História Criminal Love - Airport

P.O.V Namjoon
 
      -JUNGKOOK!

    Min Sook apareceu em frente a porta chorando e indo em direção a ele. Mesmo com o sangue cobrindo quase todo seu corpo, ela o abraçou. Muitos da equipe apareceram pelo barulho e SeokJin logo tratou de chamar os para-médicos para leva-lo ao hospital mais próximo. Em relação a Min Yoongi e Jung Hoseok, ambos fugiram. Mandei um grupo de policiais irem ao aeroporto de Seul para que se eles encontrassem alguma linha aérea não identificada, ligarem imediatamente para nós. Também pedi para avisarem aos demais aeroportos do país e espalhar fotos na internet dos dois criminosos.

         Dentro da ambulância o clima se encontrava tenso. Uma máscara de ar foi colocada em Jungkook e detectamos diversas marcas de pequenos projéteis. Os médicos especularam que talvez ele tenha sido atingido cinco vezes. Por sorte, nenhuma das balas se alojaram em seu corpo e nem chegaram a atravessar porém, ossos foram levemente fraturados.
  
         Os enfermeiros aplicaram gazes nos ferimentos para fazer pressão e controlar o sangramento. Com certeza precisaríamos de transfusão. As gazes eram trocadas logo que ficavam totalmente vermelhas e úmidas. Assim que o sangue foi estancado, fizeram curativos com gazes e bandagens só até chegarmos ao hospital.

       Chegamos ao hospital mais próximo cerca de 15 minutos depois. A ambulância foi direcionada à ala de emergência e enfermeiros nos esperavam. Levaram rapidamente a maca onde Jungkook se encontrava para a sala de cirurgia. Min Sook se desesperava por não poder vê-lo e as enfermeiras deram um pequeno comprimido para deixa-la mais calma.

      ~~~Quebra de tempo~~~

         Esperamos cerca de 12 horas. Já se passava da hora do jantar mas nenhum de nós tinha fome, apenas o sentimento de preocupação nos consumindo. Recebi diversas ligações dos policiais da equipe avisando sobre o alerta nos aeroportos. Tive a excelente notícia de que enviaram o caso para os telejornais. Todos estavam a procura dos criminosos e logo receberíamos noticias do paradeiro.

         Escuto o barulho da porta se abrindo e me levanto rapidamente. O doutor na qual estava cuidando de Jungkook cruzou os braços e nos encarou.

          -Infelizmente tenho boas e más notícias. -O doutor disse.

          -Por que doutor? -Perguntei.

          -A boa notícia é que, seu amigo tem sorte. Tínhamos bolsas de sangue A, o que tornou possível recuperar tudo o que ele perdeu.

           -E a má notícia?

           -O senhor Jeon terá que abandonar a carreira na polícia por um tempo. Seu corpo está extremamente fraco. Encontramos sinais de desnutrição que por pouco, não causaram algo pior. O trabalho está o impossibilitando de ter uma condição saudável.

           -Mas isso não foi causado pelo ocorrido?

            -Certamente, não. Por ser do cargo policial, o senhor Jeon poderia ter reagido ao ataque dos criminosos mas seu corpo estava fraco para reagir antes mesmo de acontecer algo. Ele precisa de mais cuidados para evitar crises de exaustão.

             -Por quanto tempo ele ficará internado?

             -Ainda não sabemos. Por mais que não seja grave, precisamos garantir que todos os ferimentos estejam cicatrizados e que seu organismo esteja mais forte. Provavelmente em duas semanas ele já estará liberado.

            -Obrigado doutor. Ele pode receber visitas?

             -Ele está desacordado pela anestesia mas podemos dar um tempo para vê-lo. Siga-me.

         Chamei Min Sook que estava cochilando em uma das cadeiras da sala de espera e o seguimos. Entramos no quarto e vejo Jungkook deitado com ataduras nos braços, pernas e tronco. Aqueles eram os lugares onde tinha sido atingido. Seu rosto estava inchado com algumas bandagens e roxos pelas bochechas. Fiquei parado em frente a cama enquanto observava Min Sook indo até ele. Ela fazia carinho delicadamente na bochecha esquerda de Jungkook e seus olhos marejavam ao vê-lo em tal estado. Com certeza isso não era normal, quando a recebemos na penitenciária, constavam que seus problemas psicológicos eram sérios e que precisavam de tratamento mas com tudo o que aconteceu, ela se comportou como uma pessoa normal. Soube controlar seus sentimentos e até mesmo sua fala. Ela nunca havia dialogado com tanta clareza como fez comigo por telefone e pessoalmente. Antes que Jungkook receba alta, vou leva-la para fazer alguns exames.

          Com toda a certeza me sinto culpado pelo ocorrido. Por mais que Jungkook tenha feito a besteira de fugir, eu nunca poderia ter dado tanto trabalho a ele. Desde que estamos em treinamento, ele se esforçou ao máximo para chegar onde queria. Deu tudo de si. Não sei como ficaremos após a volta dele mas farei de tudo para evitar problemas...

             P.O.V Yoongi

         -QUE PLANO FOI ESSE? -Hoseok gritava no carro.

          -Foi a única coisa que eu consegui pensar.
  
           -ATÉ PORQUE, COLOCAR UM REFÉM PRA FALAR NO TELEFONE É UMA ÓTIMA IDÉIA!

            -Não me enche a porra do saco. -Eu disse dirigindo.

            -AGORA O QUE VOCÊ VAI FAZER? AINDA QUER BUSCAR AQUELA PUTA?

            -Ou você para de gritar ou sai do meu carro agora.

            -EU NÃO VOU PARAR, VOCÊ QUE FAZ A BURRICE E EU SOU O CULPADO?

            -SAI AGORA! -Parei o carro rapidamente.

            -Se você me deixar aqui eu invento qualquer história pra polícia e você volta para a penitenciária. O que você escolhe?

             -Se eu for, você vai junto. -Respondi.

      De algum jeito, consegui calar aquele inútil. Saímos o mais rápido que pudemos depois que atirei em Jungkook. Não faço idéia se o filho da puta está vivo. Desisti de procurar Min Sook, agora a única coisa que eu quero é sair do país o quanto antes. Precisarei ir em alguma agência bancária tirar dinheiro para subornar algum idiota que me deixe passar na sala de embarque. Eu não posso voltar a fazenda em que trabalhava porque acabei a vendendo para os norte-coreanos. Eles estão trabalhando duro pelas armas então não posso atrapalhar.

          Dirigi até a cidade vizinha e busquei a agência bancária mais afastada que existisse. Estacionei o carro em uma rua com pouca iluminação apesar de estar de dia e um homem mal vestido com um cigarro entre os lábios veio em minha direção. Eu havia parado ali exatamente por causa dele.

           -Quem é você? -O morador de rua perguntou.

            -Não te interessa mas posso te ajudar. Gostaria de ganhar um dinheiro?

             -Como? -Ele me olhava dentro do carro.

             -Simples, eu vou te dar o meu cartão bancário e você vai até ali e tira o quanto você quiser. -Eu disse apontando para o banco no outro lado da rua.

             -Só isso?
 
             -Sim. Não é simples? Mas lembre-se de voltar aqui quando terminar.

             -Fechado.

       Eu o entreguei o cartão de cor preta e o homem se afastou de mim atravessando a rua. Enquanto ele seguia até o outro lado, desci do carro, saquei minha pistola do cinto amarrado à minha cintura, engatei o silenciador e a escondi novamente atrás do meu corpo impossibilitando e visão dele sob a arma. Em menos de 10 minutos o homem já estava de volta com cerca de cinco envelopes em mãos. O mesmo voltou até a rua e parou à minha frente.

        -Deixe-me ver... -Peguei um dos envelopes e o abri. -Muito bom..

         -E agora? -O homem perguntou

         -Agora... Você morre.

       Peguei rapidamente a arma carregada e apontei para a cabeça do homem logo disparando. O barulho não foi tão alto porém, perceptível. Arrastei o corpo do homem até um corredor onde havia sacos de lixo e o deixei entre eles. Entrei no carro guardando o dinheiro em uma mochila e logo dando a partida para sair daquela rua.

         -Você mata todo mundo que você conhece? -Hoseok me pergunta.

         -Na maioria das vezes.

         -Por um acaso... Você não tem intenção de me matar não né?

          -Depende... Se você ficar quieto, não. Mas se continuar me perturbando, quem sabe...

      Hoseok voltou a olhar para frente e voltei minha atenção ao volante... De algum jeito, teríamos que esperar até a noite para pegarmos um vôo vazio. Quanto menos pessoas nos vissem, melhor.

       ~~~Quebra de tempo~~

       Ficamos por volta de cinco horas dentro do carro esperando até que o sol se pôs-se. Escolhi uma espécie de estacionamento privado para caminhões para poder ficar em segurança sem que policiais vigiassem o local. Assim que deu o horário, liguei o carro, paguei o estacionamento e dirigi até o aeroporto. Não precisaríamos comprar a passagem antes por receio de não ter lugares pois pegaríamos qualquer avião para fora da Coréia.

         Assim que chegamos, peguei uma máscara e a coloquei. Quem me visse, pensaria que estou com apenas um resfriado e que não quero transmiti-lo para alguém. Dei uma para Hoseok também e colocamos bonés para escondermos ainda mais. Estávamos em uma época fria então ninguém iria estranhar a quantidade de roupas e acessórios nos cobrindo. Descemos do carro e caminhamos até a entrada do aeroporto. Entramos na fila para comprar as passagens e pelo painel que indicava os próximos vôos, havia um com horário muito próximo e que ainda não havia esgotado. Filipinas. Não me importava o que nós iríamos fazer lá. Apenas precisaríamos de passagens o mais rápido possível. Chegando na nossa vez, apresentei meus documentos falsos e a mulher que me atendia me pediu para que eu tirasse a máscara pois não estava conseguindo me ouvir. Com receio, a tirei e a mesma arregalou os olhos levemente mas continuou ao trabalho logo nos liberando dizendo que chamariam nosso vôo brevemente...