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História Criminal - Capitulo 11


Escrita por: chaotic_vhs

Notas do Autor


Olaaaaaaaaaa~

Vim att vcsss <3
Espero que gostem <3
Ah a fic vai começar a pegar fogo agora hehehehe
sz

Capítulo 11 - Capitulo 11


 

Cada centímetro do meu corpo implorava para que eu dormisse por mais horas a fio, mesmo não fazendo muita coisa além do treino interrompido nesta tarde eu estava extremamente cansado. E eu até teria dormido mais se não fosse por um barulho insistente de algo batendo na parede ao lado esquerdo do meu quarto incessantemente e alguns resmungos baixos, o que era estranho vindo do quarto do Itachi as três e meia da madrugada. Eu sabia que não conseguiria dormir mais depois disto então me levantei e caminhei até a parede, colando meu ouvido sobre ela. Queria não ter feito.

— Ahh Itachi! — era Deidara, murmurando algo que provavelmente ele julgava ser baixo.

Ah pelo amor de deus, que nojo. — disse a mim mesmo e resolvi sair do quarto levando apenas meu celular e um fone de ouvido.

 

Fui em direção a cozinha, peguei um dunout de chocolate e minha intenção era de ir para o jardim e ler coisas sobre gravidez que eu deveria saber para me cuidar e afins, mas, quando eu estava descendo as pequenas escadas da varanda que davam acesso ao gramado Shisui estava sentado no último degrau fungando baixinho com os ombros encolhidos.

— Hã... Oi? — disse cauteloso e me sentei ao seu lado. – Aconteceu... Hum... Alguma coisa?

— Uhh, Sasuke?! — ele parecia surpreso em me ver ali. — O que faz aqui fora? Pode se resfriar, vá para dentro!

— Nem está frio, Shisui! — ralhei com ele e realmente era uma noite bem quente de verão. — Por que esta chorando?

— O que? Eu... — ele virou o rosto e o esfregou no ombro. — Eu não estava...

— Estava sim! — o cortei antes que continuasse e mordi meu dunout, fazendo uma careta pelo doce excessivo invadindo minha boca. — Pare de me tratar como se eu fosse uma criança, você tem só um ano a mais que eu! — meu primo deu um longo suspiro e olhou para o céu estrelado, deitando-se sobre os degraus apoiado nos cotovelos.

— Promete guardar um segredo?

— Claro! — disse duas vezes mais animado por finalmente não me tratarem como um bebe.

— Itachi e eu meio que... Temos um caso... Ou tínhamos. — deu de ombros olhando rapidamente para a casa, mas negou e voltou a olhar o nada.

— O que?! — o encarei perplexo.  — Achei que ele namorasse o...

E namora. — disse apresado mas depois abaixou o olhar. — E namora. — suspirou com um certo pesar. — Bem, Itachi sempre vinha periodicamente a Konoha para ver como você estava, a mais ou menos seis meses ele e Deidara haviam brigado, ele me disse que tinham terminado e, você sabe como sempre fomos próximos, então saímos para beber e... — mordeu o lábio inferior com certa força. — Bom, nós... Dormimos, entende?

— Então você e ele...?  — murmurei enojado ao imaginar meu irmão fazendo coisas.

— Enfim... — continuou corado. — Não durou muito pois ele teve de voltar e, bom, acho que fez as pazes com Deidara. — resmungou com amargura.

— Entendi. – disse baixo levando o último pedaço do dunout a boca e o mastigando lentamente.

 

 Ficamos alguns momentos em silêncio observando o nada até que ele levou as mãos á barra da camisa larga que usava e a levantou, revelando uma barriga grande e arredondada demais para ser apenas de alguém “acima do peso”.

— Shisiu você... — comecei perplexo, mas não conseguia terminar a frase, apenas abria e fechava a boca várias vezes.

— São dois. — sentenciou só para contribuir ainda mais para meu espanto.

— Você... Escondeu todo esse tempo? — perguntei tocando sua barriga levemente, mas retirei rapidamente ao sentir uma pequena movimentação.

— Sim, e é por isso que ninguém pode saber, entendeu?! Ninguém!

— Mas... E quando você estiver tendo os bebes? Consultas do médico? Enxoval... E essas coisas...?

— Obito esteve me ajudando com tudo. — disse como se estivesse se sentindo exausto. — Nós vamos a um médico fora da cidade com nomes falsos e os bebes só irão nascer depois do meu aniversário, ou seja, já serei maior e usarei minha herança para comprar uma casa e tudo mais que seria necessário. 

— Deus, Shisui... — murmurei sentindo meu estomago revirar pelo espanto.

 

Olhando para meu primo ali ao lado completamente devastado e sem rumo, claro, ele fingia estar tudo bem, mas eu sabia que não estava, imagino como ele se sente, sozinho com duas crianças para cuidar. Bom, resolvi contar o meu pequeno segredo a ele também e quem sabe não nos ajudamos? Seria bom ter alguém em que eu confie para isso.

— Sabe... Eu... hm... Fiz aquilo com o Naruto... E... Eu também...

— O que? — Shisui se sentou rapidamente. — Você esta gravido, Sasuke?! — perguntou de olhos arregalados.

— Meio que sim... — dei de ombros sem o encarar.

— Meio? Sasuke, pra quem você já contou?

— Só pra você... — suspirei e limpei as mãos sujas em minha calça de pijama. — Se eu contar pra mais alguém vão fazer o que sempre fazem, vão ficar tomando conta da minha vida e o meu filho não vai ser mais meu... Entende? Outras pessoas vão cuidar dele, minha mãe e Kushina vão tomar posse de e... – suspirei cansado. – Você entende...

— Sim, eu entendi o que quis dizer... — ele cobriu sua barriga devidamente e a acariciou algumas vezes. — Bom, se precisar de alguma ajuda ou dica de algo, estarei no meu quarto, mas agora eu realmente preciso dormir, preciso arrumar um lugar novo para ficar a cada dia, ver seu irmão o dia todo em casa é tão... Estranho, sabe? Ele quer falar comigo, mas eu meio que estou fugindo dele. — disse com um sorriso culpado.

— Tudo bem. — resmunguei pensativo. — Hm eu irei para Suna daqui a alguns dias, pode ir comigo se quiser... Eu posso falar que estou com receio de ficar lá só com os membros da Akatsuki e você seria um ombro amigo...

— Mesmo? — ele sorriu. — Seria ótimo, dar um tempo desse lugar...

— Falarei com mamãe amanhã. — sentenciei sorrindo e ele se foi deixando-me sozinho só com a minha culpa e desespero.

 

Por longos minutos fiquei apenas a vegetar olhando para o nada pensando em como minha família se afundava cada vez mais em segredos sórdidos e traições. Agora eu entendo Itachi e o porquê de sua superproteção para comigo, do que ele queria me poupar. Mas eu merecia saber e queria, eu iria até o fim nisto, afina, ainda sou um Uchiha e o mesmo sangue corre em minhas veias.

Estava prestes a voltar para dentro, já que estava com um enjoo terrível e o dunout ia e vinha em minha garganta várias vezes, quando ouvi o portão dos fundos — que os funcionários geralmente usam para levar o lixo para fora ou descarregar comprar — bater algumas vezes, como se tentasse ser aberto e uma voz ate então desconhecida soar.

— Hey, menino bonitinho...? — a voz chamou. — É Sasuke, não é?!

— S.sim...? — olhei em direção ao portão, onde um homem de cabelos platinados e algumas cicatrizes no rosto chamou.

— Olá, eu sou um amigo do seu irmão, pode me deixar entrar?

Hm vou chama-lo. — fiz menção de ir para dentro com as sobrancelhas unidas.

— Não! – ele disse em um tom de quase pânico. — Já está tarde, eu não quero incomodar...

— Então por que veio a essa hora? — perguntei voltando para dentro de casa em passos lentos.

— Sasuke, saí daí, é o Tobirama! — Shisiu surgiu de dentro da casa atirando sobre o homem e me puxou para dentro, trancando a porta logo em seguida. — Vai, corre! — gritou me arrastando pela casa.

Ambos corremos pela casa até o sótão de casa, onde subimos e trancamos a porta, para então entulhar várias caixas na porta e nos escondermos no banheiro. Claro, se nossa casa fosse daquelas onde a porta do sótão é no cão seria mais fácil, mas aqui o sótão funciona mais como um quarto de dispensa onde jogamos todas as coisas que não utilizamos, ou seja, é mais um cómodo normal, com uma cama velha empoeirada e um banheiro totalmente sujo, onde estávamos agora, dentro da banheira.

— E nii-chan?! – Perguntei preocupado.

— Ele saiu com Deidara. – Shisui disse ofegante tentando colocar mais balas na arma, porém estava tremendo e soltando gemidos baixos.

— Shisui... – Toquei se ombro. – Você está bem?

 E-estou, eu só... – Neste momento ouvimos a porta da cozinha ser arrombada bruscamente e pudemos constatar que havia mais de uma pessoa com Tobirama. – Oh deus... – Ele disse baixo e segurou minha mão com força. – Sasuke, ligue para alguém, estou com dor... Não vou conseguir fazer muita coisa... – Ele disse dobrando o corpo para frente reprimindo um gemido de dor. – Preste atenção, essa é a trava, é só puxar para trás e apertar o gatilho.

— Shisui eu não... – Recusei a arma assustado.

— Sasuke, você precisa... – Ele me olhou com os olhos lacrimejantes.

Sem mais opções aceitei a dita cuja. Shisui precisava ir a um médico urgente, ele estava tendo contrações aos seis meses de gravidez e Itachi não atendia ao celular, eu sabia que meus pais não estavam em casa resolvendo negócios da empresa e tio Madara havia saído para caçar, ou seja, minha família estava fora do alcance. Eu estava entrando em desespero com Shisui ao meu lado agonizando e os passos de Tobirama e seus homens ficando mais perto, então liguei para Naruto que, por sorte atendeu no primeiro toque.

— Naruto, me ajuda! – Pedi desesperado já chorando. – Tobirama invadiu minha casa e meu primo está gravido, ele esta passando mal....

— Caralho, Sasuke, aguenta ai. Estou indo! – Ele disse com a mesma voz irritante, mas agora parecia em desespero. – Senju, na casa dos Uchihas, vai, vai! – Ouvi uma movimentação na ligação e gritos enfurecidos. – Estou indo, Suke...

— Eu to’ com medo, Naruu... – Murmurei, minha voz falhando e mole na ligação, quase chorando. 

— Eu chego ai em cinco minutos, nerdinho, ninguém vai tocar em você. – Ele disse sério e deu fim a chamada.

Eu estava entrando em pânico. Shisui havia, sem querer, gritado de dor e Tobirama havia nos achado, agora estava esmurrando a porta e atirando contra ela sem parar. Não havia nada que eu pudesse fazer agora, além de deitar meu primo na banheira para tentar aliviar um pouco sua dor e molhar sua testa com uma toalha que achei no armário.

— V-vai ficar tudo bem. – Eu disse tentando o acalmar. – Naruto Já esta vindo...

— Sasuke... - Ele apertou minha mão gemendo de dor. - Eu não quero perder meus filhos! 

 

 

 

                                                          



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