História Crazy In Love - Mina do Bieber

POV Katherine

Acordo com a luz do sol batendo em meu rosto.

Viro para o lado e vejo que Justin não está mais aqui. Eu deveria ter adivinhado que isso aconteceria. Levanto-me e vou ao banheiro escovar os dentes. Uso a escova dele, já que eu não tenho nenhuma roupa ou um kit de higiene pessoal. Não tenho nada.

Entro no Box e tomo um banho quente e relaxante — como é bom!

Termino de tomar banho e saio do banheiro, encontrando a sacola de uma loja em cima da poltrona. Meu nome estava escrito nela. Isso estava aqui quando acordei? Abro a sacola e vejo que há algumas roupas e peças íntimas. Pelo menos Justin pensou pela primeira vez na vida.

Lá de dentro, apanho um short e uma blusa com várias palavras. Visto-as, e como era bom vestir uma roupa decente depois de semanas morando na casa de Bieber. Desço as escadas e não encontro Justin, apenas um recado seu dizendo que havia saído para resolver alguns problemas no “trabalho” e que voltaria tarde.

Vou em direção à cozinha e vejo que há um garoto sentado em uma das cadeiras, comendo? Além de invadir a casa, o cara acha que pode comer?

Pego o vaso de cristal que estava ao meu lado e ataco na direção do cara, fazendo com que ele pulasse e sacasse a arma que estava na cintura. Justin me mataria pelo vaso, mas só se esse cara não me matasse antes.

— Quem está aí? — grita.

Porra! Onde foi que eu me meti?

— Você tem 10 segundos para responder, senão eu começo a atirar — avisa.

— Tá bom, tá bom. Só não atire, por favor — peço, saindo de trás da parede com as mãos para cima.

— Ah, é você. Só não atiro porque é a mina do patrão — diz, abaixando o revólver.

— E quem é você? — pergunto.

— Meu nome é Tyler. Trabalho para o Bieber, e agora minha função é ser seu segurança particular — explica seriamente.

— Sério isso?

Justin realmente passou dos limites.

— Sim. Bom, se eu fosse poderoso como ele, tivesse vários inimigos e uma mina gata, contrataria um segurança particular para ela — diz, olhando-me da cabeça aos pés.

Vamos concordar: esse Tyler não é de se jogar fora. Moreno, gostoso e musculoso — e acho que posso me aproveitar um pouco disso.

— Obrigada. Ah, eu não sou a mina do Bieber, para sua informação — digo, com um sorriso malicioso nos lábios.

— Não? — pergunta ele surpreso.

— Não. Sabe, Justin acha que eu sou dele, mas nós apenas nos pegamos às vezes — esclareço.

— Então você é a puta particular dele? — pergunta, aproximando-se.

— Nossa! Assim você me ofende, Tyler. Melhor dizer que sou o sexo fixo dele... Bom, é o que acho — digo.

— Bom saber que você não é a mina do Bieber — comenta, olhando-me maliciosamente.

— Digo o mesmo. Se quiser me procurar, estarei no primeiro quarto à direita — informo, e subo as escadas.

Se for para Justin me matar, espero que me mate por um bom motivo — um motivo muito gostoso.

Eu estava trancada no meu quarto, já não aguentava mais ficar assim, nessa casa todo dia. Levanto-me da cama e desço as escadas, encontrando Tyler assistindo TV.

— Sério que o Bieber te paga para você ficar o dia inteiro sentado assistindo TV e comendo?

— Não, ele também me paga para te proteger em qualquer lugar — adiciona ele, sério.

— Sério? Então, preciso que você me leve em um lugar — digo.

— Mas o Bieber diss...

— Ele disse que você tem que me proteger em qualquer lugar. Portanto, você vai me levar nesse lugar agora mesmo — exijo.

— Tudo bem, nervosinha. Vamos — diz, conduzindo-me para fora da casa.

Tyler me conduziu até um carro preto que aparentava ser à prova de balas e que possuía vidros completamente escuros. Isso só podia ser coisa de Bieber. Entro no carro e fecho a porta, esperando Tyler se sentar no banco do motorista.

— Para onde iremos? — questiona.

Falo o endereço para ele, que liga o carro e sai em disparada pelas ruas de Atlanta.

Ele freia com tudo no sinal vermelho, fazendo com que meu corpo fosse jogado para frente. Se não fosse o cinto de segurança, eu teria voado para fora do carro.

— Você ficou louco? — pergunto.

— Pelo menos, você está com o cinto de segurança — Responde ele sério.

— Caralho! Como você é chato — reclamo.

Ele não responde só volta a dirigir, enquanto observo a paisagem.

Faz tanto tempo que não saio daquela casa, que vejo ruas, pessoas, carros. Isso pode ser uma coisa normal para todos, mas para mim tem um significado especial. Paramos em frente à casa e eu desço do carro e corro até a porta.

Vamos lá, Katherine!

Toco a campainha, mas não tenho resposta. Viro-me para voltar para o carro, quando escuto a porta sendo aberta.

— Kath? Sua vagabunda! — Ela corre até mim.

— Hailey, sua cadela, que saudades! — exclamo, abraçando-a forte.

— Saudades? Eu vou dar na sua cara. Onde você estava esse tempo todo? Você sumiu do nada, sua casa está vazia. Quando você e seu pai desapareceram e acharam o corpo dele no matagal, achei que tinha morrido também — diz, quase chorando.

— Vamos dizer que eu quase morri — digo, rindo.

— E onde você está morando? — pergunta.

— Se eu falar, você não vai acreditar. — Rio.

— Diga.

— Eu estou morando na casa de Justin Bieber — falo, e ela se surpreende na hora.

— Justin Bieber? Você está louca? Espera! Você é a nova mina do Bieber? Porra, Katherine! Você está morando na casa do maior gângster de Atlanta e ainda virou a mina dele? — diz quase me batendo.

— Sim, o que eu posso fazer?

— Como você foi parar lá? Como o conheceu? — pergunta.

— Longa história.

— Foda-se! Você vai me contá-la agora — diz, ela autoritária.

— Calma loirinha. Bom, meu pai devia uma puta grana para ele, então me vendeu no lugar do dinheiro. Só que Bieber queria apenas o seu pagamento para poder matá-lo — explico.

— Porra! Pelo menos ele fez algo certo na vida — diz.

— Deixe-me continuar. Então, se lembra do bar que nós roubamos na última vez que nos vimos? Então, esse bar pertencia a ele, e ele quase me matou. Ele queria saber quem havia roubado junto comigo, sorte que desistiu disso — digo.

— Nossa, você nem me ligou para contar tudo — resmunga, fazendo cara triste.

— Essa é a primeira vez em um mês que eu saio daquela casa, e ainda acompanhada de um segurança particular — falo.

— Então vamos comemorar logo! Tem um racha que o seu “namoradinho” vai fazer hoje. Vamos? — pede.

— Racha? Mas ele me deixou um recado avisando que tinha coisas do “trabalho” para resolver — penso alto.

— Ele mentiu.

Vou até Tyler.

— Tyler, mudança de planos. O Bieber vai me buscar. Você pode voltar para casa dele, ou melhor, ir para sua — digo.

— Mas ele não me disse nada — replica.

— Você acha mesmo que eu mentiria? Eu estou dizendo a verdade. Pode ficar calmo, vá para casa e relaxe — tranquilizo-o.

— Tudo bem. Mas se tudo isso for mentira, eu conto para ele — ameaça, ligando o carro.

Tyler vai embora.

Bieber não perde por esperar.

— E então?

— Então, vamos para esse racha.

- Sério?- Pergunta ela alegre. - Como será que irão reagir ao ver a mina do Bieber?

- Eu não sou a mina dele!- Exclamo, nós entramos na casa dela.

Continua...