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História Crônicas de Paragon - Atos de Guerra


Escrita por: Alexianka

Notas do Autor


Imagem de Brendew e dos soldados

canção que Brendew canta no capitulo

https://www.youtube.com/watch?v=4zZWuyW6yCo

Capítulo 57 - Atos de Guerra


Fanfic / Fanfiction Crônicas de Paragon - Atos de Guerra

Forgal Kernsson o warmaster observava o médico da Vigil examinando os ferimentos de Silas, ele esperava a avaliação do médico, tanto Alexian quanto Lonne aguardavam a decisão do norn após explicar toda a situação atual.

- Ele vai ficar bem, mas o aconselho a não abusar da sorte. O médico da Vigil explicou a Silas que agradeceu com um aceno de cabeça.

- Muito bem rapaz, agora que está tratado quero que seja o mais franco comigo, isso vai decidir o seu destino a partir de agora.

Silas ergueu a cabeça encarando o norn nos olhos concordando.

- Esta mulher chamada Mai Trin, ela realmente raptou e assassinou o filho do Comodoro?

- Sim. Silas respondeu fechando as mãos e apertando o lençol entre os dedos ao se lembrar de Fernandinho.

- Existe realmente um exército sendo formado e galeões de guerra sendo construídos? Forgal continuou a perguntar.

 - Sim.

- Senhor, o que devemos fazer? Lonne perguntou ao warmaster, Alexian continuava de braços cruzados analisando a situação.

- Não podemos agir por impulso, o regente de Gendaran Fields nos pediu apoio, nossa prioridade é o assalto ao acampamento centauro.

- Vocês não vão fazer nada? Falou o menino chamado Salvatory, ele parecia revoltado com a decisão.

- Você vai ignorar o que acabei de contar a vocês? Silas falou também com raiva, ele queria vingar Fernandinho a todo custo.

- Meça suas palavras rapaz, isto aqui não é uma vingança pessoal sua. Diferente de você, eu penso num todo. Se Ulgoth não for detido agora não fará diferença nenhuma atacar Mai Trin ou a Hydra Queen.

- O que o senhor sugere warmaster Forgal? Alexian perguntou ao norn de forma respeitosa.

- Iremos a Gendarran Fields e atacaremos Ulgoth como foi planejado, assim que a batalha for vencida faremos um assalto duplo contra Mai Trin e a Hydra Queen.

- Será muito difícil manter isso em sigilo. Alexian ponderou.

- É por isso que ninguém fora deste casebre irá falar nada, vocês dois irão conosco para Gendarran para que eu possa vigia-los pessoalmente.

- Eu sou contra senhor. Alexian falou ao líder.

- Porque recruta?

- Silas está muito ferido e o outro é só um garoto. Argumentou Alexian.

- Eu não sou criança! O menino chamado Salvaroty gritou.

- Você tem noção para onde estamos indo garoto? Alexian tentou dizer ao menino.

- Não me importo! Vocês não entendem... eu vi aquela louca matar Fernandinho... e só pude ficar escondido assistindo... eu quebrei minha promessa de salvá-lo... quebrei meu código... Salvatory falou, as lagrimas desciam do rosto.

- Quê código é este garoto? O norn perguntou.

- Nunca abandonar um companheiro.

Forgal ponderou um pouco e falou:

- Muito bem, ele vem conosco, mas não vai lutar.  Nenhum dos dois. Fui claro?

- Desculpa grandão, mas não sou de ficar só assistindo.

Forgal se aproximou de Silas e segurou suas mãos, em seguida ele pegou um par de algemas preso ao sinto e prendeu as mãos de Silas.

- Você vai realmente me manter algemado durante todo o tempo?

- Me perdoe se não confio em um assassino treinado senhor Silas. Foi a resposta do norn.

 

 

De volta a praça central

 

- Senhor o que aconteceu? Os homens estão nervosos aguardando a ordem de partir. Capitão Eren perguntou ao warmaster.

- A ordem está dada, capitão quero que estes dois sejam colocados em uma carroça e vigiados 24 horas.

Eren reparou nas algemas presas no rapaz e perguntou.

- Ele vai conosco?

- Vai. O norn warmaster respondeu.

- Senhor...

- É uma ordem capitão Eren.

- Sim senhor.

- O que está acontecendo Alexian? Vocês demoraram mais de 1 hora e depois o warmaster foi chamado.

- Não posso falar Zelos. Alexian respondeu querendo encerrar a conversa.

- Você é nosso amigo. Zelos disse revoltado.

- Sou um soldado antes disso, sigo ordens.

- Ótimo! Que se dane então. Zelos falou jogando os braços para o alto em protesto.

- Pelo menos nos diga se temos que nos preocupar com algo. Ledox perguntou.

- Sim... com certeza temos Ledox.

 

 

A viagem foi apresada e tensa, em menos de 3 horas os recrutas e lionguards liderados por Forgal chegaram a Vigil keep unindo forças com os crusaders da Vigil, um total de 6 mil homens marchou na direção de Gendarran Fields onde encontrariam o capitão Hesron e seus soldados.

Após horas de marcha o exército chegou aos portões da cidade fortaleza, o povo os recebeu com um olhar triste e vazio, toda a cidade tinha severos danos e vários voluntários ajudavam nos reparos, o capitão Hesron veio a frente seguido pelo regente da cidade Frederico.

- Estou feliz de vê-los. Hesron falou ao norn esticando a mão para cumprimentar o warmaster.

- Se sinta feliz quando retornarmos vitoriosos de nossa missão capitão. O norn falou apertando a mão de Hesron e do regente.

- Este é o regente Frederico de Gendarran Fields e eu sou o capitão Hesron, é um prazer conhece-lo.

- Meu nome é Forgal Kernsson warmaster da Vigil, estes são o capitão Eren que comanda a tropa de lionguards e este é Alexian Kallamar novo oficial da Vigil encarregado dos novos recrutas.

- Recrutas? Hesron falou surpreso.

- Infelizmente não dispomos de tempo para juntar todos as tropas da Vigil, tivemos de optar pelos recrutas.

- Mas senhor, eles são inexperientes.

- São soldados acima de tudo e não é como se nunca tivessem estado em um combate.

- Compreendo senhor, mas ser um guarda de Divinity`s Reach é muito diferente de ser um guarda em Gendarran.

- Fale isso antes do inferno que foi o ataque de sabetha a Divinity’s Reach. Zelos falou irritado.

- Cala a boca! Ledox disse ao amigo.

- Não pense que não estamos prontos para um combate real capitão Hesron, Divinity’s reach deixou de ser um lugar calmo a bastante tempo. Alexian acrescentou.

- Peço perdão por minhas palavras, não tive a intensão de ofender a capacidade dos guardas de Divinity’s Reach. Hesron falou envergonhado.

- Desculpas aceitas. Zelos disse de peito estufado, logo em seguida tomando um tapa na cabeça de Ledox.

- Acho que podemos continuar agora. Forgal falou lançando um olhar de desaprovação a Zelos.

- Sim, quantos homens trouxeram? Hesron perguntou enfim.

- Seis mil e vocês quantos dispõe? Forgal falou.

- Um pouco Mais de mil homens, tivemos muitas baixas.

- É pouco, muito pouco. O norn falou ponderando.

- Temos um Ás na manga warmaster. O regente falou.

Zelos surgiu como se invocado ao ouvir um termo de jogo de cartas.

-Ás? Que tipo de Ás? Zelos perguntou, a curiosidade era um mal que ele tinha.

- Explicarei no caminho, temos menos de 8 horas para que as crianças sejam sacrificadas.

- Então não percamos mais tempo. Forgal falou entrando na cidade.

Brendew chegou acompanhado dos outros soldados, alguns guardas da cidade e voluntários civis se candidataram a participar do resgate, todos foram se apresentando aos recém-chegados.

Ao ver Brendew, Lonne o encarou com o rosto sério, Brendew sem entender perguntou porquê da hostilidade.

- Porque fez isso com você? Por que fez um pacto? Lonne perguntou ao rapaz.

Brendew perdeu a cor do rosto e falou espantado.

- Como... como você sabe?

Lonne se virou encarando a mulher que flutuava ao lado de Brendew como um espírito agorento, ela gargalhou ao notar que o soldado podia a ver.

- Veja só o que encontrei. Ela falou com um sorriso.

- Sua bruxa. Lonne falou a mulher que flutuava ao lado de Brendew.

- Por favor, sem insultos. Jinxxy falou tocando o rosto de Lonne e beijando sua face direita.

O soldado cambaleou para trás assustado se afastando da mulher.

- Então gostou de ver a maneira que você vai morrer soldadinho? Há, há, há. Estou cansada de encontrar pessoas como você capazes de ver através da Mists.

- O que está acontecendo aqui? Alexian perguntou, algo o incomodava e ele olhou na direção de Jinxxy, mesmo não podendo vê-la.

- Acabo de encontrar algo realmente valioso neste lugar, ele tem uma aura poderosa e maravilhosamente bela, ainda mais forte que a sua vidente. Jinxxy disse com um olhar desejoso.

- Pare Jinxxy! Brendew a repreendeu.

Alexian olhou de Brendew para Lonne, em seguida para onde Jinxxy estava e disse:

- Não sei o que está acontecendo aqui, mas isso vai ter que esperar, entenderam?

Alexian olhou uma última vez para Jinxxy e disse antes de se retirar.

- Não sei o que você é ou o que pretende, mas se colocar meus amigos em risco vai se arrepender seja lá quem você for.

- Uau! Não tenho nem palavras para falar o que este rapaz me faz sentir, são raros os Paragons que retornam a este mundo miserável hoje em dia. Ela falou desejosa.

- Vamos Lonne. Alexian chamou o amigo que o acompanhou para longe.

- Porque chamou um de vidente e porque outro mesmo não te vendo sentiu sua presença? Brendew perguntou a Jinxxy.

- Muitas perguntas que não responderei. Ela falou de braços cruzados e um sorriso sádico no rosto.

 

Tenda do comando

 

- Será uma marcha forçada, são mais de 65 quilômetros até Harathi, vai ser uma viagem perigosa, mesmo para nós.

- Talvez nem tanto até chegarmos nas terras dos centauros, nossos batedores disseram que todos os centauros da região recuaram para Harathi. Hesron informou.

- Isso só pode indicar uma coisa, eles sabem que vamos atacar. Forgal falou olhando o mapa.

- Ficar discutindo aqui não vai mudar nossas opções, vamos partir imediatamente, com um pouco de sorte recrutamos aliados no caminho.

- Não acredito em sorte. O norn falou.

- Bom, então tenha um pouco de fé. Hesron falou a ele.

 

Seguindo para Harathi

 

A noite caiu sem nuvens, com estrelas iluminando a escuridão da noite, estranhamente nenhuma patrulha centauro foi encontrada no caminho, era obvio que Ulgoth tinha ordenado o retorno de todos para Harathi, especulações diziam que ao todo 50 mil centauros estavam na região, nada mais longe da verdade, Ulgoth tinha assimilado todas as tribos das regiões de Kryta, Maguma e Shiverpeaks, o número de centauros chegava próximo a 500 mil.

- Isto é uma missão suicida, mesmo que tivéssemos todas as tropas da Vigil necessárias para um ataque desta magnitude os centauros conhecem a região, conhecem rotas de fuga e estão melhores defendidos em seus acampamentos. Um dos recrutas falou aos cochichos.

- Você é um homem de muita pouca fé. Lonne falou para o rapaz.

- Você acha que os Deuses ligam para nós?

- Não disse isso.

- Então?

- Quando digo que você não tem fé, não me refiro na fé no Deuses, me refiro a ter fé em você mesmo e em seus companheiros.

Foram horas de viagem sem descanso, a estava física e mental começava a cobrar seu preço, conversas entre os soldados facilmente se tornavam discursões obrigando os oficiais e capitães a intervir. Um grupo de batedores humanos veio ao encontro da tropa, eram no total 12 homens com expressões endurecidas e trajes maltrapilhos, o que parecia o líder se apresentou:

- Bem-vindos ao inferno, meu nome é capitão Oxandrino, vejo que trouxeram um bom número de soldados para Harathi.

- Sou Forgal warmaster da Vigil, estou liderando estes soldados para o assalto definitivo contra Ulgoth.

- Fiquei imaginando quando a Vigil teria culhões de finalmente vir aqui nos ajudar a matar esses animais.

- Como disse capitão?

- Você me entendeu norn, estamos lutando nesta guerra todos os dias e noites fazendo ataques surpresas a acampamentos, emboscadas, vendo amigos morrerem todos os dias.

- Mandamos reforços em missões para cá todos os dias. Forgal falou estreitando os olhos.

- Ah! Missões de reconhecimento e defesa, você acha norn que isto vence uma guerra?

- Não, mas abre caminho para isso. O norn rebateu.

- Senhores acho que nossos ânimos estão muito alterados, nossa raiva deve ser direcionada para nosso inimigo, não entre nós. Alexian argumentou.

- Concordo com o oficial Alexian. O capitão Eren disse tentando ajudar a acalmar os dois.

Forgal continuou a encarar o capitão até que pareceu resolver que isso não levaria a lugar nenhum.

- Vamos continuar, marcha acelerada. O warmaster mandou.

- Nós iremos com você. O líder dos batedores falou.

- Somente se seguirem minhas ordens.

- Somos soldados norn, sabemos obedecer às ordens.  Foi a resposta de Oxandrino ao warmaster da Vigil.

 

A viagem prosseguiu tensa, conversas entre os soldados e batedores sobre os rumos da guerra em Harathi criavam discussões obrigando novamente aos oficiais e capitães a intervir. Quando finalmente eles adentraram fundo na região de Harathi uma visão perturbadora os deixou sem chão, colocando em dúvida ainda mais a moral da tropa.

Um acampamento centauro abandonado estava diante deles foi o primeiro pensamento, porém ao entrarem notaram que eles estavam errados, aquilo era uma vila de centauros, as barracas e tendas tinham sido destruídas, todas queimadas, dezenas de corpos de centauros se encontravam carbonizados.

- Um ataque de nossos soldados?

- Possivelmente..., mas o que me chama a atenção é isto. Forgal apontou para uma estrutura de madeira destruída.

Uma das cabanas queimadas possivelmente onde os centauros estocavam comida tinha desabado pelo fogo, mas o que chamava mesmo a atenção era que dentro dela vários corpos de centauros pequenos foram encontrados.

- Por Kormir, são filhotes. Alexian disse examinando as carcaças.

- O que está insinuando? Oxandrino perguntou com o rosto sério.

- Não é preciso insinuar nada quando estamos vendo com nossos próprios olhos, essas crianças foram presas aqui dentro e queimadas vivas. Alexian falou, nunca poderia concordar com algo assim mesmo em tempos de guerra.

- Não são crianças, são centauros! O capitão Oxandrino falou irritado.

- Não existe honra no que foi feito aqui. O warmaster Forgal falou ao capitão dos batedores.

- Honra? Não seja tolo norn. Estamos em guerra, honra não é necessária no campo de batalha.

- Foram vocês que fizeram isso? Alexian perguntou espantado ao capitão dos batedores.

- E se fizemos? Oxandrino falou em tom de ameaça para Alexian.

Forgal agarrou o capitão pela gola da camisa e literalmente o ergueu do chão colocando o homem na altura de seus olhos.

- Isso que vocês fizeram é um crime de guerra. O norn o acusou.

- Diga isso para Ulgoth que vai sacrificar nossas crianças, é tudo muito simples norn. Olho por olho, dente por dente.

- Sim, mas quem começou com isso? Forgal perguntou ao capitão.

A pergunta ficou no ar sem resposta, Súbito um som parecido com um assovio cortou o céu, Forgal lançou uma expressão de surpresa mudando-a rapidamente para espanto, o norn olhou para o alto e gritou aos soldados soltando Oxandrino.

- PROTEJAM-SE!

Gigantescas rochas cruzaram o céu, os centauros atacavam utilizando trebuchet disparando rochas incandescentes na vila destruída, uma rocha do tamanho de um cavalo atingiu cinco soldados rolando pelo chão e ferindo outros sete.

Uma segunda rocha esmagou uma das carroças puxadas por um dolyak, Silas colocou a cabeça para fora da outra carroça e notou que se ficasse ali parado acabaria morrendo esmagado, Salvatory também observava o corre-corre dos soldados do lado de fora a procura de proteção.

- Vocês dois esperam aqui. O guarda encarregado de vigia-los falou aos dois.

- Você tá maluco se acha que vamos ficar aqui dentro esperando ser esmagado por uma pedra. Salvatory gritou ao homem.

- Pode ir ajudar lá fora, nós esperamos aqui. Disse Silas tranquilo, as mãos estavam algemadas a correntes presas a carroça.

- Você tá doido Silas? Salvatory perguntou a ele surpreso pela atitude de submissão do ex-aetherblade.

- Quieto, eles sabem o que estão fazendo. Silas repreendeu o menino que olhava incrédulo para ele.

A soldado ponderou alguns segundos, logo em seguida saltando para fora, assim que saiu Silas levou as mãos a boca retirando uma espécie de grampo da gengiva.

Salvatory ficou olhando enquanto Silas habilmente abria as algemas com o grampo.

- Você enrolou ele. Salvatoy disse admirado.

- Esse é meu trabalho garoto, agora vamos sair daqui antes de sermos mortos por uma pedra.

Os dois saltaram para fora em meio ao caos.

Os trebuchet estavam no alto de uma colina íngreme, eram três no total revessando nos disparos.

- O que faremos? Lonne perguntou a Alexian, eles e outros recrutas estavam colados a uma elevação a procura de proteção.

- Temos de ir lá e destruir aqueles trebuchet. Alexian respondeu tentando ver a melhor maneira de ir até lá.

- Se forem todos serão alvos fáceis. Silas surgiu ao lado de Alexian e Lonne e falou casualmente como se fossem amigos deles de longa data, e continuou a falar:

- A melhor solução é um ataque furtivo por trás, um grupo pequeno no máximo de cinco pessoas pode se esgueirar escalando a lateral da colina e atacando de surpresa.

- Mais que merda é essa? Quem te soltou? Zelos falou surpreso.

- Ninguém, eu me soltei sozinho. Silas respondeu tranquilamente.

- Nos dê um bom motivo para não te algemar de novo? Zelos falou em tom de ameaça.

- Porque idiota se eu quisesse fugir tinha fugido, sou a melhor opção de vocês se querem avançar para Harathi.

- Ele tem razão. Alexian disse ponderando as palavras de Silas.

- Alex! Lonne ia começar a questionar a decisão.

- Silas está certo, ele podia ter fugido, mas ficou. Seguiremos o plano dele. Alexian falou encerrando a assunto.

- Ótimo, eu lidero o grupo. Vocês três e você esquentadinho veem comigo. Garoto você fica aqui protegido. Silas disse apontando para os selecionados e depois falando com Salvatory.

- Não gosto disso. Zelos falou emburrado.

- Você normalmente não gosta de nada. Ledox falou brincando.

Desta maneira Silas, Alexian, Lonne, Zelos e Ledox saíram pela lateral da vila, um rio profundo dividia eles da colina onde estavam os trebuchet.

- Espero que todos aqui saibam nadar. Silas falou não esperando a resposta e saltando nas aguas frias em um mergulho perfeito, ele nem parecia que estava ainda ferido, os outros quatro se entre olharam e imitaram Silas.

As aguas do rio eram frias e traiçoeiras, os cinco lutaram contra a força da correnteza chegando ao outro lado com dificuldade, o grupo colou no paredão rochoso olhando para cima vendo as pedras voarem em direção da vila.

- Vamos escalar. Silas falou a eles.

A rocha era irregular tornando muito mais fácil escalar do que foi nadar, Silas colocou a cabeça para fora avaliando a situação, 30 centauros se revezavam em vigiar e recarregar os trebuchet.

- Sabe usar este rifle? Silas perguntou a Zelos, ele carregava a arma presa nas costas.

- É claro que sei, posso acertar uma mosca voando.

- Só preciso que você acerte um barril.

Zelos olhou a direção que Silas apontava e viu um conjunto de 10 barris próximos aos trebuchet.

- Vai ser uma bela explosão. Zelos brincou apontando a arma começando a gosta do plano.

- Contando que você acerte o tiro. Silas provocou ele.

- Eu nunca erro aetherblade.

- Você sempre diz isso. Ledox respondeu com um sorriso.

- Quer apostar?

- Sem apostas Zelos, apenas atire logo antes que nos ousam. Alexian mandou.

- Sim senhor.

Zelos atirou, a bala atingiu certeira o barril, uma explosão aconteceu causando um efeito dominó, um a um todos os barris explodiram arremessando centauros para o alto, dois trebuchet ruíram com os danos tomados, o terceiro pegou fogo deixando-o inútil, mais da metade dos centauros morreram nas explosões e a outra metade estava ferida e atordoada, os cinco não desperdiçaram a oportunidade atacando sem clemencia.

Zelos disparava o rifle e recarregava seguidamente numa velocidade absurda, Silas saltou na direção de três centauros com adagas nas mãos, desferindo golpes mortais, Alexian, Lonne e Ledox armados com escudos e espadas avançaram criando um muro de proteção, centauros ainda tentaram contra-atacar, mas os três bloqueavam os ataques e perfuravam com as espadas, em poucos segundos a batalha tinha acabado.

O grupo retornou para a vila indo falar com o warmaster Forgal, o norn junto com os capitães Eren, Hesron e Oxandrino avaliavam os feridos e mortos.

- Quantos perdemos? Alexian perguntou ao warmaster vendo o número de corpos enfileirados no chão.

- 40 Mortos, vários feridos e 3 carroças destruídas. O norn falou raivoso.

- Parece que começamos bem norn. Oxandrino falou sorrindo para provocar o warmaster.

- Não teste minha paciência capitão.

- Quais são suas ordens warmaster? Capitão Eren perguntou querendo encerrar o assunto.

- Vamos seguir em frente, não podemos perder tempo, juntem os corpos e queime-os.

- São nossos soldados, eles merecem um enterro descente. Hesron falou, não conseguia conceber abandonar os corpos dos companheiros sem prestar as devidas homenagens.

- Faremos isso depois, agora temos de prosseguir.

Brendew se aproximou de seu capitão e falou:

- Estamos divididos, não vejo uma maneira de conseguirmos vencer uma batalha grande separados desse jeito.

- Fé meu amigo, não esqueça de ter fé. Hesron falou ao companheiro.

- Sim queridos, fé em mim. Jinxxy falou brincando flutuando ao lado deles.

 

O exército seguiu viagem entrando ainda mais em Harathi, súbito um novo som chamou a atenção deles novamente deixando todos em alerta.

- Vocês podem ouvir isso? Hesron falou aos que estavam a frente com ele.

- Trombetas e tambores de guerra centauro! O warmaster respondeu.

- Parece que veem de todos os lados. Zelos disse apurando os ouvidos.

- Não parece... veem de todos os lados. Alexian disse sacando a espada.

- Estamos cercados. Hesron gritou.

- Formação em círculos! O warmaster mandou aos soldados.

Quatro bandos de centauros cada uma com 2 mil centauros galopou na direção deles, as 8 carroças restantes foram colocadas em círculo, os soldados ficaram atrás delas usando-as como proteção.

- Quê coisas são aquelas? Blajeen perguntou apontando para feras que vinham ao lado dos centauros.

- São lobos gigantes. Brendew respondeu.

As criaturas vinham com os centauros uivando para a matilha.

- Não são só lobos gigantes, a pele deles é de pedra. Observou Lonne.

Um dos xamãs centauros ordenou a matilha que atacassem, dezenas lobos avançaram na direção das carroças rosnando, 3 deles pelo menos tinham o tamanho de um dolyak. Os soldados imediatamente revidaram o avanço das feras com disparos de rifles e flechas.

Vários lobos tombavam no avanço mortal, porém muitos cruzaram a zona de segurança feita pelas carroças, as feras sedentas por carne saltaram sobre os soldados, os centauros observavam de longe aguardando a conclusão da primeira onda de ataques.

Um lobo saltou em cima de uma carroça escolhendo um alvo aleatório, assim que decidiu sua presa o lobo atacou caindo nas costas do recruta.

Ledox sentiu o peso da fera sobre ele sendo jogado contra o chão, o rosto bateu na terra recebendo imediatamente um corte na testa, o lobo mordeu seu ombro, mas a proteção da armadura amenizou o dano recebido.

Ledox lutou com a criatura tentando retirá-la de cima dele, num giro do corpo o rosto ficou a centímetros da cabeça do lobo, a fera abriu a boca revelando dezenas de dentes afiados prontos para estraçalhar o rosto dele.

No momento que a fera preparou a mordida um cano de uma arma entrou pela boca do lobo, logo em seguida um disparo arrebentou a nuca da fera matando-a instantaneamente.

- Engula isso.

Zelos segurou a mão do amigo e o ajudou a sair debaixo do lobo morto, a armadura estava coberta de sangue.

- Obrigado. Ledox agradeceu ao amigo por salvar sua vida.

- De nada, agora vamos ver se conseguimos nos manter vivos.

 

Brendew olhava para todos os lados, todos lutavam ferozmente, todos tentando desesperadamente se manterem vivos.

- Para um mortal, nada é mais valioso do que a vida. Jinxxy falou para Brendew, tudo para ela era uma diversão.

Um companheiro de pelotão teve a perna arrancada pela mordida de um dos lobos gigantes, o rapaz caiu no chão com espasmos de dor enquanto o sangue jorrava, outro golpeava o olho direito de um lobo com uma faca enquanto a fera mastigava o braço esquerdo dele, quatro lobos arrastavam um soldado da Vigil pelo chão estraçalhando-o vivo

 - Como são frágeis essas carcaças que vocês possuem e quando percebem que pereceram se tornam cascas vazias e inúteis. Jinxxy disse rindo.

- Nós temos valor! Brendew gritou para ela.

- Não! A centelha de vida de vocês tem valor.

- Centelha?

- Aquilo que os tornam tão especiais e individuais.

- Brendew pare de ficar com essa cara de idiota e lute! O capitão Hesron gritou para ele arremessando uma adaga no olho de um lobo.

- Sim, lute Brendew... faça sua centelha brilhar novamente. Jinxxy disse com ar cobiçoso.

Brendew avançou com a espada em punho partindo um dos lobos ao meio, as entranhas da fera cobriram o chão, vários soldados se viraram para ver Brendew lutar, algo inspirava os aliados cada vez que ele avançava em direção a batalha.

O último lobo gigante tombou perfurado por várias lanças e espadas dos soldados, os tambores e trombetas de guerra ressoaram novamente, os centauros se posicionaram para iniciar um novo ataque.

- O que faremos senhor? Capitão Eren perguntou ao warmaster.

- Posicionados aqui podemos aguentar a investida, mas seremos minados pouco a pouco, tenho certeza que é esta a estratégia deles.

- Minha sugestão senhor é contra-atacar. Brendew falou se aproximando do norn e dos capitães.

- É arriscado soldado.

- Me dê 100 homens que abriremos passagem a força. Silas falou ao norn que olhou para o Aetherblade, ele não parecia surpreso em o ver sem as algemas.

- Como espera fazer isso exatamente? O capitão Oxandrino falou sarcasticamente.

- Vamos avançar com tudo que temos! Brendew gritou erguendo a espada e pegando uma bandeira da Vigil.

Brendew se lembrou das palavras de Jinxxy, centelha é vida, cantar era sua vida.

- Onde pensa que vai soldado? Oxandrino gritou ao soldado.

Brendew não respondeu a ele avançou na direção dos centauros, Jinxxy flutuava próximo a ele, o fio vermelho continuava a se projetar do dedo dela ao peito do rapaz.

 O xamã centauro viu o solitário soldado sair de detrás das carroças e avançar sozinho na direção deles, o xamã ordenou o avanço de mil centauros que galoparam ao encontro de Brendew.

- O que faremos senhor? O capitão Eren perguntou ao warmaster.

- Ah, que se dane! Todos atacar! O norn gritou aos soldados.

- Isso não é inteligente! Oxandrino falou.

- Chegou a hora de morrer com honra! Forgal falou brandindo a espada e começando a correr na direção de Brendew.

- Isso é suicídio Alexian. Zelos tentou dizer ao amigo.

Brendew olhou para trás vendo Forgal vir em sua direção, os outros pareciam decidir se seguiriam ou não o warmaster, um sorriso surgiu no rosto de Brendew e ele cantou uma nova canção.

- Sim... brilhe meu bichinho. Jinxxy falou.

 

Chegou a hora, vamos pro ataque!

 

Os centauros avançavam esmagando as flores do campo verdejante com seus cascos, o chão tremia com o avanço deles, as flechas disparadas pelos centauros atingiam as aves que voavam tranquilamente alheias ao conflito que se iniciava.

 

Ninguém se importa com

A flor que fora esmagada

Ou a ave que caíra

Sem o vento em suas asas

 

A música novamente pareceu contagiar os soldados, trazendo a energia necessária para que eles agissem, eles ergueram os escudos bloqueando as flechas que vinham na direção deles.

- Lutem! Lutem por nossas crianças! Lutem pelo que acreditam. Alexian avançou sendo seguido pelos recrutas de Divinity’s Reach.

- Merda, se vou morrer hoje vai ser em pé com meu rifle disparando! Zelos gritou engatilhando a arma.

Ouve uma colisão entre os soldados humanos e os centauros que atacavam, um banho de sangue ocorreu nas planícies de Harathi, O norn Forgal girava a gigantesca espada de duas mãos partindo um centauro ao meio, Zelos avançava disparando com o rifle, cada disparo era um centauro que tombava, uma chuva de flechas veio na direção deles disparada por vários centauros, Alexian entrou na frente dele e ergueu o escudo.

- Você está maluco, um escudo comum não vai proteger a todos nós! Capitão Oxandrino falou.

Uma bolha de luz se formou a partir de Alexian envolvendo todos eles, a aura azulada quebrou as flechas dos centauros deixando os soldados admirados.

- Você é um guardian? Lonne perguntou ao amigo admirado.

- Aparentemente sim. Alexian brincou.

- Mas você não foi treinado? Zelos falou surpreso se lembrando de nunca ter visto o amigo frequentar um templo.

- Fui treinado pelo meu pai desde pequeno. Alexian falou se lembrando dos treinos incessantes de seu pai Axel William Kallamar que dizia para ele que um dia sua força seria testada, assim como sua alma.

Oxandrino e seus batedores correram ziguezagueando entre os soldados da Vigil atacando os centauros que lutavam contra os soldados. O warmaster Forgal tinha de admitir que eles eram eficientes em suas técnicas de luta, utilizando bombas de efeito moral contra os inimigos para deixá-los desorientados, os batedores atacavam nos pontos vitais em golpes precisos, garganta, olhos, coração e articulações.

Um dos batedores infelizmente não teve sorte, sendo perfurado por uma lança e arrastado pelo chão enquanto o centauro galopava, Oxandrino ao ver a cena sacou uma faca arremessando no companheiro dando-lhe uma morte misericordiosa.

O centauro olhou o corpo do batedor retirando a lança ainda fincada ao corpo, em seguida se virou para Oxandrino que avançou para atacar o inimigo.

A lança veio na direção do peito de Oxandrino que se esquivou conseguindo em um movimento da espada partir a lança do centauro.

O guerreiro centauro olhou a lança partida em suas mãos e a jogou fora, sacando espada e escudo da cintura e galopando contra Oxandrino, eles começaram a duelar, embora o centauro fosse mais forte, o capitão dos batedores era mais ágil, num golpe lateral do centauro Oxandrino se esquivou girando o corpo enquanto se ajoelhava, aproveitando o giro do corpo Oxandrino mirou nas patas dianteiras do centauro e as cortou num golpe veloz derrubando o oponente no chão, dois golpes nas articulações dos ombros fizeram o centauro soltar espada e escudo deixando-o indefeso, em um impulso sádico Oxandrino começou a dar cortes pelo corpo do inimigo, o centauro indefeso encarava o capitão sem implorar, apenas com a expressão de ódio.

- Espero que esteja gostando fera, porque vamos nos divertir muito ainda. Oxandrino falou sorrindo enquanto circulava o centauro perfurando seu corpo em inúmeros lugares, o sangue escorria pelo chão demonstrando que mesmo ferido daquele jeito a agonia ainda levaria horas.

Súbito o som de um disparo ecoou, o tiro atingiu a testa do centauro lhe dando uma morte rápida, Oxandrino se virou em fúria querendo descobrir quem lhe havia privado do prazer de torturar e humilhar o inimigo.

Zelos o encarava meio sem jeito, Ledox estava ao lado do amigo com a mão em seu ombro como se o cumprimentasse.

    - Desgraçado, porque fez isso?  Oxandrino avançou na direção de Zelos com a espada em punhos.

- Fui eu que pedi, o que você estava fazendo era doentio. Ledox falou encarando o capitão dos batedores.

- Não é você quem decide recruta, não esqueça que sou seu superior.

- Warmaster Forgal, capitão Eren e o Oficial Alexian são meus superiores... você é só um sádico depravado. Ledox falou não se importando com a patente dele, até Zelos se surpreendeu com o amigo, sempre tão calmo e sorridente.

- Melhor começar a tomar conta de suas costas recruta. Oxandrino disse se virando.

- Está me ameaçando capitão? Ledox perguntou.

- Interprete como quiser. O capitão respondeu voltando para o combate.

- Acho que você acaba de ganhar um fan. Zelos falou ao amigo preocupado.

 

 

Não tente se ajoelhar

Para buscar o seu perdão

Só a força pra lutar

Trará nosso amanhã então

 

Um centauro grande com pinturas de guerra por todo o corpo armado com um machado galopou quebrando a defesa dos soldados indo na direção de Alexian, o centauro sozinho matou mais de 5 lionsguards com seu machado de guerra, o capitão Eren foi em defesa de seus homens enfrentando o centauro sozinho, a força do golpe  do centauro quebrou a espada do capitão que encarou o adversário, Alexian corria para ajudar o Eren, o centauro pareceu rir zombando do capitão, a voz de Brendew parecia narrar cada acontecimento da batalha.

 

Em enquanto o inimigo ri

Entre corpos levanto e vou seguir

Retorno minha prosperidade

Busco a minha liberdade

 

 

O machado atingiu o peito do capitão Eren jogando-o no chão, Alexian no percurso até o capitão pegou uma lança fincada no solo, num arremesso ele empalou o centauro que preparava o golpe de misericórdia no capitão, o inimigo ficou preso ao chão morto, incapaz de tombar.

- Calma capitão, vamos cuidar de você. Alexian falou se abaixando ao lado do capitão Eren tentando estancar o sangue do peito, a ferida era profunda tingindo as mãos de Alexian de vermelho, Lonne, Ledox e Zelos apareceram ao seu lado protegendo os dois.

- Não! Continue a lutar, recupere nossas crianças. Eren pediu a Alexian e encarando os outros recrutas.

- Senhor...

- Me jure Alexian Kallamar, filho de Axel William kallamar.

- Eu juro senhor. Assim que Alexian respondeu o capitão sorriu e não mais respirava.

- “ Descanse soldado, sua batalha terminou e seus entes queridos o aguardam nos campos de Kormir”.

Alexian falou fechando os olhos do capitão e se erguendo, Lonne, Ledox e Zelos queriam dizer algo para o amigo, mas não tinham tempo, uma nova onda de ataques veio na direção deles, mais de 30 centauros galopava na direção dos quatro.

- Prontos? Alexian falou apertando o cabo da espada.

Lonne e Ledox ficaram em posição de combate, Zelos apontou seu rifle para os inimigos.

- Alexian foi uma honra lutar com o senhor. Lonne falou orgulhoso de fazer parte deles.

- Não vamos morrer Lonne. Alexian respondeu, algo crescia dentro de seu peito, um fogo ardia queimando o espirito do guardian.

- Eu pelo menos não pretendo morrer hoje. Zelos falou para eles disparando com o rifle e atingindo um centauro na cabeça.

Os centauros restantes continuaram a avançar, neste momento Brendew surgiu girando como um tornado decepando patas dos centauros da frente derrubando eles no chão, isso causou um efeito dominó nos que vinham atrás, ele lutava e cantava, a música era um mantra, Alexian olhou para os amigos e avançou contra os centauros.

 Um golpe perfurante de Alexian atravessou o peito de um centauro, a centelha de todos ali brilhava cada vez mais, Jinnxy flutuava a alguns metros acima do campo de batalha em verdadeiro êxtase.

Zelos atirava, recarregava a arma e esquivava das lanças arremessadas pelos centauros, Ledox sempre que era necessário bloqueava ou aparava uma lança que o amigo não conseguia desviar, Lonne pulou nas costas de outro centauro cortando a garganta dele, em meio ao caos Silas desceu girando numa cambalhota cortando tendões de vários inimigos com suas facas, era impressionante a maneira acrobática que ele lutava.

O menino Salvatory encontrou uma espada caída no chão, ele a apanhou e continuou a observar a luta protegido na área das carroças, Salvatory queria participar da luta, mas tinha consciência de que era muito jovem e sem a força necessária para isso, uma sombra saltou por cima da carroça onde ele estava, um centauro grande de pele avermelhada tinha visto o garoto escondido e foi atrás dele.

O menino ergueu a espada, a lamina tremia em suas mãos, era a primeira vez que realmente ele estava em um combate de verdade.

- Largue a arma criança humana, você será mais um de nossos sacrifícios a Deusa da Terra.

 

Doly e Blajeen se sentiam dois peixes fora d’água, jogados nesta batalha a qual não faziam parte, os dois resolveram continuar escondidos dentro de uma das carroças.

Ao verem o grande centauro de pele vermelha saltar para dentro do cerco das carroças e avançar na direção do menino chamado Salvatory, uma decisão silenciosa foi tomada.

O primeiro a agir foi Doly que apanhou uma espada no chão da carroça salto para fora e atacando o centauro, infelizmente ele notou sua aproximação bloqueado o ataque facilmente, Doly foi empurrado contra uma carroça pelo centauro sendo esmagado pelo grande escudo.

Doly tentava se soltar, mas era espremido entre o escudo e a carroça, o centauro preparou para estoca-lo com a espada.

Salvatory correu para ajudar Doly, mas foi atingido por um coice certeiro do centauro que o fez cair desmaiado, Blajeen olhava a cena escondido, Doly morreria ali na sua frente.

- SE MOVA SEU COVARDE! Doly gritou sendo substituído por Égon.

Isso fez Blajeen agir, num salto ele caiu sentado na garupa do centauro segurando seus braços, o centauro sacudia e pulava na tentativa de derrubar Blajeen, Égon aproveitou e perfurou o peito do centauro com a espada, o centauro cambaleou enfim caindo morto.

 

Não serei mais humilhado

Ao lutar, serei libertado!

Vamos derrubar nosso alvo

Além dos muros que nos cercam

 

O xamã centauro que liderava o ataque notou o decline-o de suas forças, os humanos estavam sobrepujando o exército centauro. Ele tentava decidir se recuava ou continuava com o ataque, o medo da reação do líder Ulgoth era maior que uma derrota em combate.

O momento de distração fez com que o xamã não percebesse a aproximação de Oxandrino até ser tarde, o capitão deu um golpe certeiro decapitando o centauro, triunfante o capitão dos batedores pegou a cabeça decepada e a ergueu como um troféu urrando um brando de vitória.

 

Vamos apontar nosso arco

 Com os tiros que acertam

Vamos nos preparar para ver

 O sangue derramar

 

A batalha foi chegando ao seu fim, o solo da planície estava lavado em sangue, as aves de rapina já sobrevoavam o campo de batalha aguardando o momento de se banquetearem.

Todos se encontravam exaustos, pouco mais de 80 centauros fugiram quando viram que a luta estava perdida e o líder morto, em contrapartida mais da metade do exército humano tinha perecido nesta batalha, além de centenas de feridos.

- Quantos restaram? Hesron perguntou.

- Menos de 3 mil. Um soldado que fazia a contagem informou.

- Não vamos conseguir se não tivermos reforços. Zelos falou sentado numa pedra completamente exausto.

- Amigo... está sempre foi uma viagem só de ida. Hesron falou.

- Vamos usar o rio. Silas disse parecendo ter uma ideia.

- Pelo rio?

- Os centauros não vão esperar uma divisão de nossas forças já fragmentadas, formaremos dois grupos. Um menor irá pela margem do rio enquanto o maior chama a atenção de Ulgoth.

- Se isso não funcionar...

- Estaremos mortos de qualquer jeito. Silas foi direto em falar.

- A ideia dele não é ruim, eu conheço o terreno, posso guia-los pelo desfiladeiro, avançaremos com um grupo pequeno com no máximo 100 pessoas, mas só vai funcionar se Ulgoth acreditar que o grupo maior está indo para o tudo ou nada. Oxandrino falou.

- Sei que você não confia em mim, mas não temos escolha, estamos ficando sem tempo. Silas falou ao warmaster.

- Muito bem. Escolha aqueles que irão com você. Forgal falou.

- Preciso daqueles que se destacaram no combate, teremos melhores chances assim. Silas falou, Oxandrino concordou com ele.

Após selecionar os membros os dois grupos se despediram cada um acreditando que nunca mais se veriam novamente.

- Seguiremos pela margem do rio, passando por platô Greenflin, se avançarmos em silencio total e usarmos as rochas como cobertura conseguiremos chegar a Modniir Gorge que é o principal acampamento de Ulgoth.

- O que vai evitar de sermos engolidos por milhares de centauros pelo caminho?

- Nós! Faremos muito alarde enquanto avançamos, Ulgoth mandará tudo contra nós. Forgal falou.

- Você quer se tornar um mártir?

- Sim. Temos ainda 2.800 soldados, Ulgoth tentará nos minar aos poucos, tentando nos atrasar até o início do eclipse. Vocês terão uma passagem livre pelo rio.

- Seus homens estão de acordo com isso? Hesron perguntou a Forgal.

- Os seus estão? O norn também perguntou.

Ninguém contradisse, a decisão já havia sido tomada por todos.

- Muito bem, só resta um detalhe. Forgal falou olhando para Oxandrino, que o encarou de volta.

- Capitão mesmo que você esteja conduzindo este esquadrão, quero que entenda uma coisa, Alexian Kallamar será o líder interino na minha ausência.

- Ele é apenas um recruta. Oxandrino contestou.

- Ele agora é um oficial da Vigil, ou seja, seu superior. Você e Hesron devem se reportar a ele.

- Não vejo problema nisso. Hesron falou em apoio a Alexian.

- Entendo warmaster Forgal... Oxandrino disse serrando os dentes de raiva.

- Se eu fosse Alexian ficava de olho nele. Ledox falou aos cochichos para Zelos.



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