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História Cost - Horror show - Laços


Escrita por: jennylr_

Notas do Autor


EAI COSTERS (horrivel esse nome kkk) tudo bom?

Aqui tá mais um capitulo, pra vocês se divertirem nessq quarentena, vou começar a postar outro na sexta também ok? Provavelmente não postarei mais nos domingos. Mas eh isso, espero que vocês estão curtindo!

xoxo;

Capítulo 9 - Laços


Fanfic / Fanfiction Cost - Horror show - Laços

Em todos os relacionamentos há buracos dolorosos e é neles que os desejos impossíveis se achegam. – Robert Smith

 

Durante dois dias seguimos andando em fila pelos corredores, acabamos observando que havia vários quartos, banheiros, escadas que deveriam levar a algum lugar porem não nos arriscamos em subi-las, alguns laboratórios e um grande pátio chamado de área C. Tínhamos quase certeza que aquele lugar era um manicômio. Hora ou outra ainda podíamos escutar um coro distante de gemidos que chegavam mais perto, trazidos pelo vento como se fosse um temporal prestes a desabar. Aquele casarão era muito maior do que imaginávamos, e achar uma saída daquele lugar era como procurar uma agulha no palheiro. 

Decidimos ficar em um quarto que nos pareceu menos assustador e mais acolhedor, era com uma casa de dois cômodos, haviam sofás e cadeiras cobertas de panos, mesas enfileiradas em uma parede como se tivesse sido arrastada em algum momento de pânico e uma lareira, de certa forma isto animou nossas expectativas de dormir naquele lugar pelo menos por uma noite. A pequena cozinha á esquerda estava com a pia cheia de pratos sujos, o cheiro de cigarro que pairava no ar mal era captado pelas minhas narinas.   

Colocamos as malas sobre as mesas e pegamos os panos que estavam sobre os objetos, colocando-os no chão para que alguém tomasse a iniciativa para dormir ali, pois não teria lugar suficiente para todos nos sofás, mas sabíamos que ninguém dormiria naquela noite assim como todas as outras.

Dylan e Alfie quebraram uma das mesas para acender a lareira, por sorte acharam uma caixa de fósforos acompanhada de alguns cigarros em uma das gavetas da escrivaninha ao lado da porta, os garotos foram em direção à lareira acendendo-a. Se sentamos de frente a ela, aquecendo nossos corpos frios.  Sentia-me bem naquela noite, as dores em meu tornozelo haviam cessado o que me fez relaxar por um momento.

- Eu... Ainda sinto muito pelo o que Liam fez. – comentou Chloe, quebrando o silencio enquanto acendia um dos cigarros encontrados.

- Todos sentem. – Michael pronunciou-se, encarando a lareira à frente.

- Eu quase o ajudei.

- Era uma oferta boa, entenderíamos se você fizesse. – Dylan disse pausadamente. – Mas ainda é errado, usar alguém para manter-se vivo.

O que Dylan havia falado acabara servindo para mim naquele momento, tinha que ser forte, não era certo usar alguém como eu o “usava” para me manter viva.

- Mas se Liam fosse manipulado, faria de novo. “Por isso o banimos”. – Thomas gesticulou as aspas com as mãos.

- Tenho medo de ele nos encontrar. – sussurrei, engolindo a seco o medo.

- Ele com certeza matará um de nós. – Nash disse á mim sem retirar os olhos do cigarro que estava entre os seus dedos.

- Não se o matarmos primeiro. – Cody murmurou friamente, os olhares do quarto pesaram sobre ele. – Qual é? Prefiro minha vida a dele.

- Cody tem razão. – Concordou Alfie, alternando o olhar para cada um de nós. – Se ele vir atrás de nós, não terá outra chance, teremos que o matar.

- Vamos mudar de assunto? – Daniel se pronunciou, encarando-nos.

- Já que querem mudar de assunto, que tal se apresentar? Ainda não sei o nome de todos. – Thomas disse em tom baixo porem audível, o loiro olhou automaticamente para Dylan que suspirou.

- Ok... Sou o Dylan... Tenho vinte e quatro anos. Thomas tem vinte e cinco, somos amigos desde a infância. Moramos a vida inteira na Califórnia, e devemos estar aqui por que fizemos mal a um garoto á alguns anos atrás, uma brincadeira de mau gosto que foi longe de mais. – Thomas e Dylan trocaram olhares furiosos enquanto terminavam de comentar sobre.

Então se seguiu de Dylan adiante. Cada participante dizia o que era necessário para o conhecermos e entendermos uma parte do motivo de estar naquela situação. Estava nervosa para quando chegasse a minha vez. Era cruel para relembrar os momentos ruins que já havia ocultado. Só me sentia bem pelo fato de que nenhum deles poderia me julgar, todos haviam cometido algum crime e tinham seus motivos, os únicos que poderiam fazer isto era o publico.  Precisávamos cativá-los e nos apresentar era a melhor forma de nos dar tempo para preparamos qualquer coisa que nos ajudasse a sair daquele lugar.   

- Chloe, tenho vinte anos. Estava em Atlanta quando me pegaram, foi em um bar após uma briga. Sempre fui de fazer confusão então... Alguém não gostou do meu jeito. Enfim, Nash...

O garoto assentiu e então jogou o cigarro que estava entre seus dedos contra a lareira, suspirando antes de proferir algo.

- Tenho dezoito anos, sai de casa aos dezesseis. Morava sozinho no Alabama, fazia alguns “bicos” aqui e ali para me manter vivo. Até que em um ano descobri as drogas... Endividei-me... Entrei em um grande problema no qual resultou nisso aqui... Agora pode ir Alfie. – Nash cutucou-o e o garoto riu em resposta.

- Sou de Detroit, tenho vinte e sete anos. Trabalhava como “cafetão”, não sei como vocês dizem essas coisas. – Foram possíveis ouvir risos de alguns participantes, até mesmo de Alfie. – Eu fiz a vida de algumas garotas se tornarem um inferno... Arrependo-me de muitas coisas... Também eu...

Alfie olhou para os presentes no quarto e então abaixou a cabeça lentamente, como se algo tivesse engolido a sua voz e toda a graça que aquele assunto tinha. Harry colocou as mãos nos ombros do amigo. Entendia o garoto, rir era como um mecanismo de defesa evitava que Alfie se lembrasse das coisas ruins que devia ter evitado fazer.

- Sou o Harry pra quem não viu o nome. – O moreno balançou o objeto metálico grudado em sua roupa. – Tenho vinte dois anos, estava passando uma temporada no Brasil com uma namorada. Em um dia de festa, bebi muito e acabei... Extrapolando, machucando-a. Creio que estou aqui por isto. É... Cody, sua vez cara.

- Bom... Tenho vinte anos, morava em Detroit. No passado sofri com a rejeição de colegas... Até que me esforcei e fiz todos engolirem as palavras que usaram contra mim. Alguns dizem que vingança não faz se sentir melhor. Mas pra mim fez, e muito.

Cody encarou-me, não havia esclarecido muito do que havia feito no passado, desta forma não parecia algo tão ruim para estar no primeiro lugar da lista.

- Sou o Michael, morava na Florida. Há alguns anos atrás, quando completei dezenove anos, em uma briga de família acabei machucando meu irmão. Ele ficou paraplégico e nunca mais me perdoou. Fui preso, e ainda estava cumprindo pena quando me trouxeram para cá. Tudo é melhor do que a cadeia, até mesmo este lugar. – Não conseguia acreditar que Michael poderia ter feito algo como aquilo, de todos eles, era o que menos parecia ter algum problema envolvendo a policia.

- Me chamo Daniel, tenho vinte e seis anos, atualmente estava morando em Alaska, iria me casar... Quando me colocaram aqui. Ainda acho que o motivo seja inveja de alguém porque não havia nada de ruim... Nada de ruim que poderia ter feito para merecer isso.

Isto era o que todos nós pensávamos, não há nada de ruim que se compare com o que era feito aqui. Alguns minutos de silencio se seguiram, todos estavam olhando-me, ansiosos, a espera que contasse algo de minha vida assim como todos os presentes na sala. Suspirei pesadamente antes de tomar coragem para expressar-me.

- Acho sou a ultima então... Chamo-me Annie... Tenho dezenove anos. Morava em Atlanta e estava vivendo dois anos maravilhosos após uma grande tragédia... – Apertei a barra da minha blusa, não iria chorar novamente. – Algumas amigas estavam comigo em uma festa do pijama, quando alguns homens invadiram... Eu me escondi e deixei que eles as machucassem de todas as maneiras possíveis Uma das garotas me viu por entre a fresta do guarda roupa... Eu não queria...

- Talvez... Você não tivesse culpa, estava nervosa, com medo. Eu teria me escondido.  – Daniel falou calmamente. – Talvez ninguém aqui tivesse culpa das coisas que aconteceram, foram circunstâncias que as fizeram...

O silencio voltou a reinar, todos deixavam aquelas palavras amadurecer em nossas cabeças enquanto se aquecíamos em frente à lareira. Olhei para Camilla no canto do quarto sentada em uma das cadeiras ao lado de Lauren que estava deitada em um dos sofás. A garota foi levada por Cody durante todo o caminho, pois não tinha forças suficientes para manter-se em pé. Sentia a necessidade de comentar sobre o que havia acontecido naquele quarto, mostrar a eles que nada que fizeram no passado se comparava com o que faziam no Cost.

- Acreditem... Vocês não viram mais... – Ainda sentia o horror crescer dentro de mim enquanto me preparava para continuar a falar sobre aquilo. – Aquele homem... O que anda me assustando sempre, perturbando meus sonhos... Estuprou Lauren, enfiou uma barra de ferro no corpo de Calum, usou todos os tipos de ferramentas contra ele... Nós não somos como eles.

- Somos melhores que isso. – Concordou Thomas.

- Seja lá o que tenha acontecido com eles, não irá acontecer de novo. – disse Harry com tanta certeza que chegou a me assustar.

- Vamos sobreviver e mostrar a eles que está na hora desse jogo acabar! – Exclamou Daniel, todos se entreolharam, havia esperança no olhar de cada um. Esperança de que talvez tudo desse certo e que ninguém mais fosse levado ou morto por eles, que pudéssemos acabar com aquele jogo e colocar quem começou isso na cadeia. Já havia me apegado a cada participante de uma forma diferente. Naquele momento nós havíamos criado um laço, algo que nos comprometeria até o final do jogo, tão forte que nem a morte seria capaz de quebrá-lo. Manteríamos a lealdade uns aos outros até que todos estivessem em suas casas, com suas famílias e em segurança. Mas nossa fé foi abalada assim que um chiado começou a provir das caixas de som. Todos se colocaram de pé imediatamente, nós sabíamos o que significava.

 

“Olá participantes do Cost

Andamos monitorando vocês e sabemos que tem uma participante gravemente ferida..

Se quiserem salva-la, terá uma caixa com suprimentos e remédios no salão principal, aquele do inicio do jogo.

Em uma das gavetas da escrivaninha no canto da porta há um mapa.

Boa sorte.”

Todos lançaram olhares nervosos para Lauren que agora estava sentada ereta sobre o sofá, observando os rostos assustados. Sua palidez assim como as olheiras de noites mal dormidas era visível, meu olhar congelou na mancha de sangue enorme que encharcara o pano que Camilla havia acabado de colocar sobre a garota, para cobri-la. Lauren posou a mão sobre a mancha, tentando bloquear nossa visão, mas era impossível não perceber que não havia parado de sangrar desde quando a salvamos do mal feitor, e se não decidíssemos algo naquele momento, seria apenas mais uma na lista de mortos.

 


Notas Finais


*obs: a fanfic está sendo repostada igualmente a anterior, então pode possuir erros ortográficos.

Gente, aqui deixarei o Link do meu novo bebê, é diferente de COST em alguns aspectos, mas garanto que o sangue e o nervoso sempre se mantem rs
NOME DA FIC: Truth coming
https://www.spiritfanfiction.com/historia/truth-coming-19360945


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