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História Criminals - You must be haunting me...


Escrita por: swanperrylla

Notas do Autor


OI VOLTEI EU ODEIO DEMORAR TANTO, MAS TO AQUI...

Só pra não deixar ninguém confuses: esse cap já é o plano dos dois sendo colocado em prática. Como não teve nada explicando isso, aí estão os rápidos flashbacks pra vocês entenderem o que desencadeou cada situ. Eu tava imaginando tipo cena de filme, que a personagem tá executando o plano e aí tudo que a ajudou a fazer aquilo começa a ficar claro com umas cenas avulsas que passam enquanto ela anda por X lugar............ KMOAJDOW mas eu to viajando. Espero que eu tenha conseguido transmitir pelo menos um pouquinho disso...

Obrigada por me acompanharem <3
VOI LÁ E BOA LEITURA

Capítulo 8 - You must be haunting me...


O táxi parou exatamente na frente do gigantesco estabelecimento. Eu dei a grana para o motorista e lhe disse para ficar com o troco. Saí do carro e bati a porta nas minhas costas. Sem tirar os óculos escuros (mesmo o tempo estando bem nublado) analisei o prédio de baixo para cima e abri um sorriso mais superior que consegui. 

Segunda à noite 

"Um vestido, um sobretudo, saltos altíssimos..."

"O que é isso?"

"Uma lista das peças que tenho que adquirir hoje."

"Do que você está falando?"

"Bem, vamos resolver as coisas para quarta-feira certo?"

"Sim."

"Então. Preciso arrumar uma roupa decente para pisar novamente naquele lugar."

"Hm... Acho digno."

"Ok. Pensando nas coisas sérias agora, o que temos que fazer e comprar?"

"Celular novo. Um pen drive. Óculos escuros."

"De marca por favor!"

"Vou te poupar dos meus olhos se revirando. Bem... Roupas novas. Uma ligação para a secretária e outra para sua mãe... Acho que só."

"Ligarei para a secretária hoje mesmo, mas depois de comermos. Estou com fome."

"E quando não né..."


Estalei vagarosamente meus saltos pelo lobby que estava lotado como sempre. Muitas pessoas entrando muitas saindo, falações e terninhos ambulantes usando celular. Continuei andando e observando o ambiente com as mãos dentro dos bolsos do meu casaco preto que cobria o vestido vermelho vivo colado nas minhas curvas bem acentuadas. A movimentação parecia estar em câmera lenta. Não apenas os meus passos, o barulho do meu salto e os meus fios de cabelo contra a corrente de vento que vinha quando abriam as enormes portas da frente, mas também as bocas se mexendo em gritos raivosos, as mãos freneticamente movimentando-se para encontrar algo, as vozes discutindo sobre negócios... Tudo. Qualquer partícula de coisa a minha volta parecia se mexer com lentidão. 

Como de costume naquele lugar você não recebia nenhum "bom dia" se não dissesse primeiro ou sorriso algum e o total de zero olhares. 

Mas isso se você fosse uma pessoa normal, como eu estava sendo naquele dia frio de quarta-feira. Eu era mais uma formiga no meio do formigueiro trabalhador. Mas era perfeito para o momento: eu só precisava passar despercebida e ficar calada. 

Depois do que pareceu um dia todo atravessei o térreo e entrei no elevador sozinha. Apertei o 12º andar e aproveitei a pequena viagem tranquila como nunca antes. 

Terça à tarde 

"Regina!"

"Mamãe, eu e Robin já pensamos em tudo e temos um plano."

"Certo. O que eu devo fazer?"

"Fique onde está e reserve mais duas ou três noites no hotel. Ligarei para dar as informações necessárias."

"Ok, querida. Mais alguma coisa?"

"Não. Vai dar tudo certo, mãe! Nós vamos acabar com isso finalmente!"

"Você não consegue imaginar o tamanho do meu sorriso com esse seu ânimo..."

"Amo você."

"Também te amo. Tome cuidado."


As portas se abriram e antes de continuar a caminhada para o meu destino olhei para os dois lados como se fosse atravessar uma rua, só que nesse caso eu estava checando se havia sinal de alguém conhecido. 

Ninguém.

O corredor estava praticamente vazio e então, ainda com os óculos escuros no rosto virei a direita e apressei um pouco meu passo. Com as mãos, coloquei meus fios curtos atrás das orelhas e retirei do bolso um chaveiro cor de rosa acompanhado de duas chaves. 

Terça à noite

"Aqui está."

"Não acredito que conseguiu isso!"

"Mas é claro que sim!"

"É loucura."

"Eu sei. Não pense que não estou preocupado com você, tá legal? Queria poder grudar uma câmera, uma escuta e um localizador em você."

"Que exagero, Robin! Eu sei me cuidar! Pelo menos naquele território sim."

"Você tem certeza de que nenhum dos dois estará lá?"

"Sim. Mas vou ligar para Mary novamente."

"Eu agradeço." 


Girei a maçaneta e sorri quando encontrei a porta trancada. Usei uma das cópias das chaves que me foram dadas e adentrei a sala. Não havia mudado muita coisa desde quando eu tinha deixado de ir lá. 

Segunda à noite

"Alô?"

"Mary Margaret?"

"Regina?!"

"Sim!"

"Oi querida! Aonde você se enfiou?! Por que sumiu?"

"Eu não posso falar disso agora."

"Ah! Tudo bem..."

"Na verdade preciso de um favor, se não for incômodo."

"Para você não! Claro que não! Diga-me."

"Preciso que veja na agenda do meu pai se ele e Graham terão reunião fora da Mills na quarta-feira. Está com ela fácil?"

"Por sorte! Espere um segundo... Aqui! Sim! Estarão em Queensbury durante o dia todo!"

"Está brincando?!"

"Não! Sairão cedo e a previsão de chegada é só as seis da tarde, quando Sr. Mills tem uma nova reunião."

"Obrigada, querida!"

"Não há de quê!"

"Eu até diria que nos vemos logo, mas acho que não será possível."

"Está pensando em voltar, Gina?"

"Não! Não... Mas não esquecerei de você!"

"Tudo bem! Não sei o que você está planejado, mas pra qualquer coisa: dá na cara deles Regina! Você é bem mais do que eles falam."

"Obrigada, Mary."

"Não por isso..."


Agradeci mentalmente a Mary Margaret por eu estar sozinha no escritório naquele momento. Tive outra crise de euforia interior quando vi o computador pessoal de Graham bem em cima de sua mesa. Idiota. Sentei-me na cadeira de couro giratória e liguei a máquina. Esperei que ela iniciasse, mas a pequena demora já estava me irritando. Eu não tinha tempo de sobra... 

Os vultos passavam pelo vidro trabalhado e embaçado e eu só conseguia me sentir mais e mais nervosa. Trocava o olhar da tela do computador para a porta freneticamente. Não podia, mas parecia que algo ruim estava para acontecer...

Segunda à tarde 

"Que Henry Mills está precisando de um assassino de aluguel. Está a fim de se candidatar?"

"O que ou quanto quer para desistir do emprego?"

"Nada do que você me oferecer baterá a proposta do Mills."

"E qual foi?"

"Não lhe interessa, Locksley."

"Fique longe dela, Jones."

"Aham. Quando na sua vida você me viu longe de um alvo?"

"Nunca. Mas também, nunca que você me teve defendendo um deles."


Coloquei o pen drive no computador e passei os olhos rapidamente por cada arquivo com um nome que achei adequado para documentos tão importantes e a cada pasta aberta me deparava com senhas ridículas que Graham havia colocado para que ninguém tivesse acesso... Coitado... Seria uma pena se meu atual namorado tivesse hackers profissionais a seu favor.Ri da minha besteira interior e selecionei uma nova pasta quando todo meu corpo congelou, meu coração parou de bater e minha respiração foi cortada.

"Regina?!" David parou embaixo do batente da porta boquiaberto e me olhou com uma expressão mista de confusão e felicidade. "O que está fazendo aqui? Onde raios você tinha se enfiado?"

"Shhhh! Tranque a porta." Fechei o computador que estava manuseando e tentei retomar as batidas do meu coração para um ritmo normal. 

"O que está acontecendo?" Ele justapôs as sobrancelhas e me encarava sem parar. "Olha o seu cabelo!"

"Só faça o que pedi. Já te explico." Sussurrei me precavendo. 

"Como você está?" O sorriso branco em seu rosto mostrava o quão aliviado ele estava por me ver e a mínima noção que ele tinha de que eu estava desaparecida por causa de Graham. 

"Nada bem." Dei de ombros já mais calma. Eu não tinha o que temer quanto a David, apesar de trabalhar para Mills e ser conhecido como não apenas o braço, mas toda a parte direita do corpo de meu pai, David era leal a mim. 

"Por que sumiu, Gina?" Suspirei parte para ganhar tempo pensando em algo e parte por ele ter me chamado de Gina...

"As coisas estavam péssimas sabe? Em casa, aqui. Eu estava ficando louca com todo mundo então resolvi tirar umas férias." O sorriso amistoso e convidativo não saía de seu rosto. 

"O pessoal está dizendo por aí que você fugiu..." Ele encostou-se à mesa que eu sentava e cruzou os braços fortes e musculosos escondidos debaixo do terno azul petróleo bem cortado. 

David era vaidoso como uma mulher, mas viril como um homem deveria ser. Tinha bom gosto e o usava extremamente bem, combinava com seu ego gigante e sua fome por teimosia. Ele possuía todas as características para ser um cara desprezível, mas conseguindo o contrário, David era irresistível. E eu nem sabia disso.

"Eu não fugi. Só não... Avisei que sairia..." 

"Isso é maluquice." Ele riu um pouco e eu me permiti sorrir para não parecer que estava mentindo. 

"Não quando se tem a minha vida." Disse descontraída, já acostumada, mas ele logo presumiu meu desconforto e escondeu o sorriso. 

"Certo. É justo." Nos olhamos por alguns segundos. 

David sabia das coisas que eu passava. Ele se juntou ao time da Mills logo quando a empresa abriu e eu tinha 17 anos. Andava pelos corredores a procura de uma diversão naquele lugar sem ser meu pai enchendo minha paciência para levar o estágio a sério. Foi quando o encontrei na sala de cópias. Ele vestia uma camisa branca quase apertada e uma gravata que incrivelmente realçava os olhos azuis aos quais me deparei de primeira. "Regina Mills se não me engano?". Lembro de seu sorriso atingir minha grande inexperiência com a atração que eu sentia por homens mais velhos. "Sou David Nolan, trabalho para o seu pai. Muito prazer em conhecer a princesa desse reino todo". Eu tinha 17 anos e cheirava a morangos. Ele tinha 27, braços fortes, roupas finas, barba sempre bem feita, um sorriso encantador, a voz de um deus e um jeito único de me fazer ficar sem graça. Era óbvio que eu iria procurá-lo novamente. 

David foi então a nova desculpa e a tão esperada aventura que eu procurava na Mills. Passei a ir mais dias por semanas e a ficar mais horas por dia na empresa. Meu pai estranhou, mas simplesmente achou que finalmente tinha dado um jeito um mim. Eu estava empenhada e minha parceria com seu "braço direito" seria uma experiência ótima. Na época eu ri mentalmente daquele comentário e pensei "Que bom que ache papai, talvez ele seja seu genro", mas repetindo, eu não era nem maior de idade.

Mas apesar de tudo, éramos uma dupla incrível. Ele inflava meu ego e eu idem. Tínhamos uma química escandalosa e uma conexão fora do normal. Éramos unha e carne em qualquer situação, literalmente: na empresa ele me dava forças e eu ia crescendo, na cama ele me dava a base e eu me deliciava, na vida eu errava e ele me ensinava o contrário. Costumávamos nos conter com aquilo. Sexo e o trabalho, era do que vivíamos. 

Porém, conheci Graham. Maldito. Me seduziu e fez-me apaixonar por ele. Bem, e deu certo. Nos casamos e foi quando minha vida se tornou um inferno, não apenas no meu casamento, mas na Mills também. Henry usava e abusava da minha rapidez e inteligência para as coisas e claro me colocava na cruz por todo o escândalo que eu havia feito na tentativa de não me casar. Na mesma época em que eu me afastei de David e o disse que o que tínhamos era carnal e não sentimental. Claro que ele concordou, mas senti uma pontada de "você me traiu" naquilo tudo e parecido com Henry passou a me tratar friamente dentro da empresa. 

Num desses dias infernais, David me flagrou chorando num corredor e me abraçou. Ele quis saber o que estava acontecendo e por que eu chorava tanto. Eu não lhe poupei detalhes. Contei tudo de tudo desde quando paramos de nos falar e Graham e eu aparecemos noivos. David não disse nada sobre o assunto, apenas me elogiou sobre ser tão forte e como eu ficava linda com lágrimas escorrendo pelo rosto. E eu sinceramente não lembro se era por estar tão machucada e tão desiludida ou se era real, mas no momento em que os olhos azuis dele pareceram me dizer "vai ficar tudo bem, eu estou aqui" senti um aperto no coração e percebi que nunca deveria ter deixado nosso relacionamento, se era aquilo o que tínhamos, morrer. 

"Eu também estou na merda. Acho que Kathryn vai me pedir divórcio."

"Foi o que você sempre quis." David evitou meu olhar, mas mesmo assim fitei-o. 

O complicado foi a parte em que começamos a nos encontrar pelos corredores novamente. Cheios de amor pra dar e de coisas novas a experimentar juntos, porém ambos com o quarto dedo esquerdo ocupado por um anel. E não, eles não eram compatíveis. 

"Eu não sei mais, Regina. Eu gosto dela." David subiu os ombros me cortando o coração. 

"Gostar não é suficiente."

"Eu não tenho mais ninguém." Disse sério, mas sem se afastar de mim. 

"A vida te dá novos começos, David."

"Do que adianta novos começos se você não consegue se desprender de algo do passado?" Ele deu uma risada irônica e cheia de melancolia. 

"Aonde quer chegar, Nolan?" Fitei os olhos que já tanto adorei bem a minha frente enquanto ele se mexia inquieto. 

"A lugar nenhum. Só é uma merda querer alguém e não poder tê-la." E pela segunda vez eu estava escutando o mesmo discurso. Temos algo aqui Regina, não podemos jogar essa vontade de viver fora...

"David era melhor para todos nós." Levantei da cadeira e parei de olhá-lo. 

"Foi bom pra você? Porque pra mim não." Eu queria conhecer o novo David para saber se naquele momento ele estava com raiva de mim ou não... Podia parecer óbvio olhar naqueles olhos e concluir o que ele estava sentindo, mas eu tinha receio até de afirmar o que estava claro em sua expressão. 

"Certo. E o que você quer que eu faça?" Arregalei os olhos sem saber como reagir.

"Jante comigo. Hoje." A expressão firme e sedutora dele me confundiu um pouco. 

"Enlouqueceu?" Juntei as sobrancelhas. 

"Não." Ele me olhava com tanta naturalidade e desejo que me recusei a desviar minha visão dali. 

"David eu tenho..." Repensei antes de falar "namorado" por inúmeros motivos que não irei nem citar. David mesmo resolveu completar. 

"Compromisso?" Arqueou uma sobrancelha. 

"Sim. Um compromisso, mas tudo bem. Eu posso desmarcar e ir jantar com você se isso for te fazer um pouquinho mais feliz." Aceitei depois de pensar duas vezes como sempre dizem. Era uma boa oportunidade da qual eu poderia tirar não uma, mas várias vantagens. 

"Apesar de ter os beijos mais filhos da puta desse mundo Regina você é uma boa amiga. Sempre foi." Ele sorriu sincero e eu senti aquilo em seu tom de voz. 

"Por que sempre temos que brigar antes de nos entendermos?" Pendi a cabeça ao falar e ele finalmente desencostou da mesa a minha frente. 

"Eu gostaria de entender por que somos assim tão..." David aproximou-se de mim e a palma de uma de suas mãos alcançou um ponto consideravelmente alto na minha cintura por dentro do casaco. A região da minha pele ferveu e a sensação era que o fino tecido do vestido tinha derretido, sumido. "Teimosos." Queria negar que nossos olhares pareciam ser os mesmos de anos atrás, mas simplesmente não dava. Continuávamos com o mesmo fogo que costumávamos ter. 

"Eu não posso fazer isso..." Eu tinha certeza que nossas bocas já estavam coladas, mas aquilo era apenas loucura. Eu estava anestesiada apenas por seu toque não queria nem imaginar o que seus beijos pudessem me causar depois de tanto tempo. 

"Você diz... Aqui?" Ele se referiu ao escritório e pude perceber por seus olhos rodarem o local. Eu sorri sem me mexer de perto dele. Aliás, eu estava petrificada. Se ousasse mexer um músculo poderíamos causar um incêndio naquele prédio e aquilo não seria nada favorável à minha imagem. Ainda mais que eu estava sumida...

"Digo... Sim... Aqui..." Ele percebeu o quão vulnerável eu estava, talvez pela merda da minha voz um tanto trêmula. O que eu podia fazer? Estava quase tremendo inteira só de imaginar. 

"Ótimo." Ele andou para longe repentinamente e acomodou-se na cadeira. "Agora eu posso saber o que estava fuçando no computador do seu marido? Ciúmes? Desconfiança?" Merda. Ele havia percebido. Consertei minha expressão desconcertada pelo seu recém-toque num segundo. 

"Cala a boca, Nolan. Eu daria graças se Graham desse atenção para vagabundas, mas ele simplesmente trai e volta correndo para mim como se eu não soubesse de nada, como se me adorasse." Encolhi os ombros mostrando-me exausta da situação. 

"Ele adora. Na realidade você é tanto que ele não consegue lidar sem tentar se mostrar o homem mais viril da terra." Novamente nossos olhares se encontraram e eu fiquei sorrindo para ele até que... O meu bolso vibrou. 

"Preciso ir." Robin ficaria furioso que eu tinha me arriscado tanto e não conseguido nenhum documento.

"Tudo bem. Devo omitir que..." Uma de suas mãos apontou para minha direção e eu, percebi David analisar todo o meu modelito. 

"Se puder me fazer esse favor...?"

"Ok. Você continua sumida." Fez uma mímica cerrando sua boca e piscou. 

"Obrigada."

"Você não precisa agradecer..."

"Diga discretamente a Mary Margaret que mandei um beijo. Até mais tarde." Passei para o outro lado da mesa e delicadamente beijei sua bochecha demorando inúmeros segundos propositalmente. 

Andei mexendo meus quadris um pouco mais que o normal e fechei a porta do escritório o deixando sozinho. 

Quarta de manhã 

"Você tem certeza que consegue fazer isso sozinha?"

"Sim. Não se preocupe. Apesar de eu estar apavorada..."

"Respire. Todo esforço trará resultado."

"Você quis dizer toda tortura."

"Ok. Isso também... Regina."

"Sim?"

"Não confie em ninguém, por favor eu te imploro. Não fale com ninguém, não olhe diretamente pra ninguém...."

"Robin! Aquela empresa foi onde praticamente eu nasci. Talvez as pessoas me reconheçam."

"Eu sei. Me desculpe. É só que... Não confie em nenhum estranho e saia de lá o mais rápido possível."

"Se eu perder a noção do tempo?"

"Eu te dou um toque."

"Como se a minha pessoa está offline?"

"Aqui está insuportável..."

"Ah! Estava demorando! Obrigada. Uau... Dá até para tirar foto."

"Você é ridícula."

"Me desculpe... Força do hábito..."

"Certo. As chaves?"

"Aqui."

"Pen drive? Celular?"

"Confere os dois."

"O sorriso da Regina Mills que eu conheço?"

"Idiota..." Beijou-o. "Aqui..."

"Ótimo. Se algo der errado grite."

"Literalmente ou..."

"Primeiro tente me ligar, se não der certo pode berrar que eu vou sentir que há algo errado mesmo estando quarteirões distantes."

"Ok..."

"Boa sorte."

"Obrigada. Ei, eu..."

"Eu sei..." Ambos sorriram.

"Táxi?"


Um homem não muito alto, moreno e com (não pude deixar de perceber) olhos azuis cristalinos parou ao meu lado na espera do elevador. Quando o mesmo chegou e as portas se abriram nenhum de nós moveu um músculo se quer.

"Pode entrar!" Eu abri um sorriso e ele fez o mesmo. 

"Que isso... Vá na frente." Apontou-me o elevador. 

"Vamos juntos então!" Era a única maneira de sair dali rápido e sem trocar muitas palavras com ele, assim como Robin havia me dito para fazer. 

"Certo... Tudo bem." Ambos entramos e quando ele apertou o terceiro andar mordi a bochecha agradecendo os últimos segundos que teria sozinha. 

"Sabe, você é uma linda mulher Regina." Arregalei os olhos e o fitei assustada. 

"Com-Como sabe meu..." Minha voz estava trêmula novamente, mas dessa vez de medo. 

"Pena que só faz burradas." O homem ignorava minha reação em 200%. 

"Quem é você?"

"Se eu me apresentasse perderia a graça." Ele abriu um sorriso gigantesco e um pouco ameaçador. "Você é realmente linda demais, então resolvi que isso é apenas um aviso. Não te machucarei. Fique calma." Suas frases eram cheias de sarcasmo e a cada palavra ele se aproximava um centímetro de mim. 

"Do que você está falando?" Tentei me recompor, mas o elevador parecia ficar cada segundo menor. 

"Diga a Locksley que eu estou mais perto do que ele pode imaginar." Semicerrou os olhos e um sorriso vingativo o abordou. 

"Eu não sei quem você é..." Molhei meus lábios brancos. 

"Descreva-me. E não esqueça do meu sorriso e dos olhos azuis por favor..."

"E-eu..." Novamente iniciou uma fala para o nada, como se eu não estivesse ali. 

"Ou quem sabe... Só diga para ele: tique-taque." As portas do elevador se abriram e o homem estranho deixou-me sozinha encostada no fundo do cubículo. 

Anos antes 

"Robin saia daí de perto!"

"Não posso deixá-la morrer Killian!"

"Você não vai conseguir soltá-la!"

"Não sozinho!"

"Me desculpe."

"O QUE?"

"EU NÃO POSSO MORRER PELA SUA MULHER, LOCKSLEY. ME PERDOE."

"Ordinário! Desgraçado! Eu achei que pudesse confiar em você!"

"Mas você pode! Eu só preciso ficar vivo."

"E para quem em? Se eu morrer sua vida acaba."

"Então morra Robin! Morra pela sua mulher, morra por Marian. Foda-se. Eu tenho amor à minha vida. Não vou me tacar perto de uma bomba para salvar sua donzela."

"Suma. Vá embora. Eu não quero olhar pra essa sua cara nunca mais. NUNCA!"


Saí no térreo, novamente vestindo os óculos escuros, mas dessa vez minha respiração estava descompassada, meu peito quase não aguentava de dor. Os movimentos a minha volta estavam rápidos demais, eu sentia as batidas do meu coração em minhas têmporas e meus músculos começaram a falhar. Praticamente corri para fora da Mills cambaleando em duas pernas dormentes que me guiavam pela calçada lotada de gente andando para lá e para cá. 

"Táxi?"


Notas Finais


Me perdoem pelo pouco de conteúdo que coloquei nesse cap... o próximo aguarda....... E galeres, espero que vocês tenham feels por evilcharming... Quem não tem uns né... beijox


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