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História Crise no Paraíso - Reconquistar Ele


Escrita por: MerisDeluxe

Notas do Autor


UHULLLLLLL Muito feliz com tantos comentários lindos, jaja vou ler cada um e comentar, agradecer adequadamente.

Capítulo 17 - Reconquistar Ele


Quando se levantou naquele dia, Ambry nem nos seus mais ocultos devaneios havia imaginado viver uma situação daquelas. Após atender seus clientes durante toda manhã, ela decidiu passar no Clark apenas para comer algo rápido, porém nunca poderia pensar em encontrar com Jenny e muito menos ser convidada para almoçar com elas e suas amigas. Ela não costumava ir muito almoçar ali, pois o preço de um pedaço de carne dava para comprar no mínimo uns 6 kilos da mesma carne no mercado, entretanto estava cansada demais para ficar procurando um bom e barato restaurante perto do hotel. Ao entrar no local ficou menos de 5 minutos na sua mesa, até Jennifer a notar e a chamar para almoçar com ela e as amigas. Ao sentar na cadeira colocada ao lado de Lemetz a pedido desta, Ambry recebeu 9 olhares de reprovação por esse seu ato o que a fez se sentir um tanto quanto incomodada e a acuada pela recepção. Ambry analisou brevemente o perfil de cada amiga de Jenny, e todas também pareciam ter quase a mesma idade, uns 22, 23 ou 24 anos no máximo. Ambry com seus 27 anos de experiência, respirou fundo expulsando todos seus medos não iria deixar aquelas pivetes a deixarem calada em seu canto. Mera ilusão.

No começo como toda boa anfitriã, Jenny tentou integrar Ambry na conversa a fazendo interagir com as outras, mas todas só mantinham o diálogo com Ambry por um breve momento apenas para agradar Lemetz. Ali Jennifer era rainha e todas aquelas poderosas mulheres suas dedicadas criadas, prontas a atender prontamente a qualquer ordem superior. Lemetz ditava as regras mandando e desmandando quando a fosse conveniente, ali ela tinha todo o poder no qual não conseguia ter em seu relacionamento com Jerry pensou Ambry. Todas servas se matavam por um sorriso de aprovação de Lemetz, se esforçavam para serem notadas e terem sua atenção mesmo que de relance. Toda aquela confiança de si mesma presente em Jennifer naquele almoço, assustou Ambry por completo. Para Ambry era assustador perceber uma Jennifer não submissa as suas ordens. Uma Jenny com opinião própria e tomando suas próprias decisões. Uma verdadeira mulher e não uma menina acuada tentando agradar o namorado.

Sentada ali tentando se encaixar naquele grupo, mesmo sabendo ser impossível, Ambry começou a reparar atentamente em todas as mulheres sentadas na mesa. Havia visto todas no jantar beneficente e pelo menos umas 6 ela havia notado conversando diretamente com ele, então logo uma delas deveria ser a namorada do seu Tom. Após uma longa análise das “suspeitas” ela chegou à conclusão que só podia ser uma linda ruiva na qual todas chamavam de Briana, e naquele instante começou a odiá-la. Odiou o modo como ela comia cheia de requinte usando todos os talheres, o sorriso contido da mesma e o modo sexy desproposital no qual balançava os cabelos, mas odiou mesmo notar o quão íntima ela parecia ser de sua Jenny, sua única amiga. Briana fazia o estilo de Kaulitz, suas frases sempre pareciam carregadas de arrogância, a mesma era segura de si e extremamente sexy, mas aquele típico sexy sem ser vulgar. Porém aos olhos de Ambry, Briana parecia mais com uma víbora anoréxica prestes a dar um bote com um veneno lotado de raiva e inveja.

De propósito Ambry começou a chamar a atenção de Jenny para si em toda vez na qual Briana abria a boca para falar algo, apenas para irritá-la e como um peixinho logo Briana caiu na isca de Ambry. Não demorou muito para uma Briana furiosa começar a mostrar toda sua irritação. Como não se deve cutucar onça com vara curta, logo Briana começou á encher Ambry com as mais indiscretas perguntas como: No que á família dela trabalhava? Da onde vinham? Com quem ela namorava? Onde vivia? Qual curso estava cursando? E em qual faculdade? Onde tinha feito o Ensino Médio? Quem eram seus conhecidos? Se havia ido ao último baile anual da Opera de Berlim? Perguntas nas quais qualquer outra mulher daquela mesa parecia ter a resposta na ponta da língua, entretanto para surpresa Ambry tinha varias mentiras na ponta da língua também e respondeu tudo sem vacilas, como se também fosse uma delas e tivesse o direito de fazer parte daquele mundo. Jenny sorria a cada mentira de Ambry como se estivesse a apoiando a prosseguir, e aquilo apenas inflou ainda mais o ego dela. Sentiu-se superior por conseguir irritar e humilhar aquela na qual acreditava, piamente, ser a chifruda da namorada do seu homem. Sorriu quando ao notar bem percebeu que Briana não tinha nem 1/8 da sua beleza, corpo ou inteligência.

As provocações não demoraram a desaparecer, até porque quando as coisas pareciam que iriam sair dos eixos, Jenny repreendeu ambas com apenas um olhar e sendo assim as duas se calaram e a conversa voltou a ter o tom de normalidade anterior. Logo Ambry começou a sentir de novo o salto Channel de Briana amassando seu ego, afinal apesar de todos os pontos inferiores de Briana, era ela que ele havia escolhido amar. Era Briana que dormia todos os dias ao lado dele e conseguia o deixar completamente apaixonado. Se Tom já não a procurava a mais de 3 semanas a culpa era toda do corpo anoréxico de Briana e aqueles cabelos ruivos tão bem tingidos. Aquilo de alguma forma a ofendeu, afinal de contas Briana nem tinha um corpo de verdade, parecia mais um amontoados de ossos ambulantes. A cada instante uma vontade enorme de chorar e sair dali o mais rápido possível começou a tomar conta do corpo dela, todavia não iria mostrar-se frágil, pelo menos não ali na frente de sua rival. Ambry respirou fundo uma última vez determinada a se fingir de superior, mesmo achando impossível conseguir.

_Você está bem? - Perguntou Jennifer baixo depois de perceber á falta de brilho estampado nos olhos de sua mais “íntima” amiga.

_Não muito, pensando em um velho cliente! – Afirmou ela bebendo apenas um pouco do vinho, afinal de contas ainda não tinha terminado seu dia de trabalho.

_Meninas, eu vou indo. Combinei com a Ambry de ir fazer umas compras apenas nós duas – Mentiu Jenny enquanto colocava seu guardanapo na mesa.

_Pode deixar, eu pago sua parte. Poço? – Pediu Briana olhando para Jenny como se ela fosse algum tipo de entidade divina. Um ser que merecesse ser idolatrado.

_Claro. Aproveita e paga o da Ambry! – Mandou Jenny de um modo sutil, como se fosse uma súplica e não uma ordem.

Ambry sorria satisfeita enquanto dava as costas para aquele grupo de mulheres e saia do restaurante. Havia feito o “amor” de Tom gastar seu dinheiro com ela, dinheiro dele, portanto dela também. Só de pensar em tudo isso o sorriso dela logo sumiu. Por motivos como estes ela evitava sempre pensar, preferia agir. Chegou cabisbaixa a calçada enquanto ouvia Jenny falar algo com o outro manobrista. Ela como sempre conseguia ser feliz, alegre, divertida e gentil com os outros, como ela conseguia? Esse era outro grande enigma para Ambry, mas ela resolveu não pensar nisso porque pensar sempre a fazia sofrer no final.

Entraram no carro no qual Lemetz havia ganhado recentemente de Jerry e do pai dela, e voltaram a conversar por breves instantes, pois logo as narinas de Ambry foram inundadas pelo cheiro de Tom e ela simplesmente parou de raciocinar. Não tinha percebido, até aquele momento, o quanto estava necessitada dele, nunca desejou tanto estar com outra pessoa, nem mesmo com Hugo. Aquilo estava á enlouquecendo. Ela se puniu por abrir o vidro, já estava delirando com um cheiro no qual ela achava estar vindo de sua mente.

Briana era muito melhor, mais rica, mais magra, mais bem educada, mais tudo do que ela. Ao se tocar dessa verdade lágrimas começaram a rolar sem permissão pela sua face.

_Ambry o que houve? – Perguntou Jennifer preocupada enquanto parava seu novo carro na frente de uma praça qualquer. Infelizmente nenhuma das duas estava reparando no local.

O carro parou e Ambry se jogou nos braços de Jenny a obrigando a abraçá-la. Ela precisava mais do que ninguém de um conforto de um abraço amigo, entretanto o corpo da sua única amiga também estava impregnado com um fantasioso e delirante cheiro do seu homem. Ele inundava seus pensamentos e o cheiro preenchia todo local. Tom, Tom, Tom.

_Um dos namorados das suas amigas é meu cliente. E eu o amo – Desabafou Ambry, mas para sua surpresa Jenny não se afastou nem a repreendeu com um olhar, muito menos a expulsou do carro.

_Calma Ambry, respira e se acalma – Pediu Jenny e logo foi atendida. Sem perceber Ambry também acabava sendo tão submissa a Jenny quanto Briana. – Qual o nome dele?

_Não posso falar! – Afirmou ela voltando a se sentar reta em seu acento, mas antes recebeu um afago carinhoso e tranquilizador de Jenny nos cabelos.

_Como você poder ter tanta certeza que ele namora uma das minhas amigas?

_No almoço beneficente a 3 semanas atrás, ele me expulsou de lá. Sem contar que saiu uma foto dele com a namorada na revista, mas acabei me recusando a ver e me arrependo amargamente. As meninas que moram comigo falaram que não citava o nome dela só o dele, porém disseram que ela participava da organização do local. E no fundo eu achava melhor não conhecer ela, para não fazer merda e o perder, mas já o perdi!

_Não ajuda em nada saber que ela ajudou na organização e saiu em uma revista, porque assim temos no mínimo umas 35 opções plausíveis. Quanto tempo vocês dois estão juntos?

_4 anos, mas já há quase um mês ele não me procura.

Após cair ficha de Ambry da noção de tempo, ela voltou a se jogar nos braços de Jenny e a abraçou ainda mais forte chorando descontroladamente, nem ela entendia mais o que estava acontecendo consigo mesma. Há anos não se sentia tão assustada, acuada e amedrontada por não conseguir controlar seu futuro. Precisava de Hugo de alguém realmente capaz de amá-la e reconfortá-la. Não de uma Jenny lotada com o cheiro do seu homem, talvez ela tivesse se encontrado com Briana e Tom antes do almoço, só de pensar em Jenny e Tom conversando e sendo amigos já causava uma repulsa em Ambry. Jenny não podia conhecer seu Tom. Jenny não merecia conhecer homens como Tom quando tinha um tão perfeito quanto Jerry. Ela sentiu medo de perdê-lo, não para Jenny, pois ele já era de Briana e dúvida que ela fosse capaz de dar em cima de um namorado de amiga. Mas é se Tom fosse amigo de Jerry? E se Tom fosse aquele amigo de Jerry do trabalho no qual estava dando em cima de Jenny? Afinal de contas Jerry trabalhava com a mídia musical e Tom era um músico. Perdê-lo para Jenny seria impossível de reconquistá-lo, afinal de contas era Jenny. Entretanto ela disse que não gostava dele, mas é se largasse Jerry para ficar com seu Tom? E se.. e se.. e se...? Eram muitas perguntas para cabeça de Ambry naquele momento, ela sentiu vontade de explodir e sair correndo dali para longe do cheiro dele e todas terríveis possibilidades.

_Vou te ajudar a reconquistar ele! – Afirmou Jenny e Ambry se afastou de imediato de tão assustada. Os olhos borrados de lágrimas não conseguiam demonstrar o seu real nível de surpresa. Um impacto forte demais para uma pessoa já acostumada a não se surpreender mais com a vida.

_O que você está falando? – Perguntou ela totalmente perplexa.

_Vou te ajudar a ficar com ele.

_Mas é sua amiga?

_Amiga minha ali só a Mirella, sem contar que minhas amigas merecem coisa melhor do que um homem desses.

_Mas vocês pareciam ser tão...

_Unidas? Apenas aparências. Vou te ajudar a conquistar esse homem, mesmo achando que um homem assim não te merece. Você deseja mesmo um homem desses ao seu lado? – Perguntou Jenny voltando a ligar o carro.

_Com certeza! Aonde nós vamos? – Perguntou ela num misto de felicidade, curiosidade e extrema gratidão.

_Te transformar em uma das minhas amadas amigas!

_Mas eu não trouxe muito dinheiro...

_Tudo bem, o Jerry te paga essa. Ele também te deve favores.

Mais favores do que qualquer uma das duas pudesse imaginar.

_Nem sei como te agradecer Jenny, nunca ninguém se preocupou tanto comigo! – Afirmou Ambry sincera enquanto secava suas lágrimas, como sempre sozinha. Uma enorme segurança já havia á invadido, ela sentia que agora sim tudo daria certo. Afinal de contas tudo sempre dava certo para Jennifer.

_Você é minha amiga! – Afirmou Jennifer sorrindo honestamente. Havia aprendido a confiar e não julgar Ambry – Mas antes de começarmos com esse plano, você vai ter que me responder apenas se certo homem é seu cliente. Tudo bem?

_Apenas um nome? – Perguntou ela já decidida a responder. Ambry seria morta se Jéssica soubesse algo sobre essa conversa, entretanto ninguém se mete na sua felicidade com o seu homem. Pelo menos não alguém com amor à própria vida.

_Só um nome – Garantiu Jenny entrando no estacionamento do shopping.

_Pode falar – Mandou Ambry. Tudo por Tom.

 


Notas Finais


eai será que ela perguntou por quem?


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