História Crazy In Love - E. Q: Encerramento.

Pov. Zeref.

            DEPOIS QUE A ÚLTIMA reunião acaba nós dirigimos para o auditório para a cerimônia de enceramento dos recrutas. Nossos lugares estavam reservados lá na frente. Daqui alguns minutos a cerimônia irácomeçar.

- Eu quero Lucy para mim. – Disse Mike quando sentamos.

            Viro para Mike com uma sobrancelha erguida.

- Ah, me expressei mal, desculpa, ah, eu a quero para a CIA. – Corrigiu ele exasperado. – Entendeu? – Perguntou apreensivo.

- Entendi Mike. – Digo assentindo com a cabeça.

- Ah, ótimo. – Murmurou aliviado.

- Ainda bem que não é você que escolhe. - Protestou Dustin. - Você já tem os dois, não é o suficiente?

- Não, ela é uma aquisição muito bem-vinda.

- E o temperamento dela? - Perguntou Jonathan.

- Isso pode ser trabalhado, mas as habilidades dela são muito boas para serem deixadas de lado.

- Ela queria Forense antes de vir para cá. E se não tiver mudado de ideia? - Pergunta Will.

- Então estamos de braços cruzados sem poder fazer nada. – Respondeu Mike.

            A cerimônia era simples, Mike e Dustin teriam que subir e fazer discursos motivacionais por serem os diretores do FBI e CIAe quando ambos terminassem, os recrutas iriam decidir para quais setores iriam seguir, Ellen que estava em uma sala assistindo tudo iria colocar no sistema. Agora os recrutas começam a fazer uma fila e a subir no palco onde iriam dizer e receber um certificado como prova de terem completado o Exame de Qualificação pelas mãos de Mike e Dustin.

            Lembrancinha para colocar na parede.

E por fim, chega a vez de Lucy, a olho esperando sua resposta e ela escolhe: FBI.

- ISSO! - Exclamou Dustin sem som gesticulando comemorando da maneira discreta dele. - Desculpe. - Murmurou ao perceber que olhavam para ele.

            Depois que todos os recrutas receberam seus certificados Mike e Dustin se juntam ao restante dos conselheiros enquanto Lucy segue, aceno para ela antes que ela vá em direção ao Casal M.

- Ela ainda é jovem. Pode mudar de ideia. - Disse Mike emburrado.

- Gostaria de treiná-la. - Confessa Jonathan.

- Uma pena que quem irá ser o novo professor dela será eu. - Disse Lucas sorrindo.

- Por que acho que você vai fazer a vida dessa garota um inferno? - Pergunta Will.

- Se ela for tudo isso que vocês acham, ela vai completar o treinamento sem desistir. - Respondeu Lucas sorrindo dando de ombros. - Sem ofensas moleque. - Acrescentou Lucas me olhando com um sorriso no canto da boca.

Travei o maxilar para não sair da minha cadeira e batê-lo. Ele poderia ter ido com Alexander.

- Bem, acho que é isso, rapazes. - Começou Mike. - Teremos uma festa no hotel hoje antes que todos possam voltar para as suas rotinas normais. Foi bom revê-los.

Começa os cumprimentos, embora o único daquela sala que desgosto é Lucas com toda a sua ignorância.

- Ah, quase me esqueci. – Começou Lucas quando estava já me distanciando chamando minha atenção. – Agora é a hora que você aproveita cada segundo que você tem com a garota, porque você tem quatro meses até ela pegar um avião e voltar para cá e só irá vê-la de novo depois de seis meses. Longos seis meses. Um ano se ela vir direto para cá. – Disse ele piscando.

Lucas sorri e sai da sala. O que me da mais raiva é saber que ele tinha razão. Eu só teria uma semana com ela antes que ela volte para cá, tem uma possibilidade dela ainda ficar comigo enquanto fazem as pesquisas dos novos recrutas por quatro meses antes de começar realmente o treinamento na academia. Seis de treinamento e quatro com pesquisas, mas é o que ela quer e por mais que deteste ficar longe dela, é o futuro dela e não ficaria no caminho.

Quando volto para o hotel recebo uma mensagem de Jeremy dizendo que estava me esperando na lanchonete. Respiro fundo e vou até onde ele está.

- Srta. Filian conseguiu e com honras, todas as áreas estavam abertas para ela escolher o que quisesse.

- Sim.

- Sente-se. - Disse gesticulando para me sentar com ele. - Pedi para que viesse para lhe informar algo. Sua mãe... Ela está planejando um jantar.

- Jantar? Qual o propósito? – Pergunto me sentando.

- Por coincidência você e seu irmão começaram a namorar.

- Vict... Minha mãe falou algo sobre. A garota deve ser corajosa para estar com o Jaden.

- Vamos ver a coragem dela no dia. – Disse Jeremy com desdém.

- Quando será o jantar?

- Depois de amanhã.

- Quem vai?

- Eu, sua mãe, Jaden, a namorada e você e a Srta. Filian. Sua mãe quer algo... Reservado. O que é...

- Estranho? – Pergunto erguendo uma sobrancelha.

- Inusitado, contudo esse também serve.

- Eu irei ver... Acho que não tenho escolha, não é? – Pergunto sorrindo.

- Sabe muito bem que não.

- Tudo bem, então.

- Fale com a Srta. Filian. - Disse levantando. - Tenho que ir agora. Meu trabalho aqui já foi feito.

- Poderia ter mandado outra pessoa para cuidar disso.

- Poderia. Sim, entretanto... Gostaria de cuidar desse problema pessoalmente. E vê-lo.

Engulo em seco. Por essa eu não estava esperando. Realmente não estava.

- Me ver? - Repito tentando absorver a informação.

- Sei que é difícil de assimilar, mas estou sendo sincero, filho.

Filho.

Alguém sequestrou esses dois e substituiu por pais presentes que se importam?

Por fim ele levanta e nos despedimos. Chegando ao hotel vejo Lucy sentada no sofá com os olhos fixos no nada, estava perdida em pensamentos, mas logo ela começa a inclinar a cabeça e já sei que ela não está perdida em pensamentos e sim calculando alguma coisa.

Me aproximo dela por atrás fingindo estar tossindo para chamar sua atenção, ela levanta o rosto para olhar para mim e sorri e sei que não estou nos pensamentos calculistas dela.

Isso me deixa aliviado.

Sorriu de volta e vou me sentar ao seu lado passando o braço por cima do seu ombro a puxando mais para perto.

- Nem tive a chance de lhe agradecer.

- Não se preocupe com isso. Você terá a vida inteira para isso. - Disse sorrindo.

- Vai passar a vida inteira me perseguindo? - Perguntou ela fazendo uma careta.

- Para qualquer lugar que for. Você nunca mais vai se livrar de mim.

- E nem quero.

Me aproximo e a beijo, invadindo sua boca com a minha língua. Explorando cada detalhe, saboreando. Coloco a mão em sua nuca a puxando para mais perto intensificando o beijo. Lucy senta em meu colo e quando passo os braços em volta de sua cintura ela se contrai parando o beijo, pousando a cabeça no meu ombro.

- Sinto muito. - Sussurra ela arfando.

- Ei. - A chamo a fazendo olhar para mim. - Esta tudo bem. - Digo colocando uma mão em seu rosto. - Tenho que lhe dizer o quanto você foi incrível hoje. Estou orgulhoso de você. - Disse sorrindo e ela retribuiu. - E o quanto estou com raiva. - Acrescendo fazendo seu sorriso sumir. - Você não deveria ter se esforçado daquele jeito. Você fraturou a costela e por mais leve que seja você não poderia fazer nenhum esforço.

- Andou falando com o Taylor? – Pergunta ela levantando sumindo com todo o resquício de humor virando a cara, mas percebi que estremeceu de dor pelo esforço.

- Li seu prontuário quando fui atrás de você. – Disse me levantando.

- Disse seu sobrenome e fizeram tudo o que pediu? – Perguntou colocando uma mão na cintura.

- Exatamente nessa ordem.

- De qualquer forma eu estou bem.

- Estou vendo como você está bem.

- Não preciso que me trate como uma criança. Sei bem o que estou fazendo.

- Então não seja uma e eu não a trato com tal.

Lucy resmungou algo que não entendi e foi em direção ao banheiro. Respiro fundo e a sigo, quando abro a porta ela joga uma toalha em mim.

- O que foi?! - Grita procurando mais alguma coisa para jogar em mim, porém desiste e tenta tirar a blusa, mas assim que levanta os braços o abaixa rapidamente colocando a mão na costela fazendo uma careta.

- Olha, eu sinto muito. - Começo me aproximando a ajudando a tirar a blusa. - Só estou preocupado com você. Não tenho como não ficar. - Coloca a blusa em uma cadeira que tinha ao lado da pia.

- Também sinto muito e sinto dor e isso me deixa… Frustrada.

- Eu sei, eu sei. - Sussurro me aproximando dela a abraçando. - Quer ajuda para tirar o resto da roupa? - Pergunto sorrindo.

Lucy se distância me olhando com uma sobrancelha levantada.

- Me ajudar a ficar sem roupa sem querer nada com isso?

- Apenas lhe ajudar. - Digo levantando as mãos em defesa.

- Não quero que se molhe.

- Também preciso de um banho.

- Lembrou disso antes ou depois que eu tirei minha blusa?

- Depois. Me ajudou a lembrar. - Respondo piscando para ela.

Lucy sorri claramente da minha cara e a ajudo no banho, embora eu tenha que confessar que a mistura de raiva - pela Srta. Rendel - e o de ficar tentado a fazer outra coisa e não em apenas ajudá-la passa várias vezes pela minha cabeça, mas Lucy percebia e me dava um olhar de repreensão que me fazia rir. Depois que sairmos, caminho até o armárioe melembro de algo.

Festa.

- Você vai para a festa de encerramento? - Pergunto pegando uma cueca.

- Você vai. É obrigado. - Disse ela sorrindo.

- Sim, eu sou. - Resmungo depois de vestir a cueca indo trás da calça. - Então?

- Eu não sei. Festas não estão no meu limite rígido de esforço? - Pergunta ela ficando ao meu lado pegando uma calcinha e sutiã.

- Simulação estava. - Respondo sério.

- Passado, passado. - Resmungou gesticulando com a mão. - Sabia muito bem que eu iria fazer de qualquer jeito.

- Preferia pensar que não. – Digo vestindo a calça.

- Uma pena.

Respiro fundo e coloco minha blusa e começo a abotoar os botões e viro para Lucy de peças íntimas sentada na cama.

- Pensando no assunto? - Pergunto.

- Não tenho muito no que pensar. Não é só você que esta sendo obrigado a ir. - Disse fazendo bico.

- Não? - Pergunto levantando uma sobrancelha.

- Não. - Responde dando a volta na cama, se inclina e pega uma sacola que até agora não tinha reparado.  - Presente.

- De quem? - Pergunto cruzando os braços.

- Você é muito curioso.

- De quem? - Insisto sério

Lucy sorri debochada e responde:

- Mike.

- Por que Mike lhe daria um presente? – Pergunto ainda sério.

- Bem, presente de parabéns pelo exame concluído? - Continuo sério e ela prossegue. - Outro detalhe que possivelmente deixei de comentar é que já o conhecia antes. O conheci quando tinha dez anos e sobre o assunto Alexander, foi algo planejado. Já sabiam que ele iria fazer algo semelhante, queriam tirar ele. Por isso não fiquei tão… Chocada? – Disse soando como uma pergunta franzindo os lábios.

- E não me falaram por que tinha que ser real?

- Essa é uma boa teoria.

- Tem mais alguma coisa que eu precise saber?

- Hmm… - Lucy colocou a mão no queixo pensando. - Eu não sou mais virgem. - Disse por fim sorrindo.

Fecho os olhos e respiro lentamente me virando, pego o paletó e o coloco na cama sentando ao lado calçando meus sapatos.

- Vou ter que ir à frente, a vejo depois. - Disse me aproximando dela, lhe dando um beijo rápido enquanto ela continuava perdida em pensamento olhando para a sacola.

- Ah, sim, sim! Até depois.

Sorriu e lhe dou outro beijo antes de ir.

O lugar estava decorado com a maioria de tons de branco ao bege. O lugar estava dividido em dois com mesas à esquerda e uma pista de dança a direta, a festa estava no começo, mas já tinha algumas pessoas na pista de dança ao som de uma banda ao fundo, e do lado um bar onde Mike esta me esperando. Respiro pesadamente e vou até ele.

- Fico feliz que tenha vindo.

- Você precisa me esclarecer algumas coisas.

- Alexander? Ele era uma desgraça. Um exemplo perfeito de: Poder subiu a cabeça. Já fazia um tempo que queríamos tirar ele por justa causa, mas nunca achávamos uma maneira até Lucy aparecer.

- Desde quando a conhece? - Perguntei sério.

Mike gargalhou.

- Vi ela se tornar o que era hoje. Treinador dela, Hank, era um companheiro meu, mas desistiu e abriu uma academia de luta. A conheci quando fui visitá-lo, tinha dez anos. Era uma criança com um temperamento explosivo. Tentava bater em todo mundo que a deixasse irritada, além de ter uma resposta para tudo na ponta da língua. Vi ela evoluindo se tornando uma mulher incrível, porém tem vezes que ainda vejo aquela criança de dez anos dentro dela. - Mike faz uma pausa e bebe a bebida de seu copo. - Não fique com ciúmes pelo vestido, Ellen me ajudou a escolhê-lo.

- Estou me esforçando.

Mike faz um sinal para o barman encher seu copo.

- Quer ver algo? – Perguntou pegando seu celular, sem me dar a chance de responder, ele prossegue. – Lucy quando tinha dez. – Disse ele me mostrando uma foto de Mike mais novo acompanhado de um homem e Lucy estava no meio com uma cara que claramente não queria estar aí. –Essa de quando tinha quinze. – Ele passou uma foto onde eles estavam na mesma posição, porém Lucy se encontrava com um resquício de sorriso. – E essa foi no Intercâmbio da faculdade. – Nessa tinha apenas Lucy e Mike e ambos estavam sorrindo, Lucy estava com o cabelo amarrado em um rabo de cavalo com os cabelos que cobriam as testas iam parar em seus olhos. – Mike passa para a próxima foto que aparenta ser tirada depois da simulação, eles estavam fazendo uma pose fazendo uma arma com uma mão um de costa para o outro tipo capa de jogo, no estilo de Resident Evil 4. – Mike guarda o celular e vira-se para mim. – A cada cinco anos ia fazer uma visita para Hank e a via. - Tenho uma novidade. - Anunciou Mike.

- Que seria?

- Eu vou ser pai! – Exclamou ele sorrindo.

- Deus! Ellen esta grávida?! Meus parabéns papai de primeira viagem. - Disse o abraçando. - Lucas vai ficar com ciúmes.

- Lucas vai entender.

- Espero por isso. Lucas deixa bem claro que não gosta da Ellen.

- Besteira dele. - Resmungou Mike gesticulando.

- Olá, papai! - Exclamou Dustin colocando o braço no ombro de Mike.

- Para que fui inventar de falar alguma coisa para vocês. - Resmungou dando outro gole.

- Não fique bêbado logo no começo, por favor. Tenha modos. - Disse Lucas sentando-se ao lado de Mike. - O mesmo que o dele. - Pediu Lucas ao barman.

- Conselho serve para você também. - Retrucou Mike.

- Moleque. - Chamou Lucas. - Sua garota até que está bonita hoje.

- Como é? - Pergunto seguindo o olhar de Lucas.

Lucy estava acompanhada de Megan e Matt. Seu vestido é vermelho. Justo no busto e solto no final indo até os joelhos. Seus cabelos estavam em um coque frouxo com uma parte na frente. Lucy encontra meu olhar a encarando e arregala os olhos. Caminho até ela.

- O que foi? - Pergunta ela abruptamente. - Estou feia? - Pergunta tentando se olhar no vestido. - Sei que você só me viu de vestido uma vez, não tenho costume de usar, mas…

- Lucy. - A interrompo pegando em sua mão. - Você não está feia. Longe disso, não achei que poderia ficar ainda mais bonita.

Lucy continuou me olhando. Seu rosto ficou em contraste com o vestido, ela sorriu sem jeito desviando o olhar. Sorri e me aproximei dela lhe dando um beijo rápido.

- Não me façam vomitar. - Reclamou Megan.

- Você não tem o direito de dizer algo enquanto o Matt está com a mão em sua cintura e sabe-se o que vocês fazem entre quatro paredes.

- Mesma coisa que vocês dois. - Respondeu Matt sorrindo.

- Lindo. - Disse Megan apertando minha bochecha.

Então a banda ao fundo com dois cantores começam a tocar Marina And The Diamonds - How To Be A Heartbreaker.

- Whoa! - Exclamou Megan. - Eu amo essa música! Vamos Filian, mexer o esqueleto!

- Meninas desalmadas dançando uma música de meninas desalmadas. - Resmungo andando com Matt em direção a uma mesa.

- A letra é bem explicativa.

- A letra é um tutorial.

- Que espero que não seja seguido.

- Esse é o ponto meu caro Matthew! - Disse batendo em seu ombro.

- Aliás, você viu o e-mail que sua mãe mandou? - Perguntou Matt quando sentamos.

- Não. Não peguei meu notebook depois da reunião. Qual assunto?

- Vai ter um jato da empresa nós esperando para nos levar para casa umas nove. Um motorista vem nos buscar.

- Bem, espero que elas aproveitem a festa enquanto isso.

- E você?

- Estou aproveitando sentado.

Um garçom passa com algumas bebidas, pego uma e quando vou levar a boca sou interrompido por Lucy tirando o copo da minha mão o depositando na mesa.

- Sou maior de idade, ok? - Disse levantando minhas mãos em defesa.

- Acredito nisso, não quero ser uma pedófila. Vamos dançar.

- Megan lhe convenceu você a ter essa grande ideia?

- Thouché Heartfilia, agora vamos! - Disse ela me puxando.

            Me viro para Matt dizer um “sinto muito” sorrindo, mas antes que ele pudesse continuar se divertindo com a minha cara Megan aparece e o puxa para a pista de dança. Começo a gargalhar e Matt junta as sobrancelhas detestando a ideia.

Matt era duro, ficava olhando enquanto Megan dançava e ria da cara dele. Lucy e Megan pareciam se divertir enquanto cantava quando chegavam no refrão se aproximavam de mim e de Matt e seguravam nossas gravatas as puxando para mais perto enquanto cantava:

We’llgethimfalling for a stranger

(O faremos se apaixonar por uma estranha)

A player, singinglo-lo-lo-loveyou

(Uma jogadora, cantando eu a-a-a amo você)

At least i think i do.

(Pelo menos acho que sim!)

Quando a música acaba Lucy e Megan soltam um gemido de frustração. Então eles começaram a tocar outra que eu jásabia qual. Puxo Lucy para mim.

- I don'tknowyou, but iwantyou. Allthe more for that - Sussurro em seu ouvido passando minhas mãos rodeando sua cintura. (Eu não te conheço, mas eu quero você. É o que mais quero)

Matt puxa Megan para uma dança. Lucy coloca as mãos ao redor do meu pescoço e repousa a cabeça no meu ombro e sinto suas bochechas crescerem em um sorriso. Respiro lentamente o cheiro inebriante de limão vindo de seu cabelo. A curva de sua cintura sobre a minha mão, sempre se lembrando da fratura que sempre diminuía meu humor, mas tê-la em meus braços me fazia esquecer. Esquecer tudo.

Me permitiria esse minuto de música para esquecer tudo a minha volta e me concentrar na mulher que estava em meus braços.

Então Once – FallingSlowly para de tocar e Lucy se distância um pouco, mas sem sair dos meus braços e outra música lenta começa.

- Você é uma ótima dançarina, Srta. Filian.

- Foi sorte.

- Sorte? - Pergunto levantando uma sobrancelha, quando ela concorda a empurro com um braço e a puxo de volta com ela fazendo um perfeito giro voltando para os meus braços. - Mentirosa. Tem alguma coisa que você não seja boa?

- Cozinhar. - Responde simplesmente. - Consigo queimar qualquer coisa que faço.

- Qualquer coisa?

- Qualquer coisa. - Responde sorrindo. - E você Sr. Mil Habilidades, tem algo que não saiba fazer direito?

- Falar normalmente com você. - Respondo a fazendo ficar séria. - Não consigo falar com você sem me sentir um idiota, você sempre esta fora das minhas expectativas, além de você sempre me desarma. Uma habilidade peculiar.

- Você não fica muito atrás. Engraçado e estranho de primeira quando você consegue ter o melhor de mim, mesmo sendo irritante de vez em… Sempre. - Resmunga a última palavra fazendo uma careta.

- Acho seu temperamento muito fofo. - Comento sorrindo. - Principalmente quando está com raiva.

- Você tem um gosto exótico.

- Diferenciado. – Digo sorrindo, mas lembro de algo. – Algo importante: vamos embora nove, se não antes.

- Por quê?

- Minha mãe mandou um jato vir para nos buscar.

- Que solidária.

- Estou vendo muito desse lado dela ultimamente.

- Isso parece lhe assustar. - Deduziu

- Infelizmente o que Alexander disse tem um fundo de verdade. Minha mãe não faz nada sem ganhar por cima.

- E o filho dela para me levar para cama.

- Ele conseguiu, mas ele ainda pretende levá-la mais vezes.

- Ele ainda não enjoou? – Perguntou Lucy sorrindo.

- Como ele poderia enjoar dela? – Pergunto. – A mulher é uma caixinha de surpresas que sempre desperta novos sentimentos nele.

- Já pensou na possibilidade dela estar enganando ele?

- Eu diria que é tarde de mais para ele se afastar, o coração dele já pertence a ela e a mesma pode fazer o que quiser.

- Ele pode ser muito galanteador quando não fica dizendo que quer ela gemendo contra o ouvido dele.

- Ele se esqueceu de mencionar que qualquer coisa vindo dela é bem-vindo. - Sussurro em seu ouvido.

Lucy sorri e chega mais perto. Terminamos de dançar a música, voltamos para a mesa. Jogamos alguma conversa fora até Felix e Jimmy aparecerem. Felix chama Lucy para dançar, a mesma da de ombros e me da um beijo rápido que diz ”não se preocupe” e vai para a pista com ele.

Quando já são 20h30min começamos a nós despedir, depois das malas já feitas vamos para frente do hotel onde tem um motorista esperando.

No caminho fico olhando pela janela. Uma semana que fizeram grande diferença, mas não daria para esquecer que daqui algumas horas estaríamos de volta para a rotina desgastante e pelo fato de que dependendo da decisão de Lucy, poderia passar um ano longe dessa mulher que em poucas semanas tomou meu coração para si.

Entretanto não poderia deixar a sensação de que alguma coisa iria acontecer. Que em uma semana todo o trabalho que eu tive de trazer Lucy para a minha vida seria em vão.