História Criminal Blood - Capítulo 7

Acordei com o meu celular tocando, olhei em volta e estava no quarto de Ryan, peguei o celular e tinha uma mensagem.

" Quer ir ao Starbucks comigo? Tenho tempo livre agora ;) "

Respondi

" Desculpa, não saio com estranhos. "

" haha, sou eu Troy. "

" Tudo bem, vem me buscar. "

Enviei o endereço e me levantei da cama sem fazer barulho pra não acordar Ryan.

- Onde você vai? - ele perguntou, droga.

- Vou tomar café. - disse e corri pro meu quarto.

Tomei banho e coloquei uma calça jeans preta, um vans preto, uma blusa branca larga e uma de couro preta e arrumei o cabelo.

Desci e Justin estava de cueca no sofá.

- Onde vai? - ele perguntou vindo até mim.

- Não é da sua conta e mesmo se fosse eu não ía falar. - disse rude e ele me seguiu até a porta.

- Eu vou chamar o Ryan então. - ele me prensou na parede e por algum motivo eu não consegui sair.

- Eu vou sair, não é óbvio?

- Com quem? - bufei e ele foi chegando mais perto enquanto eu virava o rosto evitando seus lábios.

- Ninguém, agora me larga. - disse criando forças de algum lugar desconhecido por mim.

Saí e Troy já me esperava, ele saiu do carro.

- Oi. - disse e nos cumprimentamos.

- Oi, você ta linda sem maquiagem. - ele disse e eu ri.

- Você ta flertando comigo? - perguntei fingindo estar indignada e ele riu.

- Claro que não, só elogiando. - ele ligou o rádio e começamos a cantar.

Bang bang into the room (I know you want it)
Bang bang all over you (I'll let you have it)
Wait a minute let me take you there (ah)
Wait a minute tell you (ah)
Bang bang there goes your heart (I know you want it)
Back, back seat of my car (I'll let you have it)

Quando chegamos o Starbucks estava fechado.

- Que ótimo, e agora? Eu to morrendo de fome. - disse.

- Vamos no McDonalds? - ele perguntou.

- Sério? Meu sonho é tomar café lá. - ele riu e assentiu.

Chegamos e por milagre estava aberto. Descemos do carro e demos as mãos.

Nos sentamos um de frente pro outro.

- O que vai querer? - ele perguntou.

- Dois big mac, duas batata grandes e um refrigerante médio. - disse e o garçom anotou.

- Eu vou querer o mesmo. - ele disse e o garçom foi embora. - Cara, você é perfeita.

- Por que? Por comer muito? Obrigada. - disse e ele riu.

- Não, você não fica bêbada, é bem humorada, sabe cozinhar e não se importa de comer na frente de um desconhecido. - corei e ele se assustou quando olhou pra trás.

Os meninos e a Emma estavam aqui.

- Merda. - disse e ele riu.

- Não tem problema, estamos aqui, não?

- Eu sei, mas é que eles vão ferrar tudo.

- Oi gente, que coincidência, né? - Justin disse, sínico e todos se sentaram e Emma me olhou como se dissesse " eu tentei "

- Claro, vocês poderiam se sentar em outra mesa? Estamos tentando conversar. - fui direta.

- Porque? O que você ta falando com esse aí que você não pode falar pro seu irmão? - Ryan disse.

- Muita coisa.

O resto do lanche foi em silêncio e eu e Troy apenas trocávamos olhares.

[…]

Acabamos e fomos para o estacionamento.

- Foi um prazer conhecer você, agora vamos. - Ryan me puxou mas eu me soltei.

- Não, eu vou com o Troy. - disse e Justin revirou os olhos.

- Deixa ela, ela quer da. - Justin disse.

- É, eu quero dar, Troy vamos logo. - disse e nós fomos pro carro e eu gritei tirando toda minha raiva.

[…]

Cheguei em casa e todos já estavam em na sala. Me senrei ao lado da Emma e a abracei.

- Vamos arrumar um apartamento, não vou ficar nessa casa. - disse.

- Mas eu gosto daqui e achei que queria rever seu irmão. - ela disse.

- Claro que gosto, mas eu só não suporto o Justin, isso é só mais um motivo pra mim acabar com ele. - sussurrei de volta.

- Amanhã vai ter um racha, vamos e você esfria a cabeça. - ela disse e eu fui pra cozinha.

- Então, vai sair com aquele cara de novo? - Justin perguntou.

- Não é da sua conta e mesmo que fosse eu não contaria. - disse e voltei pra sala.

Emma estava no notebook. Me sentei ao seu lado e ela estava procurando apartamentos.

- Esse aqui parece ser legal. - ela disse.

- Podemos ir ver amanhã, e já podemos levar nossas coisas.

- Como assim? O que vão fazer? - Chaz perguntou, como sempre o que mais preta atenção em literalmente tudo.

- Vamos embora e arrumar um apartamento por aí. - disse como se fosse algo simples.

- Não, vocês não podem ir embora, vocês vieram pra morar aqui.

- Ryan, não fica assim, é que eu não quero atrapalhar e principalmente suportar o Justin. - disse com nojo na voz.

- Mas...

- Deixa Ryan, a vadia precisa de um lugar pra trabalhar. - Adivinha quem disse? Nem vou falar. Ryan ignorou.

- E como vocês vão pagar?

- Em qualquer esquina elas estão trabalhando, devem ganhar muito. - Justin disse de novo e eu me levantei.

- Caralho Justin, da pra parar de me chamar de vadia? Eu não sou isso?

- Como não? Está sempre dando pra todos.

- Eu sou virgem, nunca dei pra ninguém, nem pro Thomas. - disse e deixei algumas lágrimas caírem e subi correndo pro meu quarto.

Peguei o abajur e joguei na parede, o que fez um estrago grande, mas minha vontade de dar um tiro no Justin não passou então tentei jogar o máximo de coisas na parede.

Parei e vi o resultado de tudo.

Fui pra escada escutar a conversa deles.

- Justin você passou dos limites. - Emma disse. - Olha, desde que eu conheço a Jade, o que faz muito tempo, eu só vi ela chorar três vezes. A primeira foi quando os pais adotivos dela morreram, a segunda foi quando ela reencontrou o Ryan e essa foi a terceira, então parabéns você sabe destruir uma pessoa tanto fisicamente quanto emocionalmente. E meu maior desejo é que ela desça aquela escada e dê um tiro nessa sua testa. - escutei a porta da frente bater e era Emma, ela saiu.

Fui pro quarto de Ryan e me olhei no espelho. Eu estava horrível, meu rímel estava borrado, meus olhos inchados e meu nariz vermelho.

Me deitei em sua cama sem me importar em sujar o travesseiro.

[…]

Acordei sentindo minhas bochechas grudentas por conta das lágrimas.

Fui no banheiro e tomei banho, fui pro closet e coloquei uma lingerie preta, uma blusa de moletom preta com o Mickey mostrando o dedo do meio e coloquei meias xadrez que iam até o joelho, sem ser convencida, eu estou muito fofa. Desci e todos estavam no sofá assistindo filme, como sempre.

Me deitei ao lado da Emma e ela passou uma folha com um número qualquer. Peguei meu celular ligando pro mesmo.

- Hotel Atlant Palace, com quem falo?

- Ah, ola eu sou Jade Butler e queria reservar um horário pra ver um aparta... - Justin puxou o celular da minha mão.

- Não será preciso, obrigado pela atenção. - ele disse e desligou.

- Por que fez isso? Já não me irritou o bastante? - perguntei sentindo minha paciência acabar.

- Eu só quero conversar com você, a sós. - ele disse e eu revirei os olhos.

- Se quer falar comigo, fala aqui no meio de todos, vamos não perde a chance de me humilhar. - sorri sarcástica.

- Não vou te hum...

- Ah não? Por que parece que é isso que você faz na maior parte do dia.

- Só me escuta. Eu só quero pedir desculpas, me desculpe por de chamar de puta, vadia e vagabunda, você não é nada disso e me desculpa por te humilhar na frente de todos que você conhece. - ele disse rápido. - Me perdoa?

- Não - respondi sem pensar. - Tenho certeza de que eles te forçaram a dizer isso. - disse e ele revirou os olhos.

- O que eu tenho que fazer pra você acreditar em mim?

- Me devolve meu celular e me deixa acabar minha ligação. - disse estendendo a mão.

- Não, fica aqui, os meninos nunca vão me perdoar, por favor. - ele implorou.

- Tudo bem, primeiro devolve meu celular e segundo, finge que eu não existo pra você, me evita, não fala comigo, é um favor que você me faz. - disse voltando a assistir o filme e vi todos olharem com pena dele.

- Claro, já que é assim.

O filme acabou e todos estavam dormindo menos Justin.

Me levantei tentando não acordar Ryan.

- Não vai acordar eles? - Justin perguntou.

- Quero rir amanhã quando eles acordarem com dores. - disse e nós rimos sem humor.

- Boa noite Jade. - ele disse e eu tentei sorrir o que não deu certo.

Subi com um sirriso bobo no rosto e neguei.

[…]