História Crazy Girls - Paradise City

POV Duff

Eu estava sentado no sofá que tinha no quarto de Yasmim e eu apenas ficava observando-a,serena enquanto descansava após a cirurgia. Só de saber que não poderia ter meu filho em meus braços mais fazia meu peito doer.  Eu mandei os meninos irem pra casa porque eu achava que tínhamos que ficar um pouco sozinhos.

-Duff...-ouço ela sussurrando e me levanto rapidamente indo em sua direção e pegando em sua mão

-Oi meu amor,você está bem?-pergunto a olhando.

-Estou apenas enjoada...eu sinto muito, Duff-fala ela com lágrimas nos olhos fazendo os meus se encherem também.

-Nós podemos tentar mais pra frente, querida...não tenta pensar muito nisso, okay? Não foi culpa sua-falo beijando sua testa.

-Eu não sei se irei querer ter um filho algum dia-fala ela chorando.

-Calm, Yasmim. Tenta descansar um pouco-falo tentando me manter calmo perto dela.

-Eu te amo, Duff. Não me abandona-fala ela apertando minha mão.

-Mas quem disse que vou te abandonar? Eu te amo-falo selando nossos lábios.

POV Victória

-Ela está acordando-ouço vozes ao longe enquanto recobrava minha consciência. Sentia meu corpo estranho e eu tentava me mexer, mas não conseguia. Eu escutava o que todos diziam perto de mim mas não conseguia respondê-los,e isso estava me deixando irritada. Abro meus olhos devagar sentindo uma dor horrível por conta da luz que penetrou neles.

-Victória,está me ouvindo?-pergunta um homem alto todo de branco.

-Droga,eu morri né?-pergunto baixo e ele sorri fracamente.

-Por incrível que pareça sim-fala ele e eu me assusto.

-Como assim?-pergunto.

-Você e seu noivo faleceram, mas conseguimos ressuscitar vocês-fala o homem e eu abro mais meus olhos conseguindo o ver melhor.

-Hospital não-falo decepcionada.

-Você tinha muitas quantidades de substâncias ilícitas em seu corpo, Victória. Foi por vontade própria ou não?-pergunta o doutor.

-Eu sou uma drogada,é claro que foi por minha conta. Eu quero sair daqui-falo tentando me mexer.

-Não será possível,você esta passando ainda por alguns exames-fala ele.

-Onde está Nikki?-pergunto.

-Seu noivo está no quarto ao lado-fala ele

-Esse babaca não é mais meu noivo,ele quase me matou me dando uma pílula estranha que eu não quero nem saber o que era-falo irritada.

-Tem um rapaz aí fora que dormiu esses dois dias nas cadeiras e ficava sempre perguntando se você havia acordado-fala o doutor e eu arregalo os olhos.

- Chame-o, por favor-peço e o doutor concorda com a cabeça.

POV Slash

-Tome um pouco de café,Slash-fala Steven sentando ao meu lado com um copo grande cheio daquele líquido.

-Não quero nada-falo o afastando.

-Para de ser assim,vai logo-fala ele nervoso e me dando o copo na mão.

-Sabe, Stee-falo bebendo um pouco do café-eu acho que ela vai entrar em coma.

-Para de falar bobagem,Saul. Ela vai ficar bem, a Vick é forte-fala Steven nervoso.

-Ei,você-chama o doutor saindo do quarto.

-Ela acordou?-pergunto me levantando.

-Sim,e quer te ver-fala ele fazendo eu arregalar os olhos. Eu ainda não estava acreditando que ela estava bem mesmo.

-Vai logo-fala Steven me empurrando e eu respiro fundo antes de entrar no quarto. Ela estava deitada na maca e logo me olha com um sorriso largo no rosto.

-Meu deus,eu pensava que tinha te perdido-falo deixando as lágrimas escaparem de meus olhos enquanto caminhava perto dela.

-Amor,não chore...-pede ela estendendo sua mão que pego imediatamente e a beijo.

-Eu pensei que você tinha mesmo me deixado,puta merda Victória-falo nervoso e ela ri baixo.

-Eu não iria tão cedo assim,preciso aprontar mais ainda nessa vida-fala ela com seu humor sarcástico fazendo um sorriso se abrir em meu rosto.

-Eu te amo, Vick-falo.

-Eu te amo mais-fala ela fazendo biquinho me fazendo rir enquanto me aproximava para beijar seus lábios.

POV Maya

-Venha jantar querida-minha mãe batia de novo em minha porta.

-Eu não quero, merda-gritei enquanto preparava outra carreirinha em minha cama e cheirava com vontade. Eu gargalhava alto,totalmente extasiada e chapada enquanto estava tendo várias alucinações. Tiro minhas roupas,ficando apenas de lingerie e saio do quarto pulando indo até a cozinha e pegando uma garrafa de cerveja.

-Maya, o que é isso?-pergunta minha mãe assustada.

-Eu estou feliz mãe,eu sou uma vadia-falo alto e gargalho exageradamente enquanto bebia um gole considerável e pegava a chave do carro dela em cima do centro.

-Filha,onde você vai?-pergunta minha mãe chorando.

-Para PARADISE CITY,conhece? É a música da banda do meu namorado,que eu pensava que era namorado-falo saindo de casa e entrando no carro. Ligo o rádio e começa a tocar ‘’Immigrant Song’’ do Led Zeppelin me fazendo acelerar o carro enquanto gritava animadamente. Eu desviava dos carros com violência e só se ouvia as buzinas e as xingações das pessoas fazendo eu gritar de emoção e adrenalina.

Era 23h da noite então ainda havia bastante movimento na rua,mas isso não me importava. Adentro em uma avenida reta e solto minhas mãos do volante,levantando-as para o alto enquanto gritava e gargalhava alto. Eu desviava de alguns vultos brancos e pretos que passavam em frente do carro,me sentindo uma motorista de corrida. Meu corpo fervia e eu estava a fim de fazer muitas loucuras hoje. A música termina e logo os primeiros acordes de’’ Paradise city’’ soam fazendo eu olhar indignada pro rádio.

-Só pode ser brincadeira-falo debochadamente. Volto a colocar minhas mãos no volante enquanto tentava não cantarolar a música.

-Essa música é demais né?-escuto uma voz e me viro rapidamente assustada obervando a figura que estava sentada ao meu lado.

-Izzy? Como entrou aqui?-pergunto o olhando surpresa.

-Chega um momento da nossa vida que não sabemos mais o que estamos fazendo e por que estamos fazendo-fala ele olhando para a frente enquanto eu desviava de mais vultos que apareciam.

-Do que está falando?-pergunto sentindo meus olhos arderem.

-Você destruiu sua vida,você não parece mais a minha menina-fala uma voz no banco de trás fazendo minhas lágrimas caírem com força.

-Papai?-pergunto assustada.

-Eu amo você, Maya-fala Izzy e eu o olho antes de sentir um impacto forte,fazendo meu corpo voar pela janela e eu cair com força no asfalto. Meus ouvidos zumbiam e eu via o sangue escorrer na parte de trás da minha cabeça. Tudo foi desaparecendo,tudo foi se apagando. Meu coração batia devagar enquanto a música ainda rolava...minha visão escureceu e eu não pertencia mais aquele mundo.

‘Oh won't you please take me home’’