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História Crise no Paraíso - Tudo Pelo Bayern


Escrita por: MerisDeluxe

Notas do Autor


Meris morreu. Meris ta morrendo de rinite ataca a 4 semanas e por isso sumi. Galera que frio é esse? Meu Deus, fui pega de surpresa por um vírus que esta me tirando a vontade de acordar. Mesmo assim demorei, mas escrevi e to postado. Sorry a demora e que ta muito complicado ficar mais de 2 h acordada. To doente para caralio. Brigado a quem comentou, jaja respondo a altura. Espero melhorar logo para me inspirar e escrever. Muito doente.

Capítulo 37 - Tudo Pelo Bayern


Na manhã do dia seguinte antes mesmo dela abrir os olhos uma imensa dor a atingiu por inteira, o corpo encontrava-se completamente fatigado e a cabeça latejava sem parar. As púpilas dela abriram-se sem pressa, uma pequena claridade adentrava pela fresta da cortina mal fechada e assim dificultando a visão dela de focalizar os objetos ao redor, os olhos castanhos não pareciam dispostos a acostumar-se com tanta luz logo cedo. As mãos dela começaram a tatear ao redor, precisava reconhecer o ambiente de algum modo, do seu lado direito encontrou apenas o macio colchão, entretanto do esquerdo com possessividade a mão dela percorreu todo peitoral definido de Manuel Neuer e desse modo o despertando.

_Bom dia – Disse ele após também sentar-se na cama e roubar um selinho rápido dos lábios secos dela.

O encostar das bocas a despertou de imediato. Ela começou então a esfregar seus próprios olhos, pois não acreditou de imediato na sua visão, não podia estar sentada ao lado daquele homem seminu se espreguiçando. Não. Não. Não. Não podia. Jennifer podia tacar álcool nós olhos para limpá-los que de qualquer modo Manuel Neuer continuaria sentado ali lindo usando apenas uma cueca Box. O queixo dela caiu a fazendo esquecer-se do fato de estar nua por debaixo do lençol, ela não sabia se gostaria ou não de acreditar no poder de compreensão da sua mente. Afinal, aquele prazeroso sonho de prazer tinha sido mesmo real? Aliás, ele podia ser real? Essas foram às primeiras perguntas a invadirem a mente dela enquanto os olhos se deliciavam em observar os ombros largos, o sorriso maravilhoso, o cabelo despenteado, o peitoral definido, os olhos azuis e as mãos possessivas e grandes de Manuel Neuer. Aquela breve visão do Paraíso a fez lembrar de todo o ocorrido durante a madrugada, imagens desconexas da noite anterior invadiram como um furação a mente da Lemetz, a deixando envergonhada de imediato com suas próprias lembranças. Como expulsar da cabeça memórias tão divertidas e prazerosas? Ela não sabia como responder nenhuma de suas perguntas, por isso apavorada com suas recentes atitudes Jenny saiu às pressas da cama, queria pegar suas roupas, vestir-se e sair dali o mais rápido possível. No instante no qual o vento frio bateu forte no corpo dela, ela ficou vermelha ao notar estar nua.

_Meu Deus, você me viu nua! – Afirmou Lemetz enquanto enrolava com pressa o lençol em todo seu corpo. Não conseguia mais se lembra de como havia acabado nua ao lado daquele pedaço de pecado ambulante.

_Eu te vi nua a noite toda – Disse Manuel de um modo prepotente no qual logo arrepender-se-ia. Ele não devia ter pronunciando as palavras em voz altas, elas nem ao menos podiam ter saído da boca dele, pelo menos não na frente da nova Lemetz.

_Seu escroto, cretino prepotente. Porra, cadê minha calcinha? – Perguntou ela furiosa quase berrando enquanto vestia sua blusa, após colocar o sutiã. Havia procurado com os olhos por todo imenso ambiente sua calcinha, mas não á avistará em lugar algum.

_Minhas mãos destruíram a sua calcinha ontem à noite, mas não se preocupe, pois irei incluir o prejuízo em seu pagamento! – Afirmou Neuer com um imenso sorriso orgulhoso estampando todo seu rosto. O tom de voz dele se tornou o combustível necessário para jogar a paciente, compreensiva, gentil e tímida velha Jenny para depois de Marte.

_NO MEU O QUE? – Jennifer não acreditava nas palavras ás quais acabará de ouvir, não podia estar sendo comparada a Ambry novamente. O corpo dela começou a queimar de ódio, o fogo se alastrava com pressa e fúria, um fogo no qual ele dessa vez não conseguiria apagar tão facilmente quanto o da noite anterior. 

_Pagamento – Respondeu Manuel meio receoso finalmente começando a perceber o quão rápido perderá o controle da situação.

Com raiva ela fechou seu short, nem ligando mais em não usar uma calcinha, enfiou rápido o pé no chinelo dele, não gastaria um minuto a mais procurando seu salto. Mordeu com forças os lábios antes de soltar uma fumaça quente pela boca e nariz, suas técnicas da ioga não ajudavam em nada naquele momento. Não podia continuar berrando, pois não desejava mais ninguém no quarto para saber o que ocorrerá com os dois na noite anterior. Seria menos grave se ele tivesse achado que ela era uma ninfomaníaca, alpinista social ou apenas mais uma Maria-chuteira, ela não entendia por que ele achará ser ela uma prostituta? Talvez pelo fato dela ter dado sem nem dizer o nome ou o boquete magistral feito nele no meio do corredor, certas coisas os homens nunca esquecem até mesmo se estiverem muito bêbados. A noite entre os dois acabava ali, mas Lemetz não sairia dali por baixo, tinha prometido nunca mais deixar ninguém fazê-la se sentir inferior, humilhada ou desvalorizada, pelo menos não sem antes ouvir umas verdades também.

_Esse mundo é muito injusto! Eu durmo com o segundo homem da minha vida e ele tem a audácia de achar que sou uma prostituta, mas a prostituta de verdade se casa com o desgraçado do meu príncipe encantado e ainda por cima é comparada a uma santa pelas revistas do país inteiro. Eu teria sorte em ser uma prostituta, pois acordaria do lado do meu ex-noivo e não de um babaca, egocêntrico, grosso, metido, prepotente, cínico e cheio de si como você. Ás vezes deve ser melhor mesmo ser uma garota de programa, pois pelo menos elas tem o direito de escolher seus clientes. Já tive minha cota de homens imprestáveis, não preciso de mais um para coleção, então, por favor, esqueça todo ocorrido entre nós dois, consegue fazer isso? Espero nunca mais precisar te ver, mas se nós encontrarmos de novo, por favor, suma da minha frente, vai ser melhor para sua saúde. – Alertou Jennifer antes de bater com raiva a porta do quarto, o deixando totalmente confuso sentado sozinho na cama.

Decidida a encontrar sua prima, para poder sair daquele pesadelo, Jenny começou a abrir todas as portas as quais apareciam na sua frente. Como quem procura acha, não demorou muito para encontrar Juliana. Ao abrir a oitava porta, acabou encontrando sua prima numa cena muito íntima por isso a porta foi aberta com a mesma rapidez no qual foi fechada, nunca gostou de ficar admirando as intimidades dos outros e a última vez na qual vira duas pessoas fazendo sexo, acabará sozinha trancada aos prantos no seu antigo apartamento em Berlim. Ao girar 180° o corpo para poder sair dali o mais rápido possível, o corpo dela acabou se chocando com força contra o corpo seminu de Manuel, ele havia apenas se dado ao trabalho de colocar um short. Enquanto procurava pela prima na imensa mansão, ela achou estar delirando por sentir aquele sutil cheiro másculo de suor amadeirado se tornar cada vez mais intenso, afinal o delírio devia não passar de sua fértil mente pervertida ou talvez o cheiro dele tivesse impregnado em todo corpo dela. Mero engano, Lemetz.

 _Desculpa-me por ter te ofendido, nunca foi minha intenção. Vamos tomar um café na cozinha para eu poder te explicar toda essa confusão, pode ser? Não sou esse cara no qual você esta imaginando! Não sou assim – Dizia Neuer enquanto a seguia pelos corredores da casa, tinha medo de assegurá-la e obrigá-la a ouvi-lo, afinal de contas vai saber do que a ex-prostituta louca é capaz, não é?

Lemetz tentando correr para longe dali tropeçava a todo o momento por conta dos enormes chinelos. Juliana teria depois de levar a bolsa e o sapato de sua prima para casa.

_Verdade, esse cara sou eu! Não viu meu pênis ontem à noite? – Perguntou ela sarcástica descendo com ainda mais pressa às escadas, mas de nada adiantava, pois os passos dele eram muito mais largos do que os dela. Parecia Davi fugindo do Golias arrependido.

_Fica aqui se acalma, eu posso me explicar, mas não posso sair assim na rua, deve estar cheio de fotógrafos lá fora apenas esperando um vacilo meu – Alertou ele parando á alguns metros da imensa porta da saída onde a mão dela segurava a maçaneta.

_Por acaso eu te convidei para sair? – Perguntou ela extremamente grossa antes de fechar a porta e sair daquele ambiente claustrofóbico.

Como Manuel preverá: Diversos fotógrafos escondidos dispararam flashes de todas as direções no segundo no qual o pé dela pisou no gramado da casa. Lemetz estava tão puta da vida que não se deu ao trabalho de ficar procurando da onde vinha o barulho, não precisava arrumar mais dor de cabeça para aquele dia. Jenny entrou no primeiro táxi parado na esquina, tinha dinheiro em casa para pagar a corrida. Ela acabou passando o dia inteiro trancada em seu quarto, entupiu-se de remédios tentando remediar sua enorme enxaqueca. Deitada em sua cama sozinha ajudou a á refletir sobre toda loucura do dia anterior, a mente envergonhada parecia querer negar tudo, entretanto o corpo insaciável sentia falta daqueles lábios macios e a boca com gosto de menta.  

A insistência de Juliana Lemetz foi à única responsável por fazer Jenny se arrumar e ir à universidade naquela fria sexta-feira de começo de novembro. Apesar de passar a quinta-feira inteira refletindo sobre a madrugada passada com Manuel, ela não conseguirá lembrar-se de todo ocorrido, apenas pequenos flashes pecaminosos invadiam constantemente sua mente, entretanto o corpo fatigado era a prova viva de que ainda não estava delirando. A faculdade inteira ainda comentava sobre o jogo de dois dias antes, sendo assim Lemetz resolveu gastar seu tempo estudando ao invés de conversando com suas colegas de classe, aproveitou para rever seu currículo antes de começar a procurar por um estágio no semestre seguinte. 

_Com licença Senhor Moss, entretanto uma pessoa muito importante deseja falar com sua aluna Jennifer Lemetz. O Senhor pode liberá-la por alguns minutos? – Perguntou uma das funcionarias da secretária depois de entrar na sala e interromper brevemente a aula.

Senhor Moss sem ânimo balançou positivamente a cabeça antes de voltar para a explicação da matéria, enquanto Jenny se retirava do local fazendo o máximo de silêncio possível. Não suspeitando de nada ela acompanhou a secretária sem a questionar para onde a levava ou quem estava a aguardando, todavia quando o cheiro másculo de suor amadeirado invadiu as narinas dela já era tarde demais para sair correndo, pois Manuel já a olhava de cima abaixo com desejo. Sorrindo de orelha a orelha a funcionária deixou os dois sozinhos numa pequena sala de reunião, mas não sem antes de sair dar uma piscada para Jenny como se ambas fossem cúmplices de algum segredo de Estado. O ânimo dela se esvaziou por inteiro, praticamente de imediato ela fechou a cara mostrando nitidamente seu total interesse em sair dali o mais rápido possível.

_O que você está fazendo aqui? – Perguntou ela ríspida olhando no fundo dos olhos azuis dele, tentando evitar a tentação de perder seu olhar por todo aquele mágico corpo.

_Vim devolver sua bolsa e seu sapato, achei que você fosse precisar dos seus cartões, dinheiro, documentos e alguns livros – Respondeu Manuel indicando a bolsa e uma sacola em cima da mesa na qual os separava.

_Ah... Brigado. Bem se é só isso, então...

_Eu preciso que você me ouça, Jennifer. Só peço alguns minutos e depois te deixo em paz – Pediu ele sério, não estava disposto a ficar se rastejando por uma desconhecida, só queria resolver todo aquele mal entendido para poder dormir com a sua mente tranqüila e ter certeza que ela não inventaria de contar mentiras nas revistas sensacionalistas de fofoca.

_Como sabe meu nome? Como sabe onde estudo? Que tipo de pessoa você é?

_A gente pode conversar? – Perguntou ele nem se dando ao trabalho de processar as acusações saídas da boca dela.

_Não. Não tenho nada para ouvir de um homem como você! Passar bem, ou melhor, passar muito mal.

_Eu vou te procurar até você decidir me ouvir – Disse ele sério um pouco antes dela o deixar sozinho só para variar.

Jenny deveria tê-lo ouvido, pois assim livraria as empregadas da sua avó de ficarem o dia inteiro recebendo flores com bilhetes pedindo apenas uma conversa durante todo o final de semana. Na semana que se seguiu Manuel a esperou todos os dias na saída da faculdade, encostado em seu Lamborghini, apesar de em nenhum dos 5 dias ela ter se quer pensado em se aproximar. Para o azar dela, sua prima havia resolvido virar amiga de Manuel, por isso ela não se surpreendeu ao ver o definido corpo dele esticado em uma das espreguiçadeiras da piscina de Dona Olga, naquele atípico sol de novembro. Dona Olga não gostou muito de Manuel, então fez questão de acompanhar sua neta aquele dia por todas as lojas da cidade, enquanto Juliana se esbaldava em casa com alguns de seus amigos. Como se aproximar das mulheres da família Lemetz não surgiu o efeito desejado, logo Manuel tratou de comunicar-se com Thomas. A insistência do irmão foi tanta que ela acabou cedendo, aceitando assim o pedido de jantar com Neuer na noite de 6 de novembro.

Apesar dos pesares a quarta-feira a noite chegou e após sair de uma palestra Jennifer pegou um táxi para o restaurante no qual ele a esperava. Ela recusará piamente a carona vinda dele, a nova Jenny não precisava mais de ajuda a todo instante. Após 20 minutos chegou ao PÁTI, restaurante no qual Neuer a aguardava.

_A entrada da cozinha é pela rua de trás! – Afirmou à recepcionista do restaurante sem nem ao menos tirar os olhos de sua agenda.

_Na verdade meu acompanhante já me aguarda – Disse Jenny um pouco ofendida, mas sem alterar seu tom de voz. Apesar dela tentar o jeito de boa menina nunca sairia por completo dela e momentos de distrações sempre a traiam.

A recepcionista levantou a cabeça e a analisou incrédula duas vezes. Por ter ficado o dia todo na faculdade Jennifer usava uma calça skinny jeans simples, uma sapatilha Chanel, uma blusa preta básica com um decote valorizando bem o colo e por cima uma jaqueta de couro marrom bem gasta comprada num brechó perto do consultório da sua nova dentista, os acessórios eram os livros e uma enorme bolsa preta da Hermés, no qual aos olhos de um assaltante mais parecia um saco velho.  Com certeza nada vestida para o evento no qual era esperada.

_Jennifer Lemetz? – Perguntou a recepcionista a encarando pasma. Jenny não compreendia a incompreensão estampada na face da recepcionista, porém sabia que Dona Anne cometeria um duplo assassinato se estivesse presenciando a cena. Primeiro mataria a subordinada por encarar daquele modo sua cria, depois mataria sua filha por ter saído daquela forma de casa e se atrevido a entrar com aqueles trapos num restaurante tão fino como o PÁRI.

Jenny não conhecia nada daquela região da cidade, desde sua chegada almoçara ou perto da faculdade ou na casa de sua avó. Lemetz até tinha levado um par de saltos alto na bolsa por precaução, entretanto ao notar a rua vazia presumiu que talvez o restaurante não fosse grande coisa, então se recusou a tirar suas confortáveis sapatilhas. Falho engano novamente pequena J.

_Acompanhante de Manuel Neuer? – Perguntou a recepcionista ainda mais incrédula após o segundo aceno positivo da cabeça de Jennifer. Quando Lemetz achou que teria de mostrar o RG a funcionária saiu andando e a pediu para segui-la.

As duas subiram um elevador, foi preciso passar na frente de um requintado bar para Jenny começar a pensar se estava realmente vestida para a ocasião, a preocupação sobre o tipo de ambiente no qual a imensa porta branca escondia aumentava dentro dela à medida na qual se aproximava. O silêncio a apavorava a cada passo dado. Quando a bonita recepcionista bateu a gigantesca porta se abriu aos pouco e Jenny nunca desejou tanto na vida toda tornar-se invisível ou ser uma corredora profissional para poder desaparecer em um minuto, mas seus pés involuntariamente a levaram para dentro do salão ou talvez só fosse o poder de atração do sorriso de Manuel Neuer. Mesmo sem necessitar a funcionária apontou para única mesa de todo local, onde Manuel a esperava de pé sorrindo.

_Tenha uma boa noite! – Afirmou a recepcionista antes de se retirar com seu impecável vestido preto.

Apesar do imenso barulho feito com o fechar da porta, Jenny continuou incrédula não acreditando na magnitude nos quais seus olhos viam. Sentia-se como a Cinderela ao entrar no palácio pela primeira vez, com a diferença no fato da personagem do conto de fadas pelo menos estar vestida a altura da ocasião. Muito luxo para pouca íris. Caso estivesse vestida para ocasião ela acabaria sentindo estar em Versalhes em um dos deslumbrantes bailes oferecidos pela rainha Maria Antonieta. Todo salão era decorado de cima a abaixo no mais puro estilo vitoriano, uma única mesa colocada estrategicamente no centro do salão embaixo do imenso lustre de cristal de quase 1,5m. O lugar ideal para um casamento ou festa de debutante, eventos no qual ela não duvidou de ocorrer por ali. Tudo muito branco com detalhes em ouro por todos os cantos, muito nude, muito perfeito. A parede do fundo ao lado esquerdo era toda envidraçada, para todos aproveitarem a deslumbrante vista noturna da cidade, só à noite para uma das mais poluídas cidades da Europa ficar tão bela. Os olhos de Jenny se perderam por alguns minutos na linda vista, mas claro que não estamos mais falando da cidade.

Manuel estava deslumbrante naquele terno impecável. Por alguns segundos a mente dela pifou por observar tanta beleza. Vai ser bonito assim na China, ou melhor, na minha cama pensou ela de imediato. Ele estava estonteante no seu terno giz cinza, camisa branca simples, calça da mesma cor do terno e o cabelo meio bagunçado o deixou realmente sensual. Ao observar sem pressa e atentamente toda aquela paisagem natural a sua frente, Lemetz pensou realmente que deveria ter aceitado a sugestão da recepcionista e entrado pela cozinha, teria sido menos vergonhoso.

_Boa noite – Disse Manuel naquele tom sedutor e grosso natural de sua voz, assim a despertando de seu sonho.

O queixo caído dela relutava em se levantar e a cabeça a conseguir formar uma única palavra.

_Jenn - Chamou Neuer de uma forma tão carinhosa e íntima fazendo o queixo dela se levantar e parar de babar sobre o escultural corpo dele.

_Boa noite Manuel. Que lugar incrível é esse? – Perguntou Jenny, ou melhor, Jenn, permitindo aqueles macios lábios pousarem em sua bochecha direita. Desde quando eles haviam ficado tão íntimos? Bem ela não sabia, mas não reclamaria se ele decidisse a beijar pelo resto da noite sem parar.

_Que bom que você gostou – Disse ele aliviado relaxando os tensos músculos antes de pegar os livros do braço dela – Vamos nós sentar então?

Se ela não estivesse tão envergonhada teria percebido o quão suada se encontrava a palma da mão dele quando o mesmo entrelaçou sua mão na dela para poder a guiar. Um garçom apareceu e deixou o cardápio e levou consigo a bolsa dela e todos os livros. Manuel puxou a cadeira para ela se sentar e sentou-se no seu lugar logo em seguida.

_Você sabia que eu iria gostar não é? – Perguntou ela enquanto pensava para onde o distinto garçom havia levado sua bolsa, colocar o salto a ajudaria a sentir-se menos deslocada.

_Achei que iria.

_Por quê?

_Você exala requinte.

_Minha mãe adoraria ouvir alguém falar assim sobre mim!

_As boas mães amam ouvir elogios sobre seus filhos!

Jennifer apenas sorriu. O silêncio voltou a tomar conta do local, ele a observava olhar atentamente o cardápio e ela fingia não notar.

_Eu queria te pedir desculpa sobre aquela desastrosa noite, por ter confundido as coisas...

_Talvez eu tenha dado a entender – Notou Jenny o interrompendo.

_Não tente aliviar o meu lado, pois me sentirei ainda pior – Disse ele de um modo gentil e assim a fazendo desistir de continuar a insistir em seus erros – Eu estava bêbado e os caras mandaram chegar em você, acharam que você fosse uma mulher fácil e essa suspeita só se confirmou quando todos soubemos que você veio com a Juliana. A sua prima costuma...

_Não vamos falar da vida sexual da minha prima, pode ser?

_Claro. Desculpe-me por me intrometer novamente onde não sou chamado. Convidei você para esse jantar para você poder tirar a primeira impressão e para poder me desculpar. Não sou um homem escroto, rude e...

_Eu sei que não é – Disse ela sorrindo.

_Sério? – Perguntou ele surpreso. A sensualidade em cada gesto dele estava a assustando de um modo terrivelmente perigoso para o físico dos dois, ela começou ao o desejar involuntariamente.

_Conheço muitos homens que não prestam, meu pai e meu irmão são apenas o começo. Cafajestes não se empenham tanto para serem perdoados, aliás, eles sentem um prazer enorme em serem culpados – Respondeu ela honesta e sorriu sincera.

_Desde quando você tirou essa conclusão sobre mim? – Perguntou Neuer intrigado. Os dois já tinham esquecido totalmente que ainda precisavam decidir os pratos da noite.

_Desde o dia no qual você foi à faculdade me entregar minha bolsa. Um cafajeste teria esperado eu me humilhar e voltar até a casa dele para pegar a bolsa, pois assim tentaria novamente me levar para a cama. Você me trouxe nesse lugar incrível, passou dias convencendo meu irmão, um advogado muito bom, a me convencer a aceitar esse jantar, sem contar o fato de transforma a casa da minha avó numa floricultura e fingir aturar os babacas dos amigos da Juliana aquele dia lá em casa.

_Maldade sua ficar me torturando todo esse tempo! – Afirmou ele e riu em seguida, deixando claro não estar nem um pouco irritado com a situação. Afinal havia sido aquela insistência dele que o fizera a desejar novamente ainda mais. Dona Olga sempre dizia a suas netas: O interesse dele é proporcional a sua indiferença.

_Brigado pelo elogio. Mas você não precisava gastar tanto dinheiro por um perdão, alugar esse local deve ter custado uma fortuna.

_Na verdade custou apenas minha blusa da final autografada por todos os jogadores. Como todos tinham um débito comigo por ter dado mancada com uma mulher tão especial, não foi difícil conseguir os autógrafos. – Respondeu ele sendo honesto e aquilo o deixou ainda mais atraente aos olhos dela. Tirando Juliana poucas pessoas eram sempre honestas com Jennifer.

Ela corou leve e escondeu seu rosto de novo atrás do cardápio.

_A garota malvada aceita valsar comigo? – Perguntou Manuel de pé ao lado da cadeira dela. Então Jenny notou atrás dele um palco onde uma pequena orquestra apenas esperava o sinal Neuer para poder começar a tocar alguma música clássica.

_A garota má sabe apreciar uma boa música! – Afirmou Lemetz aceitando a ajuda dele para se levantar. Quando as mãos se tocaram novamente a mágica ocorreu naturalmente, porém dessa vez ao som de Beethoven e não de um pancadão.

Depois da valsa foi apenas questão de almoços, saídas noturnas, sms, conversas intermináveis no telefone, encontros e sorrisos para os dois tornarem-se inseparáveis. Como Juliana havia imaginado os dois teimosos se deram imensamente bem, amavam ficar horas sentados grudados apenas conversando e relaxando nós horários vagos do treino dele. Manuel ia praticamente todo dia buscá-la na saída da faculdade. Já no Bayern até mesmo os faxineiros já conheciam Jennifer. Ela virará presença certa em todos os jogos e quase todos os treinos. Apesar de não estarem oficialmente juntos aos olhos de todo o país era como se estivessem já noivos, pois sempre eram flagrados juntos e algumas vezes até mesmo de mão dadas ou andando super agarrados por causa do intenso frio. Ambos já conheciam a família um do outro. Jenny aprenderá a andar para cima e para baixo com as mulheres dos outros jogadores do time e não demorou a sentar junto delas nos jogos. Lemetz encontrou em Sarah, Jessica e Lisa divertidas amigas, logo começou a encontrá-las também fora dos estádios. Pela primeira vez começava a sentir-se em casa em Munique. Sentia se finalmente acolhida pela cidade e seus habitantes. Entretanto todo momento no qual seus olhos encontravam a sua tatuagem do pulso, todas as lembranças de Berlim adentravam com fúria sua mente a impossibilitando se seguir em frente, por isso aceitará tão facilmente as mãos de Manuel se entrelaçando na sua. O coração dela precisava urgentemente de uma chave.

_Você sendo pontual, qual o milagre? Você está passando bem? – Perguntou Lisa Müller no instante no qual Jennifer adentrou na sala de espera. Como de costume todas as mulheres dos jogadores ficavam nessa sala esperando a liberação para poderem descer ao vestiário e conversar com seus homens antes dos jogos mais importantes. E um clássico contra o Borussia sempre deixava todos nervosos.

Jenny cumprimentou todas as mulheres do local antes de sentar-se no macio sofá vermelho no qual Lisa estava sentada, vermelho como todo ambiente. Os filhos de alguns jogadores corriam por todos os cantos deixando o ambiente um tanto quanto animado, mas aquela bagunça toda a alegrava imensamente. Sarah, Jessica, Lisa e Jennifer haviam se dado bem de imediato, pois eram uma das poucas mulheres de jogares com quase a mesma idade e sem filhos, o fato de serem alemães ajudou muito na primeira comunicação, mulheres de jogadores vindos do exterior tinham grande dificuldade em compreender o idioma. Lisa e Thomas eram casados apesar da pouca idade de ambos, Sarah e Bastian apesar de serem almas gêmeas não estavam nem um pouco interessados em deixarem de ser noivos, já Jessica e Toni viviam toda loucura dos preparativos do casamento.

_Cadê a Sarah, não pode vim hoje?

_Ela foi autorizada a descer antes, parece que o Schwein está meio aflito. Ninguém melhor para acalmar o maior ídolo nacional como ela. Só Sarah consegue o deixar tranqüilo antes dos jogos. Não entendo por que não se casam logo, quero ser logo primeira madrinha de um casamento novamente.

_Casamento não é solução de todos os problemas!- Afirmou Lemetz enquanto observava as crianças correndo de um lado para o outro da sala de espera.

_Ás vezes esqueço como não vale a pena discutir esses assuntos com você e a Sarah, só a Jessica para entender esse sentimento. Eu mesma não suportaria ser menos que a Senhora Müller, ser apenas a namorada de Thomas seria algo insuportável demais.

_Agora sei como você acalma o Senhor Müller antes do jogo, não tem com ficar dois minutos do seu lado sem rir dos seus devaneios – Disse Jenny sorrindo de orelha a orelha – A Jessica não veio de novo?

_ O Toni vai ser de novo reserva e aquela lá só tem tempo para planejar o casamento perfeito, ainda preciso dizer o quanto ela está tirando Sarah do sério? Entretanto o Toni e o Bastian sempre foram melhores amigos e jogaram juntos, não tinha como o Schwein e a Sarah não serem o primeiro casal de padrinhos. Falando na noiva do momento, ontem eu, ela e a Sarah estávamos almoçando enquanto você estudava e marcamos um jantar para quinta-feira a noite na minha casa e você é o Manuel são presenças confirmadas, ok?

_E tem como dizer não depois de uma intimação dessas? Foi assim que você convenceu o Thomas a se casar com você quando vocês tinham apenas 19 anos?

_Mais ou menos essa técnica mesmo! – Afirmou ela e as duas riram mais um pouco para variar.

_Entrada liberada! – Afirmou um dos funcionários depois de abrir as portas que davam acesso aos vestiários.

As duas foram conversando até entrarem no vestiário onde cada uma foi para um canto, ao se dirigir para o local onde Manuel sempre ficava Jenny viu Bastian dormindo serenamente com a cabeça na perna de Sarah enquanto ela fazia carícias em sua cabeça. As duas sorriram brevemente, iriam sentar lado a lado na hora do jogo e assim poderiam conversar á vontade.

_Adivinha quem é? – Perguntou ela após tapar com as mãos os olhos de Neuer. Dante havia se retirado com seus filhos e sua mulher para poder dar mais privacidade para os dois.

Num golpe rápido Manuel se virou no banco, tirou as mãos dela de seu rosto e a encaixou no meio de suas pernas abertas.

_Não sabia que você viria nesse jogo. Thomas veio? – Perguntou Neuer sorrindo com as mãos segurando a cintura dela enquanto Lemetz fazia carícias em seu cabelo.

_Não, meu irmão não veio, sentindo falta dele? – Perguntou Jenny travessa enquanto sentava-se na perna esquerda de Neuer. As carícias, carinhos e preocupações de um com o outro eram tão intensas que ninguém mais acreditava quando ambos diziam não estar juntos, nem mesmo os filhos de Dante acreditavam.

_Nem um pouco! – Afirmou Manuel enquanto subia sem pressa a mão direita pelo corpo dela, a mão esquerda continuou firme na cintura.

_Manuel, você precisa relaxar e não ficar mais agitado, daqui a pouco começa um jogo muito importante. – Alertou ela com os olhos fechados cedendo à pressão das enormes mãos possessivas dele.

Nos primeiros encontros dos dois ela resistira bem ao charme dele, mas o autocontrole ia cedendo cada vez no qual aquele sorriso preenchia todo seu campo de visão. Manuel era um homem além de deslumbrante também muito envolvente, empenhava-se demais para alcançar seu objetivo e o jeito de homem controlador a tirava de si. Diferente de Tom, Manuel era simples, honesto e objetivo e assim tornou-se fácil para ela amá-lo.

_Nada me acalmaria tão facilmente quanto seus lábios pousados sobre os meus!

Neuer mordeu com carinho e desejo o pescoço dela antes de começar a dar beijos suaves na região. Jenny esticou sua cabeça para trás tentando em vão encontrar ar. No instante que as mãos dela adentraram por debaixo da blusa do uniforme dele, a mão direita do mesmo segurou firme a nuca dela puxando os lábios dela para o encontro dos seus.

_Tudo pelo Bayern! – Afirmou Lemetz enquanto arranhava o definido peitoral dele. Ela nunca imaginará o quanto havia sentido falta de tocar no corpo dele. O corpo quente dele exalando calor foi o único responsável por jogar fogo em todo combustível aprisionado no corpo dela.

_Que saudades! – Afirmou ele rouco um pouco antes dos lábios de ambos se unirem.

O desejo reprimido por dias por ambos explodiu como uma intensidade feroz e incontrolável assim que as línguas se encontraram. Um beijo nada calmo ou paciente, um desejava mais do que o outro que os dois corpos virassem um só ser, se estivessem em um lugar privado e mantivessem toda aquela excitação não demoraria muito para acabarem sem roupas. Esqueceram-se do mundo ao redor, tanto que ela não reclamou quando a mão esquerda dele apertou com vontade e desejo a parte interna da coxa dela por cima da roupa. As unhas dela arranhavam todo o peitoral definido dele tentando demonstrar todo calor explodindo dentro dela. Respirar para quê se podiam muito bem morrer desde que aquele beijo se mantivesse. A sintonia entre os dois era nítida, uma sabia exatamente como agradar o outro e se dedicavam intensamente para poder excitar o mais divinamente possível ao outro com as carícias. As línguas se amavam de uma forma incompreensível para aqueles que não fossem capazes de desfrutar aquele beijo, resumindo todos menos os dois presos no próprio paraíso. O gosto de menta da boca dele tirava Jenny de si e somado com os macios lábios dele formavam uma mistura perigosa demais para a sanidade dela. Não demorou muito para o pênis dele começar a dar sinal de vida para alegria de Lemetz, ela até sorriu involuntariamente durante o beijo quando sentiu o membro dele pressionar com força a lateral de sua coxa, muita pressão para uma mulher só aquentar sem sair fortemente perturbada. Precisaria fazer uma terapia para ter sua sanidade de volta.

_Ainda bem que o Dante tirou as crianças daqui. Finalmente! Achei que casaria sem ver vocês dois juntos novamente! – Afirmou Toni Kroos terminando com o beijo quente dos dois e os trazendo para o mundo real, um minuto a mais e as mãos dela teriam segurado com desejo e pose o membro do seu homem.

_Não acredito que perdi essa cena – Disse Lisa brincalhona surgindo com seu marido.

Manuel foi um pouco para trás no banco. Jenny sentou-se no meio das pernas dele, ninguém precisava notar o nível da excitação dos dois sendo denunciada pelo membro ereto dele. Os dois riram tentando disfarçar a vergonha de terem sido flagrados.

_Assim você não me ajuda a relaxar – Sussurrou ele no ouvido dela quando a mesma se mexeu provocante no meio das pernas dele.

_Tudo pelo Bayern – Murmurou Jennifer sínica antes de morder de leve a bochecha dele. O jogo nem havia começado e ambos não viam a hora dele acabar.

Os dois permaneceram daquele jeito até Guardiola, o novo técnico do Bayern, aparecer e pedir para ficarem no vestiário apenas os jogadores. Com muita dor e muitos beijos os dois se separam. O Bayern sofreu, mas no final conquistou a vitória graças a um gol de Muller e as defesas sensacionais de Neuer. Manuel tinha sido a estrela do jogo, estava totalmente inspirado e alguns poucos sabiam o motivo. A cada defesa dele no jogo enquanto a torcida vibrava e o aplaudia Lisa e Sarah riam ao olhar para o sorriso bobo da amiga. Jennifer apenas sorria orgulhosa do seu homem, do seu Manuel Neuer.



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