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História Criminal Blood - O próprio Diabo?


Escrita por: Capulet_

Capítulo 14 - O próprio Diabo?


Fanfic / Fanfiction Criminal Blood - O próprio Diabo?

P.O.V Justin Bieber 

O cheiro do bolo que a avó de Johnson acabará de tirar do forno estava pela casa toda.  

Minha mente ainda tentava raciocinar o que tinha acabado de acontecer. 

-Vocês chegaram na hora certa. - A avó de Candice diz, colocando o bolo em cima da mesa. - Espero que goste do bolo de cenoura. Já.. 

-Justin. - Candice a lembra de meu nome.  

-Isso, Justin. 

-Eu amo bolo de cenoura. - Sorrio amigavelmente.  

Candice me encara com a sobrancelha erguida. 

-Jura? - Confirmo. - Bolo de cenoura era o preferido de Candice quando criança. Se ao menos ela me ligasse falando que viria hoje, eu faria uma torta. 

-Desculpa, aconteceram uns imprevistos e eu...Bem, você sabe. 

-Não seja boba, querida. Eu entendo que você trabalha muito e sei como seu chefe não facilita as coisas para seu lado.  

-Sim... 

-Oh, quase me esqueci da calda de chocolate. - Ela se vira para o fogão e começa a mexer na panela com a calda. -E como vai Claire?  

-Vai bem, muito bem por sinal.  

Mentirosa  

Dessa vez sou eu que a olho com a sobrancelha erguida.  

Ela murmura um ‘Cala a Boca’ sem som, apenas para eu conseguir ler seus lábios. 

Sua vó se vira com a panela em mãos e despeja a calda de chocolate no bolo. Meus olhos certamente brilham vendo aquela cena. 

-Espero que livre de problemas. 

-Ela está tentando, você sabe como é. - Johnson dá de ombros. 

-Pobre garota, tão boa. - Lamenta. 

Ela se senta conosco na mesa e nos serve um pedaço de bolo. 

Assim que como um pedaço de bolo, instantaneamente fecho meus olhos.  

Aquilo estava bom para caralho. 

-Está bom, querido? - Pergunta. 

-Uma delícia.  

-E então, como vocês se conheceram? 

Candice se engasga e a olha com os olhos arregalados.  

-Bem ele....an 

-Vocês estão namorando? - Essa velha era direta ao ponto.  

Gostei dela. 

Olho para Candice com um sorriso no rosto.  

A mesma estava vermelha. 

-Eu me mudei para a casa ao lado dela, somos vizinhos.  

-Isso...Vizinhos. 

-E só isso? 

-Sim, apenas bons amigos e vizinhos. - Candice confirma. 

-Aceita outro pedaço, querido? 

-Claro. - Respondo. 

(....) 

Oma começa a relembrar momentos épicos de quando Johnson era criança ou adolescente, causando muita vergonha para Candice.  

Consigo pegar uma brecha e falo que vou ao banheiro. Candice me fala que é no segundo andar, virando à esquerda.  

Mas minha desculpa foi apenas para dar uma olhada pela casa. 

Não era tão grande, mas era aconchegante.  

Passo pelo quarto da avó e por outro que está com a porta fechada. 

Me certifico que estou sozinho no corredor e empurro devagar a porta. 

O quarto era rosa e cheio de posters de pessoas famosas espalhados pelo mesmo. 

Era o quarto de Candice. 

Era aqui que ela veio quando o pai dela sumiu. 

Parece que ninguém mexia ali a um bom tempo. Tudo estava em perfeito estado, nada fora do lugar.  

Começo a vasculhar as gavetas, mas só encontro revistas, cd’s e um monte de coisas de adolescente. 

Na escrivaninha não pude deixar de notar dois portas retratos.  

Um estava Candice e Claire, bem novas. 

Elas pareciam ter por volta de 12 e 13 anos, e estavam sorrindo na foto.  

A amizade delas parecia ser longa, e isso me fez pensar.  

Quanto tempo elas se conheciam? 

Pego a porta retrato que estava do lado. 

Quatro pessoas 

Todas sorrindo. 

Era a família de Candice. 

Ela estava menor, deveria ter oito anos na época que essa foto foi tirada. 

Seu cabelo estava preso em forma de Maria Chiquinha, ela estava sem um dente da frente, com certeza ele tinha caído. 

Ela estava abraçada com uma mulher, sua mãe. 

Elas eram idênticas.  

A mulher tinha o cabelo loira e os olhos azuis, e um sorriso encantador, igual ao de Candice e o de sua avó. 

Havia um menino de cabelo tigelinha, suas características eram iguais a de sua irmã e de sua mãe. Ele era um pouco mais velho que Johnson, isso era de se notar. 

Ao observar seu pai, não consigo decifrar com quem Candice parecia mais, sua mãe ou seu pai. 

A mistura de ambos a ajudara muito. 

Seu pai era alto e forte, seu cabelo era meio grisalho e ele também estava sorrindo na foto.  

Eles eram uma família bonita, e pareciam felizes na foto. 

-Se perdeu no caminho para o banheiro? - A voz de Candice invade o quarto. 

Me viro, seu olhar cai sobre o porta retrato que estava em minhas mãos.  

-Talvez. - Dou de ombros. 

-Vejo que encontrou o meu maior segredo. - Ironiza. 

-Com certeza são os posters do Taylor Lautner ali na parede. - Aponto, fazendo com que ela sorrisse.  

-Toda adolescente já foi ou vai se aproximar por ele e pela saga de Crepúsculo. 

-Parece que sua paixão por ele era obsessiva e bem possessiva. - Falo, encarando o quarto todo, que praticamente, era cheio de posters do Taylor Lautner sem camisa.  

-Vejo que está com algo que é meu. - Se aproxima tomando o porta retrato da minha mão. Ela o abraça e permanece assim. 

-Está na hora de ir. - Anuncia. 

-Porque me trouxe aqui, Johnson? 

-Eu sei muito bem que você não confia em mim.  

-Prossiga.  

-Não entrei nessa para ser uma pessoa que troca de lado e acaba se tornando o inimigo. Se eu prometi lealdade a você, eu irei ser leal a você até o fim. Emv toda minha vida, de todas as pessoas que já passaram por ela e que eu confiei, apenas duas sabem da existência da minha vó e chegaram a conhece-la 

Fico em silencio, ela faz uma pausa, mas logo continua a falar.  

-Cerca de tres horas atrás, você estava me ameaçando, e mesmo assim, eu te trouxe aqui. Espero que com isso, sua desconfiança diminuía..nem que seja um pouco. 

-Ela é minha família, tudo o que eu tenho e o que sobrou. Não a apresento para qualquer pessoa, apenas em quem eu confio. Não estou fazendo isso para me fazer de vítima e você sentir pena de mim, se tem algo que eu odeio é sentirem pena de mim.  

- Apesar de a cerca de três horas atrás você estar ameaçando me matar, eu tinha que te trazer aqui, porque através disso, espero que a sua desconfiança diminua um pouco. Te trouxe aqui, para você ver o meu lado, esse é o meu lado, ela é o meu lado frágil, eu NUNCA me perdoaria se algo acontecesse com ela, pois ela é tudo o que eu tenho.  

Um silencio paira sobre o quarto. Nem eu e ela falamos algo, apenas nos encaramos. 

-Está na hora de ir, Johnson. - Quebro esse silencio. 

Ela concorda, dá um beijo no porta retrato e o coloca no lugar em que estava antes. 

-Não vai levar ele? - Pergunto. 

-Não, o  lugar dele é aqui. - Ela sai do quarto. 

Desço as escadas e encontro Candice já falando para sua vó que temos que ir embora.  

-Mais já? Está cedo ainda, meu amor.  

-Eu sei vó, eu juro que se pudesse eu ficaria mais, porém, tenho que acordar cedo amanhã. 

A tristeza no olhar de sua vó é nítida, porém, ela confirma com a cabeça e abraça a Candice. 

-Eu te amo muito, vó. 

-Eu te amo muito mais, querida. - Elas se afastam. - Por favor, me ligue sempre.  

-Eu vou, pode deixar.  

Sua avó vem se despedir de mim com um abraço que eu retribuo. 

-Foi um prazer te conhecer, Justin. - Fala simpática. 

-Foi um prazer também. 

-Cuide dela, por favor. - Sussurra em meu ouvido apenas para eu ouvir. 

Confirmo lentamente com a cabeça. 

A avó dela nos leva até o carro e dessa vez quem volta dirigindo sou eu, nos despedimos da vó dela com acenos e vamos embora.  

(....) 

Assim que passo pela porta da frente, os meninos já vêm até mim. 

-Aonde você estava, caralho? O que você fez com ela? - Chaz me empurra na parede, apontando o dedo na minha cara. 

Dou um tapa na sua mão. - Você está maluco? Quem você pensa que é para falar assim comigo? 

-Não brinca comigo, Bieber. O que você fez com a Candice? 

Oh, eles achavam que eu tinha matado ela. 

Sorrio com isso.  

-O que tinha que ser feito. - O empurro.  

-VOCE É INSANO, PORRA. - Christian grita.  

-Insano? Por me livrar de uma inimiga? Sim, sou mesmo.  

-Tivemos uma falha no sistema, Bieber. Era uma armadilha, você sempre coloca a culpa no primeiro que vê na frente e não enxerga que a porra da culpa é sua. E tem mais... 

Nesse momento Candice passa pela porta da frente acompanhada de Kendrick. 

-Olá meninos. - Candice diz e todos a encaram chocados, menos Christian que estava ocupado demais falando merda no meu ouvido que nem se deu conta.  

-Você é louco, precisa se tratar, como você pode? Ah, Oi Candice... - faz uma pausa. - Candice? - A encara com os olhos arregalados. 

-O que está acontecendo? - Pergunta. 

-Mas aonde diabos vocês estavam? 

-Isso não é da conta de nenhum de vocês. - Saio indo em direção ao escritório. 

Me acomodo na minha cadeira e ascendo um baseado. Trago e lentamente, solto a fumaça.  

-Toc Toc. - Ryan bate na porta e nem espera eu falar um ‘entra’ ele mesmo já faz questão de entrar por si próprio.  

-Entra? - Ironizo e ele revira os olhos. 

-Não vou pedir desculpas pelo o que aconteceu na sala. 

-Eu nem ao menos quero um pedido de desculpas.  

-Então, você não a matou...Isso é bom. 

-Talvez. - Dou de ombros 

-E agora? Como vai ser daqui para frente? 

-Não faço a mínima ideia, esperava que vocês fossem me ajudar com isso... 

-Isso o que? 

-Minha vingança contra Cooper.  

Ryan sorri. - Com todo o prazer. - Responde. - Porém....Tem algo com que temos que nos preocupar. 

-O que? 

Ryan joga um envelope em cima da minha mesa. Abro o envelope e havia um convite lá dentro. 

-Não fode. - Digo. 

-Sim, nós nos esquecemos.  

-Mais que porra. - Bato na mesa. O convite era de uma festa de Abruzzi. A qual, essa festa acontecia de três a três anos.  

-2016 até que foi legal.  

-Ah, mas é claro que foi. Você comeu a filha de Abruzzi, deve ter sido um dia e tanto para você.  

-Com certeza. - Falo ao me lembrar. 

-E o que iremos fazer? 

-Como assim, Ryan? - O olho confuso. - Nós iremos, simples. 

-Com a Candice, o que vamos fazer com ela. 

-Ela irá conosco.  

-Como acompanhante ou como membro da equipe?  

-Não faço a mínima ideia. - Desabo da cadeira. Muitas coisas para lidar em poucos dias. 

-A festa vai ser daqui a cinco dias, temos um pouco de tempo para pensar nisso. 

-E temos um problema ainda maior. - O encaro. - Cooper vai estar lá. 

-Ryan, essa festa acaba de se tornar interessante.  

(....) 

Assim que Ryan sai do meu escritório, guardo o convite na minha gaveta.  

Estava ajeitando umas papeladas da minha boate quando Candice entra em meu escritório. 

-Pois não? - A encaro.  

-Isso é teu. - Fala colocando a minha arma em cima da minha mesa.   

-Obrigada por devolver.  

-Não tem de que, vossa alteza. - Faz uma reverencia a mim.  

Ela se levanta e estava prestes a sair do meu escritório, quando eu a chamo. 

-Sim?  

Pego o convite em minha gaveta e jogo para ela. 

Ela lê atentamente, mas percebo quando ela fica tensa. 

-Abruzzi? Isso é sério? 

-Sim querida, muito sério. 

-Eu tenho que ir? - Pergunta mordendo o lábio. 

-Já arrume o vestido, Johnson.  

-Vai liberar o cartão? - sorri. 

-Obviamente. - Sou falso e ela percebe. - A propósito, arrume uma máscara também. 

-Baile de Máscaras, é? - Concordo. - Nunca fui em uma, deve ser legal. 

-Pode ter certeza que essas festas o que mais tem é bebida e brigas, se isso é legal para você... 

-Se alguém bater em você, com certeza vai ser sensacional para mim. - Fala saindo do escritório.  

Me sirvo com um pouco de Whisky e tenho uma ideia brilhante.  

Pego meu celular e ligo para Kendrick, ele demora um pouco para atender. 

-Fala, chefe. 

-Se livraram dos corpos dos capangas de Cooper? 

Ele fica em silencio por um breve momento. - Ainda não despachamos, está escondido. Porque? 

-Kendrick, preciso que venha para cá o mais rápido possível.  

-Claro senhor, mas se me permite...O que o senhor planeja fazer? 

-Um pequeno show para Cooper, espero que ele o aprecie bem.  

(....)

-VOCE ESTÁ FICANDO LOUCO? - Chaz se altera assim que conto minha ideia brilhante para ele e os meninos.  

Chaz, Christian, Ryan e Kendrick estavam em meu escritório.  

-Você achou uma má ideia? - pergunto mesmo sabendo que a resposta dele não iria importar para mim. 

-Se eu achei uma má ideia? - repete. - EU ACHEI UMA PUTA MÁ IDEIA, ISSO É LOUCURA. 

-Christian. - O encaro e espero ele falar o que achava.  

-Eu estou com ele, Dude. - Se refere ao que Chaz havia acabado de falar. Chaz lança um ‘obrigado’ como se meu plano fosse loucura. 

-Ryan? - chamo seu nome em tom de pergunta, esperando que ele respondesse e que sua opinião não fosse a mesma que a dos meninos.  

-Eu acho uma ideia do caralho de boa.  

Ponto para Ryan.  

Chaz e Chris o olham com os olhos arregalados, porém Ryan não se importa. - Qual é, a ideia não é tão ruim assim. 

-Não, magina. Só o que o Justin quer fazer é uma ideia absurda, louca, suicida eu diria. Você não pode ir lá de jeito nenhum.  

-Eu vou, quer vocês aceitem ou não. - Digo firme e forte. Nenhum deles iria me fazer mudar de ideia.  

-E por favor, não quero que Candice saiba disso, se dois dos meus três homens já estão fazendo o maior show, imagina uma mulher pior que eles.  

-Como quiser, madame. - Chaz sai do escritório em passos firmes e Christian revira os olhos para mim acompanhando Chaz logo em seguida. 

-É arriscado, Bieber. - Adverte Ryan. 

-E nessa vida que nós estamos, o que, não é? 

-Sua vida está em jogo Dude, não arrisque isso. Você quer colocar seu plano em ação? Ótimo, porém, sua vida e tudo o que você conquistou não valem o risco. - Dito isso, Ryan sai do escritório me deixando sozinho com meus pensamentos. Sozinho em partes, Kendrick estava lá comigo, porém, ele só falaria algo se eu o perguntasse ou quando ele achasse que fosse a hora certa.  

Esfrego minhas mãos em meu rosto, eu estava uma pilha de nervos. Precisava dormir.  

Fiz um gesto para Kendrick se sentar e discutirmos todos os detalhes daquele plano maluco.  

Depois de meia hora discutindo sobre, Kendrick finalmente fala sua opinião. 

-Concordo com os meninos, é muito arriscado. 

-É, eu sei. 

-Eu iria falar para você pensa mais sobre isso, Senhor. Porém... 

-Quero fazer isso o mais rápido possível, de preferência, quando os corpos tiverem frescos. - O corto antes que ele termine de falar. Kendrick arruma sua postura. 

-Já arrumei os homens, caso queira saber. - Sorrio.  

Kendrick era muito eficiente, ele era um dos meus melhores homens. 

-Obrigada, Kendrick. - Agradeço.  

-Senhor..- me chama. - Eu gostaria de ir.-. Não posso arriscar te perder, você é um dos meus melhores homens, um dos mais eficientes que eu já tive. 

-Eu garanto que tomarei todo o cuidado possível. 

-Não sei...- eu estava em dúvida. Deveria me arriscar? Vale o risco de envolver Kendrick nisso? 

 - Até amanhã de manhã eu te informo se quero que você vá ou não. Termine de ajeitar as coisas e vá para casa descansar, hoje foi um dia longo para ambos. 

Kendrick deseja boa noite para mim e sai do meu escritório me deixando sozinho. 

-Pense Bieber, pense...- digo para mim mesmo. 

(....) 

Meu celular começa a tocar o que me faz despertar. Enfio minha cabeça no travesseiro amaldiçoando quem me ligava. Com a mão vou procurando meu celular pela cama. 

-Quem é? - sou curto e grosso.  

-Senhor? 

-Fala logo o que você quer. 

-Está tudo pronto, quando o Senhor desejar, executaremos o plano. 

-Acharam os pilotos?  

-Sim, senhor. 

-Ótimo, eu ligo quando for a hora.  

Desligo o celular sem esperar que ele responda, olho a hora no telefone e eram nove horas em ponto.  

Vou até o banheiro, faço minha higiene matinal e saio do meu quarto.  

O cheiro das panquecas de Maria invade a casa toda, essa mulher sabia mesmo como cozinhar.  

Chego na cozinha e beijo sua bochecha. Maria ri disso.  

Eu fazia isso com ela todos os dias, e sua reação era sempre a mesma: Era ficava vermelha e ria. 

-Bom dia, Senhor. Como vai? Acordou cedo. - diz ela, despejando o conteúdo do liquidificado na panela.  

-Negócios Maria, negócios. 

Ela deu de ombros, ignorando o que eu disse e me oferece panquecas.  

-Não, obrigada Maria. - pego uma maçã e a mordo.  

-Tem certeza? - Ergue as sobrancelhas. 

-Não, mas tenho certeza que se eu comer suas panquecas, eu não vou criar coragem para resolver minhas coisas. Ao menos que claro, eu acabar com todas as panquecas que você quer. - Pisco para ela. 

-Você que sabe, menino.  

-Os meninos já acordaram? 

-Apenas Ryan, os outros não. 

-Candice? 

-Dormindo que nem um urso. 

Encerro minha conversa com Maria e vou atrás de Ryan, que está na beira da piscina. 

-Irei para o galpão, se quiser vir comigo. - Ele se assusta com a minha voz e vira para trás me encarando.  

-Vou logo atrás de você, quer que eu acorde os meninos? 

Nego com a cabeça. - Não, eles vão fazer muita cena, estou sem paciência para isso. -  

(.....) 

Assim que chego no galpão, Ryan chega logo atrás de mim. Havia cerca de 10 homens ali, junto com Alfredo e Kendrick.  

-Bom dia, rapazes. - Falo e todos me respondem. - Depois de pensar bastante, decidi que infelizmente, não irei com vocês.  

Percebo que os homens ficam tensos, porém vejo nos olhos de Ryan e Kendrick o alivio dessa minha decisão.  

-Porém, ficarei de olho em tudo o que fazem, podem ter certeza, eu estarei observando vocês. E se algo não for feito como eu mandei, vocês iram se ver comigo. Entenderam? 

-Sim, senhor. - Respondem em coro. 

-Kendrick já deve ter passado o plano para vocês, estão todos a par da situação e do risco que iram correr?  

Eles respondem sim em coro, novamente.  

-Aonde estão os pilotos? - pergunto.  

-Lá atrás, chefe. - Alfredo fala. - Estamos apenas esperando suas ordens. 

Encaro Kendrick que me encarava a todo instante, era nítido que ele estava ansioso para minha decisão, se ele iria ou não. 

-Vocês podem esperar lá fora. Kendrick e Alfredo ficam.  

Os homens saem em silencio do galpão.  

-Ainda estou receoso com isso, Kendrick. Já basta envolver Alfredo nessa, e agora você? Arriscado demais colocar os dois nisso. 

-Com todo respeito, senhor.  Prometi que estaria contigo para tudo o que acontecesse e que iria me dedicar a esse trabalho ao máximo, estou pronto para isso. 

-Eu sei que está, mas não quero arriscar sua vida. - Respiro fundo. - Você vai. 

Seu corpo relaxa ao ouvir isso. - Quero você no helicóptero. Você mais do que ninguém vai fazer isso sair como eu quero. Porém, quero que se proteja, use o maldito colete.  

Ele concorda com a cabeça.  

-E Alfredo...Que diabo de roupa é essa? - Ryan pergunta contendo o riso. 

Paro para observar Alfredo e não pude conter a risada.  

-Não olhe para mim, o plano foi de Bieber. - Revira os olhos. - Acha que eu quero ser o sorveteiro? PORRA.  

A roupa de Alfredo era colorida. Sua blusa era branca, porém, a calça que ele usava e o seu chapéu era toda colorida.  

-Apenas entre no personagem e faça sorvetes, deixe as crianças entretidas.  

-Vou dar minhas bolas pra elas... 

Todos o encaram e ele se cala. 

-Conto com vocês para que tudo saia perfeito.  

-Seu desejo é uma ordem. 

-Aproveitem o show por mim, pois eu aproveitarei daqui. 

(....) 

-Todos em seus postos? - pergunto pela escuta.  

Alfredo e Kendrick confirmam. 

Cerca de 4 drones rodeavam a casa de Cooper, os quais alguns homens que ficaram comigo o comandavam.  

-Alfredo, é a sua hora. - Digo.  

A música irritante do sorveteiro começa a tocar pela rua.  

-Drone 1. - Digo e consigo ver pelo computador a imagem perfeita que o drone 1 captava o carro do sorveteiro se aproximar da casa de Cooper.  

Crianças rapidamente saiam de suas casas apressadas com o dinheiro na mão para ir atrás do sorveteiro.  

Alfredo para em uma distância boa da casa de Cooper, onde permitíamos que conseguíssemos ver (graças as câmeras que tinham no carro) perfeitamente a mansão de Cooper. 

Alguns seguranças espalhados, uns pela entrada, outro pelo jardim. 

Nem um sinal de Cooper. 

-Ei tio. - Escuto uma voz doce. - Me vê um sorvete, por favor.  

Pelo drone 1, conseguimos ver uma menininha loirinha pedir sorvete a Alfredo, que sorri.  

-Saia da nossa frente, anã. - Dois meninos que deveriam ter cerca de 13 e 14 anos empurram a menininha que faz cara de choro. 

-Nós queremos dois sorvetes. - Fala com arrogância um dos meninos. 

-Ela estava na frente. - Alfredo fala. 

-E daí? Nós queremos os nossos sorvetes, sorveteiro.  

-Ora, mas se eu fosse essa menina chutava o pau desses fedelhos de merda. - Murmura Ryan. 

-Eles são perfeitos, Alfredo. Você sabe o que fazer.  

-Escute rapazes, cheguem mais perto. - Eles se aproximam mais ainda do carro do sorveteiro. - Se vocês fizerem algo para mim, eu faço sorvetes de graça para vocês, e se vocês ainda quiserem, darei skates para ambos.  

Nem precisava ver os meninos para saber que seus olhos brilhavam. 

-Como vamos saber se você não está mentindo? 

-Sou um homem de palavra. 

-Queremos os skates primeiro. 

-Nada disso. Darei apenas um skate e um sorvete agora, quando vocês fizerem o que eu quero, darei o resto para vocês. Trato? 

Silencio. 

-Trato feito, tio. 

Dou sinal verde para um homem meu dar um tiro nesse exato momento. As crianças se assustam. Nessa hora, Alfredo pega o sorvete e um skate e dá para os meninos. Sem que as outras crianças vissem aquilo e duvidassem de algo. 

-CALMA, CRIANÇAS. - Grita Alfredo. - São apenas fogos. - Diz e aquilo parece alivia-las.  

Alfredo entrega duas caixas de ovos para as crianças e fala o que elas têm que fazer.  

Assim que eles concordam com o que Alfredo diz, dou mais um sinal verde para meu homem dar mais tiros, fazendo com que os seguranças que estavam na entrada da casa de Cooper se distraíssem.  

As crianças que rodeavam o carro de sorveteiro de Alfredo não se preocuparam mais com os barulhos, crentes que eram fogos de artificio. 

 Coitadas 

Acontece tudo muito rápido, meu homem começa a tirar (ele estava longe da casa, porém, os tiros eram altos, como se estivesse acontecendo na frente da casa de Cooper). 

Assim que os homens de Cooper se distraem, as crianças são rápidas e começam a tacar os ovos no portão dele. 

Os seguranças da portaria e os que estavam no jardim se assustam. Eles gritam pedindo para os meninos pararem, o que claro, eles não dão a mínima.  

Eles continuam a tacar os ovos, até que um dos ovos acerta diretamente a cara de um segurança, que se irrita e sai para ir atrás dos meninos. 

-IIIIH SUJOU, CORRE. - Um dos meninos fala para seu amigo e os dois saem correndo dali. 

Nesse exato momento, Cooper aparece no jardim. Pela sua aparência parecia que ele estava dormindo, e estava obviamente irritado pela bagunça.  

-Drone 2.- digo e as imagens captadas pelo drone 2 aparecem no meu computador. 

-MAIS QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO AQUI. - Grita Cooper e seus homens estremecem. - SERÁ QUE UM MALDITO HOMEM NÃO CONSEGUE DORMIR? 

-Agora. - Digo.  

-Senhor, eu... 

-Eu não quero saber de suas desculpas, apenas acabe com... Mais que porra é aquilo? - Fala, encarando o céu. 

O helicóptero estava se aproximando. Cooper e seus homens encaravam aquilo sem saber o que era.  

Cooper se vira sem se preocupar, até porque, ele nunca iria esperar. 

Pelas imagens do drone 4 consigo ver o momento em que Kendrick abre a porta do Helicóptero e começa o show. 

-SENHOR. - Grita um dos seguranças de Cooper se jogando para cima dele, a fim de protege-lo.  

Kendrick e mais um de meus capangas começam o espetáculo. 

As roupas de Kendrick eram pretas, igual a de meu outro capanga.  

Ambos estavam de mascaras, não dava para saber quem era eles.  

Eles começam a jogar de cima as partes dos homens de Cooper, das quais, eu havia mandado corta-las para fazer esse grande e belo show. 

Nessa hora, as crianças saíram correndo chorando para suas casas, umas gritavam.  

Os pedaços dos corpos dos capangas mortos de Cooper caiam em seu quintal, como gotas de chuva caem do céu.  

Os homens de Cooper atiravam contra o helicóptero, mas eles não estavam obtendo sucesso.  

Era uma cena horrível, Cooper estava rodeado de seus homens e sua expressão era uma das piores. Ele nítido que ele estava queimando de raiva.  

Seu jardim que antes era verde e cheio de vida, estava agora cheio de sangue. A frente de sua casa junto com seu jardim estavam cheias dos restos de seus capangas.  

Kendrick e meu outro capanga pegam dois baldes enormes e tacam ali de cima. 

Era sangue. 

De quem?  

Isso não importava. 

O rosto de Cooper e de seus homens estavam cheios de sangue. 

Todos sem acreditar no que estava acontecendo.  

-Alfredo, é contigo. - Digo.  

Alfredo sai tranquilamente do carro do sorveteiro com uma caixa nas mãos, ele deixa na porta de entrada e sai.  

Como todos estavam distraídos olhando para o espetáculo que estava acontecendo, nem perceberam Alfredo. 

Ethan, um dos meus capangas que acompanhavam Kendrick,  mostra o dedo do meio para Cooper e o helicóptero sai de lá o mais rápido possível.  

Um dos homens de Cooper percebe a caixa na porta e aponta. Cooper dá um passo para frente pronto para pegar a caixa, mas é interrompido por um de seus homens, que se prontifica a ir pegar a caixa. 

Ele examina a caixa e coloca o ouvido nela, para ver se era uma bomba.  

Assim que vê que não era, ele se aproxima com a caixa perto de Cooper que sem paciência a abre. 

-DRONE 3 - grito. 

Meu drone pega a imagem perfeita e nítida de Cooper vendo a cabeça de Scott (seu capanga) ali. A boca de Scott estava aberta e lá havia um papel.  

Cooper pega o papel e lê. 

‘’Para meu caro amigo, Cooper. 

Eu sempre estou um passo à frente de você, não se esqueça disso. 

Espero que tenha aproveita o espetáculo, fiz especialmente para você. 

Do cara que você tenta ser

Bieber.’’ 

 

Cooper amassa o papel e o joga no chão.  

Ele começa a gritar com seus homens e é nesse momento em que eu desligo meu computador com um sorriso no rosto. 

-Você é maníaco, cara. - Ryan diz, sorrindo vitorioso comigo. 

(....) 

Não espero meus homens voltarem ao galpão, e volto junto de Ryan para casa. 

Vozes altas vem da cozinha, Candice e Maria estavam lá, ambas estavam rindo de algo.  

-Oh senhor Bieber, já voltou? - Maria pergunta, me encarando.  

O olhar de Candice é instantaneamente para mim. 

Ela coloca uma mexa de seu cabelo que caia em seu rosto atrás da orelha.  

-Está contente. - Observa Candice. 

-Estou? 

-Com certeza está mais feliz do que hoje de manhã. - Comenta Maria. 

-A vida é bela meninas, a vida é bela... - Elas se encaram e depois me encaram sem saber o que falar. Saio da cozinha e vou para meu escritório.  

Ryan entra no meu escritório.  

-Maria e Candice acham que você tomou um chá de buceta por estar tão feliz assim. - 

-Se elas soubessem...-Nesse momento meu celular começa a tocar, o número era desconhecido.  

-Bieber falado. 

-Bieber...- eu conhecia aquela voz. 

 Era a voz de Cooper. 

-Ah, olá Cooper. -Assim que falo seu nome os olhos de Ryan se arregalam.  

Coloco o telefone no viva voz. 

-Espero que tenha aproveitado o espetáculo, fiz especialmente para você.  

-Você está fodido, Bieber. - Pelo tom de sua voz, ele não estava para brincadeiras. 

-É para você aprender, Cooper. Ninguém que mexe comigo e com meus homens sai ileso.  

-É o que vamos ver. 

-Isso é uma ameaça? - o provoco. 

-Eu sempre tenho uma carta na manga, Bieber.  

-Não ouse mexer comigo e achar que ficará impune disso. Não se esqueça do que o diabo é capaz de fazer.  

-Vamos ver até onde você é capaz, Bieber. 

-Te vejo na festa de Abruzzi, Cooper. Sugiro que vá de vermelho, já que caiu muito bem em você hoje. 

Ele não fala mais nada, apenas desliga. 

-Isso vai ser interessante.  


Notas Finais


OLÁ MEUS AMORES, sentiram minha falta? Espero que vocês estejam gostando da fic, obrigada por todo apoio e toda mensagem que vocês me mandam, mensagens das quais são cheias de carinho e que me inspiram a continuar a fic cada vez mais. Espero que tenham gostado dessa 'pequena' vingança de Bieber. Daqui em diante, as coisas iram melhorar. Os próximos capítulos estão recheados de surpresas, vocês nem imaginam. Até a próxima, minhas criminosas!!! <3


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