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História Crazy In Love - Começou...


Escrita por: ElenaCarter

Capítulo 9 - Começou...


Fanfic / Fanfiction Crazy In Love - Começou...

Lembranças Dolorosas

Acabei dormindo enquanto pensava no que fazer para me vingar de Coringa, e, com isso, acabei trazendo uma lembrança a tona terrível:

'Eu estava em casa, encolhida num canto, pedindo para meu tio deixar minha mãe me paz. Eu tinha 15 anos e não sabia como ajudá-la. Lá estava ele, lhe dando um soco que a derrubou no chão e depois mijando em cima dela, dizendo que era para isso que ela servia. Continuei chorando e então o empurrei:

-Pare! Deixe-a em paz!

Então ele me encarou e me deu um soco na barriga e outro do rosto:

-Sua vagabunda, quem você pensa que é?!

Me levantei e quando ia gritar com ele, outro soco atingiu meu rosto. Chutes e mais chutes vieram em minha direção:

-Piranha, vadia... Serve tanto quanto sua mãe!

Então, senti duas mãos em meus ombros, eu já estava chorando e implorando:

-Pare! Por favor! Pare! Está doendo... Pare!

Abri os olhos e vi Coringa:

-Harley!

Ele me olhava, um pouco assustado. Depois, ele me sentou e me analisou, pude ouvir alguns de seus sussurros malucos:

-Não posso ter quebrado meu brinquedo... Não agora...

Afastei suas mãos e disse, irritada:

-Eu estou bem... Só tive um sonho ruim.

Olhei ao redor e enquanto ele me encarava, levemente irritado:

-Onde estamos?

Eu nunca havia visto um lugar como aquele. O chão era de um tipo de mármore meio dourado e as paredes eram brancas; belas luminárias de cristal pendiam do teto e um pequeno bar estava encostado na parede da esquerda, com duas belas geladeiras; enquanto o resto do lugar era cheio de corredores para várias salas. Andei até o pequeno bar e abri a geladeira, sem permissão nenhuma. Encontrei algumas comidas estranhas, mas encontrei pudim e logo o peguei e coloquei no balcão, depois procurei alguma bebida, mas só havia cerveja, vinhos, vodka e smirnoff's. Depois de muito pensar, decidi pegar uma smirnoff e me virei para o balcão. Coringa me encarava, sua expressão era indecifrável. Peguei uma colher e comecei a comer o pudim, que estava uma delicia e bebi três goles da Sminorff, que queimou minha garganta, mas de um jeito bom. 

Enquanto eu comia, Coringa se afastou e foi falar com um de seus capangas. Terminei de comer e olhei ao redor, já pensando num jeito de sair dali. Larguei minha Sminorff no balcão e andei o mais silenciosamente até o carro, ele havia ficado com as chaves. Merda. Então, comecei a ouvir um PSIU. Olhei  ao redor e vi a jovem, eu precisava urgentemente dar um nome para ela. Esta me apontava uma sala e mexia a boca dizendo:

-Entre aqui.

Olhei para trás e Coringa ainda estava distraído. Respirei fundo e andei até a sala que minha nova amiguinha maluca me apontava:

-Que lugar é esse?

Sussurrei, assim que cheguei perto dela:

-É um banheiro. Agora arrume-se, está horrível!

A encarei, incrédula:

-Você está brincando comigo? Devem existir tantas saídas daqui e você me aponta um banheiro porque estou feia? Qual seu problema?

Ela revirou os olhos e disse:

-Meu objetivo aqui não é fazer você fugir, é te mostrar que o Puddin é bom... Só tem alguns momentos ruins. Viu como ele te tratou com carinho agora a pouco?

-Não. Ele não fez nada. Só se preocupou que o "brinquedinho" dele não estivesse quebrado tão cedo. 

-Por isso, ele se preocupa com você...

-Não! Ele quer me usar e eu NUNCA irei ser usada!

Me virei para sair dali e dei de cara com ele. Mas que droga:

-Com quem estava falando, docinho?

Ele me encarava com olhos brincalhões, como se já soubesse a resposta e gostasse muito de ouvir. Ele levantou a cabeça, aguardando minha resposta. Revirei os olhos e disse:

-Ninguém. 

Quando estava prestes a andar mais um pouco, ele segurou meu braço e me puxou para perto, sussurrando com uma voz assustadora, mas, ao mesmo tempo, que me dava arrepios de um jeito... bom:

-Está muito livre para meu gosto. Quem disse que eu tinha acabado de conversar com você? 

Suas pupilas se dilataram e seu sorriso ficou ainda mais maléfico. Ele me empurrou para dentro do banheiro e trancou a porta, consigo dentro. O encarei, assustada, meus batimentos estavam acelerados e minhas pernas tremiam. Ele tocou minha bochecha e sorriu:

-Vá tomar um banho, trarei roupas decentes para você.

Concordei e ficamos nos encarando. Então, de repente, ele bateu as mãos a pouco centímetros do meu rosto e disse:

-Vamos!

-Com você aqui?

Ele sorriu e arregalou os olhos:

-O que você acha?

Engoli em seco e comecei a odiá-lo cada vez mais. Me virei para o box e vi que era de um vidro preto fosco. Agradeci um pouco por isso, não era tão transparente. Entrei e vi que havia uma banheira, então decidi que iria demorar mais um pouco. Olhei para ver o que havia lá e encontrei shampoo, condicionador, sabonetes, pétalas de rosas e espuma para a banheira. Sorri e perguntei:

-Quanto tempo posso demorar?

Mas não houve resposta, me virei e não o vi. Dei de ombros, enchi a banheira e joguei espuma e pétalas de rosa. Comecei a me despir e, quando a banheira já estava quase cheia, desliguei a água e entrei. A água quente relaxou meus músculos e me afundei ainda mais. A luz apagou e fiquei um pouco assustada, mas continuei na banheira, estava muito cansada e decidi fechar os olhos. Precisava me acalmar. Então, senti um toque macio em minha maçã do rosto e uma respiração perto do meu ouvido:

-Pode demorar quanto quiser...

Suspirei e me inclinei para a direção da voz, que era levemente rouca e eu sabia muito bem de quem era:

-Joker...

Sussurrei, antes de abrir os olhos. A luz estava ligada e não havia mais ninguém na sala. Por um momento, cheguei a pensar que foi uma alucinação, mas quando olhei para a banheira, entre as pétalas vermelhas estava uma roxa. A segurei delicadamente e a analisei, tentando pensar o por que desse gesto:

-Não tem por que. Só aceite que ele quis te fazer uma surpresa!

Eu nem precisava olhar para trás para saber quem era:

-Como posso chamá-la?

-Ainda bem que você perguntou! Você sempre pensa em mim como uma jovem adolescente, mal sabe que tenho a mesma idade que você.

Fiquei surpresa, mas sorri enquanto tocava a pétala e disse:

-Ainda não respondeu minha pergunta.

Me virei levemente e ela estava sorrindo:

-Arlequina. Pode me chamar de Arlequina.

Sorri e perguntei:

-Vai ser minha amiga, Arlerquina?

Nos encaramos e um silêncio subiu entre nós. Ela se sentou ao meu lado e sorriu:

-Sempre. Só peço que, tente. Tente entender e amar o Puddin.

-E se tudo der errado... Vai me ajudar a catar os caquinhos?

Ela segurou minha mão e prometeu:

-Cada um deles.

E pude ver que era sincero. Naquele momento, me senti mais segura para poder enfrentar o homem que mexia comigo de tantas maneiras. Meu Puddin.


Notas Finais


O que acharam? Desculpem a demora, não sabia como continuar a história e tive essa ideia hoje! Hahaha O que vcs acharam? Valeu a pena esperar? Bjs! <3


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