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História Corações de areia - Eiko


Escrita por: L-Drago e Siegrein

Notas do Autor


Aviso: essa na imagem não é a Eiko. Na ausência de uma imagrm que refletisse exatamente aquilo que a personagem representa, pus essa, ok? Ok.
Como achei tempo livre, preferi não deixar nossos leitores magnificos à espera, vim logo publicar. Em pouco mais de um mês, a fic (com apenas 9 capítulos) "angariou" 97 favoritos e 76 comentários. À todos vocês que, de uma forma ou de outra, nos dão a conhecer a vossa opinião, o nosso obrigado. É sempre bom saber que tem alguém do outro lado lendo e gostando, querendo sempre mais. É por vocês que a gente escreve com tanto afinco, a vossa motivação, a vossa presença é um incentivo para martelar a cabeça até sair, no minimo, 1000 palavras para um capítulo. Então, muito obrigado mesmp, de coração.
Agora, se já vos enchi muito, peço desculpas e... Boa leitura. Espero que gostem, bye!

Capítulo 10 - Eiko


Fanfic / Fanfiction Corações de areia - Eiko

“Que, doravante, nenhum amante siga meu exemplo.

(..)Uma mulher rejeitada é uma criatura terrível

Pedro Abelardo”

- (...) assim que tiver oportunidade, não hesite, mate-a! – ordenou Sasuke.

[...]

Eiko seguia agora por um corredor escuro – o mesmo que Sasuke havia percorrido ao encaminhar Sakura para o “quarto”, sua batina sendo a única coisa que o breu não engolia. Marcava passos curtos e lentos, insegura quanto ao que pretendia fazer. Soavam vozes na sua cabeça. Uma parte, a que parecia ser mais racional, lhe dizia que aquilo não passava de uma loucura, que devia recuar, que não levasse aquela avante e que não traisse Sasuke. Por outro lado, a outra parte, a mais passional, a do orgulho ferido, lhe dizia, claramente, que Sasuke não merecia tamanha lealdade e tamanho amor, lhe mostrava, agora, o quão tola foi ao crer em suas juras. 

Sabia também que, nos planos de Sasuke, quem deixava de ser útil era despachado. No seu caso, não se tratava de uma mera desconfiança, era uma certeza; até porque, nenhuma letra ficou por pronunciar quando Sasuke lhe disse isso:

- “A Sakura é mais útil que você”. – foram as palavras de Sasuke, ditas com crueldade, secura, e sem nenhum remorso. Nessa altura, um nó se formara em sua garganta e seus olhos ardiam, na medida em que tais palavras lhe invadiam a mente... e o coração. 

- Julguei que nós... – Eiko engoliu as restantes palavras, mordendo os lábios num esforço para não chorar. Seu sonho lhe fugia entre as mãos. Sasuke lhe negava seu maior desejo: estar casada com ele. Tudo que fizera até então tinha por objectivo ser útil para ele, crente de que seria devidamente recompensada, e o que ganhou por confiar nele? Nada!

Então, não! Sasuke não merecia sua lealdade. Ainda que fosse dificil convencer Sakura de suas boas intenções, não faria mal tentar. De uma forma ou de outra, a ruina de Sasuke se tornara iminente; isso, desde o momento em que a descartou.

Estacionou frente ao quarto de Sakura. Sorrateiramente, sem Sasuke perceber, havia conseguido pegar as chaves. Destravou a porta. 

Do outro lado, o som da porta sendo destravada chamou a atenção de Sakura, que voltou-se para a mesma, esperando que fosse Sasuke. Porém, diferente do que estava a espera quem entrou foi... Eiko?

A expressão da morena não era das melhores, parecia abatida, seus olhos denunciavam choro, porém, desconfiada, Sakura tomou posição de luta. Não era preciso ser muito inteligente para saber que Eiko odiava-a, ainda mais agora que Sasuke pretendia se casar com ela. 

- O que quer aqui? – perguntou Sakura, ríspida. 

- Vim em paz. – disse Eiko, os braços ao alto em sinal de paz. 

Sakura revirou os olhos, incrédula. 

Deve achar que sou parva, pensou, indignada. Desde quando se conheceram, há dois anos, a animosidade entre ambas não ficou oculta - não da parte de Eiko. 

Para começar a trabalhar no hospital, todo ninja médico é submetido à um estágio; estágio esse que é supervisionado por um profissional. Cada estagiário, dependendo da área de formação, recebia a atenção de um médico em especial e, por puro azar, Sakura fora indicada para supervisionar Eiko. 

Na altura, já ouvira falar muito de Eiko, das suas proezas na academia ninja, incluindo o facto de que havia superado suas notas em ninjutsus médicos. Sakura não se importou muito, até porque seu trabalho era prestar assistência médica à quem precisava, e não competir. 

Convencida por natureza, durante o estágio, Eiko lhe fizera a vida negra. Só mais tarde veio saber que o real motivo era a paixoneta da morena por Sasuke. Depois que soube, Sakura tentou demover essa rivalidade, contando que não tinha interesse algum em Sasuke e, como era de se esperar, Eiko ignorou-a.

A rivalidade veio piorar quando, durante uma intervenção médica, Eiko cometeu um erro crasso. Um erro que podia muito bem custar a vida à um ninja. Como supervisora, Sakura foi forçada a se intrometer, remediando a situação. O descuido de Eiko lhe valeu uma nota negativa no estágio, obrigando-a à só singrar na carreira médica um ano mais tarde. Foi nessa altura que a rivalidade, a competição quase amigável, se transformou em ódio. 

- Eu sei que é díficil de acreditar...

- Não é díficil, é impossível. – interrompeu Sakura, categórica. 

- Se não se importar de me ouvir, vai perceber que eu só quero ajudar. 

- E porque isso agora? 

Eiko mordeu os lábios, fitando o chão, indecisa, sem saber se devia mesmo responder. Ainda ia a tempo de sair dali. Não!, pensou, não podia recuar. Não havia se decidido a ajudar? Então, é o que faria. 

- Descobri que o Sasuke não é de confiança. – respondeu, ainda encarando o chão. A voz saiu baixa, como uma criança que reconhece o erro e agora teme a reprimenda. 

As feições de Eiko, do inicio até ao momento, punham Sakura em dúvida. Estava tentada a acreditar. Se aquilo fosse verdade, se Eiko estivesse sendo sincera, o tabuleiro poderia ser invertido, colocando Sasuke em desvantagem. Porém, não podia “entrar de cabeça”. Sempre podia ser uma armadilha de Eiko. Obviamente, Sasuke tinha interesse em mantê-la ali. Por outro lado, Eiko podia muito bem ter outros planos, como matá-la! 

E se?, essa questão martelava a cabeça de Sakura. Precisava de mais detalhes.

- Conheces o plano do Sasuke?. – perguntou.

Eiko ergueu o rosto, encarando-a, e assentiu. Agora, o olhar de Sakura pronunciava um sonoro “desembucha”:

- Recentemente, chegou à vila a Embaixadora de Suna. – disse Eiko. Temari, pensou Sakura, invocando a imagem de amiga. – pelo que percebi – retomou Eiko - Konoha só tem mais uma semana para achar o Kazekage. Mais que isso, haverá guerra. 

E pensar que o Gaara está tão perto, pensou Sakura, lembrando de Misaki. Só não contava isso à Eiko por não confiar na morena. Não podia se precipitar. Se o fizesse, arriscaria tanto a vida de Gaara como a de Misaki.

- Isso não explica propriamente o plano do Sasuke.

- Espera, vou chegar lá. Como suponho que sabes, o Rinnegan é a evolução natural do sharigan. Obviamente, o Sasuke não pretende esperar que o seu surja “magicamente”. Ainda mais agora, com a guerra à porta. Não sei como ele fez, mas, ao que parece, ele tem o olho de Madara Uchiha e precisa que tu o transplantes. Com o Rinnegan e a ANBU sob seu poder...

- Será imparavel. – concluiu Sakura, introspectiva. 

Eiko assentiu. 

- Temos que fazer alguma, temos que pará-lo. – as palavras de Eiko despertaram Sakura. Sua desconfiança vacilava, mas ainda não confiava propriamente na morena. Seu olhar não escondia o desconforto por, no momento, Eiko parecer ser a única ajuda. 

- E sabes porque ele quer se casar comigo? – perguntou. Era bastante óbvio que sua pergunta “picava” Eiko, porém, precisava averiguar suas intenções.

- Não. – respondeu Eiko. 

Sakura franziu o cenho, duvidosa quanto a sinceridade de Eiko. Eiko, com certeza, por orgulho ou outra coisa, não lhe contaria se Sasuke tivesse outro interesse – excepto sua habilidade em ninjutsus médicos – para se casar com ela. Mas isso não importava. Não precisava da tola fantasia de que Sasuke queria se casar com ela por “amor”. 

Sasuke não sabe amar, reiterava, mentalmente. 

- Vou confiar em você, Eiko. – disse, suas palavras inspirando um sorriso em Eiko. – suponho que tenhas um plano?

- Tenho. 

Outra vez, os olhos de Sakura pronunciavam um ordeiro “desembucha”

- Primeiro, se queremos tirar a vantagem ao Sasuke, devemos achar uma forma de atrasar a cirurgia de amanhã. Para isso, preciso que ganhes mais algum tempo. 

- E como é que eu faço isso? – perguntou Sakura, desconsiderando seu talento em fingir. Costumeiramente, por pacientes e amigos, era definida como um livro aberto. Se tentasse uma manobra teatral, Sasuke desconfiaria logo de inicio. 

Felizmente, Eiko tinha uma ideia de como fazê-lo:

- É só dizeres que ainda não terminaste de revisar os pergaminhos. Sem o conhecimentos dos pergaminhos, duvido muito que o Sasuke te deixe operá-lo. São seis pergaminhos, os três primeiros explicam os dojutsus em particular, os três últimos explicam os procedimentos médicos para transplantar qualquer um deles. 

Sakura assentiu, percebendo a ideia.

- Esse tempo vai servir para resgatarmos sua mãe. Uma vez que a Mebuki esteja salva, viremos te buscar, ao mesmo tempo em que enviaremos alguém para contar a verdade ao Okage. 

Eiko contava o plano pausadamente, dando espaço para Sakura pensar e, talvez, contestar. E, não restava dúvida, Sakura tinha uma questão. A “pluralidade” no plano inquietava-a.

- Disseste “resgatarmos”. Tu e mais quem? 

- Eu e o Kobuto. – disse Eiko, o nome trazendo imagens à mente de Sakura, imagens pouco agradáveis. Recordava, com estranha nitidez, o que sentiu ao ser subjugada pela técnica de Kobuto, no hospital, quando Sasuke foi falar com ela.  

Como não podia deixar de ser, franziu o cenho, descontente. 

- É um ninja de ANBU, duvido muito que traia o Sasuke.

- Sim, é um ninja da ANBU, mas também é meu irmão. E ele é mais leal a mim que ao Sasuke. Ademais, já falei com ele. -  a confiança na voz de Eiko tranquilizou-a um pouco. – continuando, a operação será feita naquilo que chamam de “Santuário Naka”. O Sasuke nunca deixou ninguém entrar lá, pelo que, suponho, só estarão lá vocês os dois.

- É pouco provavel que seja como dizes, Sasuke nunca se colocaria numa posição de vulnerabilidade.

- Nesse caso, sim. Ele vai fazê-lo contando que sua mãe continua cativa e que, portanto, não farás nada que o comprometa, com medo de perdê-la. Por isso que só resgataremos sua mãe ao amanhecer. O Sasuke, com certeza, vai querer saber que a Mebuki continua presa antes de ser operado. 

O plano de Eiko ganhava forma na mente de Sakura e, embora relutante, reconhecia, pelo menos mentalmente, a inteligência de Eiko. Seu plano, em todos os niveis, se mostrava mais bem elaborado que o seu de tramar Sasuke enviando sua mãe para falar com o Okage. Seu plano, tão incrivelmente estupido, que resultara na captura de Mebuki. 

- Disseste que esse “Santuário Naka” nunca vos foi apresentado. Como é que pretendem me resgatar de lá? – perguntou. A desinformação não lhe serviria de nada. Se fazia parte do plano, é porque precisava saber tudo. 

- Levarás contigo um localizador. A partir dele, saberemos exatamente onde estás. Precisamos também que prolongues a cirurgia por um tempo. Se interferirmos a meio, o Kobuto poderá usar sua técnica para paralisar o Sasuke até a chegada do Okage. 

- Mas, se a cirurgia ficar inacabada, o Sasuke pode ficar cego. – disse Sakura, visivelmente preocupada. Seu tom e postura, constatava Eiko, não deixavam dúvidas quanto a preocupação ser real. Surpreendia-a! 

Ela, no lugar de Sakura, não hesitaria em seguir adiante com o plano, pouco importada com o estado em que Sasuke ficaria. 

- Importas-te realmente com isso? – perguntou, surpresa. Sakura recuou um pouco. Era sua vez de baixar os olhos e fitar o chão, pensativa. 

Maldição!, praguejava mentalmente. Depois de tudo o que ele fez... estupida!, acusava-se mentalmente, comiserando-se por dedicar tanta preocupação por quem não a merecia. Mordeu os lábios com força, punindo sua tolice e imprudência ao deixar seus sentimentos tão a vista de Eiko. 

- Amas o Sasuke? – perguntou Eiko. 

Como pensara anteriormente, não era uma boa atriz, pelo que, não se esforçou em mentir. Seu silêncio respondia por si. 

- As mulheres e o amor... – ironizou Eiko, tentando espantar o clima tenso. Da sua parte, a decisão estava tomada, Sasuke não valia a pena. 

Sakura ergueu o rosto, encarando Eiko. À sua frente, estava uma mulher que também amava Sasuke, mas que, diferente dela, sabia lidar com aquilo. Punha à frente o que realmente valia a pena: tudo o resto, em detrimento de Sasuke. Devia fazer o mesmo. 

- Como é que vai ser Sakura? – perguntou Eiko. 

- Vamos à isso. – disse, a voz firme e segura. 

- Ótimo, amanhã, à essas horas, tudo terá terminado. 

A poeticidade na voz de Eiko encorajou-a a sorrir. Seus olhos brilharam, vislumbrando luzes no futuro, esperava, sinceramente, que, depois disso, pudessem ser amigas. 

Eiko estava de saida. Antes que passasse pela porta...

- Obrigado, Eiko. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Até o próximo capítulo, que sai, muito provavelmente, daqui a duas semanas. Please, não me matem rsrsrsrs. Bye!


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