! –sua voz ecoou pela escuridão.

-Fico feliz que não tenha perdido seus sentimentos e ainda seja quem você era antes de ser uma nobody... – Aqua estava dizendo, porém se interrompeu – Não. Você está mais forte, mais confiante. A conexão de seu coração com o de Sora, Riku e Kairi deve ter feito isso.

-Eu quero voltar a ser a Nika, Aqua. – soluçou, mas tentou não perder a confiança.

-O que você veio fazer aqui mesmo? – Terra retrucou, sorrindo.

-...Tem razão, é claro. – ela balançou a cabeça, recuperando a linha de pensamento - Eu queria derrotar a minha escuridão, pois sei que é impossível derrotar a escuridão do Kingdom Hearts. E além do que, precisamos de um equilíbrio. – parou de chorar, assumiu um tom de voz mais calmo e endireitou os ombros – Do mesmo modo que uma pessoa não vive sem a escuridão e a luz, o Kingdom Hearts não pode sobreviver sem as duas partes.

-Qual o plano então? – Ventus questionou.

-Se eu derrotar minha escuridão, meu corpo irá morrer, só de luz é impossível conseguir sobreviver. Eu não tenho coração. A única coisa que iria me restar seria minha alma. Ela será o keyhole para trancafiar o Kingdom Hearts de uma vez por todas, uma alma poderosa de uma mestra da keyblade é ainda mais poderosa que a própria keyblade.

-Sim. – Aqua anuiu, com um sorriso – Mas, você não se arrepende de se sacrificar?

-Não. Eu vim aqui com esse objetivo, não vou voltar atrás de forma alguma. É apenas uma vida a menos para salvar todos os mundos. Uma troca mais do que justa. – ergueu a cabeça, com uma expressão decidida – Eu posso não voltar a ser a Nika, com um coração no peito. Mas se eu conseguir salvar os amigos de Nika, a coisa mais importante para ela, tendo ou não um coração, morrerei feliz. Eu já fiz isso uma vez, e não vou me arrepender de fazer outra.

-Nunca pensando duas vezes quando o assunto são seus amigos – Terra murmurou, colocando a mão contra o peito – Acho que todo mestre da keyblade é assim.

-M-mas e vocês! – ela exclamou quando percebeu que estaria os deixnado para trás - Existe um jeito de ajuda-los também?


-Não se preocupe conosco. Ele virá na hora certa para nos salvar, DiZ nos disse. Está destinado.

“Ele?” ela mal teve tempo de pensar sobre aquilo.

-Boa sorte na usa batalha. – Ventus falou, segurando a sua mão.

-Você vai vencer, e vamos ficar aqui esperando. A escuridão nunca é tão forte quanto aparenta, a luz sempre prevalece – dessa vez Aqua lhe segurou a outra mão.

-E, depois de que tudo estiver feito, tenho certeza que vai voltar. – Terra disse por ultimo, e pousou sua mão no ombro da garota. Ela não teve tempo de questionar nada, em uma piscada de olhos eles desapareceram, deixando-a boquiaberta e sozinha novamente na sua escuridão.


Vozes, sussurros, vultos passando rapidamente a sua volta lhe atormentavam os pensamentos. As vozes gritavam socorro, os sussurros a menosprezavam e a julgavam incapaz. Os vultos pareciam rasgar parte de usa alma quando passavam ao seu entorno, era como seus piores pesadelos.

A batalha estava começada.












Uma semana.
Três semanas.
Um mês.
Nada.

Riku estava sentado na areia fina da praia da cidade. Observava as ondas indo e voltando, enquanto a lua cheia se refletia tremula sobre o mar. A ventania fraca, revigorante e gélida da madrugada bagunçava sés cabelos, que atrapalhavam em parte a sua visão.
Suspirou. Ajeitou-se na areia, jogando o peso do corpo em cima dos braços esticados para trás.

Ele não queria perder as esperanças.


-Riku? – uma voz o chamou, levada pelo vento. Roxas.

-Hm? – virou-se, um pouco surpreso pelo amigo estar acordado à uma hora daquelas. Sim; seu amigo. Ambos tinham ganhado a confiança do outro, deixaram as intrigas de lado e perceberam que poderiam ser bons amigos.

-Acordado numa hora dessas? – Roxas perguntou, se colocando ao lado de Riku. Começou a observar as ondas, a lua refletida no mar, e a Ilha. Havia algo hipnótico naquela paisagem, algo que chamava a atenção, e você não queria mais desviar os olhos. Era perfeito.

- Te digo o mesmo. – ele retrucou.

-Não estou com sono e adoro esse lugar – Roxas sentou-se ao seu lado – E além do mais, o Sora ronca muito.

Riku não pode conter uma gargalhada, seguido de Roxas.

-Mas e você? – o loiro perguntou depois de recuperar o fôlego, assumindo um tom um pouco desanimado.

-Eu gosto daqui... – ele hesitou, querendo não terminar a frase. Porém continuou – É um bom lugar para pensar; e eu estou pensando que vou continuar esperando.

Roxas deu um longo e tristonho suspiro.

-Acredite, todos nós estamos tristes. Não é o único que quer que ela volte, ela está fazendo falta para todos. Mas já faz muito tempo...

-Você não está entendendo – Riku o interrompeu – Aquilo; aquela memória que me veio a cabeça dentro da caverna, não era mentira, nem delírio, muito menos sonho. Era algo esquecido, algo que eu não me lembrava mais. – ele virou-se para encara-lo – Ela é real, pode ser um nobody agora, mas vá teve um coração. Não é um nobody de nós três, Roxas, é algo ainda mais complexo do que isso.

-Como você sabe?

-Eu tenho tido sonhos estranhos e desconexos ultimamente, sobre isso. Mas... Eles não tem sentido algum até agora. Mas eu sinto.

-Você está certo disso?

-Sim. Isso só pode ser um sinal, Roxas. – Riku sorriu – Ela ainda está viva, e estou certo de que vai voltar. – colocou-se de pé, e ofereceu a mão para ajudar Roxas a se levantar.

-Eu espero de verdade que você esteja certo, Riku. – foi a vez de Roxas sorrir.



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Cara, essa fanfic mudou a minha vida. Sem brincadeira! Vocês notaram o começo, como a minha escrita era uma verdadeira droga? Hoje, ela ainda não está lá grande coisa, mas eu gosto do meu jeito de escrever, atualmente pelo menos. -q
Queria muito, muito agradecer aos que comentaram, favoritaram e acompanharam essa fanfic. Sem vocês ela não teria saído do primeiro capitulo! *-*
Queria agradecem também ao Nomura, o grande gênio que criou Kingdom Hearts, se não fosse por ele eu não estaria aqui hoje -q
E claro, agradecer a todas as bandas que me inspiraram com sua música maravilhosa, Three Days Grace, Avenged Sevenfold, Evanescence, Led Zeppelin, Metallica, Pearl Jam, Lacuna Coil... Muitas outras, eu amo música. *--*

Obrigada leitor, muito obrigada! *O*

Bem, é isso, acabou.




MENTIRA! :3
O que vem depois dos créditos? Uma cena especial, oh yeah 8)
Nada mais a declarar A_A"


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