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História Counterwork - Capítulo 18: Feelings Saved


Escrita por: SweetBeauty

Notas do Autor


Então meus amores, a fanfic segue na reta final x-x #Cry
Vejam as ultimas emoções nos capítulos finais
Em breve estaremos nos despedindo'
Fiquem com esse capítulo e boazissima leitura'*
kissis'*

Capítulo 18 - Capítulo 18: Feelings Saved


Fanfic / Fanfiction Counterwork - Capítulo 18: Feelings Saved

Jimin esteve surpreso. Ficara encarando Yoongi de ponta a cabeça até o próprio se manifestar.

- Então; vai ficar me encarando o dia todo? - interrogou dando uma risada. - Eu sei que o meu rosto é muito belo, mas não tenho o dia inteiro pra você. - gracejou lançando um suave empurrão no Park.

- Do que está falando? - Jimin replicou num tom de desaprovação. - Só to surpreso por te encontrar tão de repente.

- Claro; isso eu percebi. - disse. - Se não for incômodo, eu preferiria que tivéssemos essa conversa em outro lugar. Sabe; não é conveniente que nos vejam aqui. Alguém pode escutar.

- Alguém tipo quem?

- O seu pai por exemplo. - Yoongi fora bastante direto, e Jimin teve que lhe dar razão.

- É, verdade. - concordou olhando para o térreo da mansão. - Vamos sair daqui. - concluiu deixando ser guiado pelo menino de cabelos loiros.

Eles caminharam por um tempo especifico, e durante esse tempo dialogaram sobre diversas coisas como, por exemplo, as quais fizeram nesses anos de ausência. Ao toparem na primeira praça pavimentada, Min Yoongi se reencostou próximo a um chafariz. Jimin aparentava bastante acomodado quando Yoongi proclamou.

- Quem diria que aquele garotinho bochechudo chamado Park Jimin se tornaria tão rebelde.

- Não me orgulho disso está bem. - enfatizou com convicção. - Tudo mudou depois que... - por breves instantes ele devorara as palavras. - Você sabe... A minha mãe...

- Sim eu sei. - reafirmou. - A culpa não foi sua. - dizia o fitando nos olhos. - Parece que teve uma juventude difícil.

- Talvez eu tenha sim um bocado de culpa. - Jimin destacou. - Podia ter enfrentado as coisas de uma outra forma, mas preferi provocar mal não só aos outros como também a mim mesmo. Pode ter certeza que ninguém saiu mais machucado nessa história do que eu.

- Imagino que sim. - constou arqueando as sobrancelhas. - Mas você me parece bem agora. Isso é bom.

- Tive a sorte de conhecer alguém. - revelou com um sorrisinho bobo nos lábios.

- Hm; creio que esse alguém lhe deu um belo puxão de orelha, daqueles bem dados.

- Sim. - afirmou rindo.

- E você acabou se apaixonando.

- Exatamente. - Jimin não tinha receio ou vergonha de admitir. Yoongi esboçou um sorriso quase transparente enquanto fitava o solo da praça. Ele de certa forma já sabia que esse alguém era Jeon Jungkook, e naquele momento terminara de confirmar. Entretanto decidiu se fazer de desconhecido dos fatos e não demonstrar a coincidência que existia entre os três.

- Que bom que conheceu esse alguém. – Yoongi disse fazendo um sorriso relaxado.

- Mas... Ainda não me contou por que viemos até aqui. – o Park anunciou discretamente.

- Tenho algo para te dar. – respondeu retirando um papel embrulhado de dentro do sobretudo. – Quando o meu padrinho te atropelou por uma coincidência eu lhe vi, e então me lembrei desse bilhete. – dizia estendendo o embrulho as mãos de Jimin. – A sua mãe me pediu para te entregar caso se... Lhe visse de novo.

Curioso, Jimin desembrulhou o bilhete expondo o papel amarelado que havia dentro. A escrita era propriamente de MinaHae.

 

Não sei quando lerá isso, mas espero que quando tomar essa carta em mãos não seja tarde ou cedo de mais, e esteja pronto para tudo. Jimin, você e eu sabemos que tenho a sanidade aparentemente equilibrada para estar vivendo num hospital psiquiátrico. Não pude lhe esclarecer certas coisas porque ainda é (era) muito novo, e não quis lhe causar mais dor. Por isso deixarei esse bilhete em suas mãos, a espera que o destino o faça. Preciso que saiba da verdade. Há muitos anos conheci o seu pai, e naquela época estava prestes a receber a herança dos meus avós. O nosso país ainda é machista e extremamente conservador em muitos aspectos, e pelo fato de eu ser mulher e herdeira de uma fortuna precisaria me casar urgentemente. Os meus avós arranjaram o casamento com Daeyoung, e então nos casamos. Nos primeiros meses de casamento tudo parecia bem, até de repente descobrir que estava grávida de você. Entenda que fiquei assustada... Não estava pronta para casar e muito menos para ter filhos. Mas durante os meses de gestação, fui te amando cada vez mais. O único amor verdadeiro que havia conseguido nutrir foi por você. Preciso que saiba que nem eu e nem o seu pai nos amávamos. No entanto, eu estava certa de tentar com ele, isso até descobrir sua verdadeira face... Num dia desafortunado eu fiquei doente, e Daeyoung se aproveitou disso. Ele começou a me medicar com remédios que dizia que curaria a minha doença segundo o médico, mas aquilo só piorava. Em pouco tempo comecei a me sentir estranha. No inicio passei a perder a noção do tempo e após altas doses daqueles remédios comecei a ter alucinações. Sentia ansiedade, angustia e pânico, e todas essas emoções afetaram o meu psicológico até vir a surtar. Daeyoung estava me drogando, e usou isso para fazer-me passar por uma dependente louca. Ele não podia me matar porque se fizesse não poderia ficar com toda a herança, pois a casa, o dinheiro e todo o resto são da minha família. Ele precisava que algo acontecesse comigo para tomar o controle, e o fez provocando a minha internação num sanatório. Sempre convivi com o medo de que ele lhe fizesse algum mal. Quando você vinha me visitar, sentia-me aliviada por lhe ver bem. Espero que esta carta chegue as suas mãos, e não em mãos erradas. Espero de coração que você fique bem meu filho... Quando achar que é a hora certa de tomar uma atitude, não hesite em tomá-la. Você é o meu filho, Daeyoung é só o meu marido. Sentirei eternamente a sua falta... Com amor... Sua mãe;

 

Ao término da leitura, Jimin sentiu uma força maior se sobrepondo em seu corpo. O seu peito latejava e uma angústia lhe acompanhava junto das lágrimas que escorriam sem hesitações. Sempre achou o casamento de aparências que Park Daeyoung arranjou com Gil Sangjee uma imprudência, mas nunca imaginaria que o seu pai fosse capaz de algo tão absurdamente grotesco.

No fim das contas, a sua teoria de que o seu pai havia se casado novamente apenas para manter uma boa forma perante a sociedade, era válida.

- Eu quero vê-la. – foi á primeira coisa que revelou com os olhos inchados encharcados por lágrimas.

- Ah; sobre isso. – Yoongi suspirou. – Há cerca de um ano eu a ajudei a fugir do hospital. Foi quando ela me deu essa carta.

- Fugir? Você a ajudou a fugir? – Jimin contestou incrédulo. Min apenas assentiu. - E ela foi pra onde?

- A última coisa que me lembro é dela dizendo ir para a Europa.

- Europa? – contestava cada vez mais descrente. – Como ela conseguiu sair daqui para a Europa? Com que dinheiro?

- Ah eu não sei Jimin. – respondeu. – Sinto muito.

No fundo o Park esteve contente pela mãe ter ao menos conseguido sair daquela prisão, mesmo sem saber qual destino ela tomara. Jimin tomou uma reação de súbito ao abraçar Min Yoongi em agradecimento. Um abraço forte e reconfortante que fizera Yoongi sentir uma enxurrada de satisfação.

 

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O Pequeno Yoongi estava distraído guardando os seus pertences na mochila. Ao sair porta a fora do hospital do padrinho, ele se deparou com alguém quieto de pé no gramado. Aproximando-se pôde ver que o menino Park Jimin era mais teimoso do que cogitara ser.

- Ei! – Yoongi chamou o fazendo se virar de frente. – O que tá fazendo aqui?

- Ah você ainda está aqui. – suspirou em alivio. – Preciso vê-la pela última vez.

- Bolacha; pegaram a gente já esqueceu? Levei uma bronca terrível do meu padrinho. – respondeu ressaltando a memória alheia.

- Eu sei, mas... Será a última vez. Não consegui me despedir naquele dia. O seu padrinho me pôs pra fora e nem quis saber.

- Também não foi pra menos ne? – retorquiu. – Olha; eu queria mesmo te ajudar, mas não posso. Se nos pegarem de novo quem vai carregar o maior peso da culpa será eu não você.

Jimin esboçou uma feição tristonha que fez o coração de Min doer, mas ele resistiu.

- Não faz essa cara pra mim bolacha! – exclamou repreendendo Jimin, e os próprios sentimentos.

- Tudo bem, tem razão. – respondeu sério. – Também não quero causar mais problemas pra você.

- Eu... Sinto muito. – lamentou-se carregando um pesar desconfortável por negar algo a Jimin. O Park se aproximou dele pairando poucos centímetros de distância. No fim projetou um sorriso de agrado e disse.

- Não sinta. Você não me deve desculpas. Me ajudou muito, obrigado Yoongi. – aquelas palavras foram ditas para amenizar sua dor, mesmo que no fundo se sentisse realmente grato por Min tê-lo ajudado. Jimin encostou a boca na bochecha de Yoongi selando um beijo amoroso em despedida. – Até algum dia.

Min assegurou aquele “até algum dia” e ficara mudo. Observou atentamente Jimin se esvair pela escuridão da noite até sussurrar para si mesmo no recinto, “até...”;

 

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Aquela memória lhe veio durante o abraço farto que Park Jimin lhe promoveu. Fora a última vez que os dois se viram até o atual momento.

- Obrigado. – agradeceu finalizando o abraço. De algum modo Yoongi se sentiu desconcertado, e tentou esconder aquilo com seu jeito despreocupado de sempre.

- Sem sentimentalismo. – gracejou cortando o clima dramático. Jimin riu instantaneamente em meio ao choro.

- Não mudou nada Yoongi. – disse limpando as lágrimas restantes. – Ainda continua tentando bancar o insensível.

- Desculpa, disse algo? Só consegui escutar zunidos estranhos. – Yoongi tinha o dom de dar respostas curtas e rápidas. Essa era a sua autodefesa pessoal.

- Está bem. – respondeu se rendendo ao jogo de Min. – É melhor eu voltar pra casa. Alguém pode acabar dando a minha falta e você sabe... Ainda estou em recuperação.

- Não sei por que alguém daria falta de um idiota como você. Nem se lembrou de mim.

- Claro; - respondeu num riso. – E você parece que ficou indignado pelo idiota não tê-lo reconhecido.

- Some da minha frente sua bolacha abundante! – exclamou chutando de leve o tornozelo do Park. Jimin não conseguiu hesitar as risadas.

- Já fui. – replicou partindo dali em risos para bem longe de Min Yoongi.

Assim como há 4 anos atrás, Yoongi ficou o observando desaparecer do campo de visão. Um pensamento se perenizou em sua mente trazendo um sentimento de inquietude. Por que justo você Jungkook?...

 

*

 

Taehyung se deslocou na cama retomando a consciência. Sentou-se com cuidado fitando o local ao seu redor. Tudo lhe parecia desconhecido. Onde estou? Pensou. Olhou para baixo e percebeu que trajava vestis de hospital. Aquele uniforme azul o fez recordar que tentara se afogar enquanto tomava banho.

Enquanto recuperava a consciência, Taehyung se pôs a experimentar a maçã que cabia no prato ao lado de sua cama. Sentia fome, e naquele momento só pensou em comer. Mordendo a maçã, ele pegou um controle em cima da cômoda ligando a televisão no alto. Por derivados minutos se distraiu assistindo a TV enquanto comia, quando de repente o seu momento foi quebrado por um alguém que adentrara o quarto.

Hoseok decorreu os passos adiante, sentando-se ao lado de Taehyung na cama. Os dois se mantiveram em silêncio até J-Hope gargalhar do apresentador na TV. Eles se fitaram repentinamente fazendo Taehyung sentir-se recolhido sobre o olhar alheio.

- Como se sente? – Hoseok perguntou ainda o fitando.

- Um pouco tonto, mas bem. – respondeu sutil. – Por que me socorreu? – aquela indagação pairou no ar fazendo J-Hope franzir o cenho.

- Não podia deixá-lo morrer.

- Por quê? – novamente ele sentira a estaca da pergunta lhe perfurar. O silêncio se tornou tão profundo que chegou a deixá-los oprimidos.

- Porque eu não queria perdê-lo daquele jeito. – revelou em voz baixa. – Você não podia morrer... Ainda tem muito o quê viver Tae.

Taehyung não queria ter sido salvo, ele queria ter morrido afogado naquela banheira, mas não pôde negar a si mesmo a sensação de importância que J-Hope lhe trouxe ao salvá-lo. Estava num estado tão decadente de depressão que o levara ao suicídio. Se sentiu importante ao menos por alguém.

- Não vou ser orgulhoso dessa vez. – o ruivo se pronunciou fitando Hoseok de canto. – Obrigado por ter me salvado. – agradeceu montando um sorriso pequeno, quase escondido.

- Você não é orgulhoso Tae, você... É um anjo. – o ruivo riu. – É sério; você é uma pessoa tão boa que... Me senti mal quando me disse todas aquelas coisas. Você me fez pensar, e quando te vi quase morto tomei um susto horrível.

- Bem, graças a você, estou vivo. – disse sorrindo mais abertamente. Taehyung se sentiu tão confortavelmente bem ao escutá-lo dizer aquelas coisas.

- E vai continuar num é? – aquela indagação fez o ruivo sorrir abobalhado.

- Vou. – respondeu apoiando delicadamente a cabeça no ombro de Hoseok.

Havia sentimentos que eram difíceis de serem descritos, e J-Hope não queria afastar-se de Taehyung naquele instante. Trazia-lhe conforto senti-lo deitado sobre o seu ombro, e principalmente vivo e respirando. Ambos ficaram daquele jeito sem nenhum reclamar, pois enquanto o tempo passava eles progrediam nos seus mais silenciosos sentimentos. 



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