História Crazy In Love - Theft.

- Foi sua culpa, desde que você chegou tudo que rodeia o Justin, é sua culpa. - ela aumentou o tom de voz comigo. 

- Não fala o que você não sabe, Tracy. Quem garante que não foi você?  - aumentei o tom de voz também. - Eu mal cheguei em Vancouver, você já está a tempos, e de burra só tem a aparência. 

Eu odeio quando alguém tenta se sobressair mais que eu, se alguém aumenta o tom de voz comigo, eu vou mostrar sim, quem manda. E essa pessoa sou eu. 

FLASHBACK ON.

- Sinceramente, Aria. O que é que você tem a ver com..  - Justin começou a responder minhas duas perguntas, mas parou 

Ele olhou para os lados franzino a testa e quieto. 

- O que foi, Justin? - cruzei os braços sem entender o silêncio dele.

- Tem alguém aqui. - ele abaixou o tom de voz afirmando.

Justin foi até a sua mesa, tirou do bolso suas chaves e abriu a segunda gaveta pegando uma arma e colocando em cima da mesa, me olhou rapidamente e empurrou a arma na minha direção, me aproximei da mesa e segurei a arma para não cair no chão. Logo depois, ele pegou outra daquela na gaveta. 

- Você sabe atirar, não é? - ele destravou a arma que estava em suas mãos. Peguei a arma em cima da mesa e a destravei.

Sim, eu sabia atirar. Justin e eu fizemos aulas de tiro quando mais novos, no começo era por diversão, gostávamos de ação. Ao que parece, levamos isso pra vida, quando fui embora me aperfeiçoei em tiro ao alvo, em armas, artes marciais, eu precisava saber me defender, eu queria ocupar minha mente, tirar a imagem de garota frágil, sexo frágil que as pessoas tinham sobre mim. Quando eu contava minha história, eu notava a pena da pessoas sobre mim. Eu não queria mais isso. Eu me tornei quem eu eu queria me tornar, eu devo tudo isso á esses 4 anos. 

Justin saiu porta a fora sem fazer barulho algum, eu fui atrás dele sem se quer fazer barulho com os saltos que estava usando, ele foi até as escadas e desceu tentando não mostrar presença, fui atrás. Descemos juntos com as armas ao lado do corpo, destravadas prontas para atirar se necessário. Eu estava sem medo algum, estava curiosa, querendo saber quem poderia estar ali naquele horário e o que queria.

- Porra. - Justin murmurou após reparar o chão, seus olhos arregalaram-se, ele correu até lá. Olhei para o mesmo lugar franzindo a testa. O que era aquilo? Um cofre? 

Enquanto Justin estava com toda a sua atenção naquilo, passei a mão no meu cabelo talvez um pouco nervosa pelo o que tinha acontecido, olhei para o meu lado direito e reparei um homem com touca, a arma estava apontada para o Justin, mirei no homem, e o mesmo apertou o gatilho, apertei o meu ao mesmo tempo, em uma sincronia perfeita minha bala acertou a dele á jogando longe. O homem viu e apontou a arma para mim, antes que ele pudesse apertar o gatilho novamente atirei na sua perna, ele correu o pouco que conseguia e fugiu, tentei ir atrás mas ele tinha sumido após passar pela porta, alguém devia ter o ajudado, então voltei para aonde Justin estava. 

- Na perna? Porra, que merda. - Justin me olhou bufando. 

- Cala a boca, Justin. Eu salvei sua vida. 

- E deixou ele escapar, o que você fez, qualquer uma faria por mim. 

- Não é qualquer uma. 

- Você é como todas, então sim, qualquer uma. A diferença é que dei uma chance pra você no passado. - Justin disse e agora sim ele tinha conseguido me irritar, respirei fundo engolindo o nojo que estava tendo dele em seco. 

- Achei que você fosse mais inteligente, um cofre de baixo da sua própria boate? Sério? 

- Achei que você tivesse aprendido que onde você menos esperar encontrar, lá que vai estar, Aria. - puxei o ar o soltando levemente. Esse jeito dele de encarar as coisas consegue me irritar demais as vezes.  

Olhei para a entrada da boate, e Tracy entrou com alguns homens, ela parecia ter vindo voando, eu conseguia notar preocupação no olhar dela, quando ela viu Justin, correu até ele. 

- O que você ta fazendo aqui? - ela me encarou rapidamente e depois olhou Justin, sorriu e lhe deu um selinho. - Que bom que você está bem, fiquei assustada. - ela disse olhando para o Justin, ele nem reação teve á aquele ato da parte dela. 

 - O mesmo que você, aliás, o que você ta fazendo aqui mesmo? - sorri brincando. 

- Vendo meu namorado e o ajudando.  - ela olhou para o grande buraco no chão e olhou para onde Justin foi. Ele agora estava olhando um monitor - É importante que você saiba, Aria. Você não pode ajudar, eu posso. Então vai fazer, o que gente como você faz, e nos deixe resolver isso. - agora Tracy me olhava, não a olhei, estava prestando atenção no que Justin dizia para os homens. 

- Achei vários nadas, estavam todos de touca, carros sem placas, aparentemente tudo já estava planejado, comigo aqui ou não isso iria acontecer hoje, levaram uns 10 minutos, eram em sete homens. - ele bufa irritado após passar aquelas informações aos seguranças presentes na boate. 

- E de quem era aquele dinheiro? - ignorei Tracy e fui até ele com a sobrancelha arqueada e braços cruzados. 

- Meu. - ele respondeu 

- E meu. - Tracy sorriu olhando Justin e o mesmo a ignorou por completa. 

- E da onde veio tudo aquilo? - ignorei Tracy novamente e continuei olhando Justin sentando em cima do balcão.

- Não interessa, vai embora. - ele bufou. 

- Não. - sorri sarcástica. 

- Vai, agora. - Justin desligou o monitor e me olhou já com raiva. Ele estava se irritando comigo, ele já estava sem paciência pelo acontecido, eu iria tirá-lo do sério fácil.

- Não, recém cheguei - sorri balançando as pernas. 

- Está fazendo tanta pergunta... Então só pode ter sido você quem pegou, agora quer tentar ajudar, pra pagar de santinha pro Justin, e assim tê-lo de volta. - Tracy se intrometeu, de novo. Confesso que a suposição dela era boa, por quê eu nao pensei nisso? 

- Não, não fui eu. Eu acabei de chegar, eu não tinha como saber desse esconderijo idiota do Justin. - falei como se não fosse óbvio. - Fala sério, cofre subterrâneo? Eu sou inteligente mas levaria mais de 24 horas pra descobrir.

Justin nos olhava pensativo, ele parecia cogitar tudo que falávamos, parecia estar montando em sua mente diversas teorias com o pouco que ele sabia do acontecimento recente. Ele estava muito perdido, confuso, bravo, e até mesmo nervoso. Acredito que seja muito dinheiro, porque eu nunca vi ele daquele jeito, apesar de não ver ele á quatro, longos, anos. 

FLASHBACK OFF.

- Eu nunca faria isso com o Justin, eu estou com ele nessa. Eu o amo, de verdade. Eu estou com ele, sempre. - ela afirmou. Tracy queria de toda maneira me atingir, chegava ser engraçado. Ela tenta me derrubar a cada 5 palavras que ela fala, mas ela se esquece que cobra rasteja. 

- Chega! - Justin gritou, nos olhou brevemente ainda meio pensativo, ele olha Tracy e vai até ela, ele diz algo em seu ouvido que eu não consigo ouvir. Aquilo com certeza me irritou. Que droga Justin, não me exclui. 

POV TRACY

- Vá para a Inglaterra, ache o Joseph e conte do acontecimento para ele, detalhadamente, leve as gravações, talvez ele tenha pegado de volta, apesar de ser de um jeito bem incomum. Mas se não for ele, talvez ele saiba quem foi. Eu vou ficar, eu vou procurar descobrir se você pode estar certa em relação a Aria, porque eu acredito em você anjo. Então, pode fazer isso, amor? - Justin sussurra no meu ouvido. Assenti sem pensar duas vezes. Eu faria o que o meu amor quisesse. 

Peguei o cartão de memória do monitor com as fotos e gravações das últimas 24 horas e guardei comigo para levar para a Inglaterra e mostrar ao Joseph. 

3 HORAS DEPOIS

POV JUSTIN BIEBER.

Tracy tinha acabado de decolar ruml á Inglaterra. O que Tracy disse para Aria foi por ciúmes e por não gostar dela nem um pouco, pois acha Aria uma ameaça á ela, ela não poderia ter prova alguma contra ela, na cabeça de Tracy foi Aria quem pegou com as próprias mãos e escondeu em baixo do colchão, ela cria coisas em sua própria mente por causa da sua possessividade, e acredita no que quer acreditar. Mas para mim, que conheço Aria á muito tempo, pode fazer sentido, a antiga Aria não sabia atirar em uma perna, que dirá ter tão boa mira capaz de impedir uma bala de chegar em seu alvo, isso precisa de treino, precisa de uma boa calculação de segundos, armas e coisas do tipo a assustavam de certa forma, não era algo que ela queria pra vida dela, de alguma forma inexplicável agora é diferente, isso á favorece, é até atraente. Ela voltou e percebo que não fui só eu quem mudou, ela também, é mais inteligente, é estrategista, porém cautelosa. Isso levanta, sim, uma suspeita sobre ela, não vejo motivos pra ela fazer isso, mas não vejo motivos pra ela ter voltando também, não precisa ser explicável, ou fazer sentido, na verdade, eu só preciso do meu dinheiro de volta. Se foi ela, talvez seja esse o motivo da sua volta, me distrair enquanto pegam o dinheiro. E é agora que vou procurar saber sobre o que ela fez nesses quatro anos fora e longe de Vancouver. 

- E qual o nome da pessoa que deseja que eu investigue, senhor Bieber? 

- Aria Williams.