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História Criminal Love - Capítulo 47 - How can you be so insensitive?


Escrita por: shadesofselena

Capítulo 47 - Capítulo 47 - How can you be so insensitive?


Fanfic / Fanfiction Criminal Love - Capítulo 47 - How can you be so insensitive?

(Pov Autora – Flashback On)

 

 

 12 de Janeiro de 2014.

 Manchester – Inglaterra

 

 Chaz liga o isqueiro e termina de passar o fogo pelo cinto de segurança das duas mulheres que estão adormecidas no carro. Justin passa a mão pelo rosto da sua morena, sentindo que aquela seria a última vez que a veria. A última vez que tocaria nela. Gostaria de poder lhe explicar toda a situação, mas sabia que se fizesse isso, ela não aceitaria a sua partida. Faria de tudo para que ele não se fosse. Então, desse jeito sem ela saber, tudo ficaria mais fácil.

– Vamos, cara. Temos que ir. - Chaz já estava de pé do lado de fora do carro. Justin fechou a porta que havia ao lado de Selena, e com uma última olhada, foi embora.

 Andaram para trás do carro das garotas, a onde o carro de Dylan O'brien se encontrava estacionado. O garoto esta acompanhado de seu melhor amigo, Ian.

– Então, elas acordam daqui a cinco minutos, certo? - Dylan começou. – Acho melhor andarmos logo com isso.

 De dentro do carro dele, saíram duas pessoas, exatamente iguais a Justin e Chaz. Com a mesma roupa, o mesmo corte de cabelo, basicamente o mesmo físico e rosto. Quase idênticos, com exceção de detalhes que você só poderia notar se estivesse frente a frente com eles.

 Dylan olhou para aquelas duas pessoas que agora sacrificariam suas vidas, um olhar sem emoção e sem pena.

– A dívida que vocês tinham comigo estará paga a partir do momento em que morrerem. Não irei atrás de nenhum amigo, ou familiar de vocês. A divida terá acabado. Vocês têm a minha palavra.

 As duas pessoas olharam para Dylan e assentiram. Não se sabe dizer se aqueles dois tinham medo da morte, ou ansiavam por ela.

– Vocês já sabem o que fazer.

 Eles seguirem em frente, enquanto os meninos ficaram imóveis ali.

– Dylan.. - Justin chamou. – Agradeço pelo o que você está fazendo, mas e se algum dia- O outro o corta na fala.

– Selena e Vanessa acordaram e verão aquelas duas pessoas morrendo, achando que é você e o Chaz. Não sobrará corpo algum para ser identificado. E enquanto elas lamentam a morte, vocês saíram do país e nunca mais iram voltar. Ninguém jamais vai descobrir. Não há falha alguma nesse plano. E você ainda poderá continuar em contato com a vida da garota que você ama, através de mim. Assim como Chaz saberá através de Ian. - Justin engoliu em seco e assentiu em silêncio. – Ótimo. Se não temos mais desavenças, você e seu amigo façam o favor de entrarem logo no carro e irem embora daqui antes que elas acordem.

 Justin e Chaz entraram em um carro separado de Dylan e Ian. Justin ligou o carro e deu a partida, saindo da ponte pelo outro lado. Mas mesmo estando longe, pode-se ouvir o grito que Selena deu, chamando pelo o seu nome. Deve ter acordado, e nesse momento, visto o seu “dublê” entrar no carro. Era cruel demais para ele saber que ela pensaria que o mesmo morreu. Mas para Max e James terem certeza de que os garotos estavam mortos, eles iriam observar as meninas. Iriam estar por perto para ver o comportamento delas em seu dia a dia. As meninas seriam a confirmação deles, para o que Dylan prometeu fazer.

 Justin pisou no acelerador quando ouviu como um sussurro mais um grito de Selena. Sua voz já estava bem longe, mas mesmo assim ele ainda conseguia ouvi-la. Odiava o que estava fazendo, e tinha medo de que algum dia alguém descobrisse que ele não estava realmente morto e fosse descontar a “quebra de acordo” em sua garota. Não teria opção se não, literalmente desaparecer. Como se não existisse mais. Como se estivesse realmente morto.

 

(Flashback Off)

 

 

(Pov Selena)

 

 

 12 de Julho de 2014.

 Manchester – Inglaterra, 18:20 p.m

 

 

 Quando a moto parou, eu desci e vi Justin descer logo em seguida. Ele me olhou como se esperasse que eu dissesse alguma coisa, mas ainda parecia impossível para mim que a minha voz saísse de minha garganta. Ao invés disso, meu corpo praticamente se jogou para cima dele, e eu o abracei com força.

 Alguns segundos se passaram até que eu sentisse ele envolver seus braços em minha cintura e também me apertasse contra si. Aspirei o cheiro de seu cabelo, de sua pele, e foi como se eu estivesse renascendo. Parecia perfeito demais para ser verdade. E, por um momento, me senti a mulher mais feliz do mundo novamente.

 Mas, de repente, me solto dele e meu corpo parece falar por si só, pois um tapa é desferido em seu rosto. Um nó se forma em minha garganta, mas dessa vez, consigo falar:

– Nunca... Nunca mais faça isso de novo.

 Ele mexe o maxilar e sua voz soa grossa ao dizer:

– Você continua forte.

– Eu te vi morrer. - Disparo. Minha boca parece ter vida própria pois começa a falar sem parar: – Te vi morrer em minha frente. Vi o carro correr em direção aquela ponte, vi ele derrapar e cair. Eu o vi sendo explodido, Justin! Eu te vi morrer. - Meus olhos já estavam marejados nesse instante. Mas acima de toda a confusão que estava reinando em minha mente, senti raiva por ter sido enganada. – Por que? Por que você teria coragem de fazer uma coisa dessas? Por que teria coragem de me fazer sofrer? Você prometeu que sempre iria estar lá por mim, disse que nunca me deixaria... Você quebrou as suas promessas.

 Ele ficou em silêncio por alguns segundos. Engolindo tudo o que eu disse, e apenas me olhando fixamente.

– Não posso pedir perdão por isso. E também não posso te contar o que aconteceu.

– O que?

 Meu queixo caiu diante de sua resposta. Sua postura estava tão indiferente diante da situação, tão fria. Não sei dizer como ele poderia estar assim, sendo que em comparação a mim, parecia que eu estava caindo aos pedaços.

– Você me deve explicações!

 Ele me ignorou e voltou a montar em sua moto.

– Sobe. Irei te levar pra casa. Isso tudo foi uma péssima ideia.

 Não sei se foi devido a raiva ou ao coração partido, mas me mantive firme e de pé.

– Eu não vou subir enquanto você não me der alguma resposta.

– Selena... - Meu nome soa com rudez em seu tom de voz. Ele vira o rosto para me olhar, e ainda contém a mesma expressão. – Não torne isso difícil. Suba logo.

– Não! Eu passei dias chorando por você achando que você estava morto. Passei noites acordadas e quase fui a loucura. Você tem noção do que eu senti? Tem noção de qual foi o meu estado? Você sequer se importa?

– Mas é claro que eu me importo!

– Então por que você nem ao menos tenta se explicar? - Ele suspira pesadamente.

– Não me faça perder a paciência com você.

– Pode ter certeza que a minha eu já perdi.

 Justin revira os olhos e respira fundo como se tentasse ter calma para não me atacar. E digo isso no mau sentido. Quando voltou a me olhar, sua voz saiu como a de um demônio prestes a me sacrificar:

– Suba na porra da moto!

 Com talvez um pouco de medo, ou implicância, decido subir. Mas ao invés de agarrá-lo por trás como eu fiz da última vez, agora eu apenas encosto meus braços ao redor de sua cintura.

– Se me segurar desse jeito, você vai acabar caindo da moto. - Ele diz.

– Prefiro cair ao ter que ficar ao lado desse seu novo eu. - Estou me referindo ao modo frio como ele está me tratando, e ele sabe disso.

 Sinto-o pegar em meus braços e então afirmá-los ao redor de seu próprio corpo. Ele vira um pouco o rosto para mim.

– Desse jeito. É para você ficar desse jeito até o final, me ouviu?

 Bufo em resposta. Estou nervosa demais para respondê-lo, ou dizer qualquer outra coisa.

 Justin liga a moto e dá a partida. Dessa vez a viagem não é como na primeira. Não estou me sentindo privilegiada e surpresa por ele estar vivo. Estou emburrada, segurando o nó em minha garganta, e extremamente confusa. Quero que cheguemos logo, pois o cheiro de seu perfume em minhas narinas não ajuda no processo que quero de ter que sentir o dobro de raiva. Só faz com que eu queira tocá-lo e beijá-lo.

 Quando sua moto para, percebo que parou na esquina de casa a onde foi a primeira vez que vi Chaz. Imagino que o mesmo esteja vivo também. E isso me faz xingá-los mentalmente.

 “Bastardos. Se fingindo de mortos esse tempo todo, enquanto eu a Vanessa passamos por uma tortura pessoal dia após dia.”

 Desço da moto, sem esperar que Justin desça também. Penso em ir marchando até em casa, mas fico imóvel em frente á ele, de braços cruzados.

– Você é um tremendo filho da puta! - Digo, trincando os dentes. Como ele ainda se sentia no direito de não me dar nenhuma explicação? Isso não fazia o menor sentido. Ele era o errado da história, e não eu. – Qual o seu problema?!

 Ele me ignora novamente, e tira um cartão de sua jaqueta. Me entrega ele e diz:

– Me ligue se precisar de alguma coisa. - Pego, de contra gosto e o olho com amargura.

– Então, é isso? Você só me dá a porra de um cartão e me pede para te ligar?

– Não conte a ninguém sobre isso. Nem mesmo a Vanessa, ou Ryan. Ninguém pode saber.

– Se você não parar de agir como se fosse a porra de um mistério, talvez eu não conte.

– Ninguém pode saber que eu estou vivo, Selena. Nem você poderia saber disso.

– Mas eu sei! Descobri o seu segredo, então abra o seu jogo comigo. - Ele me olha como se eu estivesse o entediando.

– Se você não fosse tão descuidada com a sua própria vida, eu não precisaria ter que te salvar.

– Mas eu não pedi para você me salvar. Não pedi nada disso! E eu sei me cuidar muito bem sem você. Fiz isso durante esses seis meses em que você desapareceu, e não estou morta, estou? - Fiz uma pausa, e retomei ao meu foco principal. – Me dê as devidas explicações que eu mereço!

 Justin ligou sua moto.

– Vou embora.

 Ele estava novamente me ignorando. E o ódio em minhas veias crescia a cada vez mais.

– Eu realmente quero te matar. - Digo, tentando soar convicta. Mas a resposta que ele me dá tira todas as minhas armaduras.

– Você nunca teria coragem o suficiente para me matar. Você me ama.

 Ele liga sua moto e novamente parte. Sem que dê tempo de eu dizer mais alguma coisa. Sem que dê tempo que eu o impeça.

 

 Guardo o cartão que eu recebi no bolso de meu jeans e caminho em passos firmes em direção a minha casa. Quando entro, Vanessa é a primeira a me receber de braços abertos. Ela me abraça fortemente, e apesar de esse ser um habito estranho para a mesma, dessa vez não encaro como algo novo. Ele vem tendo esses comportamentos desde que Chaz morreu.. Ou melhor, fingiu sua morte. Quero contar a ela, mas se da última vez Vanessa não acreditou em mim, o que a faria acreditar agora? Além do mais, mesmo que Justin não mereça, quero guardar segredo como ele me pediu.

– Eu andei te procurando. Me desculpe se eu te magoei, Sel. Não foi a minha intenção fazer com que você sofresse ainda mais. - Ela me solta e me olha nos olhos como se estivesse com um pouco de pena.

– Está tudo bem. Eu exagerei um pouco, foi só isso.

 Vanessa assente em silêncio. Talvez até ela já tenha pensado na possibilidade de o seu ex-namorado estar vivo. Mas a ideia parece tão absurdamente ridícula devido as circunstâncias que os vimos morrer. Mas era verdade. Eles estavam vivos. E eu simplesmente não conseguia entender como. Entendo que Vanessa tenha achado que eu alucinei com isso. Até eu, por um momento, achei difícil de acreditar.

– Vamos esquecer aquilo, ok? Que tal fazermos alguma coisa extremamente doce para comer, e assistirmos um daqueles seriados melodramáticos e misteriosos que você tanto adora? Sabe, aquele que tem a patricinha mimada da Blair que você tanto ama e tal. E a vadia da Serena, que eu – Ela aponta para si mesma. – Particularmente me identifico.

 Eu abro um pequeno sorriso e assinto.

– Eu cuido dos doces. - Ela diz e também sorri, mas passa uma de suas mãos pelo meu braço. – Está tudo bem mesmo, não é?

 Gostaria de dizer que não. Por que na verdade, apesar de ter um alívio enorme em meu coração por Justin estar vivo, eu também sentia-o sendo esmagado. E o próprio Justin é quem fazia isso. O jeito como ele me tratou foi algo surpreendente. Não achei que ele poderia agir de modo tão indiferente assim, ainda mais comigo.

– Está tudo bem. - Opto por mentir, por que infelizmente, isso é uma das melhores coisas que eu sei fazer.

 

(…)

 

 

 Depois de dois baldes de pipoca, brigadeiros e beijinhos que não me fizeram particularmente bem, potes de sorvete e vários episódios de Gossip Girl, Vanessa dormiu no colchão que tínhamos estendido no chão da sala. Já estava bem tarde, e Ryan ainda não tinha chego em casa, mas como ele sempre chega tarde, não dei muita importância.

 Eu me arrasto escadaria acima até o meu quarto, e quando entro, caminho até a sacada. Vejo a luz do luar acima de mim, e por um momento tolo penso em Justin e me pergunto se ele também está olhando. Quero tentar ao menos odiá-lo um pouco, quero tentar esquecer o modo como ele me tratou hoje, mas por algum motivo, acho que aquilo foi só de começo e que da próxima vez que eu vê-lo, ele voltara a ser o mesmo Justin de antes. E é por essa razão, que pego o meu celular e tiro do bolso do jeans o cartão que ele me dera mais cedo. E então, disco o seu número.

 Enquanto chama, sinto todas as barreiras de defesa que eu construí irem desmoronando. Todos os sentimentos de amargura desaparecem, e quando ele atende, meu coração amolece.

– Selena, qual o problema?

– Você me pediu para te ligar se eu precisasse de alguma coisa.

– Do que você precisa?

– De você.

 

 

 "Eu preciso do seu amor, eu preciso do seu tempo, porque quando tudo está dando errado, você faz dar certo."


Notas Finais


Vocês felizes porque o Justin voltou, mas vão ficar com raiva porque ele virou um completo idiota. (sim, eu tenho dessas) muahahaha ~~mas ainda teremos um clichezinho jelena aqui, pq sim
Faltou o Chaz e o Ryan. Sei que vocês querem ver esses dois logo, só não sei quando vou colocá-los. Talvez no próximo, quem sabe? To tentando ver a onde encaixo os benditos.
É isso. Já vou começar a escrever o próximo, então talvez não demore a sair.
Grandes beijoss <33


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