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História Criminal - Terror em Arkham


Escrita por: theloveofyourlife

Notas do Autor


Gente é a terceira vez que uso essa foto nos cap. kkkkk
Espero que gostem.

Capítulo 25 - Terror em Arkham


Fanfic / Fanfiction Criminal - Terror em Arkham

Se o real plano do coringa era me deixar transtornada, eu não sei. Mas estava dando certo. Há um mês atrás eu tinha recebido aquela ligação onde ele dizia que o tal trabalho que eu “mandei” fazer estava feito.

Hugo Strange foi encontrado morto em um galpão de lixo antes mesmo que alguém pudesse dar falta do mesmo e antes de seu dia de chegar ao Arkham viesse. Eu me sentia extremamente culpada, eu era a real culpada. A policia veio ao Arkham interrogar Amadeus e alguns poucos médicos que o conheciam. Acho que eles não vieram até mim por sorte. Eu andava pisando em ovos, eu andava olhando para as câmeras e tentando passar nos pontos falsos onde a filmagem não tinha alcance. Eu andava levando comida de casa pra não ter que comer no trabalho e não dar as caras pra ninguém. Eu estava paranóica!

Grayson as vezes vinha falar comigo e perguntava o que eu tinha ou como eu estava, as respostas sempre eram “está tudo bem”, ”não é nada”. Ele era um bom amigo, mas o fato de ser um bom amigo não significa que eu deva confiar e falar tudo o que está acontecendo.

O Coringa continua sem médico e se depender de mim, vai continuar sem. Eu não chego perto desse cara nem que me paguem. Quando eu o disse para se livrar do Dr. Strange eu só queria que... sei la... ele o tratasse da mesma forma que me trata talvez Hugo desistisse de trata-lo... ou não, talvez só eu fosse idiota pra fazer algo do tipo.

...

MANSÃO WAYNE. 7:15 AM

Eu havia escolhido uma saia lápis e uma blusa social vermelha com sapatos pretos de salto em um estilo boneca. Meu cabelo estava em seus dias de rebeldia então prendo minhas longas madeixas loiras em um coque alto. Coloco meus óculos de grau, eu devia usá-lo  mais vezes, mas minha teimosia é maior, a armação me incomodava mas eu nunca pretendi usar lentes.

Com minha bolsa em baixo do braço saio do quarto a procura de Bruce, o achando facilmente em seu escritório sentado a sua imponente cadeira de couro olhando algo no notebook. Ele não tinha percebendo minha presença, ele olhava a tela com o cenho franzido. Bruce trajava uma de suas varias camisas sociais de cor branca com uma calça de um tom escuro. Jogo minha bolsa em uma poltrona ao lado e isso chama a atenção dele que me olha com um sorriso.

-O que tanto olha?- Pergunto me sentando de lado no seu colo. Olho pra a tela e vejo as pesquisas, onde aparecia fotos de propriedades e um homem de maxilar um pouco pontudo, parecia ter minha idade, ele tinha cabelos de um tom de loiro escuro. Em uma legenda em negrito dizia “Lexcorp promove baile beneficente em Metrópolis.”.- Alexander Luthor?

-Você o conhece?

-Já ouvi falar muito dele.-Digo.- Mas por que ta pesquisando sobre esse cara?

-Fomos convidados para uma confraternização em Metrópolis.

-Você foi convidado.-O corrijo.- Eles não sabem nem que eu existo.

-Não subestime isso.

-Você vai?-O pergunto.

-Eu estava pensando que uma viagem viria bem. Não acha?-Eu fico calada e olho para minhas mãos.- O que foi?- Ele toca a ponta do meu queixo com delicadeza me fazendo olhar para ele. Ele estava com o cenho franzido olhando nos meus olhos.- Está tudo bem?

-É que... minha mãe mora em Metropólis.- Digo e ele me olha sorrindo como se eu fosse uma criança boba.

-E isso não é bom?- Ele pergunta.- Você vai poder ver ela. Certo?

-Eu acho que ela está brava comigo.- Confesso.

-Por que ela estaria?

-Bem... quando meu pai morreu... Eu já te contei sobre isso não é?- Ele confirma com a cabeça.- Posso contar do inicio?

-Deve.

-Bem... quando mamãe se casou com meu pai ela tinha apenas quatorze anos. O que até hoje eu acho nojento. Os pais dela eram imensamente antiquados, então eles praticamente jogaram ela pra cima de um homem que na época tinha quase trinta anos...- Ele me ouvia com atenção.- Quando ela tinha quinze anos teve meu irmão Edward. Meu pai era agressivo com ela, ele tratava meu irmão com todo amor do mundo pelo simples fato de ele ser homem. Quando eu nasci mamãe ia fazer vinte e um anos. Eu sempre fui mais apegada com ela, papai me desprezava e parecia que eu não existia... quando eu estava mais crescida... não lembro muito bem a idade, mas acho que era uns treze ou quatorze anos. Ele começou a distribuir drogas para os amigos dele quando estávamos sozinhos. Ele me arrastava até o sótão e deixava eles passarem a mão em mim, nunca me penetraram, mas eu morria de medo deles. Isso foi na época que minha mãe começou a trabalhar então ela não via quando ele fazia essas coisas.

-E por que nunca contou sobre isso a ela?-Ele me interrompe.

-Eu já me sentia um fardo naquela idade. Meu irmão não gostava de mim, meu pai também não. Minha mãe era a única pessoa que eu tinha e ela amava meu irmão do mesmo jeito que me amava mesmo ele sendo daquele jeito. Meu pai sempre chegava em casa com cheiro de bebida e minha mãe não podia falar nada se não ele batia nela, muitas vezes também batia em mim quando eu tentava parar ele... quando meu pai morreu eu tinha quinze anos. Um homem o matou em uma briga de bar. Mamãe não chorou, muito pelo contrário... eu nunca a vi mais radiante. No mesmo ano Edward já estava revoltado e caçou o homem que matou nosso pai e o matou a facadas. Ele está preso até hoje.- Eu esperava que Bruce ficasse assustado com isso, mas ele apenas fez sinal com a mão pra que eu continuasse.- Só era eu e mamãe. Eu já tinha dezoito anos e tinha uma bolsa garantida para estudar na universidade Arkham. Ela queria ir pra Metropolis por que ela não agüentava mais viver aqui. Ela já tinha planejado tudo. Eu estava confusa e não sabia qual era o certo a fazer. Então ela foi sozinha pra Metrópolis e eu fiquei aqui pra estudar medicina. Eu não a vi e nem falo com ela desde então... eu nunca fui visita-la em sua nova cidade. Temo que ela esteja brava com o que eu fiz.

-Não tem motivo pra temer Harleen.- Ele diz isso e em seguida dá um beijo carinhoso na minha testa afagando minha nuca.- Ela é sua mãe. Você tem sorte de tê-la viva. Quem dera que eu tivesse a minha, eu não deixaria de ir atrás dela por medo. Vamos Harleen! Você vai gostar e vai ver sua mãe.

-Como vou saber onde ela mora?-Pergunto incerta.

-Eu dou um jeito.- Ele insiste.

-Tudo bem.- Digo derrotada.- Mas quando nós vamos?

-Em duas semanas...

-Tudo bem...- Ele toca minha bochecha a alisando e me puxa pelo queixo para um beijo. Sua língua passa sobre meus lábios pedindo permissão e eu logo a concedo deixando que a sua me explorasse ao máximo. Sua mão esquerda desce até minha cintura a apertando levemente enquanto meus braços passam pelos seus ombros largos. Um momento um tanto bonito se não fosse pelo incoveniente barulho nenhum pouco baixo do meu estômago roncando. Ele separa o beijo e ri em divertimento e eu o acompanho mas com certa vergonha.

-Você não comeu nada?- Nego com a cabeça.- Você precisa comer antes de trabalhar, não pode passar o dia com fome.- Concordo com a cabeça como se fosse uma criança.

-Pode me deixar no Arkham?-Pergunto. Eu não iria sair de moto usando salto alto e saia lápis.

-Claro.- Ele diz enquanto eu saio de seu colo pra que ele possa se levantar.

...

ASILO ARKHAM. CELA DA HERA VENENOSA.

9:25 AM

Estava na hora da minha consulta com Hera Venenosa. Nós evoluímos muito, mas o conselho do Arkham negou meu pedido para que ela tivesse acesso a banho de sol ou apenas acesso a uma TV ou outro tipo de coisa que fizesse com que ela passasse o tempo. De acordo com ele isso seriam “regalias não merecidas”.

-Como vai, Hera?- Pergunto entrando na sala onde ficava sua cela.

-Continuo me sentindo um hammster dentro de uma caixinha de vidro.- Ela diz com seu habitual humor sarcástico.- Agora uso essa roupa ridícula... bem, essa e a única diferença.-Ela fala se referindo ao traje de moletom azul escuro do Arkham. Um dos uniformes de prisioneiro do local.

-Acordou de bom humor pelo que vejo.- Falo irônica puxando uma cadeira de metal para me sentar perto de sua “caixa”.

-Como ficou meu pedido para que eu tivesse uma cela de verdade invés dessa caixa?

-Infelizmente foi negado.- Ela faz uma expressão de decepção.- Eu vou continuar tentando. Não acho certo que fique nesse tipo de vitrine sem nenhum tipo de privacidade. Pretendo pedir em breve para que você possa ter acesso ao refeitório da segurança máxima nível um.

-Admiro seu esforço, mas não quero ter que almoçar juntamente com estupradores, assassinos e esse tipo de macharada.-Ela diz.- Então dispenso.

-Você pode almoçar em um horário diferente sozinha. O que acha?- Pergunto.- Você pode esticar as pernas e andar um pouco nem que seja só pra comer.

-Tá brincando comigo?- Ela ri em escárnio.- Isso é ridículo. É pra dar uma falsa sensação de liberdade pra que eu possa me acostumar a prisão?

-Não considere uma prisão Hera. Estamos tentando fazer com que você evolua aqui dentro. Pra você poder ser livre!

-Nunca vou ser livre Harleen... tanto eu quanto você sabemos disso.

-Sua negatividade faz você achar isso.

-Não me analise, Dr. Quinzel.-Ela diz.- Somos amigas certo?- Amigas?

-Claro... claro que somos!

-Ótimo.

-Tem certeza que não quer poder almoçar no refeitório? Você poderia sair um pouco da cela.- Ela parece pensativa.

-Você almoçaria comigo?- Ela pergunta.

-Isso é um convite?- Dou uma risada e ela da um pequeno sorriso de lado e arqueia as sobrancelhas.- Eu almoço com você. –Ela alarga o sorriso.- Só pra que não fique sozinha.

-Tudo bem.- O resto da consulta se desprendeu de modo normal. Ela era uma boa pessoa pra se conversar. Eu gostava dela.

...

ASILO ARKHAM. SALA DA DR. HARLEEN QUINZEL.

17:45. PM

-Eu sei Bruce... Já está no fim do meu turno.- Eu dizia falando com meu namorado ao telefone.- Me avisaram agora e eu vou ter que visitar uma paciente na ala feminina.- Mandaram um enfermeiro vir até minha sala avisar que Elizabeth tinha tido uma recaída e tentou suicídio. Eu precisava ir até lá conversar com ela.

-Que horas você sai?- Ele pergunta do outro lado da linha.

-Eu não sei. Acho que em quarenta minutos ou uma hora eu saio.- Digo arrumando o óculos no meu rosto. Olho pelas brechas da veneziana da janela e o jardim que a essa hora já estava ficando escuro. Vejo os guardas que ficavam a vigília do lado de fora correndo pra dentro de um dos prédios.- Que porra é essa!?- Murmuro pra mim mesma.

-O que?

- É que... Nada, esquece.-Digo colocando meu jaleco com o celular preso entre minha orelha e o ombro.- Agora eu tenho que ir e...- Sou interrompida por um estrondo alto que faz com que eu me abaixe ao chão e ponha as mãos no ouvido como forma de proteção.

-O que foi isso?-Bruce pergunta já exasperado.-Harleen o que foi isso?- Saio do meu transe por causa do susto pra conseguir responde-lo.

-Parecia uma... uma... uma bomba. Eu não sei!- Gritos ecoaram, eu não sabia de onde vinham.- Eu vou olhar o que foi!- Digo me levantando.

-Não saia daí!-Ouço um barulho estranho ao fundo como se algo estivesse se arrastando.- Eu estou indo ai!

-Bruce! Bruce!- Ele encerra a ligação.- Merda!- Nem fodendo eu iria ficar ali. Ponho meu celular no bolso do jaleco e abro a porta. Os médicos saiam de suas salas olhando ao redor e perguntando um ao outro o que era aquilo. Saio deixando a porta da minha sala aberta, mesmo correndo o risco de alguém resolver entrar ali e furtar algo. Corro em direção aos elevadores mas antes que eu possa entrar lá um médico grisalho me avisa que o mesmo está parado. Resolvo descer pelas escadas. Médicos, enfermeiros e outras pessoas formavam um mar de roupas brancas e azuis. Algumas subiam e outras desciam e eu podia ouvir algumas coisas. Vejo uma mulher trajada com o uniforme azul escuro de faxineira e toco seu ombro pra que ela pare e ela me olha com os olhos arregalados em assombro.- O que está acontecendo?- Pergunto a ela.

-Eles estão soltos! Eles estão soltos!- Ela grita.

-Se acalme!- Seguro seus ombros e olhos em seus olhos marejados.- Eles quem?

-Os loucos! Eles vão nos matar!- Então ela afasta minhas mãos de si com brutalidade e sobe as escadas correndo. Volto a descer o lance de escadas esbarrando nas pessoas até que abro a porta que dá ao terceiro andar. O fluxo de pessoas ainda estava grande. Consigo descer as escadas para o segundo andar. Este estava lotado, mais a frente algumas pessoas tentavam abrir o elevador sem sucesso, então as luzes se apagam e os gritos ficam mais altos. Me encosto em uma das paredes, como estava no escuro e varias pessoas corriam eu estava com medo de ser pisoteada. Então as luzes voltam ao normal e eu podia ouvir suspiros de alivio, o barulho que dá sinal que o elevador está no andar desejado então soa e ele se abre. Os médicos que estavam próximos sorriem aliviados mas não por muito tempo. Um homem com uma máscara ridícula de um olho vermelho que cobria sua cabeça por completo, ele usava um dos macacões laranja e em sua mão tinha uma AK47. Ele começa a atirar nos que estavam a sua frente sem um pingo de piedade. Os gritos se tornam de pavor. Sangue suja as paredes, eu continuava encostada na parede. Ao meu lado tinha uma porta como das muitas que tinha pelo corredor. Eu entro lá dentro e percebo que era a farmácia daquele andar. Havia um espaço entre um dos armários e a parede. Eu me sento abraçando minhas pernas. Eu tremia e soava frio. Eu podia ouvir os barulhos altos dos tiros, os pedidos de misericórdia, as balas perfurando a carne e os últimos suspiros sendo dado. Junto ambas de minhas mãos perto do rosto com minha testa encostada no joelho e começo uma oração qualquer. Eu nunca fui religiosa, mas nesse momento de desespero eu acreditaria até em papai Noel.

Os barulhos cessaram. Eu não ouvia mais passos ou correria. Um pouco de coragem se apossa de mim.

-Eu preciso sair daqui!-Digo pra mim mesma. Me levanto pra logo depois cair, minhas pernas estavam bambas e eu mal conseguia me agüentar de pé. Tiro os sapatos e os deixo lá. Ponho minha orelha na porta pra tentar ouvir algo mas não escuto nada. Decido então abrir a porta. Minha respiração falha por um segundo com tamanha atrocidade que vi. O cheiro forte e metálico de sangue entra por minhas narinas e eu levo meu antebraço até o nariz para não sentir o cheiro forte. Havia sangue por todo lado. As pessoas ali tinham seus olhos abertos e algumas ainda estavam vivas se mexendo um pouco. Eu não podia ficar ali pra ajudar, infelizmente. Encaro a realidade, eu precisava me salvar. Mas eu não sabia pra onde ir.- Calma Harleen!- Falo comigo mesma mais uma vez. –Você tem que ficar calma.- O que eu podia fazer. Vou em direção ao prédio dois na ala feminina. Era a parte mais calma e acho que esses manicos não iriam até lá. Eu acho.

A energia estava normal, eu estava quase normal... quase... eu definitivamente não estava normal. Vejo um elevador aberto, em passos devagar vou chegando perto dele o observo por dentro olhando até no teto e noto que não tem ninguém. Estava livre. Entro no mesmo e aperto o botão do sétimo andar. Que seria o último. O elevador funciona, acho que eu estava com um pouco de sorte. A tela que ficava na parte superior a porta apita, alguém tinha apertado para que o elevador parasse no quinto andar. E se fosse aqueles caras de novo. Olho para aqueles vários botões onde indicavam os andares e aperto a parada de emergência. Em um pequeno solavanco que fez com que eu me apoiasse na parede pra não cair, o elevador para e eu suspiro aliviada. Aperto o botão para que a porta se abra, o andar estava escuro e era iluminado apenas pelas luzes vermelhas que indicava que alguém tinha puxado a  alavanca de emergência. Eu não ficaria ali, aperto o botão do andar térreo e o elevador trava, o aperto novamente varias e varias vezes, nada acontece. Ponho minha cabeça pra fora e olho ao redor, ali havia corpos, e o cheiro de sangue tão forte quanto no terceiro andar. Ali era onde devia haver a área feminina, as salas onde devia ter quartos estavam com suas portas escancaradas e varias por dentro. Eu estava em um cenário de filme de terror. Piso em algo molhado, olho para o chão e era uma enorme poça escura que se constatava com o vermelho na luz. Em uma das paredes tinha um machado dentro de um tipo de caixa de vidro que servia para incêndio, quebro o vidro com uma cotovelada e consigo pegar o pesado machado. Continuo andando em passos lentos, olhando para trás a cada cinco minutos. Eu segurava o machado de um jeito desengonçado. Eu estava a poucos metros para virar o corredor então uma sombra alta iluminada pela luz escarlate vinha pelo mesmo caminho que eu. Aperto meus dedos ao machado até que as pontas estejam brancas.  Eu levantei um pouco a ponta onde ficava a lamina em posição de ataque. Me encosto mais a parede e vou andando em passos lentos. O homem vai chegando mais perto e eu vou em sua direção pronta pra meter o machado em seu crânio. Ele desvia e pega o machado da minha mão dando uma cotovelada no meu supercílio esquerdo eu senti latejar em poucos segundos. Ele usava uma camisa branca com uma das calças de moletom azul do Arkham. Eu  estava no chão com a mão sobre a testa por causa do impacto.

-Olha o que temos aqui!- Ele fala dando um sorriso com alguns dentes podres e outros faltando. Ele era alto e gordo. Um cara horrível.- Que bela moça, hm?- Ele fala.- Sua cabeça vai ser a mais bonita da minha coleção.- Então ele levantou o machado. Eu fecho os olhos por reflexo e um grito agudo sai da minha garganta. Eu morri? Bem, eu achava que sim.- Quando abro os olhos ele estava no chão escorado na parede gemendo de dor com o machado cravado em uma de suas pernas, em seu lado direito do peito tinha uma marca, uma queimadura, em forma de morcego. Era ele.

-Batman.- Sussurro. Levanto me apoiando na parede e olho para aquele homem que apertava sua perna onde estava o machucado e vazia caretas de dor. Me permiti rir.- Se fodeu.- Dito isso corro pelo corredor escuro procurando as escadas, logo as acho. O corredor onde havia as escadas também estava iluminado pelas luzes vermelhas. Eu precisava chegar ao térreo. Abro a porta e ela se fecha atrás de mim soando um apito. Quando olho para a porta e tento abrir novamente percebo que a mesma estava travada.- Puta merda.- Como eu sou capaz de fazer tanta merda em um único dia?- Ok Harleen. Você só precisa chegar ao térreo, la alguém vai te ajudar. – Chego a porta do quarto andar, onde mais cedo era o corredor onde havia minha sala, agora estava em chamas! Havia alguns poucos corpos no chão e os mesmos estavam carbonizados. Eu não estava agüentando mais isso, era um pesadelo! Todas as portas estavam travadas. O desespero bateu.

Eu descia as escadas correndo, o suor descia pela minha testa e fazia meus olhos arder. Com a pressa que eu estava mal percebi quando já estava no chão, eu havia chocado meu corpo com algo, logo percebo que era uma mulher. Pela sua roupa logo percebo que era uma das prisioneiras. Ela também havia caído, ela me olha com ódio. Ela parecia ter uns quarenta anos e sua aparência não era das boas, seus cabelos eram de um loiro que mais parecia gema de ovo.

-Você transou com meu marido!- Ela gritou.- Sua cachorra!

-Eu não te conheço!- Ela praticamente pulou em minha direção agarrando meu pescoço. Eu já estava ficando sem ar. Eu tentava a todo custo conseguir fazer algo, mas ela era muito forte. Em um pequeno deslize que ela deu eu consigo puxar seu cabelo e empurra-la de cima de mim. Ela cai rolando a escada abaixo de mim batendo sua cabeça e caindo desmaiada no chão. Eu não podia ligar pra isso, eu tinha que sobreviver. Ela tinha caído bem perto de uma das porta. A mesma tinha escrito em negrito o nome “Térreo”. Meu coração palpita. Desço as escadas e quase piso na mulher que eu empurrei. O andar estava escuro, eu pude ver graças a pequena tela de vidro que tinha nas porta. Bato no vidro na esperança que alguma boa alma pudesse me ajudar. Vejo uma sombra vindo e meu sorriso se abre. Quando percebo quem é logo ele se murcha. Era Victor Zsasz. Aquele filho da puta. Consigo ouvir quando ele pega um rádio de comunicação e o põe próximo a boca pra dizer.

-Fala pro chefe que eu sei onde tá a doutora.- Eu não fico pra ver nada. Ninguém em sã conciencia ficaria ali. Volto a subir as escadas mais uma vez e me assusto quando de repente as luzes se acendem. Chego a porta do terceiro andar e a mesma estava escancarada. Eu sabia que se eu entrasse ali e andasse entre os corredores eu poderia chegar até a enfermaria e seria mais fácil de me esconder. Entro e vejo o mesmo corredor cheio de sangue, piso entre os corpos com meus pés descalços. Agora que as luzes estavam acesas eu sentia um pouco mais de confiança, eu acho. Eu estava em passos rápidos, ouço atrás de mim o barulho de um dos elevadores parando. Meu coração gela. Me viro devagar enquanto a porta do elevador se abre. Eu deveria correr, mas eu estava com uma curiosidade em saber quem estaria ali. Meus pés estavam presos ao chão. Ele sai e sua pele alva coberta por tatuagens entra em meu campo de visão. Ele carregava um bastão de basebol apoiado em seu ombro, ele olha para o lado contrario de onde eu estava como se estivesse procurando por alguém. Seu olhar se vira e passa por mim como se não tivesse me percebido ali e logo olha pra mim. Eu estremeço. Ele abre seu sorriso com dentes capados em prata, seus olhos eram um tanto sádicos, eles me queimavam como brasa.

-Te procurei por Arkham inteiro!- Ele diz em sua característica voz, alargando ainda mais seu sorriso fazendo com que eu estremecesse.

...

CONTINUA...


Notas Finais


O QUE ACHARAM????


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