— As folhas dessa planta são ótimos antissépticos. — Mina contou limpando as feridas triangulares no ombro esquerdo de Jungkook. — Como você está se sentindo?
— Meu pai me levou numa fazenda de jacarés, certa vez. Agora sei como as carcaças de frango que jogávamos pra eles comerem, se sentem. — Sorri ainda com dor.
— E então... — Senta-se do outro lado da arvore em que ele estava apoiado. — Desde quando você trai a Dahyun com a Chaeyoung? — Questiona meio sem jeito.
— Acho que quase morrer te deixou com um parafuso solto. Eu nunca trairia a Dah, principalmente com aquela garota insuportável. — Retruca com certo nervosismo.
— Ser a mais quieta da turma também me torna a mais observadora. Já percebi o jeito que vocês se olham e a tensão sexual entre os dois. Relaxa, eu não vou contar nada.
Ao ouvir aquelas palavras, o rapaz é acometido por uma repentina melancolia. E logo, se lembrou da primeira vez que foi na casa da sua namorada simpática e meiga.
— Vocês devem ser os pais da Dah... Olá! Meu nome é dezessete e eu tenho Jung-Kook anos. — Tenta se apresentar gaguejando de nervosismo e estende sua mão pra eles.
— É o que menino? Você é usuário de drogas, por acaso? — Pergunta o pai de Dah.
— Não seja rude, o garoto só tá nervoso. A Dahyun está lá em cima no quarto dela.
— Eu vou lá chamar ela... Com licença. — Kook vai andando de lado feito pinguim.
— Tem certeza que é uma boa ideia deixar nossa fininha sozinha com um garoto? — O pai ligeiramente aborrecido questionou a mãe de Dahyun.
— Tudo bem, eles só vão estudar. E eu tenho quase certeza que aquele rapaz é gay.
Na verdade, a mãe de Dah era amiga da mãe de Kook e ela meio que sabia o que estava rolando entre os dois adolescentes, então resolveu dar uma cobertura pro casal.
— Kookie, eu estou estudando. — Dahyun que estava deitada de cabeça pra baixo lendo um livro falou pro jovem que deitou ao seu lado na cama.
— Ah, eu também tô estudando. Decorando cada detalhe do seu rosto, assim eu não esqueço do quanto você é linda. — Passou sua mão suavemente pelo cabelo dela.
— Sério, eu tenho uma prova satânica de física amanhã. — Conta quando ele beija sua bochecha e vai baixando até começar a beijar o pescoço dela.
— Você é inteligente, vai se sair bem. — O rapaz sussurrou no ouvidinho da moça.
Então, ele subiu em cima dela e iniciaram uma suave troca de beijos de língua, que vai ficando cada vez mais intensa, enquanto as mãos da Dahyun passeiam pelas costas de Jungkook e as mãos dele massageava a cintura dela.
Até que Kook resolveu colocar a mão dele dentro do shortinho da moça. Assim que sentiu os dedos do rapaz, Dahyun arregalou os olhos como se tivesse acabado de acordar dum sonho e começa a dar leves tapas no ombro e cabeça, pedindo pra ele parar.
— O que foi? Fiz algo de errado? — Afasta-se um tanto cabisbaixo do rosto da Dah.
— Kookie, eu te amo, mas... A gente só namora há alguns meses, não se é a hora ou o lugar pra darmos esse passo no nosso relacionamento. — Responde meio sem jeito.
— Ah, eu compreendo. — Senta-se na cama com um olhar cínico invés dum triste.
— Olha Kookie, o problema não é você, mas é que eu sou... — Ela tenta se explicar.
— Tudo bem! Eu vim aqui pra gente estudar, né? Então, vamos estudar. — Ironiza.
Deixando o flashback de lado, voltaremos pra mansão assombrada no meio do mato. Onde Jin e Taehyung (com uma arma de água amarrada nas costas) estão armados com espetos, ao lado de Namjoon usando um facão e Jeongyeon e Hani com frigideiras.
— E então, qual é o plano? Sê tem um plano, não é? — Namjoon pergunta ansioso.
— Eu sei lá! Essa casa parece um labirinto, a gente abre uma porta e dá num outro corredor. — Taehyung responde meio estressado assim que Namjoon olhou pra trás.
— Ó resto de aborto, eu não falei contigo. Perguntei pra Jeong. — Namjoon refuta.
— Eu? Não lembro de ter assumido esse B.O não. Que dia foi isso? — Disse Jeong.
— É claro! Você é a especialista em filmes de terror, deve saber o que fazer pra nós sobrevivermos. — Namjoon afirma sorrindo de lado.
— Bem, nunca vi um filme sobre arvores que matam pessoas. — Ela retruca quase corando. — De qualquer forma o básico é ficar junto do grupo, não podemos nos separar.
— Né? Nós sempre pode sacrificar o mais fraco, jogando ele em cima do monstro. — Taehyung brinca empurrando de leve o Jin, que responde com uma expressão brava.
— Gente, me esclareçam uma dúvida. Aquela porta estava ali? — Hani perguntou aponta pra porta no fim do corredor, onde deveria haver apenas uma parede.
— Não que eu tenha visto. — Jin retruca. — Não é melhor irmos dar uma olhada?
— Você é algum detetive pra tá querendo investigar as coisas, miséria? — Diz Tae.
— Verdade, até eu tô sentindo o cheiro de armadilha daqui. — A professora falou.
— Certeza que dois segundos depois de abrirmos a porta, o monstro vai aparecer. — Jeongyeon comenta sacudindo sua cabeça de cabelo curto e loiro.
— Isso mesmo que eu queria. — Ao ouvir a confirmação, Jin corre pra abrir a porta.
— Essa desgraça tá querendo morrer pra ficar com a Jihyo, só pode. — Tae gritou.
— Deixa de ser insensível. — Jeongyeon belisca Tae antes de correr atrás do colega.
— Nada demais! É só o pátio do casarão. — Jin conta após abrir a porta misteriosa.
— Ei! — Namjoon puxa Jin por um braço. — Se você quer meter o louco, tudo bem. Mas, pelo menos vamos meter o louco juntos. — Falou com olhar intenso nos olhos dele.
— O que ele quis dizer é que como eu disse, não podemos nos separar. — Jeong explica. — Assim que você posse os pés pra fora, essa porta fecharia sozinha e sumiria.
— Acredite, isso já aconteceu antes. — Afirmou Hani. — Foi assim que perdemos a Jihyo e a Sana. Ou seja, temos que passar pela porta correndo todos juntos.
Como ela propôs, os cinco correram pra dentro do gramado que ficava no meio do casarão e lá encontram a empregada Hyerin com seu vestido roxo com bordados branco.
— Jovens hospedes! Estão aproveitando sua estadia no resort? — Hyerin pergunta.
— Com todo casarão tentando nos matar? Acho meio difícil. — Taehyung retruca.
— A senhorita pode nos explicar o que tem de errado com esse lugar? — Resmunga Hani começando a caminhar em direção da moça, mas Jin agarra seu braço com força.
— Cuidado! A coisa que matou a Jih tinha se transformado na Dahyun. — Jin avisa.
— Isso tá parecendo aquele filme, “O enigma de outro mundo”. Tinha um alien que se transformava nas pessoas e elas começaram a desconfiar uma das outras. — Jeong comenta angustiada.
— O Sr. Seokjin é mesmo perspicaz. — Hyerin disse erguendo o braço esquerdo que começa a envelhecer e seus dedos alongam-se até virarem ganchos de madeira.
— Então é você, vadia! O que você com o corpo da Jihyo? — Corre em sua direção empunhando o espeto de carne como se fosse uma espada, mas cipós negros cheios de espinhos amarelados brotam do chão e amarram seu pé fazendo ele cair no chão.
— Guardar rancor não é nada saudável, sabia? — Ironizou a bruxa de madeira.
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