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História Criminal Love - As Long As You Keep Making Me Happy


Escrita por: Iceli

Notas do Autor


Olá, malta!
É domingo!

Tenho uma coisa a comunicar, vou passar a postar apenas um capítulo por semana (vou postar só ao domingo), porque o trabalho da universidade está a concentrar-se todo e o tempo para escrever começa a reduzir. Espero que percebam e peço desculpa por isto. Mas quero continuar a trazer o melhor que posso para vocês.

Bem, boa leitura, desculpem qualquer erro e vemo-nos nas notas finais.

Capítulo 12 - As Long As You Keep Making Me Happy


O dia tinha sido mais calmo do que o Derek estava à espera, a Sidney estava muito melhor do que se apresentava de manhã, já parecia ter mais energia, há várias horas que não tinha febre e que estava sem tomar qualquer medicamento. Foi fácil para o Hale coordenar as chamadas da sua equipa e a atenção necessária à filha. Era já o início do fim da tarde e já há algum tempo que não tinha notícias da sua equipa. Achou melhor não telefonar, confiava neles e no trabalho deles, se houvesse alguma coisa importante a reportar, ele sabia que lhe seria transmitido.

Estava agora a relaxar um pouco sentado no sofá da sala, com o seu livro, por acaso era um do Stiles que ainda não tinha lido, enquanto a rapariga tinha ficado no quarto a desenhar ou a brincar com as suas bonecas, o agente já não sabia muito bem, as crianças conseguem sempre fazer tudo ao mesmo tempo.

Começaram-se a ouvir pequenos passos que soavam um pouco tímidos, talvez a pessoa ainda não tivesse decidido se deveria prosseguir com as suas intenções ou não. O Derek levantou os olhos do seu livro para a entrada da sala, encontrando a Sidney um pouco escondida com um sorriso nos lábios.

− Sim, Sidney? – O Hale perguntou fazendo um olhar de quem já estava habituado a estas ações da rapariga, pelo que sabia que havia algo que ela queria perguntar mas não o fazia.

− Eu tenho uma pergunta e quero que sejas honesto. – Disse enquanto entrava na divisão e se dirigia ao pai para se sentar ao seu lado com as pernas a balançar fora do sofá por ser pequena e não conseguir chegar ao chão.

− Claro que sim, sou sempre. Podes perguntar o que quiseres, sabes disso. – Respondeu-lhe muito carinhosamente para a deixar à vontade.

− O Stiles é teu namorado? – Questionou com olhos grandes dirigidos ao mais velho. O agente não estava à espera daquela pergunta, ficando um pouco atordoado com a questão, sem saber muito bem o que responder à rapariga, sem saber se havia resposta certa para aquela pergunta.

− Porque é que perguntas? – Optou por contrapor com uma questão.

− Porque toda a gente tem uma mamã e um papá, mas a Hannah tem dois papás e eles amam-se muito e ela também os ama muito. E também porque tal como eu, o Brad não tinha mamã, mas o pai arranjou uma namorada, por isso como eu não tenho mamã e tu tens passado muito tempo com o Stiles achei que ele fosse teu namorado.

− Tu importavas-te de ter dois papás? – Perguntou, pegando na Sidney e pondo-a no seu colo. A rapariga levantou mais a cabeça para puder conseguir olhar para o Derek.

− Bem… a Hannah parece muito feliz com dois papás e eu gosto muito do Stiles… Mas porquê? Tu amas o Stiles? – Questionou na sua maior inocência, como se fosse um sentimento fácil sobre o qual se falar.

− Eu não sei se o amo, mas gosto muito dele.

− Então só gostas deles?

− Quer dizer, não. É algo mais do que gostar, mas ainda não o amo. São sentimentos difíceis de adultos.

− Isso quer dizer que não queres que ele seja teu namorado? – A pequena continuava com as perguntas, ela sempre foi muito curiosa e sempre tentou perceber os sentimentos e relações mais complicados.

− Às vezes querer não é suficiente, assim como às vezes amar não é suficiente para uma relação durar. Para além disso eu já te tenho a ti. – Respondeu, fazendo ligeiras cócegas à Sidney.

− Mas eu sou tua filha, não podes namorar comigo. E não respondeste à minha pergunta. – O Hale sempre achou que a filha ficava demasiado fofa quando tentava ser autoritária.

− Tens razão, não respondi. E a respostas é sim, eu gostava.

− Então porque é que ele não é teu namorado?

− Por um lado, conhecemo-nos há pouco tempo e quanto mais tempo as pessoas se conhecem, mais fácil é de saber se uma relação pode durar ou não. Por outro, tenho-te a ti, se as coisas não correrem bem entre mim e o Stiles, não vou ser só eu a ficar magoado, mas tu também, ias deixar de o ver e eu acho que tu gostas de passar tempo com ele.

− Não percebo… Se tu gostas muito dele, porque é que ele iria embora? – A pequena continuava com aquela expressão de pura curiosidade e inocência e quando ela estava assim, o agente não conseguia negar-lhe resposta nenhuma. Mas também sabia que conversar com ela sobre isto a ajuda a crescer e a perceber.

− É complicado, mais uma vez é o mundo dos adultos, complicamos tudo. Mas é como disse, às vezes os sentimentos não são suficientes, há muitas coisas que podem correr mal. Acho que por agora não conseguirias perceber, por isso por agora ficas com esta informação.

− Está bem. E tens razão, não percebo. – Disse enquanto começava a sair do colo do pai para o chão. Deu uns passos para sair da sala, mas à porta retomou, encarando o pai com um olhar tão puro. – Eu posso não perceber o mundo dos adultos, mas é que tu me disseste que às vezes temos de tentar, errar e magoarmo-nos para realmente sabermos o resultado. Se o Stiles fosse teu namorado e depois tivesse de ir embora eu ia ficar triste e possivelmente tu também, mas se ele te fizer feliz enquanto cá estiver, eu não me importo que doa depois. − Terminou com um sorriso nos lábios para depois dar meia volta e abandonar a divisão aos saltos.

O Hale não sabia como reagir àquilo, tendo apenas o pensamento de que tem uma filha incrível. Ele não sabe de onde às vezes vem a maturidade da rapariga dado a sua idade, mas isso não impedia que ele ficasse de coração a transbordar quando ela dizia coisas assim. Nestes momentos ela nem parecia ter 6 anos. Possivelmente, ela não sabia o impacto que as suas palavras tinham, mas para ele tinham um grande significado.

A porta tocou e o agente abandonou o livro em cima da mesa de apoio colocada à frente do sofá para ir ver quem é que tocava. Espreitou pelo monóculo da porta. “Por se falar no diabo…” pensou, mas ao mesmo tempo estava contente porque depois daquela conversa com a filha, tinha ficado com muita mais vontade de estar com o Stilinski.

− Stiles… − Disse ao abrir a porta, deixando espaço suficiente para que o escritor conseguisse entrar.

− É melhor sentares-te, tenho más notícias, mas acho que também tenho uma solução… Tenho a tentativa de uma solução. – Começou a falar e entrou sem nem pedir permissão. O Derek viu que ele trazia uma pasta e que se dirigia para o sofá para se sentar.

− Até tenho medo do que vem aí. – Respondeu ao fechar a porta para depois também ele ir para o sofá.

− Não tenhas. Ok, talvez só um bocadinho. Espera, não interrompi nada, ou interrompi? – E pousou a pasta em cima da mesa de apoio à frente do sofá, começando a abri-la.

− Não, estava só a ler e a Sidney está no quarto a brincar.

− Estavas a ler este livro? – Questionou com um sorriso presunçoso, apontando para o livro ao lado da sua pasta.

− Não, não era este. – Respondeu querendo soar convincente e virando o livro para baixo numa tentativa de esconder o título e o autor, mas para não o ajudar, a contra capa exibia uma foto enorme do mais novo e uma pequena biografia por ser o escritor do livro. O sorriso do Stilinski apenas aumentou, ficando ainda mais presunçoso, se é que isso existia. – Oh, porra. – Deixou escapar quando percecionou a contra capa do livro. – Não me chateies. – Acrescentou num tom de falsa irritação.

− Deixa-me dizer-te que tens um ótimo gosto para a literatura. – O mais novo disse e o outro revirou os olhos. – Mas voltando ao que me trouxe aqui, eu e o Scott falámos com a senhora Steinfield. Ao que parece foi a Martha que lhe contou do caso do marido, então no dia do assassinato ela estava no advogado porque anda a preparar os papéis de divórcio para apresentar ao marido.

− Então um beco sem saída… − Disse já começando a sentir o fracasso.

− Sim, mas depois lembrei-me que o telemóvel da vítima ainda não foi encontrado e pode ser que se o encontrarmos ele nos ajude em alguma coisa. – Continuou levantando o ecrã do seu portátil que logo começou a brilhar. – Por isso achei que poderíamos rever as gravações do elevador para perceber onde ela o poderá ter deixado. – O ecrã exibia agora a imagem parada da gravação do elevador.

− Onde é que tu arranjaste isso? Isso são provas, tu não devias ter uma cópia disso. – O agente disse um pouco indignado.

− Ahm… Encontrei isto no chão!? – Respondeu de forma muito pouco convincente e levantando uma sobrancelha como se isso fosse ajudar a passar o seu argumento.

− Sabes que não podes roubar provas de um crime, certo? – O Hale questionou só para ter mesmo a certeza.

− Eu sei, mas também gosto de ter tudo comigo e ninguém sai magoado. Para além disso, queres ficar a dar-me um sermão ou queres ver as gravações?

− Já sei que dar-te um sermão não adianta de nada, por isso apenas põe isso em play.

A imagem começou a mexer-se rapidamente assim como a hora no canto da gravação. Parecia tudo demasiado normal, parecia que não conseguia tirar nada dali e talvez ver aquilo não fosse ajudar nada. Era apenas ela no elevador. Ambos tentavam examinar tudo ao mais pequeno pormenor, procurando algo diferente.

− Isto não ajuda em nada, só a vemos subir com o telemóvel nas mãos e da próxima vez que ela desce já lá não está. – O agente constatou.

− Talvez ela o tenha deixado no apartamento.

− Pois, o problema é que não se encontrou lá nada ou a Lydia ou o Scott teriam dito. Isso não serve de nada. – O Stiles parecia ter parado de ouvir, concentrando-se em algo que o Derek não percebia.

− Espera, espera, estou a tentar perceber uma coisa. Olha, das duas primeiras vezes que ela usa o elevador, ele demora exatamente 37 segundos, mas da última vez que ela o usa, demora mais 5 segundos.

− Isso não é normal, o elevador deveria demorar exatamente o mesmo tempo. – Disse mexendo-se no seu lugar para se aproximar mais do ecrã e acabando a ficar mais perto do escritor.

− O que quererá isso dizer? – O Stilinski perguntou.

− Que possivelmente ela não vinha do 12ºandar, mas de algum andar mais acima.

− Será que teríamos sorte e vinha do apartamento do seu amante misterioso?

− É muito provável que sim. – O Hale exclamou muito mais confiante com a investigação e muito mais animado. – Stiles, eu não digo isto muitas vezes, mas és um génio. – Disse ao encarar o homem ao seu lado com um meio sorriso nos lábios, não querendo deixar escapar tudo.

− Não, nós é que fazemos uma boa equipa. – O mais novo acrescentou, também ele com o olhar preso ao rosto à sua frente.

Por mais que o Stilinski tentasse, e isto não quer dizer que ele tentou de alguma maneira, não conseguia desviar o olhar. Estava demasiado perto, estava tudo demasiado acessível. Conseguia sentir ligeiramente a sua respiração na sua pele, via as pestanas compridas acima daquele verde que às vezes desaparecia para rapidamente voltar a aparecer, aqueles lábios rosados que sempre o pareciam chamar tanto, agora um pouco entreabertos e aqueles olhos que refletiam a luz. Pareceu-lhe que o Derek tinha descido o olhar para os seus lábios e sem se dar conta, fez o mesmo. Imensas coisas lhe passavam pela mente, tudo o que poderia correr mal, mas também tudo o que poderia correr bem. Não iria perder outra oportunidade, então, sem pensar fez desaparecer o curto espaço existente entre os dois, levou as suas mãos ao rosto à sua frente, sentindo a barba rala arranha-las ligeiramente e juntou os seus lábios.

Instintivamente, os olhos do Hale fecharam-se logo, apenas sentindo os lábios imóveis do escritor nos seus como se estivesse a inferir se estava a entrar em terreno perigoso. As suas mãos foram para os ombros largos do mais novo, agarrando-os talvez com demasiada força e puxando-o um pouco mais para si. Com isto, o Stiles pareceu ter a sua confirmação e começou a movimentar lentamente os seus lábios, tendo os seus movimentos copiados pelo outro, conseguindo que os seus lábios se encaixassem perfeitamente, permitindo-lhe realmente saborear, sentir as sensações.

Os lábios do Derek eram tão macios sobre os seus, tão cativantes, tão chamativos. O beijo começava a tornar-se menos lento e gentil e mais necessitado e sufocante, mas sufocante de uma boa maneira. O ar do Stilinski já começava a faltar assim como o do mais velho, mas nenhum parecia tomar a iniciativa de se afastar, nenhum deles tinha algum incentivo para tal, pelo que as respirações aumentaram, tornando-se mais audíveis. Tentavam inspirar o máximo de oxigénio pelo nariz como se precisassem tanto daquele beijo como de ar.

Uma das mãos do escritor começou a descer, passando lentamente pela pele exposta do pescoço do Hale, lançando um arrepio por todo o seu corpo dado o frio das suas mãos em contacto com o seu pescoço. Depois pelo seu ombro largo, sentindo ligeiramente os músculos escondidos pela camisola, a seguir pelo lado do seu corpo e parecendo ir parar à sua anca. Por uns segundos, ficou ali imóvel, apertando um pouco numa tentativa de puxar ainda mais o corpo à sua frente para si, mas depois levantou um pouco a camisola e assentou a mão mesmo sobre a pele daquela zona. Foi nesse momento que o agente cessou o beijo, tentando afastar o Stilinski da forma mais cuidadosa possível. O mais novo cedeu, um pouco confuso e retirando as suas mãos. Para sua surpresa, as do Derek continuavam nos seus ombros.

− O que é que foi? O que é que eu fiz, Derek? Fiz algo de errado? – Perguntava mesmo preocupado e curioso.

− Não, não. Não fizeste nada de mal, mas não podemos…

− Oh… − O Stiles deixou escapar, desiludido pelo que se afastou um pouco mais o que levou as mãos do Hale a caírem do seu lugar nos seus ombros.

− Não! – Respondeu depressa demais dada a reação do escritor. – Não me estou a referir a isto. É só porque parece que ias acabar a querer tirar a minha camisola e por mais que eu queira fazer sexo contigo, e não fiques confundido, eu quero, estamos na minha sala de estar e a minha filha está em casa, apenas a passos de distância.

− Ah… percebi. – Disse muito mais contente, voltando a ocupar os centímetros que tinha criado entre ambos. – Afinal quando dizem que depois de se ter crianças deixa de haver sexo é verdade.

− Stiles, não sejas idiota.

− Então… Tu gostas de mim… − Disse para provocar o agente que revirou os olhos.

− Não, eu é que gosto de andar a beijar todos os homens que conheço, não te sintas lisonjeado. – Respondeu com sarcasmo evidente na voz.

− É uma declaração suficientemente boa para mim. – Constatou com um sorriso nos lábios.

− É sim. – Respondeu e voltou a juntar os lábios de ambos. Desta vez o beijo foi muito mais rápido, calmo e lento, transmitindo mais coisas nele, coisas às quais ainda não se podia dar um nome. Quando se separaram, demoraram mais tempo a abrir os olhos como se prolongassem as sensações do beijo. – Fica para jantar, a Sidney iria gostar de te ter aqui se o fizesses…

− E o Derek gostaria se eu ficasse para jantar? – Questionou com olhos interrogativos e esperançosos. O Hale engoliu em seco, como se as palavras lhe custassem a sair.

− O Derek ia gostar muito…

− Então eu fico.

− Sabes!? A Sidney perguntou se tu eras meu namorado.

− Sou, Derek? Sou teu namorado?

− Não sei, diz-me tu…

− Sou sim. – Disse roubando mais um beijo rápido ao mais velho para depois se levantar todo animado para ir anunciar a sua presença à Sidney. O agente apenas ficou a observá-lo com um sorriso nos lábios.


Notas Finais


E foi isto, malta!
O que acharam!? Gostaram!? Finalmente já houve beijo!
E já agora, quão fofa foi a Sidney!?

Já sabem o que vos vou pedir, comentem, favoritem, essas coisas todas que vocês já sabem!
Aproveitem o resto do vosso domingo e então até para a semana!
Beijos


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