Chloe veio correndo em minha direção com os braços abertos e quando veio me abraçar, eu a empurrei devagar.
— Ei, o que foi? Não está feliz em me ver? – Ela disse parecendo triste e eu revirei os olhos.
— O que você está fazendo aqui? – Perguntei bravo.
— Eu tive que viajar para cá com o meu pai e como eu sabia que você estava aqui... Resolvi vir te ver. – Ela disse e piscou.
— Só isso? – Perguntei e ela assentiu concordando.
— Sim, mas o que foi? Você parece estar com pressa! – Perguntou sem entender.
— E eu estou, acabei de sair da escola e preciso levar minha namorada para casa. – Respondi a encarando.
Era só o que me faltava, minha ex-namorada vem para a cidade à quilômetros de distância da dela só para me ver? Até parece.
— Namorada? – Ela fez uma careta parecendo não gostar.
— Sim, por quê? Você terminou comigo há meses, você me traiu e eu te traí, ficamos quites. Por que você veio atrás de mim? Para se desculpar? Eu não sou mais seu namorado para você vir atrás de mim como se nada tivesse acontecido. – Falei bravo e ela ficou boquiaberta.
— Me desculpa se eu me preocupo, mas tudo bem, eu vou embora! – Ela abaixou a cabeça e veio andando em minha direção, quando eu pensei que ela passaria reto por mim, a garota se aproximou em questão de segundos, colocou uma mão em minha nuca e me beijou. Eu me afastei nos próximos dez segundos e segurei seu braço com força. – O que foi, Justin? Nem parece que fomos namorados.
— Você disse certo, fomos. Nunca mais apareça aqui, entendeu? Eu não vou gostar e vou te deixar falando sozinha. – Disse bravo e a soltei que saiu batendo os pés, olhei para trás e Jasmine estava vindo em minha direção brava. Antes de ela chegar, peguei a chave da moto.
— O que foi aquilo? – Ouvi-a dizer e me virei para olhá-la.
— Minha ex-namorada, ela não vai mais me incomodar. Pelo menos eu acho que não, até porque, eu deixei bem claro que eu não queria ela aqui mais e se ela viesse, eu não falaria com ela. – Disse sério e ela me olhou desconfiada.
— Por que essa vadia te beijou?
— Porque ela é maluca! Não sei o motivo de ela ter vindo atrás de mim, a garota me traiu e aparece na minha frente como se nada tivesse acontecido? Ela é maluca, Jasmine, esquece isso. – Pedi e ela parece ter relaxado.
— Se ela aparecer aqui de novo, eu vou tirar ela daqui pelos cabelos. – Ela disse me fazendo rir.
— Ok meu amor, faça isso. Agora vamos embora, né? – Disse entregando o capacete a ela que se aproximou e me beijou rápido.
— Agora podemos ir. – Piscou para mim e colocou o capacete.
— Que engraçadinha você. – Coloquei o capacete também e liguei a moto, subi nela e a Jasmine subiu em seguida, depois eu saí dali.
Posso não ter dito nada a ela, mas fui direto para a minha casa e Jasmine só questionou mesmo quando chegamos.
— Ei, por que me trouxe aqui? Vamos fazer algo que eu não estou sabendo? – Ela perguntou depois de descer da moto e tirar o capacete.
— Mais ou menos isso, é que a Scarlet vai fazer hambúrguer hoje e eu queria que você provasse, os hambúrgueres dela são os melhores. – Disse desligando a moto e andamos em direção a porta da frente, abri e nós entramos, colocamos os capacetes no sofá e eu fui andando em direção a cozinha com Jasmine atrás de mim. – Scarlet! – Disse quando me aproximei dela que estava de costas mexendo alguma coisa no fogão.
— Você deveria parar de chegar do nada, sabia? – Ela disse brava me fazendo rir e eu dei um beijo em sua bochecha.
— Nem vem que a culpa foi toda sua dessa vez. – Falei ainda rindo e ela logo percebeu que Jasmine estava ali.
— Oi Jasmine, tudo bem?
— Oi Scarlet, tudo ótimo e você?
— Tudo ótimo também, eu estou terminando de fazer os hambúrgueres, acabo daqui uns vinte minutos. – Scarlet disse olhando para mim.
— Tudo bem, então. Pode levar para o meu quarto, a Jasmine está doida para provar seu hambúrguer. – Disse olhando para ela que me encarou.
— Não exagera, Bieber. – Scarlet disse fazendo Jasmine rir.
— Ok, nós vamos subir e bata na porta antes, por favor. – Disse pegando na mão de Jasmine e saindo da cozinha.
— Como se eu não batesse na porta, não é moleque? – Ouvi-a resmungar e ri.
Nós subimos para o meu quarto e Jasmine chegou se deitando na cama toda sorridente, então eu me sentei ao seu lado.
— O que foi? – Quis saber o motivo daquele sorriso todo.
— Você conhece a Scarlet do Canadá, não é? Ela te trata como se fosse parte da família. – Perguntou ainda sorrindo.
— Sim, ela começou a trabalhar para nós quando meus pais se separaram e eu ainda era um bebê, no começo ela era só uma babá que ajudava minha mãe com o que podia. Na verdade, ela sempre podia por que eu fui crescendo e ela começou a fazer tudo sem nem perceber, minha mãe só continuou trabalhando e quando viemos para cá, ela praticamente insistiu para que viesse junto. Minha mãe não queria deixá-la por que ela já fazia parte da família, então ela veio conosco. – Terminei de falar e sorri para ela que parecia satisfeita com a história.
— Isso quer dizer que ela conhece você melhor do que ninguém? – Ela perguntou e eu assenti concordando.
— Ela cuidou de mim, então acredito que sim. – Respondi me deitando de bruços ao seu lado.
— Entendi, agora mudando de assunto... – Ela falou parecendo desconfortável e eu já imaginei do que ela iria falar.
— Jas, eu te falei para não se preocupar com isso. – Disse arqueando uma sobrancelha e ela me olhou sem entender.
— Não é disso que eu estou falando, eu te avisei que se aquela garota aparecer lá de novo, eu tiro ela de lá pelos cabelos. – Ela falou me fazendo rir. – Eu queria falar sobre o Jream, ontem ele me perguntou o que aconteceu com você e eu não quis falar porque achava que meu pai não deveria saber sobre nada disso.
― E não precisa mesmo. – Disse não entendendo aonde ela queria chegar.
― Só que ele disse que perguntou por que estava preocupado e por isso queria saber. – Ela terminou de falar sem me olhar.
― Não tem problema nenhum, Jas. Quem não pode saber de nada disso é o seu pai. – Disse e ela finalmente olhou para mim.
― Então tudo bem, eu vou falar com ele e dizer para ele não dizer nada. – Ela sorriu.
― Faça isso. – Disse e dei um beijo demorado em sua bochecha.
POV Jream
Desde a minha pequena conversa que tive ontem com a Jasmine, fiquei pensando no que falar para o Brad tudo o que está acontecendo, até porque, ele já me disse que colocou um pessoal para segui-la aonde quer que ela fosse. Eu não concordei com nada disso, mas ele é o pai dela e eu não pude fazer nada. Se ele quer saber aonde ela está e com quem, quem sou eu para impedir?
― Jream? – Ouvi Justin me chamar, eu estava sentado no sofá viajando.
― Oi moleque, o que foi?
― A Jasmine não chegou ainda, ela te mandou mensagem? – Perguntou preocupado e eu fui verificar meu celular.
― Não, mas provavelmente ela está com o Bieber. – Disse e sorri – Não se preocupa, Justin. A Jasmine está bem. – Disse querendo que aquilo fosse verdade e ele saiu correndo lá para cima. Peguei o celular novamente e mandei uma mensagem para ela.
"Jas, aonde você está? "
Ela demorou, mas logo respondeu.
"Para que você quer saber? Eu cansei de ficar te dizendo aonde eu estou, sabia? "
"Você está com o Bieber, não é? "
"Como você sabe? Está me vigiando? "
"Tudo bem, era só disso que eu precisava saber. "
Se ela estava com o Bieber, então eu sabia que ela estaria bem, só não posso dizer o mesmo do Brad. Ele vive me dizendo que quer que eu interfira no namoro da Jasmine com o Bieber, mas ele nunca me disse o porquê, então eu nunca fiz nada e também nem deveria por que a Jasmine não é mais uma criança e trata-la como uma não vai adiantar em nada.
― Ei Jream, você não vem comer? – Fran apareceu na sala com um pano de prato secando as mãos e eu me levantei na hora.
― Claro, acho que só eu vou comer agora, então. – Disse dando de ombros e andei em direção a cozinha. – Nem precisa pôr a mesa, a Jasmine está no Bieber e o Justin está lá em cima jogando videogame com o Andrew.
― Tudo bem, então. – Ela disse e quando entramos na cozinha, meu celular começou a tocar, olhei no visor e era quem eu menos esperava.
― Já volto, Fran. Só vou atender uma ligação. – Disse indo para a sala de jantar e logo atendi. – Eu achei que era para eu ligar.
― Você não manda em mim, eu mando em você e eu ligo quando me der na telha. Agora me diga o que você sabe sobre a Jasmine.
― Não tem nada de importante para falar sobre ela.
― Aonde ela está agora? – Ele perguntou e eu gelei, eu não sei mentir e eu devia mentir neste momento.
― Ela está na sala de jantar almoçando agora. – Será que consegui convencer?
― Tem certeza disso, Jream?
Esqueci que ele tem capangas seguindo a Jasmine.
― Por que você ainda pergunta se sabe aonde ela está? – Perguntei sem entender.
― Porque eu te pedi para fazer uma coisa e você não fez, esses dois não deveriam estar juntos. – Ele disse parecendo bravo.
― E por que não? Eles se amam, tem algum problema nisso?
― Pode ter certeza que tem! Aquele moleque é um drogado fodido, se a Jasmine continuar namorando com ele, vai virar uma também.
― Como assim? De onde você tirou isso, Brad? O Bieber não tem nada de drogado. – Falei rindo, ele só pode estar assistindo muito filme.
― Eu mandei meus homens ficarem de olho nele quando a Jasmine não estava em Los Angeles e sim, ele é um drogado filho da puta. Esse moleque se encontra com um bando de drogado numa casa abandonada e eles fazem o que bem entendem lá dentro, eu estou te dizendo, Jream, esse tal de Bieber é uma má influência para a Jasmine.
― Ok, mas o que você está pensando em fazer a respeito? – Perguntei curioso já que eu não faria nada que magoasse a Jasmine.
― Eu vou fazer algo que você não tem coragem de fazer e se não der certo, vou arranjar uma forma melhor da Jasmine nunca mais ver o namorado dela. – Ele disse e desligou na minha cara, fiquei sem entender do que ele estava falando.
Esse filho da puta controlador, acha que vai conseguir fazer o que quer com a vida da minha irmã, mas ele está muito enganado por que eu não vou deixar. Pelo menos eu vou tentar, não sei nem por onde começar.
Voltei para a cozinha e fui obrigado a almoçar sozinho, quando acabei fui para a sala e fiquei o resto da tarde assistindo televisão. Às vezes, Justin e Andrew passavam correndo em direção a cozinha para pegar doces, fui perceber que horas eram quando a Jasmine chegou. Seis e meia da tarde.
― Jasmine! – Me levantei do sofá e fui em sua direção, a abracei forte. – Você está bem? Está inteira? – Perguntei preocupado, nunca era demais conferir.
― Nossa Jream, o que foi? – Perguntou rindo e se afastou de mim.
― Não é nada, eu só queria saber se você estava bem. – Dei de ombros e andamos em direção ao sofá. – Você quer conversar agora? – Perguntei curioso e ela assentiu concordando.
― Quero, eu só preciso que você me prometa que não vai dizer nada para o Brad. – Ela disse séria e eu concordei.
― Eu prometo, não vou dizer nada. – Pelo menos nada do que ela me disser agora, até porque, ele com certeza já sabe de tudo e eu também.
― Okay, é o seguinte... – Ela começou a dizer e eu fingi estar surpreso, tudo o que ela dizia, batia exatamente com o que o Brad disse, mas claro que ele foi um pouco mais injusto ao chamar o Bieber de drogado e eu só consegui ficar com mais raiva do Brad por isso.
― Eu fico feliz que ele esteja bem agora, Jas. E que está disposto a mudar! – Eu realmente estava muito feliz.
― Eu também estou muito feliz, não suportaria saber que ele fez de novo, pelo menos não da mesma forma. Ficar em um lugar bebendo e fumando longe de tudo e todos, é solitário para ele mesmo que mal conhecia aqueles caras e felizmente, não vai mais acontecer. – Ela disse e sorriu.
Eu espero mesmo que não, Brad com certeza não vai deixar mais essa passar.
― Assim esperamos. – Sorri para ela que bufou alto e se levantou.
― Eu estou com fome, vou procurar algo para comer! – Ela jogou sua mochila em cima do sofá e saiu correndo em direção a cozinha, fiquei ali por alguns minutos e quando senti cheiro de comida, bateu a fome e eu fui para a cozinha também.
― O que vai ter para o jantar hoje? – Perguntei para Fran que mexia algo no fogão, me sentei ao lado da Jasmine no balcão.
― Felizmente o prato favorito de cada um. – Ela disse e Jasmine arregalou os olhos impressionada.
― Você só pode estar brincando, Fran.
― Não estou brincando não, Jasmine. – Ela respondeu sorrindo.
― Esse cheiro está me dando uma fome. – Comentei já ouvindo minha barriga fazer alguns barulhos.
― O jantar vai demorar um pouco, se quiserem comer algo, só esquentar o que tem na geladeira. – Ela disse e Jasmine e eu nos entreolhamos, depois saímos correndo juntos em direção a geladeira.
― Ei, eu vim primeiro! – Jasmine exclamou tentando abrir a geladeira enquanto eu a impedia.
― Por que vocês estão brigando? Tem comida para todo mundo. – Fran disse rindo e nós relaxamos.
Jasmine e eu esquentamos o que tinha na geladeira e comemos enquanto a Fran não parava de rir e de dizer no quão infantis estávamos sendo.
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