História Criaturas I: BTS e TWICE - Caminhada Ecológica

— Heechul: Que caras são essas? Animação, teremos um grande dia pela frente.

— Jeongyeon: E precisava ter nós acordado as cinco da manhã, pra isso?

— Jimin: Sabe professor, existe algo muito importante pra mim chamado sono da beleza.

— Heechul: Acordar cedo é parte da nossa experiência selvagem.

— Hoseok: Sim, mas aonde estão o resto do pessoal? — Pergunta esfregando os olhos.

— Heechul: Dividimos vocês em dois grupos, os outros vão ficar no resort com a Hani.

— Jimin: Posso trocar de grupo? Não me sentir nada confortável dormindo no chão.

— Heechul: Não se preocupe, amanhã vocês ficarão aqui e eles virão acampar comigo.

— Dahyun: Essa é uma chance de você se reaproximar dela. — Falou ao lado do casarão.

— Jungkook: Daquela insuportável? Kookie diz: Não, obrigado. — Retruca com ironia.

— Dahyun: Vocês costumavam se dar tão bem. Aconteceu alguma coisa?

— Jungkook: Ambos somos meio artistas, certo? Bem, existem diferenças criativas.

— Dahyun: Bem que você podia ser mais compreensivo. Os dois são muito importantes na minha vida e eu gostaria que vocês tivessem um bom relacionamento. — Diz com certo mimo.

— Jungkook: Tá bom. Eu posso tentar um pouco, por você. — Se aproxima e a beija.

— Jeongyeon: Canivete legal. — Comenta ao ver Nanjoom manuseando o dele.

— Nanjoom: Valeu, era do meu pai. — Retruca guardando seu canivete suíço no bolso.

— Jeongyeon: Vai ser útil se a gente quiser sobreviver a essa floresta.

— Nanjoom: Nossa, fala como se a gente não fosse simplesmente acampar.

— Jeongyeon: Não sei o que é pior, dormir no hotel assombrado ou na floresta perto dele.

— Nanjoom: Melhor arriscar na floresta do que se aventurar com fantasmas? Boa ideia.

— Jihyo: Estou muito empolgada, sempre quis acampar desde que era criança.

— Heechul: A melhor parte é que se sairmos agora, poderemos ver os crocodilos. 

— Jin: Rações militares? Ok! Kit de escoteiro? Ok! Professor, estou mais que pronto.

— Sana: Ração? Então vão ter cães onde nós vamos? Adorei.

— Jimin: Militares? Calma ai Jin, a gente não está indo pro exército não.

— Jin: “Rações militares”, são um tipo de comido fácil de armazenar contendo as vitaminas e minerais essenciais para o corpo humano. — Explica apesar de não lhe darem atenção.

— Jihyo: O que sê estava fazendo? Já era pra termos saído. — Questiona a Dahyun.

— Dahyun: Ata, quer entrar na minha semana é? — Resmunga ao ouvir. — Brincadeira, eu estava me despedindo do meu Kookie. — Fala de um jeitinho fofo.

— Taemin: Como estão todos prontos, já podemos ir. — Diz enquanto se aproxima.

— Dahyun: Olha só, parece que essa caminhada não vai ser tão chata assim.

— Jihyo: Se controle mulher! Você tem namorado, esqueceu? — A cutuca com o cotovelo.

— Dahyun: Ah, nada a ver. Afinal, ter algo bonito pra olhar não faz mal algum.

— Taemin: Lembrando que é muito fácil se perder na floresta, então fiquem sempre juntos.

— Jihyo: Sua bolça parece estar bem pesada. — Comenta vendo Jin a colocando.

— Jin: Relaxa, eu dou conta. — Retruca dando tapas de leve em seu bíceps.

Foi assim que os nove adentraram naquela floresta assustadora e quase tão misteriosa quanto o próprio casarão. Durante a caminhada, Dah e Jihyo ficaram admirando Taemin pelas costas, já a Jeong preferia a companhia de Nanjoom. Enquanto Jin esconde o esforço que fazia por culpa do peso que carregava, Jimin tenta afugentar os insetos.

— Jimin: Uau! Sana, ver você passando repelente é quase como ver um ensaio sensual.

— Sana: Você acha? Nem percebi. — Sorri despretensiosamente.

— Jimin: Já pensou em ser modelo? Conheço uma agencia que iria te adorar.

— Heechul: Ei Jin! Tá fazendo o que ai atrás? — Grita o vendo apoiado numa arvore.

— Jin: Nada não! Só dando uma paradinha. — Tenta recuperar o fôlego.

— Jihyo: Você vem sempre aqui? Na floresta. — Enfatiza na pergunta.

— Taemin: Eu venho caçar com o meu pai de vez em quando.

— Jihyo: Legal, aposto que deve conhecer aqui como a palma da sua mão.

— Sana: Oi. A gente não tem se falado muito, não é? — Abordou Dahyun.

— Dahyun: Acho que deixei claro que não tínhamos mais o que conversar da última vez.

— Sana: Oh, assim você me machuca. — Seus lábios tremem com ligeira tristeza.

— Dahyun: O que você quer Sana? — Questiona desviando o olhar.

— Sana: Sinto sua falta. Você e o Kookie já passaram da “segunda base”? — Maliciou.

Antes que Dahyun pudesse responder, após uma para brusca, são surpreendidos por um grito feminino e infantil de socorro vindo de trás deles.

— Jimin: Uma cobra! — Felizmente, mais uma vez era só o Jimin.

— Taemin: Numa situação assim, a última coisa que vocês deve fazer é entrar em pânico. — Explica correndo em direção ao rapaz. — Primeiro, deve-se identificar se ela é venenosa ou não. — Conta se agachando bem lentamente.

— Dahyun: E como nós fazemos isso? — Pergunta com certa empolgação.

— Jeongyeon: E por que você tá falando tão baixo? Ficou com medo da cobra te ouvir?

— Heechul: As venenosas tem um buraco nas laterais do focinho. — Aponta.

— Jimin: Tá, tá! Mata logo esse bicho ou sei lá. — Resmunga tentando subir numa arvore.

Num rápido movimento, o rapaz agarra a cabeça do animal ao se jogar em cima dela e enquanto rolava no chão, ele saca uma adaga em seu bolço e decapita a cobra.

— Jeongyeon: Eu tenho que admitir, o maluco é bravo. — Sussurra pra Nanjoom.

— Heechul: Curiosidade, a cabeça da cobra permanece viva até por duas horas.

— Taemin: Essa não era venenosa, caso fosse, deveríamos enterrar a cabeça.

— Heechul: Todo cuidado é pouco, a não ser que queria ser mordido.

— Jin: O que você vai fazer com o cadáver do bicho? — Vê o rapaz a enrolando.

— Taemin: Você não sabe? Isso aqui vai fazer parte do nosso almoço.

— Jimin: Nem fudendo que eu como uma cobra. — Diz descendo da arvore.

Logo os nove voltaram a caminhar, Taemin foi na frente abrindo caminho com um facão.

— Jihyo: Por que as venenosas tem esses “buraquinhos”? — Pergunta pro seu professor.

— Heechul: Não sei, na verdade ainda não encontram uma explicação biológica pra isso.

— Taemin: Meu pai diz que foi Deus que colocou isso nelas pra podermos diferencia-las.

— Dahyun: Quem diria que o coroa sinistro é religioso. — Falou consigo mesma.

— Nanjoom: Quer ajuda com essa mochila? — Propõe pro Jin cansado.

— Jin: Imagina, isso aqui tá levinho. E por que a preocupação repentina.

— Nanjoom: Sou tão cheio de pecados, então faço uma boa ação por dia pra tentar redimir.

— Jin: Entendi. Mas eu estou tranquilo, é melhor ver se outra pessoa precisa de ajuda.

— Nanjoom: É, mas enquanto você tai moscado por causa do seu orgulho, a Jihyo está ali grudada com filho do dono daqui. — Retruca apontando lá pra frente.

— Jin: Já que você insiste. — Rapidamente a tira e joga nos braços do colega.

— Jeongyeon: Olha ele ai, o que quer com a mochila do presidente de classe?

— Nanjoom: Do que sê tá falando? Só tô ajudando um colega. — Sorri sarcasticamente.

— Jin: Olá! Dei um jeitinho do Nanjoom ficar com minha bolça. — Ironiza pra Jihyo.

— Taemin: Está bem, vamos descansar nessa clareira. — Propôs após andarem mais.

— Sana: Graças a Deus, minhas pernas estão me matando. — Senta-se no chão.

— Taemin: Aproveitando a oportunidade, vou ensina-los a acender uma fogueira.

— Heechul: Dividam-se em duplas, assim os trabalhos ficam mais fáceis.

— Nanjoom: Nesse caso, quero que a Jeongyeon seja minha dupla.

— Jin: Ei Jihyo, o que acha de ser minha parceira? — Perguntou sem jeito.

— Jihyo: Bem... — Parecia estar com dúvida. — Eu adoraria. — Anima-se.

— Sana: E eu quero ficar com a Dahyun. — A puxou pelo braço.

— Jimin: Espera, eu vou ficar sozinho? — Interrompe antes que a Dah reclama-se.

— Heechul: Sem problemas, podemos fazer uma dupla. — Lhe abraça parcialmente.

— Taemin: Fiquem aqui com as barracas que eu vou buscar lenha.

— Jeongyeon: Por que quis fazer dupla comigo. — Estava tímida.

— Nanjoom: Acho que eu me divertiria bem mais contigo do meu lado.

— Jeongyeon: Idiota! Se estiver tentando me cantar, pode desistir. — Esconde seu sorriso.

— Sana: Eba! Sana e Dah juntas de novo. — Comemora balançando galhos.

— Jin: E então, você ainda quer ser escritora? — Pergunta enquanto tentam limpar o chão.

— Jihyo: Bem que eu queria, mas não sei se realmente tenho talento. — Responde sem jeito.

— Jin: Como assim não tem talento? Pelo menos todos os poemas e poesias que li seus, estavam incríveis.

— Jihyo: Mesmo assim, ser uma poeta contemporânea não dá muita renda hoje em dia. — Refuta cabisbaixa.

Ao contrário dos demais, com exceção do Jimin, Dah não estava nem um pouco feliz ou confortável com sua dupla. Enquanto coleta madeira para fogueiras, Taemin percebe alguma coisa se mexendo entre folhas.

— Taemin: Ah, você está ai? Desculpa, mas não trouxe nada pra você. É que os outros perceberiam o cheiro. — Se aproxima lentamente da vegetação, onde um par de olhos brilhantes semelhantes aos de um réptil lhe aguardava.