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História Crônicas de Paragon - Amada irmã


Escrita por: Alexianka

Notas do Autor


Imagem de Irikami

Capítulo 23 - Amada irmã


Fanfic / Fanfiction Crônicas de Paragon - Amada irmã

Irikami 10 anos atrás

Hospital de Divinity’s Reach

Uma leve brisa de primavera entrava pela janela do quarto de Irikami, os médicos o informaram que ele receberia alta esta tarde. Irikami havia ficado internado por causa do ferimento no abdômen uma cicatriz circular no local seria uma lembrança permanente e dolorosa em sua vida, ficara preso 2 meses em uma cama uma verdadeira tortura para uma criança de 12 anos, Irikami não se lembrava bem dos acontecimentos ocorridos durante o ataque a Divinity’s Reach, sua última lembrança foi o som de uma explosão e depois somente a escuridão. A irmã Alice o visitava constantemente e em uma destas visitas ela finalmente teve coragem de lhe contar todo o ocorrido, Irikami se lembrava de ter chorado muito quando soube da morte do pai ao tentar proteger a ele e a irmã. Edgar nunca fora um pai amoroso, ele era rígido, temperamental e autoritário. Irikami muitas vezes sentia medo do próprio pai, agora que o havia perdido um vazio tomava seu coração, só lhe restava à mãe e a irmã a quem ele tanto amava.

Duas batidas na porta foram ouvidas antes dela abrir, Alice entrou no quarto sorrindo em suas mãos um buque de flores, Irikami arregalou os olhos imaginando quem daria flores a uma criança.

- Bom dia Iri. Você está se sentindo bom?

- Sim maninha... Mana, essas flores?

- São para você.

- É estranho receber flores... Ainda mais de você.

- Me desculpe. Acho que me deixei levar por estar feliz com sua saída do hospital.

- Tudo bem, também estou contente em voltar para casa.

Alice foi até a cômoda e colocou as flores num vaso e falou casualmente enquanto as ajeitava.

- Iri tem uma pessoa que quero que você conheça.

- Quem mana?

Uma menina apareceu ao lado da porta olhando sem jeito para dentro do quarto, Irikami confuso constatou que ela devia ter no máximo 11 anos, tinha olhos verdes e longos cabelos loiros presos em tranças.

- Esta Iri é Shuurei, eu a conheci aqui no hospital no dia em que você foi internado.

- É um prazer lhe conhecer, sua irmã fala muito de você. Disse Shuurei sorrindo para o menino.

- Se não fosse pelo apoio que Shuurei me deu não sei se agüentaria tudo o que passamos, Shun se tornou meu alicerce nesses 2 meses.

Shuurei corou de leve com as palavras de Alice, Irikami encarava a irmã, o olhar dela para a menina era de carinho, algo começou a incomodar Irikami, algo que antes não existia lá e que agora crescia lentamente em seu peito como um tumor, algo que começou como uma pequena goteira em uma represa e terminaria em uma enchente, algo chamado ciúmes.

 

Dias atuais

Cidadela de Arah

A passagem por dentro de Arah era ainda mais perigosa do que a região externa de Orr, com o desfalque de quatro membros no esquadrão o avanço era feito de maneira lenta, silenciosa e tensa, as ruínas da antiga cidadela ainda revelavam a grandeza de seu povo, um povo soberbo que acreditava serem os escolhidos pelos Deuses para governar, devotos fervorosos que ergueram dezenas de templos e estatuas em homenagem aos Deuses humanos esculpidas em tamanhos e formas variadas em rocha, bronze, prata e ouro, a arquitetura rica em detalhes só se comparava com a de Auric, o grande Deus da Guerra Balthazar era o mais exaltado nesta parte da cidadela, o templo do Deus da Guerra devia ser próximo daquele lugar.

Japo admirava cada detalhe arquitetônico que via, um monumento contendo cinco Deuses Humanos chamou sua atenção.

- Algo me intriga.

- E o que seria Japo? Perguntou Ashira.

- Se existem seis Deuses Humanos, porque Orr venerava apenas cinco deles?

- Naquela época Kormir não havia se tornado um Deus, era apenas uma heroína humana.

Japo piscou os olhos três vezes surpreso.

- A líder dos Deuses foi uma humana?

- Sim. Mas você está certo Japo, sempre existiram 6 Deuses Humanos, algo ocorreu antes de Orr se tornar um império, os habitantes não conheceram o sexto Deus ou foram obrigados a esquecê-lo.

- E o que poderia ter feito isso?

- A priory não conseguiu montar todo o quebra-cabeça, mas acreditamos que ouve uma guerra entre os Deuses e o sexto Deus foi exilado ou aprisionado. Eu acredito que esta biblioteca pertença a um dos poucos devotos deste Deus esquecido, ela deve possuir inúmeras respostas para perguntas muito antigas.

Ao seguirem por um extenso corredor de mármore enegrecido pelo tempo Ihara fez sinal para que todos parassem Ashira ao lado dele observou onde Ihara apontava e a uns 60 metros de distancia eles avistaram um gigante humanóide ressurgido de 8 metros de altura, a carne apodrecida do risen exalava um fedor ainda pior do que o da cidadela abandonada, o gigante tinha apenas um olho central ele estava parado em frente a um salão circular que possuía quatro passagens laterais.

- Um ciclope risen. Ashira sussurrou para o esquadrão.

Japo e khanum se aproximaram dela, Irikami continuava um pouco afastada com shuurei no colo, ela parecia adormecida ou desmaiada, era difícil dizer o seu estado atual, o olhar de preocupação de Irikami dizia que ele seria inútil nesta luta.

- Alguma sugestão minha líder? Disse Khanum apertando o cabo da espada de duas mãos presa as costas.

 Ele ansiava por ação, mal havia participado dos combates anteriores, Khanum precisava mostrar que podia ser tão corajoso e forte quanto Hassui, Alice, Athriel e Mitho foram dizia o sangue norn pulsando em suas veias exigindo adrenalina.

- Teremos que eliminá-lo rápido, não lhe dando chance de contra-atacar. Um golpe na cabeça irá cegá-lo, em seguida concentraremos os ataques no tórax, se agirmos rapidamente ele não conseguirá reagir.

Japo e Khanum assentiram com as cabeças, Ashira olhou para Irikami e se aproximou dele, ela gentilmente tocou a cabeça de Shuurei retirando uma mecha de cabelo no rosto dela e disse para ele.

- Irikami, você fica aqui tomando conta de Shun. Tudo bem?

- Tudo. Ele respondeu baixando a cabeça.

Ashira se afastou se juntando aos outros, algo estava errado com Irikami, não somente a tristeza pela morte de sua irmã ou o estado físico de Shuurei, Ashira tinha a impressão que Irikami combatia uma luta interna consigo mesmo, embora ela não compreendesse o que seria.

Japo, Khanum e Ihara já se posicionavam para começar a investida, Ashira pegou o cajado e a adaga sinalizando para que Ihara começasse o ataque. Ihara mirou a flecha no olho do ciclope morto-vivo, esta era uma flecha especial, a ponta era oca possuindo ácido capaz de derreter uma chapa de aço, a flecha foi disparada acertando em cheio o olho do ciclope que urrou de dor, ele golpeava o ar sem saber onde seu alvo estava atingindo o teto e as colunas que racharam com a força descomunal da criatura, pedras e poeira caiam do teto, o local corria o risco de desabar se o gigante risen não fosse destruído rápido. Khanum sacou sua gigantesca espada de duas mãos e correu na direção do ciclope gritando um brando de batalha, ele golpeou a articulação do joelho esquerdo que foi dilacerada pelo golpe, Japo fez o mesmo no joelho direito usando seus dois machados ambos os golpes conseguiram fazer com que o gigante caísse ajoelhado, neste momento Ashira invocou uma tempestade flamejante sobre o ciclope seguida de colunas incandescentes aos pés do gigante, o risen ardeu em chamas urrando, Ihara disparava outras cinco flechas ácidas no peito do ciclope que tombou derretendo e queimando, Khanum sorrindo se aproximou do corpo que queimava para examinar o estrago feito por eles.

- Não se aproxime Khanum! Ashira gritou em alerta, mas era tarde demais.

 O gigante risen em um último espasmo socou na direção de Khanum o atingindo em cheio no peito, ele voou pelo corredor colidindo na parede oposta, uma última flecha de Ihara atingiu a cabeça do risen fazendo-a explodir. Desta vez ele estava definitivamente morto, Japo e Ashira correram até Khanum retirando seu elmo, um filete de sangue escorria de sua boca o peitoral da armadura estava amassado com o impacto do soco, Khanum deveria estar com várias costelas quebradas ou pior.

- Não nos abandone norn idiota! Gritou Japo tentando despertá-lo.

- Khanum! Você pode me ouvir? Disse Ashira invocando seu poder de cura, uma leve garoa caiu sobre o norn, às partículas de água entravam pelos poros do corpo curando e cicatrizando as feridas, Khanum despertou tossindo. Ele estava vivo, mas os ferimentos eram graves.

- Você está bem? Perguntou Ashira preocupada.

- Me sinto todo quebrado por dentro... Mas acho que estou bem.

- Pode continuar? Consegue se levantar?

- Posso tentar. Só não sei se serei útil daqui para frente.

- Todos são úteis meu amigo. Disse Japo estendendo a mão ajudando Khanum a se levantar.

Irikami se aproximou com Shuurei nos braços, ele parecia distante e triste.

- Me desculpe Khanum, eu devia ter ajudado vocês.

- Não se preocupe Irikami, não sou feito de porcelana e você tem de cuidar de Shuurei. É seu dever.

Irikami assentiu, depois olhou o salão onde eles estavam arregalando os olhos de temor e disse com urgência.

- Temos de sair daqui imediatamente, reconheci este lugar.

- Então onde estamos? Indagou Japo.

- No salão do Gigantus Lupicus, minha irmã disse que destruiu um quando voltou de Orr em missão. Deve ter sido neste salão.

- Isso nos dá apenas algumas horas até que outro surja. Completou Ashira.

- Vamos seguir, pegaremos a terceira passagem, diacordo com as expedições anteriores que vieram a Arah a biblioteca deve ficar a leste do templo de Balthazar. Conhecimento e poder sempre andam juntos.

Eles seguiram pelo corredor Irikami novamente com a expressão distante como se Shuurei nem estivesse em seus braços, Khanum andava com dificuldade, mesmo o poder de cura de Ashira tinha seus limites e Khanum acreditava que já havia passado deste limite. Enquanto se afastavam um vulto negro os observava, em breve o esquadrão de Ashira conheceria seu verdadeiro e maior inimigo.

 

Irikami 6 anos Atrás

Mansão da família Lacy

 

- Mana você tem certeza do que está dizendo?

- Estou Iri, não consigo mais guardar isso para mim, eu a amo. Não sei como explicar, mas eu amo Shuurei.

- Alice... Shun é uma garota.

- Eu sei... Mas meu coração parece que não se importa com esse detalhe.

- Ou a falta dele... Irikami disse sem pensar.

- Iri! Gritou Alice ficando vermelha de vergonha.

- Mana. Shuurei acabou de completar 14 anos e você tem 19. Tem certeza que quer mesmo falar com ela? E se Shun te considerar apenas uma amiga? E se você está apenas confusa com seus sentimentos...

- Iri eu sei o que sinto.

- Alice ela é uma mulher! Vocês duas são! Você devia encontrar um homem descente...

- Você sabe que nunca consegui me aproximar de um homem, a exceção é você.

- Obrigado.

- Iri... Você é meu irmão, eu te amo. Por isso com você é diferente.

Ao ouvir a irmã dizer que o amava o coração de Irikami bateu acelerado o deixando desconfortável, Irikami observou a irmã sentada em sua cama, ela estava de camiseta branca larga usando apenas um short por baixo, era o que ela vestia para dormir, Alice não gostava de camisolas, os olhos de Irikami passearam pelo corpo da irmã os cabelos loiros soltos escorriam pelo ombro parando entre os seios, ele desviou o olhar para a janela, os punhos se fecharam, e sua expressão mudou para irritação. Ele decidiu o que faria, ele ai fazer Alice desistir dessa história absurda dela se declarar a Shuurei. Irikami avançou segurando nos ombros da irmã e a olhando nos olhos, ambos tinham o cabelo loiro e olhos azuis, embora Irikami fosse mais novo estando com 17 anos, ele já era mais alto que Alice.

- Alice me escute, se você se declarar a Shun e ela não sentir o mesmo que você isso irá destruir a amizade de vocês. É isso que você quer?

- Não! Alice disse assustada com a idéia.

- Então faça o que seu digo. Deixe do jeito que está, será melhor assim.

Alice baixou a cabeça triste suprimindo uma lágrima, ela abraçou o irmão que a consolou apoiando a cabeça no ombro dela, Irikami havia conseguido, por enquanto.

 

Dias atuais

Cidadela de Arah

Irikami caminhava com Shuurei nos braços atrás dos outros, seus pensamentos o atormentavam, embora estivesse visivelmente preocupado com Shuurei não conseguia se esquecer da irmã, ele amava Alice, um amor que nunca confessou a ninguém, amava Alice não como uma irmã, mas como mulher, ele nunca tendo coragem de confessar a ela, não sabia a reação que ela teria ou o que pensaria dele, o chamaria de doente? De pervertido? Agora ele nunca saberia, porque ela estava morta, a dor o consumia por dentro, era injusto Alice ter se sacrificado daquela maneira, a irmã era a pessoa mais forte que ele conhecia. Então porque os outros deviam estar vivos enquanto sua irmã morrerá. Em meio aos pensamentos conflitantes ele olhou para Shuurei e o medo tomou conta de seu ser. O rosto da menina começava a ficar translúcido, Shuurei estava desaparecendo.

- NÃO! Irikami gritou fazendo todos se virarem para ele.

Ashira correu em sua direção ela olhou para Shuurei e o mesmo medo de Irikami a consumiu. Ela tocou Shuurei com as mãos tremulas e mais de uma vez as mãos atravessaram o rosto da menina como se ela fosse um fantasma.

- Por Balthazar! A fragmentação! Balbuciou Ashira assustada.

- Ela está desaparecendo Ashira! O que ta acontecendo com ela?

- Precisamos nos apressar! Achar a biblioteca e encontrar o diário! É a única esperança que temos! Ashira gritou para o esquadrão.

 - Me responda Ashira! O que não contou para nós!

Ashira encarou Irikami, era hora de contar a ele a verdade.

- Shun e Kim estão se fragmentando da mesma maneira que o tempo e espaço.

Irikami olhou horrorizado para Ashira. Como ela teve coragem de esconder isso dele, algo tão grave a respeito de Shuurei.

- MALDITA... Como pôde esconder isso, como pôde não me contar nada! Nem para Alice! Ele gritava descontrolado.

- Irikami se acalme, foi Shun que decidiu não contar nada a você e a Alice. Eu e Alexian apenas respeitamos a decisão dela.

- Eu merecia saber...

- Sim Iri, você merecia... Mas não por mim.

- Você acredita mesmo que este diário tem a resposta para curá-la?

- É a única chance que temos.

Irikami apertou Shuurei nos braços, lágrimas escorrendo de seu rosto. Ele acelerou o passo liderando o esquadrão. As palavras de Alice ressoando em sua cabeça. “Iri, meu querido irmão. Você cuida de Shun a partir de agora.”

- Calma Irikami, se avançarmos desta maneira chamaremos atenção demais.

- NÃO ASHIRA! Chega de cautela! Chega de calma! Quatro de nós estão mortos! E sua cautela não os salvou! Não vou deixar Shun ser a próxima!

- Está sendo injusto Irikami. Ashira também se preocupa com Shuurei. Defendeu Khanum.

Ihara observava já preparado caso a discussão se tornasse uma luta.

- Você está certo Irikami. Este é meu esquadrão e a morte de meus amigos é minha culpa. Não há necessidade de você me lembrar disso.

- Iri... Pare por favor. Eu não te contei porque sabia que isso ia acontecer... Shuurei disse, ela tinha acabado de despertar. Ela estava pálida, havia voltado a ficar sólida, mas parecia exausta.

- Me desculpe Shun. Não vou permitir que você se vá.

- E para quê eu existo Iri? Meu irmão se foi... Alice se foi... O que me resta?

- Você tem a mim, Ashira, Alexian... E todos os outros.

- Então seu bobo, não culpe os outros por nossas perdas. Ela disse batendo de leve na cabeça de Irikami com os dedos.

- Essa é minha filha. Disse Ashira com uma lágrima escorrendo do rosto.

- Me perdoe Ashira. Implorou Irikami.

- Não a o que perdoar, vamos esquecer isso e continuar. Nossa missão será concluída. Não importa o que acontecer.

- Ashira... Shuurei sussurrou.

- Diga minha querida.

- Se o pior acontecer... E eu vier a morrer ou desaparecer...

- Não diga isso Shun.

- Me ouça mãe! Quero que coloque meu nome na lápide junto ao de Alice. Quero estar com ela no final, corresponder o amor que ela me deu e nunca o retribui.

- Shun... Eu prometo. Ashira disse segurando as mãos de Shuurei, quase desmoronando de tristeza.

Irikami olhou para mãe e filha, mesmo sem laços de sangue o amor entre elas era enorme, amor de verdade. Irikami chorou novamente pela irmã prometendo que salvaria Shun mesmo que morresse na tentativa, isso seria sua absolvição a tudo que tinha feito por esse amor doentio que sentia.

 

Irikami 6 anos atrás.

Área de treinamento da Vigil

Alice deslizava os pés suavemente em movimentos precisos, a lamina da espada cortava o ar, os longos cabelos loiros balançavam ao vento enquanto o suor escorria pelo rosto, a pele branca e macia brilhava ao sol com o suor preso ao corpo os olhos azuis como o mar estavam concentrados enquanto realizava os movimentos com a espada. Duzentos recrutas observavam sentados no chão do pátio do quartel da Vigil admirando a performance da garota. Irikami era um destes recrutas, o warmaster Forgal Kernsson avaliava o desempenho de Alice, o norn trajava a armadura completa da Vigil. Alice terminou o exercício embainhando a espada e cumprimentando Forgal.

- Muito bom cruzader Alice, ele a elogiou e em seguida se voltou aos recrutas.

- Como vocês puderam ver a cruzader Alice executou todos os 28 movimentos de ataque e defesa com a espada de maneira exemplar. Espero que vocês tenham prestado bastante atenção a cada movimento que ela fez.

- Eu com certeza não tirei os olhos daquele corpo maravilhoso.

Um dos recrutas cochichou no ouvido de outro recruta rindo. Irikami que estava ao lado escutou o comentário fechando os punhos de ódio.

1 hora depois...

Irikami era contido por 5 recrutas, os punhos dele estavam cobertos de sangue, Forgal chegou ao local acompanhado de Alice e Alexian presenciando a cena, um recruta se encontrava caído no chão desacordado, o rosto completamente desfigurado após apanhar, o mesmo rapaz que havia feito o comentário a respeito de Alice, Irikami o encarava com uma expressão voraz.

- O que você fez recruta? Forgal disse.

 

Dias atuais

Cidadela de Arah

Passaram-se horas intermináveis de avanço no interior de Arah, todos estavam exaustos, famintos e feridos, pelo menos oito outras batalhas com mortos- vivos aconteceram, armadilhas foram desativadas e monstros destruídos. Mas enfim eles encontraram os portões da biblioteca secreta, portões de 4 metros de altura de bronze com inscrições e runas antigas estavam lacrados. Ashira e Ihara tentavam traduzi-lo, eram os mais capazes, o dialeto não era o problema, ambos conheciam a escrita oriana, mas as formas geográficas, alquímicas presentes dificultavam o entendimento, por fim os dois conseguiram decifrar. As inscrições exigiam uma oferenda para serem abertos os portões e esta oferenda era magia bruta lançada em pontos específicos do portão, isso não era o problema, o problema era que tal dispêndio de magia iria deixar Ashira cansada e indefesa e eles não tinham idéia do que encontrariam do outro lado dos portões.

Irikami contemplava os grandes portões fechados da biblioteca secreta, ele olhou para Shuurei que voltara a fechar os olhos para descansar e pensou.

- Vou protegê-la Alice, vou salvar a vida de Shun nem que tenha de morrer para isso minha irmã!

“- Eu sei que posso confiar em você meu querido irmão Iri.”

Irikami ouviu a voz de Alice, uma mão delicadamente apoiou em seu ombro, ele girou a cabeça com os olhos arregalados, Ashira estava ao seu lado observando Shuurei, ela olhou para ele falando em seguida.

- Estamos prontos Iri. Tudo bem com você?

- Sim... Estou...

Irikami jurava ter ouvido a voz da irmã, teria sido imaginação sua?



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