1. Spirit Fanfics >
  2. Corromper-se na luxúria >
  3. Prólogo

História Corromper-se na luxúria - Prólogo


Escrita por: Karine73

Notas do Autor


Espero que gostem, comentem, favoritem e dêem muito amor a essa fanfic que será meu xodó.

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Corromper-se na luxúria - Prólogo

Prólogo

Fazia uma hora e meia que Lydia revirava minhas roupas, e eu nem ao menos tinha muita roupa para ver, então não conseguia entender o que ela tanto procurava ali dentro. Nos primeiros minutos eu não me importei muito, somente fiquei mexendo no celular, jogando Pou, curtindo fotos, falando mal do meu ex com meus amigos, enfim, coisas normais de adolescentes absolutamente normais – se retirado o fato de todos os meus amigos serem seres sobrenaturais de vários tipos -, porém, agora o celular já estava descarregado e com isso o tédio bateu com força.

Joguei o aparelho para o lado, mudando a posição que estava deitado enquanto via Lydia ainda sentada no chão do quarto em frente a uma pilha de roupas, algumas aliás que eu nem lembrava que existiam.

— Lydia, sério, você não precisa fazer isso, posso vestir qualquer coisa. — Argumentei mais uma vez, recebendo um olhar furioso de volta.

— O quê!? Tá maluco Stiles? — Ela gritou, jogando um moletom na minha cara. — Essa vai ser a primeira vez que você sai depois de terminar com o Derek, nem ouse pensar que vou deixar você indo pra minha festa vestido “qualquer coisa”.

Suspirei resignado, levantando as mãos em rendição antes que ela voltasse a fazer o monólogo de como ela havia me avisado de que Derek não prestava e que eu merecia coisa melhor. Amava Lydia, era minha melhor amiga a tempos, por isso tínhamos intimidade o suficiente para que eu admitisse que ela era um porre quando queria.

E desde o meu término parece que ela sempre queria.

Ainda assim, não era como se não concordasse com cada palavra que ela falava, havia sido muito burro por confiar em alguém como Derek, tinha tudo para dar errado, todos os sinais possíveis que tinha alguma coisa, não, quis dizer muita coisa errada. Primeiro foi os olhares dele com Érica que eram muito estranhos, mas não quis bancar o namorado ciumento e deixei pra lá, depois foi os encontros que ficavam cada vez menos frequente, depois o jeito dele agir e o que antes era um romance tórrido banhado de brigas e uma reconciliação bem quente se tornou algo cansativo, confuso, que me deixava doente.

Por isso, mesmo que admitisse que o namoro de dois anos foi muito intenso e maravilhoso nos primeiros momentos, agora não passava de memórias que um dia foram maravilhosas, porém, agora estavam manchadas por minha raiva e desgosto por aquele ser.

Até que eu gostaria de ser aquele tipo de pessoa evoluída que não guarda nenhum rancor depois de levar chifre e até mesmo consegue ser amigo do babaca e da atual, contudo, o que eu mais queria era afundar a minha mão na cara dele e tirar o sorrisinho irritante da boca da Érica com um taco de beisebol, porém, para minha completa desgraça eles são lobisomens que me matariam com um soco, depois que só faria o ego de Derek inflar ainda mais.

E nem morto vou dar esse gostinho a ele, não o amava mais, só sentia raiva por ter sido trouxa por tanto tempo, abri mão de tantas coisas por ele, e agora eu só sou visto como “o ex de Derek Hale”.

Meu pensamentos são cortados pela voz de Lydia me chamando. — Já terminou de pensar no Derek?

Minha cabeça virou na mesma hora para ela pela surpresa, tenho consciência que sou muito transparente com meus sentimentos, o que era um saco.

“agora além de Banshe virou telepata?” Iria falar isso, mas seria como se admitisse que estava pensando nele, e nem sobre tortura faria isso.

— Por que você acha que eu tava pensando justamente nele? — Desconversei.

Mas me arrependo logo em seguida ao ver sua expressão arrogante.

— Você sempre fica com esse olhar de peixe morto quando tá pensando nele. — Falou debochada. — Já ti falei pra superar essa merda toda.

As vezes me perguntava se Lydia era minha amiga ou minha mãe, todos os seus conselhos eram sempre certeiros e diretos, bem na ferida.

— Eu já superei Lydia. — Tentei dizer, mas ela só revirou os olhos. — Dá pra você confiar em mim? — Pedi, mesmo sem muita convicção.

— Não Stiles, superar é não pensar mais na pessoa, pelo menos não com tanta intensidade, e você não pode ficar parado em nenhum lugar sem pensar nesse idiota. — Seu dedo apontava acusatoriamente. — Escuta aqui, hoje você vai sair comigo, dançar e beber até não se aguentar em pé e depois beijar a boca de algum cara mil vezes mais gostoso que aquele projeto de bad boy você tá me entendendo?

Estranhei que ela foi muito específica, como se já tivesse criado todo um roteiro para minha vida na cabeça dela, e não duvido nada que já tenha até planejado minha aposentadoria.

As vezes as mulheres podiam ser bem assustadoras quando se tratava de incentivar um amigo, admirava tanto positivismo. Assim, concordei com a cabeça rindo um pouco, quem me dera tivesse tanta sorte.

— Okay, e onde vou achar um cara tão gostoso assim? Sem querer ser pessimista mas eu conheço todos os seus amigos que vão estar nessa festa e nenhum deles me interessa.

Lydia apenas piscou um dos olhos para mim por um breve momento, mas logo voltando a procurar dentre as minhas roupas o que desejava.

— Com isso não se preocupa, vou te apresentar um carinha que conheci semana passada no shopping. — Seu sorriso maldoso aumentou. — E olha, se eu não tivesse namorando tenha certeza que já teria transado com ele até não sentir minhas pernas, ele é uma delícia.

Me surpreende com o modo que falava, afinal, Lydia era bem criteriosa em relação aos homens, e só pegava os mais bonitos que tinham, e mesmo assim ainda os chamava de aceitáveis, então para usar palavras tão vulgares para descrever alguém, a pessoa só poderia ser um Deus grego vivo, uma obra de artes.

Ou ela só estava exagerando para conseguir que eu saia de casa e conheça novas pessoas, e a julgar de como ela tendia a ser exagerada em certas coisas, não duvidaria que seja esse o caso, porém, mesmo assim ainda não perderia a oportunidade de conhecer alguém bonito depois de tanto tempo.

— Tá bom Lydia, eu vou tentar. — Prometi, levantando minhas duas mãos em sinal de rendição, recebendo um olhar indignado dela.

— Tentar nada, você vai fazer. — Ela falou me interrompendo.

— Eu vou fazer isso. — Falei imitando sua voz. — Mas se você não terminar isso aí logo, nem eu e nem você vamos conseguir ir nessa bendita festa.

Olhei para o relógio na cabeceira notando que faltava pouco tempo para que chegasse a hora.

Lydia acompanhou meu olhar, logo se levantando do chão e jogando algumas roupas em mim sem nenhuma delicadeza. Os seus dois braços apoiados na cama prensaram meu corpo nela.

— Já terminei querido. — Falou ela sorriso, bem perto de mim. Seu olhar antes amigável se tornou ameaçador. — Vista isso logo e vai lá pra casa, tenho que passar na minha cabeleireira antes disso, a gente se encontra lá okay?

Não era uma pergunta, e sim uma ameaça muito clara, e como eu não era burro o suficiente para questionar uma mulher que poderia me explodir só com a voz acabei concordando. Porém, afirmando na minha cabeça que não era por medo, apenas tinha muito amor pela minha vida.

Assim, Lydia finalmente se afastou

— A cabeleireira Leila? Adoro ela, ótima pessoa, manda um abraço para o sobrinho dela, acho que o nome do dele era Luis Carlos.

Acabei lembrando que fazia muito tempo que não cortava minhas madeixas, talvez deveria dar uma passada lá eu mesmo.

— Tá, mas se você não aparecer eu mostro para as meninas aquele vídeo. — Seu tom era mais baixo que o normal, como contasse um segredo.

Engoli em seco com inúmeras lembranças desse vídeo rondando na minha mente, Lydia não faria isso.

Ela não faria.

Não... Okay, talvez fizesse.

— Você tá me ameaçando? — Perguntei o óbvio.

Lydia estralou a língua na boca, balançando o dedo indicador como negação.

— Não, se eu fosse te ameaçar de verdade falaria que vou colocar o vídeo de você chorando pelo Derek enquanto se enchia de sorvete e assistia crepúsculo no telão da escola para todo mundo ver, ou talvez, até mesmo no YouTube que tal. — Ela parou na porta e olhou para os meus olhos. — Mas eu não preciso fazer isso, certo?

Um arrepio percorreu todo o meu corpo, uma sensação sinistra se instalou. As vezes me esquecia que ela era esse tipo de pessoa.

— Eu te odeio.

Meia hora depois lá estava eu dirigindo o meu querido jipe como um louco para chegar na bendita festa. A roupa que Lydia havia escolhido eram insanamente apertadas e pinicava muito em lugares estranhos. Além da casa jeans preta e rasgada, ainda tinha uma camisa branca de algodão que mesmo sendo de mangas ainda era muito fina e não protegia em nada do frio cortante.

E como se não bastasse Lydia havia escolhido o local da festa no quinto dos infernos, pois, segundo ela, sua casa sempre ficava uma zona, porém, era claro que só era um pretexto para poderem ir para longe e consumirem coisas ilegais. A estrada até o lugar era deserta e com muitos buracos pela frente, o que tornar tudo mais difícil, tanto pela estrada, a noite que tornar tudo um breu e a chuva que tinha começado a cair.

Parecia que naquele dia tudo estava contra mim, era um milagre não ter batido em alguma coisa até então. Ou, era isso que eu imaginava até que o inevitável aconteceu.

De repente o jipe bate em um corpo, me fazendo para-lo no mesmo instante em um solavanco. Minhas mãos tremiam e meu corpo ficava ainda mais frio, mas dessa vez não era de frio e sim de nervosismo.

“Ótimo, era o que me faltava, esse dia não pode ficar pior”

As luzes estavam ligas, ainda sim havia tinha pouca visibilidade, e só conseguia ver a silhueta da pessoa que eu tinha acabado de atropelar, esparramado no chão. Fiquei muito tentado a desviar dele e continuar minha viagem. Já havia assistido filmes de terror o suficiente para saber que encontrar um corpo numa estrada deserta no meio da noite nunca era um bom sinal, s com certeza não queria ser a primeira vítima desavisada, porém, isso seria muito desumano..

Assim, contrariando totalmente meu senso de perigo que sempre foi muito bom e apitava desespero na minha mente, peguei o meu taco de beisebol e sai do carro devagar, deixando a porta aberta só para o caso de acontecer algum imprevisto e eu ter que fugir pela minha vida.

— Olá, você está bem? — Perguntei ainda de longe, me aproximando pouco a pouco. — Olha cara se você for um assaltante já vou dizendo que sou o filho do xerife e não tenho nenhum centavo comigo, Quer dizer, até tenho vinte dólares no bolso mas não acho que vale a pena se dar tanto trabalho pra tão pouco, se bem meu pai sempre disse — Fiz aspas com os dedos — “o pouco de um é muito pra outro”, mas vai por mim vale muito mais a pena assaltar a Lydia do que eu, ela sempre tem uns mil dólares no bolso, acredita? Não que eu queira que você a assalte mas antes ela do que eu.

Ainda falando e com o objeto nas mãos me ajoelhei perto do corpo, observando mais de perto o homem era extraordinariamente bonito, não, bonito era muito pouco para descrever esse pedaço de mau caminho, se um anjo tivesse um bebê com um demônio sem dúvidas esse homem seria o filho deles, era surreal, e por incrível que parecesse os cabelos desgrenhados e as roupas todas sujas e rasgadas tornavam sua aparência ainda mais sexy, seria um pecado um gostoso daqueles morrer assim, nunca iria me perdoar de matar alguém assim, uma pessoa normal talvez um dia, com muita terapia e calmante poderia superar mas ele não.

Ergui meus dois dedos em seu pescoço para checar seus sinais vitais, mas antes que eu conseguisse isso a pessoa segurou minhas duas mãos e prensou meu corpo com o dele no chão em uma velocidade sobrenatural. Seus olhos estavam vermelhos com varais veias ressaltadas em seu rosto, e junto do sorriso de lado era uma imagem tentadora..

— Você fala demais garoto. — Falou com uma voz rouca.

— As pessoas sempre me dizem isso, é o meu charme gatinho. — Disse, por alguma razão ainda calmo mesmo tendo um homem como aquele em cima de mim. — Já vi muitas criaturas sobrenaturais mas nenhuma sequer parecia com você.

— Um monstro? — Sua sorriso aumentou, mas era muito mais distorcido.

Sua expressão também estava incrédula, como se não acreditasse no que estava ouvindo. Seus olhos estavam nos meus, analisando cada centímetro do meu rosto, me deixando ainda mais nervoso.

Sorri para ele de volta.

— Vai por mim, já vi muitos monstros aqui, se fosse mesmo um já teria me matado a muito tempo.

Inúmeras memórias das criaturas que enfrentamos inundou minha mente na mesma hora e por incrível que pareça os piores eram humanos e o pior nem mesmo eram seus rostos e sim o caráter retorcido.

Pelo visto, para essa pessoa eu não passava de uma ovelhinha burra que não conhece nada do mundo, extremamente patético.

— Você não sabe de nada. — Ele riu, abaixando as mãos para o meu pescoço. — Eu poderia te matar aqui e agora.

A chuva ainda caia, e minhas roupas agora além de ensopadas estavam sujas por estar tanto tempo deitado no chão, poderia até pegar um resfriado desse jeito. A ameaça dele não era muito preocupante.

Suas mãos no meu corpo eram desconfortáveis, porém, agora pelo menos tinha as mãos livres, não que adiantasse muita coisa contra aquele homem que parecia ser puro músculos, alto, bronzeado, bem formado, provavelmente tinha gominhos na barriga perfeita.

— Sei mais do que imagina. — Minhas mãos foram para seus pulsos ainda sem exercer nenhuma ação para afasta-lo. — E pode ter certeza que recebi inúmeras ameaças de morte, e nunca, nunca termina bem pra quem faz isso.

O sorriso dele aumentou ainda mais, claramente debochando da situação.

— Você está me ameaçando?

Seu rosto começou a voltar ao normal, me fazendo relaxar, não que eu não tivesse gostado do visual dark e sexy dele, mas ainda era um pouco ameaçador, como se fosse dar uma mordida no meu corpo a qualquer momento, e não no sentido prazeroso da coisa.

Percebi que seu aperto estava mais suave, por isso afastei suas mãos de meu pescoço suavemente, logo sentando no chão molhado. Com tudo isso tinha quase me esquecido que estávamos conversando na chuva, no meio da estrada deserta e de noite, ou seja, poderíamos ou ser atropelados ou atacados a qualquer momento, e ainda sim, o mais assustador seria encontrar Lidya no dia seguinte.

— Não, nem se eu quisesse, só sou um adolescente de 66kg de pele pálida e ossos frágeis. — Franzi a testa em desgosto com minhas próprias fraquezas. — Mas, todos que te tentaram me matar de uma forma ou de outra acabaram mortos, então acho que Deus quer que eu viva.

— Que aassustador, então devo ter medo de você...— Ele deu uma pausa como se ainda fosse falar mais alguma coisa, franzindo a testa. — Qual o seu nome mesmo?

— As pessoas geralmente se apresentam antes de perguntar o nome de alguém. — Ergui a sobrancelha em questionamento.

Além de me atacar do nada ainda se dava o luxo de querer saber meu nome sem nem ao menos falar o dele primeiro, era muito abusado mesmo.

— Damon Salvatore.

— Stiles.

— Que porra é um Stiles?

E como se fosse uma peça do quebra cabeças, esse foi o evento que deu início a todos os meus problemas futuros

O destino poderia ser uma vadia cruel as vezes, porém, também dava recompensas maravilhosas.




Notas Finais


Erros? Dúvidas? Surtos?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...