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História Coral - A Filha de Coraline - O Labirinto das Almas Perdidas


Escrita por: ElanePimentel

Notas do Autor


Gente, oi. Primeiramente eu queria agradecer a vocês que leem essa historia, que gostam e que tem a paciência maior do mundo. Segundo queria me desculpar desde já por tanta demora, mas é meio complicado pra mim, eu trabalho o dia todo, de 08:00 as 18:00 e vou pra faculdade a noite das 18:30 ás 22:00, eu estava sem computador em casa (o momento que tenho pra escrever é a noite), mas agora já estou com o pc. Eu prometi que iria publicar um capitulo hoje e talvez até faça isso, dependendo do dia, se vou ter tempo, inspiração e tudo mais. Não é tão fácil assim pra mim, tenho varias historias na cabeça, tudo bagunçado, escrevo Coral desde 2013 e além dela, escrevo as outras historias que não são fanfic. Então, minhas ultimas provas vão começar dia 01/06 e minhas notas estão horríveis, faço curso de Biomedicina (só pode ser invenção da Outra Mãe) e estou tentando recuperar as notas, enfim, só vou poder postar direito/regularmente a partir do dia 10/06 mas talvez eu poste antes, nunca se sabe, minha inspiração ás vezes vem do nada e escrevo bem rápido e posto. Então, só queria pedir desculpas e pedir: Não desistam de mim, porque eu não desistirei nunca da minha fanfic, da Coral ou do final.

Capítulo 20 - O Labirinto das Almas Perdidas


Rudy se apoiava no cajado que Amanda Spink dera a ele, estava cada vez mais fraco e cansado, ele olhava pra garota de cabelo azul e preto que caminhava ao seu lado, começou a pensar no sentimento que crescia dentro dele em relação aquela garota, ele sabia bem o que era, soube desde a primeira vez que invadiu seus sonhos, desde aquele primeiro dia uma coisa mudou dentro dele, mas existia um problema nisso, ele estava morto. Rudy foi amaldiçoado por sua própria mãe, sangue não corria em suas veias, esse era o motivo dele não poder matar a Outra Mãe, seu coração não batia, era congelado, mas desde o dia que viu Coral pela primeira vez sentiu leves batidas em seu peito, batidas imaginarias, pois seu coração continuava parado, morto e congelado. Ele também pensava se ela poderia sentir o mesmo, se ela entendia tão bem quanto ele aquele sentimento que lhe invadia, estava por ali há tanto tempo, séculos, e ela era tão nova nesse mundo. Ela lhe lembrava muito sua irmã Coralyn, forte e determinada. Rudy sentiu-se triste por um momento, ele sentia que não tinha ninguém nesse mundo que o amava, e percebeu que o melhor para ele seria finalmente descansar, imaginou então se existia paraíso para espécie dele, e sorriu com o pensamento de encontrar sua irmã amada por lá.

— Você está parecendo o Jeff the Killer. – Coral falou, ao notar o sorriso de Rudy.

Coral não entendia nada do que estava sentindo, era uma confusão de sentimentos que lhe deixava aflita e angustiada. Era tão jovem, mas com um enorme peso nas costas, se arrependia de ter ido para o Outro Mundo, deveria ter deixado as coisas como estavam, mas também imaginava todas essas almas perdidas, todas as crianças, seu irmãozinho Toby, seus pais, seus vizinhos e amigos, ela sabia que isso tinha que acabar. Coral também estava preocupada sobre isso, se a Outra Mãe se fosse pra sempre, o que seria de Rudy? Ele morreria definitivamente? Desde a primeira vez que viu aquele garoto em seus sonhos sabia que ele era o mais arrogante e queria distância dele, mas tudo mudou, Coral sentia algo diferente, sabia que não queria perder Rudy nunca.

As Amanda’s caminhavam juntas e conversavam sobre como fariam um feitiço de transfiguração, apesar de serem crianças, aquelas duas garotas estavam cheias de magia, desde que nasceram foram ensinadas sobre o Outro Mundo que as cercavam, era garotas fantásticas, e provavelmente as mais sábias daquela geração. Apesar das Amanda’s não serem parentes, se consideravam irmãs gêmeas, sempre pensavam a mesma coisa, era como se suas mentes estivessem ligadas por algo muito forte, e naquele momento pensavam em como poderiam terminar com tudo aquilo, elas sabiam que Toby e Coral eram a chave, mas se preocupavam demais com Rudy também, ele era o melhor amigo delas e sabiam que ele já estava morto, desde o inicio souberam que a missão dele era guiar os aprendizes mágicos que sua irmã ensinou, de geração a geração ele contaria a historia e quando finalmente a geração certa pudesse acabar com a Outra Mãe, ele chegaria ao fim. Ele não poderia ser ajudado, e elas sabiam que já estava próximo do fim.

Balt caminhava atrás sozinho olhando para as duas Amanda’s que cochichavam entre si e para Coral que ia um pouco a frente de Rudy, ele estava ali atrás pra o caso de seu melhor amigo perdesse as forças e cair. Balt era muito alto e magro pra sua idade, e sempre foi o mais medroso de todos, mas poucos sabiam o quanto ele era especial, se não fosse não estaria ali, ás vezes gaguejava quando estava nervoso, mas isso não vinha ao caso, o fato é que ninguém tinha o olfato tão apurado quanto o dele, ou a audição, ele poderia ouvir ruídos e sentir odores a distancia, era algo tão mágico. Aquele garoto alto e esquio era mais corajoso do que ele mesmo imaginava, ele sabia feitiços tanto quanto qualquer um ali e tinha mais força física do que todos eles juntos, mas naquele momento ele se sentia fraco, estava indo em busca de corpos de crianças, estava indo enfrentar a Outra Mãe, e seu melhor amigo estava fadado ao esquecimento. Pensou em varias formas mágicas de reverter a maldição da Outra Mãe contra Rudy, mas uma maldição daquelas não poderia ser quebrada, ele não tinha sangue, o coração dele não batia, ele desapareceria quando sua missão estivesse finalizada.

Todos ali sabiam o que deveriam fazer, no final a Outra Mãe teria que morrer para sempre, mas só um macho da espécie dela, com o sangue da sua espécie poderia fazer aquilo, Rudy não tinha sangue e seu pai era um gato, Toby era a única esperança. Ele era descendente da outra Mãe, assim como Coraline e assim como Coral, ele tinha o sangue correndo quente em suas veias e era um “nascido para destruir”, mas a Outra Mãe era bastante poderosa, ela mesma havia provado que poderia também ser uma “nascida para destruir” e não “para proteger”, mas profecias eram profecias e maldições eram maldições, e o sangue teria que estar nas mãos de Toby e a Outra Mãe deveria deixar de existir. Mas, o que realmente eles sabiam? Coral pensava no quanto o irmãozinho poderia estar traumatizado e esse também sempre foi o pensamento de Coraline e Wybie, não queriam deixar seu filho caçula matar alguém, mesmo que esse alguém fosse um monstro.

Todos estavam fora do Palácio Cor-de-Rosa finalmente, o jardim era a coisa mais colorida e viva que Coral já havia visto, estava diferente da primeira vez que entrou ali e com certeza parecia maior do que sua mãe uma vez contará que era.

— Ela expandiu o mundo. – Rudy falou. – Ela fez isso quando ganhou mais poderes, quanto mais crianças entrarem aqui, mais forte ela fica.

 — Você sabe onde fica o labirinto? – Coral perguntou.

 — Logo à frente depois do jardim.

Os cinco amigos entraram no jardim que era a coisa mais linda de se ver, as flores eram vivas e luminosas, pareciam pulsar como um coração, borboletas voavam e gafanhotos saltavam, criaturinhas com pequenos olhos de botões, aquele jardim enganaria qualquer um, mas aquelas crianças sabiam o que realmente era, apenas mais uma das armadilhas.

— Toby também vai estar lá. – uma das Amanda’s falou, fazendo Coral olhar pra ela.

— Como?

— Uma coisa leva a outra. – Amanda Spink falou.

— Ou a outra leva a coisa. – Amanda Forcible completou. Coral lembrou o que as almas haviam falado pra ela, ela teria que encontrar os corpos primeiro, antes de salva seu irmãozinho, tudo estava ligado.

— É no labirinto que está o altar do sacrifício. – Rudy murmurou. – no centro do labirinto.

Coral fechou as mãos com tanta força que poderia ter sangrado, ela sabia que se aproximava do fim dessa historia de terror, e esperava conseguir um final feliz.

— É aqui. – Rudy parou e todos pararam formando uma linha reta em frente a uma grande entrada de arbustos.

Era a entrada do Labirinto que era formado por arbustos, mas eram tão altos e largos que pareciam muralhas. Na entrada tinha uma grande placa com letras brilhantes “Labirinto das Almas Perdidas”, parecia bastante atraente e chamativo, mas também era bastante assustador.

— Você já entrou ai? – Coral perguntou a Rudy.

— Uma vez, com minha irmã, estávamos brincando e levamos uma semana pra conseguir sair.

— É no centro dessa coisa que ela vai fazer o ritual? – Balt perguntou.

— Sim. – Rudy falou e voltou-se para seus amigos. – Vamos entrar e não se separar de jeito nenhum. Esse labirinto é muito perigoso, você pode morrer ai dentro e nunca ser encontrado, depois minha Mãe apenas vêm e retira seus olhos.

— Você está tentando nos assustar? – as Amanda’s perguntaram, olhando fundo para a entrada do labirinto. — Está quase morrendo pra sempre e ainda tem tempo de fazer piada.

— Não é piada. É um horror verdadeiro. – Rudy falou, mas deu um sorriso tranqüilizador e divertido para as amigas. – eu sei que nada assusta vocês.

— Então vamos entrar. – Coral retirou o cristal de dentro da roupa e ergueu no ar, ele exalava um brilho fraco e pulsante lentamente.

As cinco crianças entraram  dentro daquele labirinto, uma ao lado da outra, Coral segurava firmemente o cristal, lá dentro era gelado e tinha um cheiro bom de doces e flores, não parecia tão assustador quando estava lá dentro, apesar de ser sombrio, não era tão escuro, flores brilhantes estavam em algumas partes dos arbustos que serviam como paredes gigantes, essas pequenas flores iluminavam o caminho.

— Não é tão assustador assim... – Coral falou e olhou para trás, mas só havia escuridão. — Nós acabamos de entrar, cadê a entrada?

Todos olharam pra trás e logo as Amanda’s gritaram.

— CADÊ O BALT?

Balt não estava mais com eles, ele havia entrado, mas o labirinto era mais esperto e traiçoeiro.

— Fiquem juntos, fiquem juntos. – Rudy se esforçava pra manter a voz e as forças. — Onde quer que ele esteja não podemos fazer mais nada. Temos que seguir em frente.

— Mas...

— Coral, se voltarmos atrás vamos nos perder.

— Você sabe o caminho? – Coral começava a ficar irritada.

— Olha pro cristal. Ele vai dar um sinal.

Voltaram a seguir em frente e mesmo parecendo tão perto, eles estavam tão longe. O labirinto tinha varias entradas, mas eles não entraram em nenhuma, era o que pensavam, e foi assim que Balt sumiu sem perceber, o labirinto se movimentava lentamente e sem ninguém perceber.

O cristal de repente começou a pulsar e sua luz aumentou.

— Devemos estar perto de alguma coisa. – Amanda Forcible falou.

— Ali! – Coral correu e passou por uma entrada e lá estava uma boneca com olhos de botões jogada no chão, Coral abaixou-se para pegar a boneca. A boneca tinha a aparência da Srta. Spink. – É isso?

— Encoste o cristal nela. – Rudy falou.

Quando Coral encostou o cristal na boneca, ela começou a se tremer freneticamente, Coral soltou, ela flutuou no ar por um segundo e desapareceu.

— Deu certo? – Coral estava confusa.  

O cristal então começou a brilhar e um rosto surgiu lá dentro. Era a Srta. Spink.

“Você me libertou, eu e minhas crianças, agora encontre os outros e siga em frente”

Coral levantou-se sorridente, mas ao virar-se apenas viu Rudy, as Amanda’s não estavam mais lá.

— Cadê as Amanda’s?

Rudy também olhou ao redor e percebeu que estavam apenas os dois, ele sabia que aquilo iria acontecer, não tinha certeza, mas sentia lá no fundo.

— Você tem que se preparar. – ele começou a falar, coral estava confusa. – Você tem que seguir sozinha. É isso que ela quer.

— O que? Ficou maluco? Eu não saberia pra onde ir!

— Você tem um guia. – Rudy apontou pra o cristal. – Eu vou atrás dois outros.

— Você mal consegue ficar em pé. – Coral estava irritada.

— Mais um motivo pra eu ficar pra trás, estou atrasando você. – Rudy chegou mais perto dela e levantou a mão como se fosse pegar na bochecha dela, mas deixou o braço parado no ar expressando sua vontade. – Você vai vencer, Boneca.

Coral afastou a mão dele e ficou de costas pra ele, lembrou-se de como era ficar com raiva dele e ficou.

— Você não vai conseguir sozinho, Rudy. – ela falou sem esconder a irritação em sua voz.

— Você vai me dar forças de longe. – Coral estava de costas pra ele, mas podia sentir ele sorrindo esnobando como sempre fazia. – Desde a primeira vez que te vi, senti meu coração bater novamente, mesmo ele continuando parado. Eu vou conseguir, e você também vai.

Coral sentiu um desejo estranho dentro dela, queria abraçar e beijar aquele garoto, mas o medo de fazer isso era maior que o medo de enfrentar a Outra Mãe.

— Você é um idiot... – Coral se virou, mas Rudy não estava mais lá.

“Ótimo” Coral pensou, agora estava sozinha e com o coração na mão, seus amigos estavam por ai, seu irmão estava em alguma mesa de sacrifício e ela não sabia que caminho tomar. Mas o cristal estava com ela, havia conseguido libertar a Srta. Spink, então deveria seguir em frente e foi isso que ela fez.

Coral seguiu direto, sem desviar por outras entradas, o cristal continuava com seu brilho lento e fraco, ela sabia que quando estivesse perto de algo ele pulsaria como das outras vezes. No labirinto começava a ficar mais frio, e uma nevoa surgiu a diante. Ela parou, uma pessoa saia de dentro da nevoa. Uma mulher, um pouco magra e alta, cabelos curtos e azulados, ela saiu de dentro da nevoa e seus olhos encontraram os olhos de Coral. Eram olhos normais e a mulher parecia assustada, surpresa e aliviada.

— Mamãe! – Coral correu ao encontro da mulher, mas uma voz atrás dela a fez parar.

— Coral, não se aproxime dela. – Coral virou-se e viu outra mulher idêntica a que estava em sua frente.

— Não Coral, ela está mentindo. Sou eu.

Coral ficou imóvel com o cristal firme em sua mão, seu coração batia rápido e ela não sabia o que faria a seguir. Estava parada entre duas Coraline Jones.  



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