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História Corações divididos - Sakura e Itachi (Itasaku) - Verdades


Escrita por: Karimy

Notas do Autor


Oi pessoas!!! Tudo certo???

Já estava morrendo de saudades de escrever para vocês! Pra quem acompanha minha outra história sabe que eu tive um pequeno inconveniente, chamado terçol, que me deixou impossibilitada de escrever. Mas como sou um pouco ansiosa, só esperei o inchaço diminuir para voltar a escrever rsrsrs

Gente, algumas pessoas tem me adicionado como amiga, pedindo para que eu leia a história e avalie. Mas aontece que a minha memória fotografica não é muito boa, então não consigo gravar quem foi que mandou o quê para mim. Então me envie uma mensagem privada, explicando o que você precisa que farei possível para ajudar.


Como sempre, quero aproveitar para agradecer a todos que tem favoritado minhas histórias, e aos coméntários de vocês.


Espero que vocês gostem!!!
Bjnn

Capítulo 24 - Verdades


Não existem verdades absolutas na vida, cada pessoa enxerga as coisas que acontecem a seu modo e isso gera vários pontos de vistas distintos, um sempre querendo estar acima do outro, tendo sua verdade reconhecida como a mais plausível. Mas o fato é que, se o planeta fosse composto por pessoas justas, não haveria lados a serem escolhidos, pois cada um tem sua verdade.

 Quando comecei a ouvir a história de Itachi, achei aquilo tudo um grande choque, mas acontece que as maiores verdades soam como algo absurdo quando a ouvimos pela primeira vez. Porém cada ser humano já nasce com um senso crítico, e o meu me fez acreditar com veemência em cada palavra dita por ele.

  Tinha encravado em meu coração a certeza de que tudo o que ele fez foi para impedir que mais mortes ocorressem. Eu sabia que ele nunca teria desistido, assim como sabia que ele nunca desistiria de seu irmão. E tudo o que é feito por amor sempre estará acima do bem e do mal, da verdade e da mentira, apenas não enxergamos isso às vezes ou não aceitamos.

 Infelizmente, tive que ficar sozinha depois de ter escutado tudo aquilo da boca dele. Fiquei muito triste e até pedi para que ele continuasse comigo por mais alguns minutos, mas eu entendia que ele tinha que ir para seu quarto, onde Kin o esperava. Vi a dor em seus olhos quando nos afastamos, e era esse tipo de coisa que ainda me fazia permanecer ao seu lado.

 Ele sempre fez com que eu sentisse que havia algum sentimento dele para comigo, mas agora tinha certeza de que era a mulher mais amada que existia no mundo. E ele me demonstrava isso não apenas com palavras, como também com seus atos. Não existia um dia sequer que ele não viesse me ver, muito menos um que ele não dissesse o quanto me amava.

Estava notando várias mudanças nele com o decorrer do mês: ele estava bebendo bem menos e se mostrava aberto a todas as minhas questões. Eu sofria demais quando o via ao lado de Kin, porém agora sabia que seus abraços verdadeiros pertenciam apenas a mim. E ninguém jamais poderia me tirar isso.

 No entanto ainda havia mais uma parte dolorosa nisso tudo: ainda tínhamos que nos esconder de todo mundo. Estávamos nos esforçando o máximo que podíamos para que ninguém, além de Kisame, descobrisse sobre nós dois. Para nossa sorte, o amigo de Itachi nos apoiava bastante e já havia nos tirado de alguns sufocos, como em uma madrugada que Itachi foi até o meu quarto.

 Ele sempre ficava comigo quando chegava das missões, fazíamos amor quase todos os dias — e eu já não aguentava mais tanta energia da parte dele, para ser honesta. Ele ficava em meu quarto até o momento que eu dormia, depois disso ia para o quarto dele... por causa de Kin.

   E nesse dia em questão, no segundo dia da minha menstruação, ele estava enlouquecido de tesão e foi bastante difícil acalmá-lo. Acabei por conseguir distraí-lo, contando sobre como era meu treinamento com Tsunade, e depois de algum tempo acabei dormindo em seus braços. Acordei assustada, quase três horas depois, vendo-o sentado em minha cama com o rosto suado e ofegante.

 — Itachi? — Não entendi o porquê de ele estar ali, mas parecia assustado com alguma coisa. Suas mãos geladas em meu rosto me fizeram despertar e comecei a me sentar para olhá-lo melhor.

  — Shiii... — Ele soltou esse som, segurando meu corpo e me impedindo de levantar, se deitou ao meu lado, se agarrando a mim com força. Eu o sentia tremer um pouco, e isso estava me deixando assustada e sequer conseguia olhar para ele, já que me pressionava contra seu peito.

  — O que aconteceu? — Minha voz saiu um pouco abafada, por conta de seu aperto, mas assim que me ouviu, ele se afastou um pouco, segurou meu rosto com as mãos e me olhou nos olhos. Apesar da pouca claridade que entrava pela janela, conseguia ver sua face de satisfação, e isso me fez ficar ainda mais intrigada.

   — Tive um pesadelo.

  — O que você sonhou? — Nossas bocas estavam praticamente coladas, enquanto eu esperava pela resposta. Ele sorriu, fechando os olhos e abrindo novamente como se estivesse zombando de si mesmo.

  — Deixa para lá.

 Eu até queria dormir de novo, estava cansada e ainda era pouco mais de duas da manhã, porém estava curiosa demais para saber sobre o sonho que o havia trazido até meu quarto uma hora dessas.

  — Não. Me conta.

Ele permaneceu me olhando, e eu já começava a pensar que ele me daria o vazio do silêncio como resposta. Suas mãos começaram a acariciar meus cabelos, como se estivesse viajando para outro lugar em sua mente.

  — Sonhei que tinha perdido você. 

  — Você nunca vai me perder.

  — Posso ficar aqui com você?

  — Claro que sim. Se fosse por mim, não sairíamos de perto um do outro nunca. — Ele beijou o alto da minha cabeça, e eu não precisava olhar para sua face para saber que ele sorria.

  Quando ele deixou meu quarto, na noite que me contou tudo sobre o que havia ocorrido na vida dele, sentia que ainda ficaram muitas coisas por serem ditas. Como o porquê de eu estar trabalhando na instalação, ou sobre o motivo de ele sempre tocar na minha testa quando nos despedimos. Porém a cada dia que se passava eu ia desvendando aos poucos seus mistérios, me sentia numa caça ao tesouro às vezes, sendo surpreendida por momentos como o que aconteceu naquela noite.

   Acordei em seus braços e fiquei zelando por seu sono por vários minutos, nem percebendo que já havia me atrasado para o café da manhã. Quando ele acordou ficou sem saber o que fazer, já que provavelmente todos questionariam nossa ausência. E não podíamos nos dar a esse luxo, já que Asami chegou a comentar uma vez como era estranho nós sempre sumirmos nos mesmos horários.

  Kisame sempre acabava mentindo, dizendo estar com o amigo para nos proteger e nesse dia não foi diferente. Quando cheguei na cozinha, todos já haviam tomado seu café da manhã e Kin não estava à mesa. Yahiko me perguntou, de maneira constrangedora, se eu sabia onde Itachi estava, e Kisame respondeu por mim, dizendo que seu amigo havia dito que ia treinar um jutsu ocular de madrugada.

 Apesar dessa desculpa ser um tanto esfarrapada, Yahiko pareceu acreditar, o que não era surpresa, já que, mesmo sendo muito inteligente, ele era meio tapado para outros tipos de coisas. Sasori e Deidara se levantaram naquele momento da mesa, e eu percebi o olhar do segundo para mim, que ao notar que eu o olhava, virou o rosto rapidamente.

  Ultimamente, ele estava se afastando cada vez mais de mim. A ponto de se levantar quando eu me sentava próximo a ele, e por mais que eu quisesse conversar e saber se ele estava chateado comigo, preferia ficar quieta e dar tempo para o garoto. E essa era uma boa decisão para meu relacionamento também, já que Itachi sempre implicava quando me via próxima a Deidara.

 Deidara e Kin estavam se tornando amigos, o que fez com que todas nós, garotas, ficássemos intrigadas com o porquê disso. Às vezes eu pensava que ele estava conversando com ela só para me provocar, pois não era novidade para ninguém que ela não gostava de mim.

  Na sexta feira, as meninas e eu estávamos vendo os rapazes treinar. Estava bem quente nesse dia e ver Itachi todo suado estava me fazendo ficar pirada, e o pior era que só podia olhar para ele quando ninguém estava prestando atenção em mim, o que era bastante difícil. E se eu desse muito espaço para ele, teríamos problemas, já que sempre que ele me via o olhando parecia se esquecer de tudo e todos.

 Ele não se importava muito com o pessoal da instalação, o problema mesmo era Kin e Ino, essas não poderiam mesmo saber sobre nós. Eu tentava sempre me distrair nos treinos observando as lutas de Sasori e Deidara, e às vezes via o de Yahiko e Konan.

 Quando via a luta do casal, me sentia um pouco deprimida, os dois se amavam muito e achava isso lindo. Mas a forma que sempre podiam estar juntos, sem se preocupar com a presença de ninguém, me afetava um pouco. Quando eles não estavam treinando, como nesse dia que Yahiko teve que sair, fiquei olhando a luta de Deidara e Sasori. Mas o problema era que Itachi não ficava nada satisfeito com isso.

  — Presta atenção — Deidara falara, ao ser empurrado por Itachi, todos sabiam muito bem que ele tinha feito isso de propósito, já que ele tinha um excelente senso de distanciamento.

  — Presta atenção você. — Itachi se aproximou do garoto com o corpo enrijecido e as mãos fechadas. Seus olhos fitavam os de Deidara com um ódio extremo, o que não era algo comum para ele, que sempre se demonstrava frio e distante de tudo. Olhei para Kisame, já ficando preocupada com a situação e ele sorriu para mim indo em direção ao amigo.

 — Calma aí, Itachi, esqueceu que você está lutando comigo? — Kisame pousou a mão no ombro de Itachi, o trazendo de volta a realidade, e Sasori estava sentado no chão, impaciente por ter mais um de seus treinos interrompidos por conta daqueles dois.

  — Nossa, Itachi, você é muito bruto. Por que faz essas coisas? — ralhou Kin.

Itachi revirou os olhos ao ouvir a voz dela e começou a caminhar para dentro da instalação a passos pesados. Foi impossível não o acompanhar com meu olhar, e antes de entrar ele deu um tapa na porta. Queria ir até ele e tentar acalmá-lo um pouco, mas as garotas desconfiariam.

   — Nossa, Itachi, você é muito bruto. Blá-blá-blá. — Asami imitou Kin, e todas nós rimos com aquilo. 

   — Gente, eu não sei por que esses dois implicam tanto um com o outro. — Konan falou, me fazendo ficar desconcertada. Ela estava sentada no meio fio ao meu lado e sua cabeça estava erguida, de olhos fechados, como se tomasse sol numa praia.

   — Ele deve estar com ciúmes da noivinha dele. — O comentário de Asami fez com que todas nós olhássemos para Kin, que conversava com Deidara ainda, afagando o braço do garoto de maneira suspeita. Mas eu sabia que o problema entre eles não tinha nada a ver com Kin.

   — Eu adoraria ver esses dois resolvendo logo as diferenças que têm. Itachi é um idiota mesmo e o Deidara me deixa cada vez mais decepcionada por estar se afastando da gente e se juntando àquela megera. — Ino estava tirando seus esmaltes roxos da unha enquanto falava. E apesar de estar preocupada demais escolhendo qual cor de esmalte usaria nas unhas depois, eu sabia que ela tinha prestado atenção em tudo que havia acontecido ali.

 — Não seja malvada, Ino, eles são todos do mesmo time. Não deveriam brigar por coisas tão bobas. — Konan falou, olhando para Kin e Deidara.

 — Ah... Mas já que eles vivem se encarando, não vejo o porquê de não acabar com isso logo. Né, Sakura? — Ino deu de ombros, e eu apoiei minhas mãos no chão. Não queria ter sido arrastada para aquela conversa, mas tinha que dar uma resposta, por mais boba que fosse.

  — Eu não sei, Ino — falei apática a ela e sua questão estranha. Kisame e Sasori estavam vindo em nossa direção, mas eu não conseguia tirar os olhos de Deidara e Kin, que continuaram conversando.

  — O que foi, fracassada? Não tem mais nada para fazer, então fica vigiando os outros é? — perguntou Kin ao ver que eu a olhava.

Kisame parou de andar e virou para ver a mulher que falava besteiras atrás dele, e as garotas também a olharam com desdém. A mulher deixou Deidara para trás e começou a vir em minha direção, furiosa, enquanto eu permanecia na mesma posição, com meus olhos arregalados por conta da atitude repentina dela. 

 — O que pensa que vai fazer? — Kisame estendeu o braço esquerdo, apoiando a mão no ombro dela, fazendo-a parar. A vontade que eu tinha era a de me levantar dali e dar a surra que ela merecia, mas ainda não sentia que esse fosse o momento para isso.

   — Me larga, Kisame. Será possível... Que droga essa garota tem de tão bom, que todo mundo quer defender ela? — Ela tentou se esquivar de Kisame, mas ele olhou para Sasori sorrindo ao ver que ela não conseguia.

  — É melhor você se acalmar, porque se eu me irritar, não vai ter ninguém que possa te salvar. — A voz de Kisame saiu dura e amedrontadora, Asami abriu um enorme sorriso no rosto parecendo orgulhosa dele.

Kin cerrou os dentes quando Deidara tocou-lhe o outro ombro.

  — Você se irrita à toa, deixa para lá — ele falou, olhando para mim, e isso partiu meu coração. Sua face estava tristonha e me sentia sem graça por perceber que estava perdendo sua amizade a cada dia que se passava.

 Além do meu desgaste emocional, aquela cena não deu em nada. As garotas depois ficaram dizendo que eu deveria ter reagido, mas ignorei. Assim que tive oportunidade, agradeci a Kisame pelo que ele fez, mas sentia que palavras não poderiam expressar como me sentia feliz por ter descoberto o quão leal ele era.

 Fui para meu quarto arrumar minhas coisas para ir embora, e Itachi estava à minha espera. Contei a ele o que tinha acontecido e ele ficou furioso, mas eu ria de sua cara de bravo. Tentei dizer que ele foi exagerado com Deidara, mas ele tapou os ouvidos, como uma criança birrenta, dizendo que só me ouviria se eu prometesse não falar sobre isso.

 Quando cedi, acenando positivamente para seu pedido, ele me agarrou com força pela cintura, me fazendo sentar em seu colo. Como sempre a despedida foi árdua, mas eu precisava ir para casa e estava com saudades dos meus pais. Ele sempre saía do quarto antes de mim, acho que ele não gostava de despedidas, mas já havia me acostumado a receber apenas seu toque em minha testa como sinal de adeus.

  Ino e eu fomos para casa tranquilamente, ela ficou falando sobre a insatisfação de não ter nada para fazer nesse final de semana, e eu apenas entrei em sua conversa. Estávamos nos falando bem mais que antes agora, e eu sentia que nossa amizade já voltava a ser como era, apesar de ainda esconder um grande segredo dela.

  Fomos até Tsunade entregar o relatório e, toda vez que a via, tinha vontade de questionar o porquê de ainda esconderem a verdade sobre Itachi. Mas às vezes ela parecia saber sobre meu relacionamento com ele, já que sempre pedia para que eu ficasse mais um pouco depois que Ino saía e me questionava coisas simples sobre Itachi, às vezes até parecia se preocupar com ele.

Quando cheguei em casa, fiquei feliz por saber que comeríamos comida comprada, já que quando estava na instalação sempre comia bem, exceto nas vezes em que Yahiko se dizia animado para cozinhar. Ele era como minha mãe, uma negação na cozinha, e a única coisa que ela fazia de bom, uns bolinhos, já estava enjoada de comer.

  Conversamos um pouco e eu fui para a casa de Ino: havíamos combinado de assistir a um filme e eu amava a companhia dela. Me sentia menos solitária quando estávamos juntas. Conversei um pouco com a mãe da minha amiga, mas logo fui para o quarto dela, já não aguentando os gritos dela me chamando do andar de cima.

  Ela me mostrou um novo corte de cabelo que ela queria fazer, que estava na capa de uma revista. Fiquei totalmente desconcertada, já que, para mim, aquele corte era exatamente igual ao que ela estava habituada a usar. Mas quando falei isso para ela, Ino quase teve uma parada cardiorrespiratória, alegando que eu era a amiga mais insensível da face da terra.

 Assistimos ao filme, e eu já estava quase pegando no sono quando ele chegou ao final. Antes de ir para casa tive que explicar novamente para a mãe de Ino que não estava com fome. Meus pensamentos se voltaram à Itachi enquanto eu caminhava, sempre era difícil ficar os finais de semana longe dele, mas entendia que não era prudente que ele ficasse indo à Konoha me ver. 

 Minha mãe estava dormindo no colo do meu pai, deitada no sofá enquanto ele assistia televisão. Fui até eles e dei um beijo em cada um, observando um pouco o sono profundo no qual minha mãe estava. Tomei um banho e me deitei, sentindo meu corpo leve como uma pluma. Meus dias estavam felizes e as coisas pareciam ter uma cor mais vibrante perante os meus olhos, tudo isso graças a estar resolvida com o amor.

 No dia seguinte acordei preguiçosa e fiquei um bom tempo deitada na cama, tentando criar coragem para me levantar. Decidi que não ia treinar, estava me sentindo cansada, apesar de não ter feito muita coisa essa semana. Às vezes me sentia inútil na instalação, apenas vivia fazendo curativos pequenos, criando ervas e nada mais de importante.

 Tive que tomar café sozinha, já que meus pais foram ao supermercado. Minha mãe insistiu que faria o almoço de domingo e, mesmo meu pai e eu dando desculpas para fugir daquilo, dizendo que ela deveria descansar, foi em vão, pois ela estava determinada a cozinhar. Depois do café fui para sala e liguei a TV, mas não tinha nada que me interessava, então fui ler.

 Fui para meu quarto com um copo de água na mão, minha cama ainda estava bagunçada, e peguei um livro qualquer para tentar me distrair. Queria que o dia passasse rápido para ver Itachi amanhã logo, mas para minha felicidade isso não seria preciso. Abri um enorme sorriso me sentando na cama ao vê-lo entrando pela sacada.

  Ele estava com um sorriso tão gostoso nos lábios que queria ter tirado uma foto desse momento. Ele se aproximou e sentou ao meu lado, enquanto eu fechava o livro e o colocava em cima da mesa de cabeceira, mas ele me puxou antes que eu o posicionasse direito, e o livro acabou por cair no chão. Me virei para ele e abracei seu pescoço.

 — Que surpresa boa — cochichei, ouvindo o barulho que meus pais faziam entrando em casa.

 — Estava com saudades — ele falou, após selar sua boca na minha, e apesar de já estarmos juntos há bastante tempo, ainda sentia arrepios com gestos tão simples.

 — Eu também estava contando os minutos para te ver! — Ele me apertou contra seu corpo, beijando minha bochecha com força.   — Nossa, seus pais são agitados — ele falou, se separando minimamente para me encarar com os olhos arregalados, enquanto ouvíamos os barulhos vindo lá de baixo.

   — Eles são assim sempre — disse, escorregando meu corpo por seus braços para me deitar, e ele fez o mesmo, ainda me abraçando.

 — Achei que estaria treinando.

 — Estava com preguiça.

   — Eu adorei — ele falou, mordendo os lábios em seguida e passando a mão esquerda pela minha coxa desnuda, por eu estar usando apenas um short curto, daqueles simples de usar dentro de casa. Sua cara safada já estava me deixando sem graça, mas eu adorava esse seu jeito.

 — Você não tem vergonha, né, Itachi?

   — Vai me dizer que você não gosta? — Soltei um gritinho, quando ele me puxou com força para ficar com meu corpo de frente para o seu. Arregalei os olhos, rindo, com medo de meus pais terem ouvido.

   — Eu adoro, você sabe. — Apesar de dizer isso, sentia minhas bochechas arderem, e parecendo notar minha vergonha, ele segurou meu rosto, roçando o polegar pela minha face esquerda.

   — Te amo demais, Sakura. — O sorriso sumiu de seu rosto e suas palavras ganharam um peso não esperado por mim naquele momento tão descontraído.

   — O que foi?

   — Nada... eu só queria poder te dar mais. — Seus olhos estavam fixos nos meus lábios, e de alguma maneira eu sabia que ele olhava para lá por receio de me olhar nos olhos.

   — Você me dá o suficiente.

  — O suficiente ainda não deveria ser o bastante para você. — Ele deitou de barriga para cima, e eu apoiei minha cabeça em seu peito, olhando para seu rosto e vendo-o fitar o teto acima de nós.

 — Por que está falando isso agora?

  — Porque eu queria fazer parte da sua vida, de todas as maneiras possíveis. — Ele parou, abaixando um pouco a cabeça para me encarar. Ele estava sério, porém não parecia chateado com nada, para meu alívio. — Queria poder conhecer seus pais e te levar para sair... queria ser só seu. — Meu corpo se arrepiou todo com suas palavras, eu entendia agora sobre o que ele estava falando. Eu também queria que as coisas fossem diferentes para nós dois, queria poder dizer para todos o quanto me orgulhava de tê-lo para mim, mas não podia.

Comecei a acariciar os cabelos dele, pensando em como respondê-lo, então sorri, pois sabia que só de estarmos juntos já me sentia feliz como nunca em minha vida.

  — Itachi, eu faço qualquer coisa para ficar com você. O resto é só detalhe, daqueles que a gente vai arrumando pelo caminho da melhor forma possível, tentando abrir passagem para nossos pés. — Ele enfim sorriu e puxou meu corpo pela cintura, encostando seus lábios nos meus.

  Diferente de tantas vezes, sua boca agora tinha um sabor doce e suave, e não o gosto de álcool de sempre. Suas mãos apertaram minha cintura, me levando para cima de seu corpo, e sua língua se encontrava com a minha graciosamente, arrancando suspiros profundos de mim. Nos afastamos ofegantes e permaneci de olhos fechados, sentindo sua respiração em meu rosto. Desci de encontro à sua boca novamente, ansiando por mais de seus beijos quentes que tanto adorava.

 Sua mão direita desceu até a minha bunda enquanto nos beijávamos mais uma vez. Ele me apertava com desejo, e já sentia minha calcinha molhar por conta da sua carícia incessante. Jamais me cansaria de algo tão bom quanto isso, na verdade, sempre me pegava pensando sobre esses momentos em determinadas horas.

  Nos separamos, olhei em seus olhos, ele mordia os lábios, ainda pegando em minha bunda e isso estava me deixando tremendamente excitada. Passei minha mão direita por dentro de sua blusa e o ouvi gemer baixinho para mim. Fechei os olhos, sentindo sua musculatura viril e subindo minha mão lentamente, deslizando meus dedos por seus músculos definidos.

Quando toquei no alto de seu peitoral ele me puxou para mais um beijo, apertando ainda mais nossos corpos. Sua boca capturava a minha com vontade, e arranhei sua pele com minhas unhas quando ele inverteu nossas posições, ficando em cima de mim sem cessar nosso beijo. Abri minhas pernas, permitindo que nossos corpos se encaixassem perfeitamente, e já podia sentir sua ereção roçar em mim.

   — Você é gostosa demais. — Me segurei para não gemer alto ao ouvi-lo em meu ouvido. E desesperada por mais, comecei a levantar sua camisa.

  Encarei por um tempo o corpo dele, enquanto ele tirava o restante de suas peças de roupa, apressado. Era incrível como ele era sem vergonha, e mais impressionante ainda o quanto eu adorava isso. Queria-o para mim, queria satisfazê-lo.

 Me ajoelhei na frente dele, e Itachi pareceu curioso ao me ver daquela forma. Comecei a subir minha blusa, e apesar de ainda ter vergonha de ser vista nua por ele, fiquei satisfeita ao ver aquela cara de admiração que estampava seu rosto. Ele pegou em minha cintura, me puxando para mais perto. Sua mordida em meus lábios fez meus seios enrijecerem, e eu respirava com dificuldade. Abaixei um pouco a cabeça, me soltando de sua boca, e abracei pescoço dele, começando a desferir beijos em sua orelha. Ele se mexia um pouco, roçando seu pênis rijo em mim, enquanto eu ia descendo cada vez mais meus beijos.

 Ele gemia sempre que fazíamos amor, mas dessa vez ele parecia estar fora de si. Seus olhos não saíam dos meus em momento algum e ele segurava meus cabelos com a mão esquerda, enquanto sua direita agora estava livre. Mordi sua barriga e me preocupei um pouco, pois dessa vez ele gemeu mais alto e me lembrei de meus pais no andar de baixo, mas eu não queria parar, era bom demais vê-lo daquele jeito.

  Minhas mãos seguraram o quadril dele e eu parei quando meu rosto ficou de frente com seu pau duro e pulsante. Levantei a cabeça, olhando seu rosto, que parecia implorar por aquilo. E resolvi que já estava passando da hora de dar a ele o que eu sabia que tanto queria. Fechei os olhos, aproximando vagarosamente minha boca de seu pênis.  Passei a língua lentamente, experimentando a sensação, e senti o corpo de Itachi tremer. Um sorriso malicioso se formou em meus lábios e repeti o ato, sentindo sua mão pressionar um pouco minha cabeça contra seu membro duro. Umedeci minha boca o quanto pude e comecei a deslizar meus lábios por seu pênis, engolindo-o de pouco a pouco.

   Sua mão começou a me forçar a fazer um vai e vem, e de tempos em tempos eu olhava para ele. Era delicioso vê-lo perdido em prazer. Nunca havia feito isso, mas tinha certeza de que ele estava aproveitando.

   — Porra, Sakura, que gostoso. — Ele puxou um pouco os meus cabelos, para que eu o olhasse apenas, e satisfeita continuei.

 Meu maxilar já começava a doer, seu pau era grosso demais e tomava cada canto de minha boca. Saliva escorria pelos cantos de meus lábios, mas as mãos dele não me permitiam se afastar para que eu pudesse limpar. Comecei a chupá-lo com mais força, sentindo em minhas mãos seu corpo estremecendo de prazer. Seu pênis jorrou seu jato de sêmen quente dentro de minha boca, e um pouco desnorteada, comecei a engolir tudo aquilo. A parte mais gostosa foi vê-lo em êxtase por conta de meu ato. Ele segurou em meu braço com a mão que estava livre e puxou meu cabelo com a outra, me fazendo levantar meu corpo trêmulo.

   — Você quer me deixar louco? — sua voz rouca e sexy estampava luxúria e desejo, sorri de canto.

   — Sempre! — Ele me puxou com força e me deitou na cama, jogando seu corpo em cima do meu em seguida.

  Itachi tomou minha boca em mais um de seus beijos quentes, descendo sua mão até meu short. Ele se ajoelhou na cama novamente, soltando minha boca de repente, e arrancou o restante de minhas roupas com rapidez. Já estava louca para senti-lo dentro de mim, adorava quando ele ficava fora de si daquele jeito. 

 Ele foi com a boca de encontro à minha boceta, e eu apertei sua cabeça com força para que ele me chupasse logo. Adorava sentir sua língua subindo e descendo em meu clitóris. Ele enfiou um dedo dentro da minha intimidade, sem parar de me chupar, e arqueei meu corpo me entregando completamente ao prazer.

  Seu dedo entrava e saía de dentro de mim com a mesma frequência em que sua língua trabalhava. Ele parou, dando uma mordida nos meus grandes lábios, e depois retomou seus movimentos, intensificando ainda mais meu prazer ao enfiar mais um dedo dentro de mim.

Já não estava mais suportando tanto tesão e deixei que a sensação de pressão que sentia em meu baixo ventre se alastrasse por todo meu corpo, liberando meu gozo em sua boca, contraindo minha intimidade conforme meu êxtase se liberava. Ele retirou seus dedos e chupou minha boceta mais duas vezes, a abocanhando por completo, fazendo choques passarem por meu corpo. 

  — Vou foder você todinha. — Prendi a respiração ao ouvir essa safadeza, e ele segurou minha coxa direita com força, me puxando mais para baixo. Posicionou seu pênis na entrada da minha vagina e começou a penetrar devagar, me torturando. Ele colocou apenas a cabecinha e depois tirou de dentro, eu olhei para ele nervosa, mas ele ria de mim.

  Apertou minha cintura, fechou os olhos e estocou tudo de uma só vez, e a força usada por ele me fez sentir uma pequena dorzinha, mas a sensação foi maravilhosa. Ele metia com força e eu agarrava suas costas, com minhas pernas enlaçadas em seu quadril. Seu pau deslizava dentro da minha intimidade molhada com a segurança deliberada de quem não tem intenção de parar.

Nossos gemidos eram baixos, pois, como sempre, tínhamos que ter cuidado para que ninguém nos ouvisse, mas isso só aumentava ainda mais o meu prazer, que já chegava no limite. Ele desceu as duas mãos, agarrou minha bunda fortemente e apoiou seu tronco no meu, intensificando ainda mais as estocadas dentro de mim, sendo a última a mais forte.

   Senti seu pau latejar e inundar minha boceta com seu gozo e comecei a gozar também, me aproveitando do prazer que ele sentia comigo. Minha intimidade apertava a dele por conta das contrações que eu tinha, e ele gemia, mordendo o lóbulo da minha orelha por vezes. Depois de algum tempo nos acalmamos, e ele se retirou de dentro de mim se deitando ao meu lado.

   Me virei para ele, olhando em seus olhos e recostando minha cabeça em seu peito em seguida. Seus braços me envolveram, e eu queria estar daquele jeito com ele sempre, mas sabia que não podíamos, então queria aproveitar ao máximo o tempo que tínhamos juntos. Do quarto, ouvíamos batidas de panela e o som da TV ligada, mas isso não nos incomodava. Apenas ficamos quietos, curtindo a presença um do outro.

— Nossa que cheiro de queimado — ele falou, sugando o ar pelas narinas como se tentasse descobrir o que era aquilo, e eu comecei a rir, achando a situação muito engraçada.

— Isso é minha mãe fazendo comida. — Ele soltou uma risada gostosa.

  — Acho que vou ter que descer para ensinar sua mãe cozinhar! — Arregalei meus olhos, apoiando os cotovelos em cima da cama e olhei para ele, encantada.

  — Você sabe cozinhar?  

   — Mas é claro! — Sua voz convencida arrancou uma gargalhada de mim, e ele me puxou para cima de seu corpo e selou seus lábios nos meus. — Um dia desses você experimenta.

  — Saaaaaakuraaaa, vem almoçar. — Antes que eu pudesse responder alguma coisa, minha mãe nos interrompeu. Itachi bateu com a cabeça no travesseiro e eu revirei os olhos, chateada. Estávamos tendo um momento tão gostoso, e alguém tinha que se meter.

  Gritei de volta, dizendo que ia em alguns minutos e fui tomar um banho junto com ele, pedindo para que ele ficasse comigo. Ele disse que não ia sair de perto de mim o resto do dia inteiro e eu fiquei contente ao ouvi-lo. Saímos do banheiro e apressadamente me vesti, com medo da minha mãe ir até meu quarto ver o porquê de eu estar demorando tanto.

Fui na cozinha e tinha fumaça para todo lado, mas meu pai nem estava notando, já havia se acostumado. Disse para eles que não queria comer comida, minha mãe brigou um pouco, mas meu pai me defendeu, dando uma piscadinha para mim. Abri a geladeira e coloquei frutas e biscoitos em uma vasilha. Peguei também uma jarra com suco e fiquei aliviada ao me lembrar que tinha um copo no meu quarto, que eu havia levado com água para beber enquanto lia, pois não dava para subir com dois copos sem que meus pais desconfiassem.

Passamos a tarde e a noite inteira juntos, trocando confidências e carinhos, e quando percebi ele tinha dormido, me deitei em seu peito, repensando no dia que havíamos tido juntos. Sem sombra de dúvidas, não existia alguém que pudesse me dar tanto amor e carinho quanto ele me dava.

Quando acordei fiquei feliz em vê-lo ainda ali, respirando profundamente. Despertei-o em meio a beijos e queria levar algo para ele comer, mas Itachi recusou com veemência, dizendo que tinha que ir logo para a instalação.

  Tomei meu café bem rápido, e quando abri a porta dei de cara com Ino. Nos apressamos para chegar logo no esconderijo, e minha amiga falou o caminho quase todo sobre coisas que sequer prestei atenção. A única coisa que conseguia pensar era em como estava feliz e que nada poderia tirar tanta alegria de meu peito.

Conversamos com as meninas ao chegar na instalação e em seguida eu fui para meu quarto arrumar minhas coisas. Estava animada e resolvi que não deixaria nada por fazer, então fui ajeitar a biblioteca. Esbarrei com Itachi e Kin no corredor e ele sorriu de um jeito sapeca para mim — quase que ela percebeu aquilo, foi por pouco. Depois de arrumar a biblioteca, fui organizar e limpar a sala médica e logo depois fui até o canteiro de ervas medicinais que havia plantado há alguns meses.

  Minha manhã havia sido produtiva e agora não tinha mais nada para fazer, não que eu me lembrasse pelo menos. Ouvi um ronco vindo da minha barriga, e me apressei para dar tempo de almoçar junto com todos, passei pela árvore em que acarinhei os cabelos de Itachi pela primeira vez espontaneamente, e ri com essa lembrança em minha mente.

 De repente tudo parou, meus olhos se encheram de lágrimas e eu via Konan me olhando assustada com a mão na boca, e Asami com a sua boca aberta. Mais atrás, Kin estava com um sorriso largo no rosto ao lado de Deidara, que parecia tão assustado quanto minhas amigas. Meu rosto estava queimando por conta do sonoro tapa que Ino havia me dado, e eu não conseguia imaginar o porquê de tanta violência. 

  — Sua traidora — ela gritou.

 — Do que você está falando? — sussurrei, estática, vendo Itachi e Kisame saindo pela porta de trás da instalação parecendo preocupados.

 — Como assim? Sua falsa mentirosa. Estava com Itachi o tempo todo!

 Itachi passou seu braço pelos meus ombros e começou a me arrastar dali. Estava morrendo de vergonha e meu corpo parecia andar por conta de suas memórias musculares apenas, pois eu não sabia o que estava fazendo mais. A cara de Ino para mim deixou meu coração despedaçado, ela estava com os olhos vermelhos e alterada de uma forma que nunca havia visto antes. Ela tentou ir atrás de nós dois, mas Kisame impediu, se colocando à nossa frente.

Todos me olhavam, mas nada poderia ser comparado ao olhar da minha melhor amiga de infância para mim. Já havíamos vivido muitas coisas uma ao lado da outra, inclusive chegamos a compartilhar sentimentos por um mesmo garoto, mas jamais havíamos nos agredido fisicamente de forma deliberada. E acreditava que, quando algo assim acontecia, era porque tudo estava partido, os laços se romperam. Porém a culpa disso tudo era apenas minha e essa era a minha verdade.


Notas Finais


É issso aí genteee!!!

E se você gostou da uma olhadinha nas minhas outras histórias que tenho certeza que pode acabar se surpreendendo!
Bjnn


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