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História Corrente Sanguínea - Laços


Escrita por: unnieminnie

Notas do Autor


Opa, meus amores, tudo bem, como cês estão?

Então, Corrente Sanguínea é um plot antigo, algo que eu sempre quis escrever... Já tentei com o Jimin, mas a história aqui encaixa-se melhor com Yoongi no papel. É vampire!au e terá sangue, então se você é sensível a isso eu recomendo ter certo cuidado ao ler mesmo que não seja nada explícito.

Capa e banner lindissímos por Desventura! <3

Capítulo 1 - Laços


Fanfic / Fanfiction Corrente Sanguínea - Laços

Nascida e criada na Inglaterra, sempre fui o tipo de pessoa que não acredita em misticismo. Vampiros, lobisomens, sereias, histórias sobrenaturais que nossos avós e pais costumavam contar para nos dar medo quando fossemos mal criados. Dorset é uma cidade pequena, cerca de 16,000 pessoas vivem aqui. Pequenos vilarejos e até castelos fazem parte da arquitetura do lugar. Locais que chamam a atenção de turistas, fazendo-os ser constantemente procurados por curiosos atrás de saber dessas histórias malucas.

Malucas ao meu ver que dizia não acreditar em tolices que me eram contadas. Mas, eu estaria mentindo caso dissesse que as histórias, por mais absurdas que fossem, não me intrigavam. De uma família grande, era a única que prestava mais atenção quando meu falecido avô nos contava histórias sobre os vampiros que seu pai caçava. Em como eram frios, calculistas, perversos. Seres demoníacos apenas à procura de sangue e vida; seres imortais que não se preocupavam se a vítima tinha uma família, tendo como sua única preocupação saciar sua fome e sede.

Cresci ouvindo histórias de amores proibidos entre mortais e não mortais, seres humanos que se apaixonavam por sobrenaturais capazes de perder a própria vida por esse amor. Uma lenda bastante conhecida em minha cidade é a que, em meados do século XIX, uma princesa que estava prometida desde que nascera para outro príncipe havia se apaixonado por um forasteiro novo na cidade. Forasteiro esse que trouxe morte, dor, sofrimento e sangue para os moradores. Todos acreditavam que se tratava de um novo vampiro, que havia hipnotizado a princesa com a intenção de torna-lá sua.

Preso e fadado à morte, fora levado para a masmorra e condenado. Iria para a forca e teria seu corpo queimado em seguida. A princesa, desesperada para salvar o seu amor fugiu na calada da noite para libertá-lo. Sabendo que os boatos eram verdadeiros e ainda assim perdidamente apaixonada, aceitou tornar-se parte de seu mundo, transformando-se em uma vampira também. Não havia nada de mágico em seu amor, ela sentia que era real. Quando deram por sua falta, só o que encontraram fora sua coroa e um bilhete escrito adeus. Nunca mais foram vistos. Apesar do mistério, minha avó sempre dizia se emocionar com a história, pois sempre acreditou que o amor superava qualquer barreira.

Houve um tempo em que eu estava pesquisando demais sobre os vampiros, curiosa para me contentar com o pouco que sabia. Alimentavam-se de sangue, nunca eram vistos à luz do sol, repelidos por crucifixos, fracos ao terem contato com prata. Estava em um ponto em que perdia noites de sono procurando novas histórias que quando conseguia dormir, acabava sonhando. Sonhos com vampiros viraram algo monótonos, sempre acordava no meio da noite tendo a impressão que estava sendo observada ou correndo algum tipo de perigo. Talvez eu só deva diminuir o café e excluir os artigos vampirescos. Voltar para minha vida normal.

Como estudante de Literatura, porém, quando eu menos esperava o assunto veio à tona. Quando eu pesquisava por espontânea vontade e decidi parar, precisei para um trabalho que apresentaria na faculdade. Eu estava exausta, não tinha sequer mais paciência para ver, nem saber nada sobre vampiros ou derivados deles. Mas graças a Deus, antes do trabalho eu havia conseguido um tempo para descansar por ser feriado local na cidade.

Eu tenho a noite toda e até o dia para dormir, se eu não perdesse o sono com mais um pesadelo. Desta vez com um homem, branco como a luz da lua, com traços diferentes de homens que eu estava costumada a ver, mas igualmente lindo. Dizia-me para não ter medo e fugir do meu destino, eu saberia como agir quando chegasse a hora. Noites e noites e o mesmo sonho se repetia, dias e dias eu procurava entender o que significava. Estava prestes a subir pelas paredes quando decido andar pela cidade, tarde da noite.

Meus pais pedem para não ir, que é perigoso e eu posso me machucar. Eles acreditam fielmente que algum ser maligno com dentes afiados me abordará. Tolice, é o que eu penso. Não me importo em andar pela cidade que conheço desde que me entendo por gente, que sei que não correria risco nenhum. E, para provar que tudo não passa de lendas urbanas, eu decido ir justo para o local onde mandam manter distância: o cemitério. Eu paro em frente à grande fachada de ferro e tudo que ouço é o silêncio, um ou outro ruído de algum animal quase despercebido.

— Tolice, isso tudo não passa de uma grande tolice. — resmungo baixo passando as mãos pelo rosto e o casaso de lã que estava usando.

Permito-me olhar mais um pouco para o breu dentro do cemitério e decido ir embora por conta do frio. Cesso meus passos assim que ouço um barulho que não tinha percebido antes e vejo um homem parado ao meu lado segurando os ferros do grande portão de entrada. Meu coração palpita e meus pais sobrevoam em minha mente, o que eles disseram também. Eu iria morrer, estava certa disso, mas ao olhar para o homem ainda mais próximo de mim sinto o coração acelerar ainda mais ao perceber que é o mesmo homem dos malditos sonhos que ando tendo.

— P-por favor... — Ele tosse ao falar e sua voz sai fraca, embargada. — Me ajude.

Meu instinto manda-me correr o mais rápido que  conseguir, mas a mesma força que me dá impulso para ir, me dá tttambém para ficar.

— Você está bem? – Minha pergunta sai tão baixa quanto a sua voz, mais para mim do que para ele. Ele levanta o rosto que estava para baixo e me olha. É ele! Tem que ser.

— Eu preciso da sua ajuda – me responde em um inglês arranhado. Solto o ar que não percebo estar prendendo. Com cautela, aproximo-me dele e o seguro com a pouca força que tenho. Ele quase cai, mas o apoio sobre os ombros.

— Céus, você está congelando! – minha voz sai ao tocar sua pele e perceber que chamar de gelada seria pouco. — O que aconteceu com você?

Antes de me responder, ele desmaia. Seu corpo escorrega sobre o meu e por pouco não caímos os dois no chão. Desespero-me por não saber o que fazer, já que deixa-lo aqui está fora de cogitação. Bato em seu rosto com leveza na intenção de acordá-lo, chacoalho seus ombros e nada resolve. Está tarde, estou com frio e agora isto me acontece. Penso em como eu daria tudo para estar em casa embaixo dos lençóis com uma xícara de chocolate quente.

— Vamos, Elena, pense! Use a inteligência que Deus lhe deu. — Apoio-me no chão com cautela e seguro a cabeça do desconhecido entre minhas mãos, em meu colo. Loucura, eu sei. Eu deveria ter corrido assim que percebi não estar sozinha, mas ele parece tão indefeso que não posso deixá-lo aqui.

Decido, por fim, ligar para a única pessoa que me ajudará sem fazer muitas perguntas. Pego o celular que está em meu bolso e procuro por Pietro, um amigo da faculdade. Toca uma, duas, três e na quarta ele me atende com a voz de sono, como presumi.

— Elena? Aconteceu algo? Você por acaso sabe que horas são? — suas palavras saem e minha atenção está toda voltada ao homem em meu colo. — Elena, por Deus, fale alguma coisa! —  Pietro grita.

— Pi, por favor, venha me encontrar no antigo cemitério. Não demore. — Desligo.

Respiro fundo quando o frio mais uma vez se faz presente. Quando pego o celular novamente para clarear um pouco mais onde estamos percebo que já passa das 2 horas, o que me espanta. Eu não sabia que o tempo havia passado tanto assim. Quando escuto um gemido quase inaudível sair dos lábios do homem em meu colo e passo a observá-lo melhor. Sua pele é tão branca quanto um papel e fria quanto um gelo, tão perfeita, lembrando uma porcelana. Os lábios tão vermelhos cor sangue que se eu acreditasse em vampiros diria com convicção que estou diante de um.

Quando Pietro aparece de supetão meu coração novamente quase sai pela boca. Ele olha-me sentada ao chão e pergunta o que diabos eu estou fazendo em um cemitério uma hora daquelas. Não querendo ser chamada de louca, idiota ou coisa pior, apenas o peço que me ajude a levar o desconhecido para minha casa. Mais uma vez sua voz se presente e agora sim ele me pergunta se enlouqueci. Ele pede que o levemos para o hospital, mas, novamente, algo em mim diz que tudo que preciso é levá-lo para casa. Pietro concorda, mas seu olhar me julgando-me diz que escutarei depois, e não será pouca coisa.

Por sorte, sempre deixo uma chave reserva abaixo do grande vaso de rosas que mamãe deixa em sua janela. E, ao tirar a chave do local, a vejo sentada no sofá com um braço apoiando seu rosto. Pegou no sono ao esperar-me. Com cuidado, abro a porta e peço que Pietro suba com o homem desmaiado e que o coloque em minha cama, que logo em seguida subirei também. Sei que se acordar minha mãe ela irá fazer às perguntas quais eu não teria respostas, então apenas trato de cobri-la. Quando chego em meu quarto, o desconhecido está deitado e Pietro sentado ao pé de minha cama.

— Você é louca, sabia? Pirada das ideias! — ele diz cochichando para que ninguém o escute. — Como você traz um homem que não conhece para casa, Elena? E uma hora dessas?

— Eu o vi em frente do cemitério quase desmaiando, o que diabos você queria que eu fizesse? Se o levasse para um hospital iriam pedir documentos, o que pelo o que pude ver, ele não tem! — respondo e volto meu olhar para ele. — Delegacia iriam pedir a mesma coisa e eu não preciso lembrar como as autoridades desta cidade são.

Pietro suspira concordando e pede para eu tome cuidado, se oferece para passar a noite ao meu lado para ter certeza de que nada irá me acontecer. Eu digo que não precisa e que ele pode ir para casa se quiser e por um momento ele hesita, mas acaba indo, deixando-me sozinha com o desconhecido. Preciso ao menor saber seu nome, de onde vem e o wue estava fazendo sozinho em um cemitério.

— Definitivamente, eu enlouqueci.


Notas Finais


Algumas observações, teremos um nome para a personagem, que será Elena (alô, fã de TVD). Elena, assim como todos citados na história são maiores de idade! Terá mistérios? SIM! terá suspense? TAMBÉM! Espero que gostem! ❤


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