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História Cost - Horror show - A ordem


Escrita por: jennylr_

Notas do Autor


Gente MIL PERDÕES, fiquei com alguns problemas aqui em casa relacionado a internet então não consegui postar nada (nem da minha outra fic), to feliz com esses 12 favoritos, vocês são fodas.

Domingo posto outro, juro de dedinho mindinho.

xoxo;

Capítulo 7 - A ordem


Fanfic / Fanfiction Cost - Horror show - A ordem

Ó doçura da vida: Agonizar a toda hora sob a pena de morte, em vez de morrer de um só golpe. – William Shakespeare

 

- CHEGARAM!

Pude escutar á centímetros enquanto caminhávamos em passos arrastados até o quarto, todos estavam na porta em nossa espera. Cody se prontificou em carregar Lauren até o cômodo que havíamos nos “hospedado”, alguns nos encaravam indiferentes, outros nos analisavam procurando resquício de algum ferimento.

Liam estava surpreso.

Presumia que o garoto não esperava me ver de volta. Passei por ele mantendo contato direto, tentando demonstrar que não tinha medo e que se ele quisesse me ver morta, teria que fazer isso. Cody colocou Lauren na cama ao lado da minha, a garota continuava desacordada, sentia muito por ela. Quando Lauren acordasse iria perceber que nada mudou, continuava a correr perigo.

- A onde está o outro? – questionou Liam em voz alta.

- Está morto. Queria saber uma coisa... – Dylan virou-se em direção ao “publico”. – Por acaso sabiam o nome dele para se importarem tanto? Ou queriam apenas arrumar forma de JUSTIÇA para vocês?

- Vai nos dar sermão? – Observava tudo atentamente, a garota se chamava Chloe Moretz, seus cabelos eram loiros acobreados e não parecia ter menos que 18 anos.

- Na verdade... Não, apenas queria dizer uma coisa. Cada um de vocês está aqui por terem feito algo de errado, o dono disso aqui escolheu cada um a dedo. Estamos sendo monitorados agora, como um reality show. O nosso prêmio é a morte... Porque ninguém aqui ganhará um milhão se ficar vivo. – Dylan suspirou e então tomou coragem para continuar. – O cara que manda aqui deve estar nos assistindo agora, rindo da nossa cara. Devemos nos unir... E acabar com isso aqui de uma vez por todas, pois muita gente já morreu. E sei por mim, que não serei mais um.

Dylan virou-se, caminhando em direção a nossa cama quando uma voz o fez parar, um garoto de nome Alfie Enoch que parecia ter pelo menos uns 20 anos, pronunciou-se com a mão erguida.

- Eu não quero morrer. E concordo contigo.  

O medo fizera quase todos levantarem a mão e pronunciarem quase as mesmas palavras ditas por Alfie, apesar disso, Liam e Sabrina ainda nos analisavam friamente, como se esperasse algum erro nosso. Nós havíamos feitos inimigos que poderiam ser perigosos.

Logo tudo se passou muito rápido, Dylan decidiu que ficaria no corredor para se certificar de que os barulhos não eram nada enquanto Thomas e Cody levavam Lauren até quarto ao lado, estavam com medo que os gritos atordoados da garota perturbassem quem estivesse adormecendo ali. Queria ajudar, mas Dylan obrigou-me a ficar sentada, apenas observando. Alguns participantes não pareciam se importar com que estava acontecendo fora do quarto, estavam levando aquilo como um acampamento de férias e sentia meu sangue ferver ao encara-los. Não tinham noção de que cada dia que se passava naquele local tudo ficava mais morto, inclusive nós.  

O sol foi se escondendo e então a noite finalmente chegou acompanhada da dor, nem precisava andar para poder sentir meu tornozelo latejar. Desejava minha mãe naquele momento, ela saberia o que fazer para melhorar. O que me deixava assustada era que já havia se passado dois dias desde que cai na escadaria e nada melhorou. Ignorei a dor e levantei-me para ver se alguém precisava de minha ajuda quando Thomas entrou no quarto, repreendendo-me.

- Vá deitar, precisa descansar esse tornozelo Annie. – insistiu Thomas, empurrando-me cuidadosamente na cama novamente, me fazendo sentar sobre a mesma.

- Não estou co...

- Está, e só está mentindo pra si mesma. Dylan vai ficar de “guarda” junto com outro garoto, você precisa descansar. – Thomas interrompeu-me.

- Sobre o que Cody disse naquele quarto, será possível sairmos daqui com vida?

- Há de ter um jeito.

- Eu espero, espero muito que sim. – sussurrei, respirando profundamente.

- Posso te fazer uma pergunta?

- Pode.

- Não está acontecendo nada entre você e o Dylan certo?

- Thomas, olha o lugar em que estamos. Como pode... Não tem possibilidades.

- Soube uma historia que o medo deixa nossos hormônios agitados. Que o sexo relaxa a tensão.

- Acho que você que deveria dormir. – murmurei irritada, deitando-me na cama.

- Desculpa se insinuei algo. É que Dylan nunca se preocupou com alguém além dele. – Thomas soltou um riso soprado enquanto balançava a cabeça negativamente. – Foi uma brincadeira, esqueça isso. Boa noite.

Apenas me virei para o outro lado da cama, não conseguia dizer mais nada sobre isso, parecia que todas as palavras haviam sumido da minha mente. Enrosquei-me em um cobertor de veludo amassado que havia no canto da cama, mas assim que minha cabeça tocou o travesseiro, o sono foi embora e milhares de pensamentos invadiram minha mente. Pareciam assuntos pendentes, mal resolvidos.

Dylan só se importava comigo, pois sentia um fardo enorme. Eu não era capaz de me defender sozinha, era por este motivo que o garoto ficava preocupado, não tinha nada a ver com o que Thomas estava pensando. Queria apenas esquecer todos os acontecimentos de hoje e dormir, mas de repente, a ideia de dormir subitamente me assustava.

Não conseguia esquecer Calum sendo torturado pelo mal feitor, seu grito perturbando-me, tipo A hora do pesadelo. Sentei-me, olhando em volta para ver se não tinha algo que ajudasse a me manter ocupada e acordada. Mas logo me deitei novamente e rendi-me ao sono. Enquanto adormecia rezava a algo, qualquer coisa que me escutasse naquele momento, pedindo que caso morresse antes de acordar que minha alma pudesse guardar.

<><><><><><> 

Naquela noite tive um pesadelo, aquele homem que nós vimos apenas à sombra quando estávamos à procura de Lauren me perseguia, procurava-me pelos corredores, desesperado, como se aquilo fosse a ultima coisa que faria em sua vida, matar-me. Meu coração gelava só de lembrar. Ainda havia pessoas dormindo então tomei cuidado ao me levantar, caminhando cuidadosamente até o corredor, Dylan parecia ter deslizado pela parede durante a noite e tremia de frio. Voltei ao quarto, pegando o cobertor que havia usado, em seguida voltando ao corredor e colocando sobre ele.

Acabo percebendo que cada vez mais me afeiçoou á aquele garoto  despenteado e de bom caráter. No momento fiquei maravilhada por Dylan ser uma pessoa tão descente e carinhosa, por ele se preocupar com todos não apenas com si mesmo. Deveria estar acostumado a ser líder, tomar as decisões difíceis, o garoto conseguia fazer bem isso.

- Ana? – uma voz fina e agradável, que deduzi ser de uma garota, soou atrás de mim. Logo me virei em direção à dona da voz.

- Annie. – disse imediatamente para a garota. Seus cabelos eram compridos chegando até a altura da cintura, tinha o rosto fino e angelical, Camilla Cabelo encarava-me com um sorriso singelo nos lábios.

- Desculpe. Como Thomas estava cansado ontem... Ele deixou-me cuidando de Lauren logo após descobrir que fazia faculdade de medicina. Acho que gostaria de ver uma coisa.

Balancei a cabeça em afirmação, seguindo a garota até o quarto ao lado do nosso. Camilla abriu a porta, me dando passagem em seguida, direcionei o olhar para Lauren que estava enrolada em um lençol manchado de sangue, deveria ter sido um trabalho difícil para Camilla cuidar da garota naquele estado.

- Não se preocupe, ela está sobre controle agora.

- O que iria me mostrar?

- Ah sim, isso. – Camilla passou por mim logo após fechar a porta, sentando-se na cama e bem próxima da garota, pegando delicadamente seu braço mostrando uma serie de números que seguiam uma linha do seu pulso até o ombro.

            5         16         15        14       27       

Quem havia feito àquilo era extremamente habilidoso, pois os números eram decifráveis. Deduzi que tinham sido feitos por um canivete porque havia uma área roxa em volta de cada número, mostrando que fora usado a força para marcar o braço da garota. O que me deixava assustada era que não havíamos visto isto assim que a salvamos.

- O que isso significa? – questionei confusa.

- Acredito que sejam coordenadas ou... Apenas um hoobie do torturador. Marcar as pessoas com números.

- Irei tentar pensar em algo sobre...

Fui interrompida pelo grito agudo que Lauren soltara, era definitivamente idêntico com o do dia em que todos entraram em pânico. A morena sentou-se ereta e sobressaltada sobre a cama, como se tivesse acabado de sair de um pesadelo sem fim, Lauren nos olhou enquanto suspirava pesadamente procurando o ar.

- O que... O que... Cadê... Cadê Calum? Onde... Onde ele está... Por que... Porque ele não está aqui? Eu falei... Eu prometi ao outro garoto... Que não... Não...

- Calma, está tudo bem. Não tem mais ninguém aqui. – Camilla colocou a mão sobre a da garota, acariciando-a. No momento percebi que estava acontecendo algo, Camilla olhava para a garota de um jeito diferente. Como se conhecessem.

- Que outro garoto? – As palavras saíram da minha boca sem ao menos ter pensado sobre elas.

- Não... Não... – Lauren ainda tremia, parecia que ainda não sairá da tormenta que era seu pesadelo. A garota levou as mãos imediatamente até a cabeça, tampando os ouvidos, tentando bloquear algum som que sua mente provocara. – Porque ainda... Ainda escuto... – Lauren virou o olhar para Camilla. – A voz... A voz dele tá na minha mente...

- Lauren... Se acalme. – Camilla pegou uma garrafa de água que estava no canto da cama, estendendo para a garota que tomou varias goladas seguidas. – Você só esta assustada, foi um sonho ruim. Lembra o que te disse de sonhos ruins ontem quando acordou assim?

- Sim... Lembro-me. – Lauren sussurrou, algumas lágrimas rolaram pelo seu rosto.

- Esse é só mais um deles. – Camilla levou as costas da mão até o rosto da garota, limpando as lágrimas. – Agora faça uma forcinha, quem fez isso no seu braço? Foi esse outro garoto?

- Foi...

- Quem era ele? – questionei pausadamente, tentando não assusta-la.

- Outro sobrevivente, como nós.

<><><><><> 

Precisava ir atrás de Cody, com certeza o garoto saberia qualquer coisa relacionada a isso. Entrei no quarto novamente, passando rapidamente pelas camas e os participantes que agora já haviam se levantado, não conseguia deixar de escutar, desconfiavam de Dylan e Liam, não entendia muito bem o porquê, mas não sabiam decidir quem seria o Líder daqui em diante. Logo pude avistar a cama onde Cody estava deitado. O garoto encarava o teto acima como se pudesse obter alguma resposta do mesmo.

- Cody... – murmurei ao chegar próximo o bastante do rapaz. 

- O que foi? – respondeu, sem ao menos direcionar o olhar para mim.

- Você assistiu as outras edições, queria saber uma coisa.

- Senta. – O garoto endireitou o corpo e sentou-se sobre a cama enquanto tomava liberdade para sentar-me na beirada da cama. – O que quer saber?

- Lauren tem números no pulso, poderiam significar alguma coisa? Tinha algo parecido nas outras edições?

- Sei que nos somos taxados por números, desde o pior para o menos pior.

- 16 números... – Sussurrei levantando-me imediatamente, respirar se tornou uma tarefa difícil. Era uma ordem. – Porque teria o 27...

- Na minha mochila, tinha o numero um.  

Voltei a encarar o garoto, Cody era um mistério para mim. Parecia esconder algo, talvez o motivo de estar ali, pelo seu numero não deveria ser algo muito agradável. Não estava gostando do rumo que as coisas estavam tomando, o homem que anunciou sobre Lauren estava planejando outra coisa. Como poderia ter outro sobrevivente se Cody afirmara que nenhum dos participantes das outras edições voltou para casa.

- O que fez Cody?

- Annie, foi algo ruim, mas não se compara com que eles fazem aqui. 

- Certo. Por acaso sabe que numero o Calum tinha na mochila? – Cody encarou-me pensativo, logo pronunciando em voz baixa.

- Não faço a mínima ideia, por quê?

- Porque se o numero cinco for alguém que já estiver morto, então temos que pular para o próximo numero da lista. O dezesseis.

- Sabe quem é?

- Sou eu. 


Notas Finais


*Obs: a fanfic está sendo repostada igualmente a anterior, então pode possuir erros ortográficos.


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