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História Cristallya (hiato cruel) - "Querida Nota Mental...?"


Escrita por: Mandira

Notas do Autor


Boa noite, leitores da noite e madrugada. Venho lhes apresentar meu primeiro projeto. Espero que possa lhes agradar.
Perdoem a capa, eu não tenho dons em edições e criações de capa. Mas acredito que vale apena ler e não julgar pela capa. E desculpem a escrita, é meu primeiro trabalho com esse modo de escrever.
Espero agradar, desculpem algum erro. A revisão foi rápida. Então, partiu.

Capítulo 1 - "Querida Nota Mental...?"


Fanfic / Fanfiction Cristallya (hiato cruel) - "Querida Nota Mental...?"

"Querido diário,

Primeiramente, peço perdão por, no memento, não estar com minha caneta em mãos espalhando a tinta em suas folhas em forma de palavras. Então, infelizmente, esta nota mental terá que servir. Afinal, estou morrendo e pela primeira vez sinto, verdadeiramente, na pele o frio que me cercou desde a infância. Sinceramente, não sei até quando meus pensamentos vão estar tão lúcidos, a escuridão da morte parece estar se atrasando. Vamos! Não demore, esta água gelada parece queimar minha pele.

Irônico morrer assim, ninguém achará meu corpo até se derem conta no buraco feito no gelo.

A luz parece cada vez mais forte.

Quero vomitar toda essa água gelada, meus nervos estão dormentes assim como meus membros.

Patético e nada emocionante. Grande morte. A luz esta vindo até mim.

Quanto tempo estou aqui em baixo?

Sinto que estou... perdendo algo. O que estou esquecendo?

Parece que chegou, finalmente.

Mamãe e Papai sentirão minha falta? Talvez Joe sinta, Molly vai adorar o espaço do meu quarto. Crown vai me farejar com certeza.

A luz cobre definitivamente minha visão. Obrigada, por ser o centro dos meus estúpidos desabafos.

Atenciosamente...

Mathilde"

 

 

O lago, de águas cintilantes, dentro da caverna havia perdido a calma após um corpo ser expulso de dentro. As toxinas de sua composição apenas deixavam o seu redor com a melhor das aparências, mesmo que mortal. E agora, um corpo descansava em sua borda para complementar a paisagem.

O corpo da garota estava colado junto à areia, os pés ainda na água, formando uma lama pegajosa e grudenta na pele sensível da garota desacordada.

Cristallya... Cristallya...

A voz se fez na caverna, cada vez mais potente e firme, acordando-a finalmente.

— Hmn... — ela olhou para frente, mas a visão ainda se encontrava embassada então tocou o lugar, logo se dando conta de que era areia. Tentou limpar as mãos na roupa molhada, o que não funcionou muito bem, e esfregou os olhos e assim teve uma visão melhor da caverna — Crista... Quem? Alô, alguém aí?

Os músculos tremiam, o estômago ainda se revirava, torcia para não vomitar o almoço de poucas horas.

— Não pensei que sentiria náuseas mesmo morta... Afinal, eu vim para o inferno? — conseguiu sentar-se, ainda tentando visualizar a caverna em meio a tontura — No céu com certeza que não.

Colocando-se de pé com dificuldade, a garota andou.

Um emaranhado de rochas invadiu sua visão quando pode enxergar melhor. A caverna era coberta por antimidianas, azuis e brancas, que refletiam as cores que emanavam das águas. Cores estranhas, a garota nunca vira em toda a sua vida uma cavena com águas assim. Uma paisagem deslumbrante se não fosse o forte cheiro ácido do lugar.

Cris...Tallya...

— Quem disse isso?!

Não vendo ninguém, ela se colocou a andar, tinha o que temer? Talvez. Os pensamentos estavam fixos na ideia do purgatório, crente na morte de... Poucos minutos?

Viu finalmente uma saída, mas não foi uma luz que brilhou em seu rosto.

O cinza do céu junto de um vermelho sangue e roscos em laranja não tinha fim no horizonte. Mesmo sendo "de arrepiar" era de "tirar o fôlego", ela dizia em pensamento. Se deu conta então de estar quase no pico de uma gigantesca montanha, olhar para baixo fazia suas tonturas piorarem.

— O inferno pa-parece mais si-sinistro do que nas histórias...

Gaguejou enquanto falava, a palpitação em seu coração começava a dúvidar do "real inferno".

— E-Eu morri... Não tem como, nada aconteceu depois que caí no lago!

— EI! VOCÊ! O QUE VOCÊ DISSE?!

O susto fez seu coração doer... Como era possível? Um homem, de pele morena, estava parado a poucos metros, em uma subida para a entrada da caverna, usando roupas marrons, surradas e batidas. A calça avermelhada era de couro, de sabe-se lá o que, e em sua parte superior, usava um casaco, deixando o abdômen cicatrizado à mostra. Ela teria reparado, não podia negar, se não fosse a mascara de gás intimidadora que usava, atras das por tras de lentes dois pontos vermelhos reluzentes e fios brancos dos cabelos, que eram cobertos por um capuz, ficavam grudados junto a máscara.

— O... O que? — Não tinha palavras. O medo parecia iminente.

— Você é surda?! — Tombou a cabeça para trás ainda com os pontos vermelhos ainda conectados a garota. Ele andou lentamente, esmagando pedras com as botas e passos pesados — O QUE. VOCÊ. ESTÁ. FAZENDO AQUI?!

— E-Eu não sei...

Ele estava com raiva, a garota sentia suas palavras em fúria. Mal havia percebido a aproximação do homem, que chegou mais perto, apesar da máscara, sua expressão era espantosa.

— Fique longe! — Ela gritou e como resposta, ouviu risos abafados.

— Se não...? — a provocou, chegava mais e mais perto.

Ela não tinha palavras para ameaças, estava encharcada, tonta, com ânsia de vômito, ferida, sem saber onde realmente estava e sem a menor vantagem. Foi tentando se afastar quando chegou ao limite, olhou rapidamente para trás... Era realmente alto.

O homem continuava a rir, insistindo em avançar, a analisando dos pés a cabeça.

Foi quando avançou inesperadamente assustando a garota, aproveitando-se de sua fragilidade no momento:

— BAAARG!!!

Os pés erram o caminho. Ela caiu.

Os segundos seguintes foram sentidos como uma nova morte. A gravidade parecia a puxar para baixo.

"Querida... Nota Mental...?

Isso só pode ser brincadeira!"

O pulso estava firmemente sendo apertado por uma luva áspera. A surpresa no olhar da garota mostrava que a mesma não esperava tal ação naquela situação inesperada.

— Que... — não pôde terminar, foi interrompida pela voz abafada novamente.

— Cristallya! Cristallya!  — Ele gritava algumas vezes — PARE DE REPETIR ESSE NOME!

— O que?!

Uma pequena gota de indignação surgiu. Mas, ao se dar conta de como estava, pendurada em um penhasco, presa apenas pelo pulso, o medo voltou. A garota segurou o pulso do homem, que em resposta, brincou, de maneira doentia, com a possibilidade de soltá-la; a puxava, a deixava escorregar.

— E-Eu não disse nada!

— Não? Então quem fica falando Cristallya, Cristallya por aí?! É seu nome, por acaso? QUE IRRITANTE! É melhor falar...

— Mas... ?! Eu não disse nada! Eu... Eu não sei sequer onde estou... Eu morri?

— Pfff... — O homem tentou segurar o riso — HAHAHAHA.

O medo da garota havia ganhado um parceiro; raiva. Quase bufando, resolveu, arriscando, uma ordem.

— Me tire daqui!

Assim fez. Segurou os pulso da garota a erguendo de encontro a sua face, segurou sua cintura para que houvesse firmeza no tome, não prendia deixá-la cair. Os olhos verdes da garota sentiram os luminosos pontos vermelhos a poucos centímetros... Quando os segundos seguintes foram rápidos demais para seu raciocínio.

— AARH! — A garota foi jogada com brutalidade nas pedras geladas, que terminaram o trabalho com arranhões.

— Vamos, abre a boca! VOCÊ AINDA NÃO ME RESPONDEU!

— Qual seu problema! — tentou se recompor, se afastando do homem com as pernas. Desnorteada, não percebeu uma nova aproximação. Sentiu as bochechas serem apertadas e o rosto foi puxado.

— Acho que temos gente nova!

Não se podia ver se o Homem sorria, mas Mathilde estremeceu pela sua forma de falar.



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