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História Crônicas de Penina - Livro 2 - A profecia do Espúrio - A recepção de Dippet


Escrita por: matthewgreek

Notas do Autor


Olá, pessoal! :D
Mais uma semana chegou ao fim e mais um capítulo chega quentinho pra vocês.
Aqui encerra-se os três capítulos introdutórios dos quais falei. Tine está diante de novas realações com pessoas e criaturas que ela nunca imaginou ter que interagor na vida, por isso as dificuldades. Por outro lado, veremos nesse capítulo também algumas pontas para dar continuidade ao que virá pela frente.

APROVEITEM! :D

Capítulo 5 - A recepção de Dippet


AINDA NAS RUINAS DE VALDOMEIO.

Eu não saberia dizer se aquela casa já pertencia ao senhor Dippet antes da invasão da cidade ou se ele se apossou dela depois que tudo foi abandonado – também não tive a audácia de perguntar –, mas fato era que ela era modesta e estava um pouco quente quando entramos, talvez devido a lareira acesa, cujo panelão negro de tisna fervia.

– Entrem, por favor, fiquem a vontade – ele disse, mexendo em tudo por onde passava a fim de livrar o caminho.

Havia quinquilharias por toda parte, coisas que o povo havia deixado para trás e que o velho havia recolhido pela cidade. Vi gaiolas e barris, sacos de pano grosso cheios de cevada e trigo, ferramentas penduradas no teto e nas paredes. Vi também muitos panos finos amontoados num canto e tapetes enrolados e juntos sobre uma mesa noutro. Enquanto eu observava isto, Berny se dirigiu à lareira e olhou a panela.

– Hum, você tá fazendo porco de novo, Dippet? Devia pelo menos assar a banha pra variar.

– Vá catar capídions no mato, Berny – ele xingou, e pelo seu tom pude perceber que ele estava sendo mesmo rude. – Eu como o que quiser! Você que deveria aprender a viver sozinho, garoto. Não tenho filhos, nem muito menos netos para cuidar...

Berny sorriu, como se já ouvisse aquele discurso há dias, voltando à mesa e se sentando no banco longo que estava posto ali. Dippet, que parecia muito irritável e instável de humor, não parou de falar enquanto buscava algo num baú grande:

– …e não quero ser feito de tolo, pois estamos sozinhos nesta cidade.

– Eu tenho feito tocas no chão, caso eles volte – Berny explicou ignorando o outro –, pode ajudar a me esconder já que o bosque não parece uma boa aposta.

Mas Dippet continuava a falar alto e consigo mesmo, até que:

– …e depois de tudo que vivemos em Valdomeio, o que me resta? Alimentar Berny, o Covarde.

Aquilo não pareceu um elogio e nem a maneira com que ele falou o foi. Fez-se um silêncio desagradável em que olhei para o rapaz e, diante do titulo, este ficou constrangido, baixou a cabeça e permaneceu calado. Pelo visto, antes da cidade ser o que era agora, Berny não tinha tido um bom lugar na sociedade dela, nem um bom nome. Dippet, depois disto, voltou-se para nós dois trazendo pratos, talheres e copos, aparentemente alheio ao constrangimento que tinha causado.

– Peguei isto na velha casa dos Ligian – anunciou contente, depositando ali os utensílios. – Vai servir. Sente-se, garota, vamos.

Obedeci, mas achei melhor tentar mudar o clima, então voltei para os meus interesses iniciais com cautela.

– Bem, é... Na verdade, senhor, antes de aceitarmos comer sua comida, queríamos saber se o senhor poderia nos ajudar.

Dippet me olhou com dúvida, como se eu tivesse acabado de dizer um palavrão ao invés de agradecer seu convite.

– Pensei que já estivesse ajudando – ele disse, como um resmungo. – Alimentei seu dragão contra minha vontade e agora estou alimentando você. O que mais quer?

– Eu agradeço, mas Berny disse que o senhor poderia ajudar com a ferida da minha amiga.

O velho Dippet lançou um olhar estranho para Berny, que eu não soube distinguir muito bem o que queria dizer, mas era algo entre reprovação e decepção, então virou para mim e disse:

– Quem é sua amiga?

Olhei para trás e só então percebi: Tauane não havia me seguido, então voltei pela porta e ela estava do lado de fora, encostada numa virga caída e segurando a asa ferida com dor.

– Não vai entrar? – perguntei.

Ela olhou com repulsa para a casa.

– Não entro no ninho dos Filhos do Pó nem que os picos encostem os céus. Eles não moram, eles se escondem. Aí dentro é fechado, quente e pequeno, não é lugar para mim.

– Mas precisa entrar se quiser ser ajudada, Tauane. Sua asa está muito...

– Sabe o que eles fizeram comigo – ela argumentou –, sabe como fui presa.

– Sim, eu sei, mas peço que só dessa vez me obedeça. Entre!

Mas o tom que eu escolhi para dizer aquilo talvez não tenha sido o melhor, pois a harpia me encarou como se eu tivesse tentado colocar uma coleira nela e fez uma careta de despreso quando disse:

– Eu não sou Audur. Não tente me domar, garota! – E sem dizer mais nada, ela se virou e saiu.

Tauane, por favor! – chamei, mas em vão. Fiquei olhando até que ela sumisse na curva da casa seguinte, então voltei para dentro frustrada. Eu ainda estava aprendendo a lidar com o instinto dela, que por vezes era muito petulante e agressivo.

Berny e Dippet pareciam estar conversando algo quando retornei, mas recuaram rapidamente assim que me viram.

– E então? – o rapaz perguntou como quem tenta disfarçar.

Olhei para eles intrigada, buscando achar uma explicação para aquele comportamento, e só imaginei uma:

– Vocês ainda estão com medo de nós, não é? – perguntei, incisiva.

– Não, não – Berny se apressou.

– Se vocês tiverem incomodados, nós podemos ir, não precisam no dar comi...

– Não é isso, menina – Dippet resmungou, interrompendo-me sem se importar muito se estava me ofendendo ou não. Ele foi até o penelão para mexê-lo e dali acrescentou: – Acho estranho você tentar tratar uma harpia como se fosse uma criatura como a gente.

– Como assim, como a gente? Ela entende nossa fala tanto quanto...

– Ela é uma criatura selvagem – Dippet me interrompeu outra vez. – Vivem isoladas nas montanhas por um motivo. Além do mais, vivem no Horto, um lugar nada auspicioso.

– É – Berny emendou. – É de lá que os Ogros vêm.

– Ela salvou a minha vida mais de uma vez, se isso não merecer minha confiança, não sei o que merece – defendi-a, num tom definitivo e irritado, querendo acabar logo com aquilo.

Porém, outra vez meu tom não agradou. Dippet me olhou sério, meio ofendido, meio desafiado. Constantei que, nos últimos dias, depois de todas as aventuras que eu tinha vivido, os perigos que fui obrigada a enfrentar e as lutas que tive que vencer, eu estava esquecendo de como deveria falar com os adultos; estava me esquecendo de que eu ainda era uma adolecente de quatorze anos que, embora carregasse uma espada no cós, devia respeito àqueles iguais a mim, afinal, nem Dippet nem Berny sabiam quem eu era, ou o que eu já tinha feito, ou com quem eu já havia vivido; nenhuma nas notícias a meu respeito haviam chegado ali ainda, por isso, em Valdomeio, eu era tão normal quanto eles.

Mas ao invés de brigar comigo (o que estava parecendo que ele faria), Dippet sugeriu:

– Duas vezes, hein? Parece muito para uma garotinha tão pequena. No que anda se metendo de tão arriscado pra precisar ser salva duas vezes?

– Malcon – eu afirmei num só fôlego, mas eles pareceram confusos. – Ele estava tentando começar uma guerra e eu tentei impedí-lo. Duas vezes – expliquei.

Mas que absurdo! O que você poderia fazer para impedir um Mago tão perverso?

– Então já ouviram falar dele?

– Sim.

– Eu não – Berny disse, logo atrás do velho.

Dippet o olhou com surpresa, mas não pareceu se importar o suficiente para explicar, então se virou para mim e continuou:

– Estavam dizendo por aqui que foi ele quem destruiu nossa cidade.

– E eu não tenho dúvida disso. Foi Malcon – afirmei.

– É verdade que ele veio do Horto, muito além dos Vales de Dur? Dizem que é poderoso.

– Ele é um espúrio, mas está muito poderoso sim.

– O que sabe sobre ele? Diga mais... – Dippet ainda inquiriu como se não ouvisse fofocas há um bom tempo.

– Sei que os homens que sumiram daqui, e que sumiram de todas as cidade e povoados que ele saqueou nessa região, estão agora compondo o exército dele, o exército que invadiu Dulin.

Dulin foi invadida? – Dippet assustou-se com a notícia. Tomou fôlego e levou a mão à boca. – Pelo Ato! Então... há mesmo uma guerra acontecendo?

Assenti.

– Isso é terrível – Berny exclamou. – Então meu pai... ele deve estar com Malcon... – E sua voz foi morrendo à medida que tal ideia pareceu mais assombrosa. Olhei-o dizer aquilo mas não soube bem o que responder, embora eu soubesse que sim, pois se ele e pai tinham sido separados pelo saque do espúrio à cidade, com certeza seu pai estaria entre o exército que estava agora em Dulin, mas o que eu poderia fazer? Se o contasse o que vi na montanha, poderia tornar sua dor bem maior.

Depois de uma pausa, tentei achar o melhor caminho para desviar a conversa dos acontecimentos que só trazia desesperança. Expliquei:

– Devo atravessar esta região até chegar no reino de Varréia. Acredito que lá ficarei mais forte até que tudo se agrave ainda mais.

– Para uma garota que tem um dragão, você já deve ser bem poderosa – Dippet sorriu, mas não parecia realmente contente por mim. – Essas criaturas são perigosas, sabia?

– Audur é um dragão livre, senhor. Está comigo porque quer – eu expliquei, tocando no cabo da espada.

– E o que a faz achar que terá chance? Malcon está sendo implacável.

– Mas ainda pode ser vencido – acrescentei. – Todos sempre podem.

– Não é o que estão pensando por aí – Dippet me lançou um olhar duvidoso. – É sabido que os Magos estão mortos e que somente um Mago pode matar outro Mago, então como vencerá ele?

– Elcana ainda vive – eu disse, mas Dippet desacreditou com uma fundaga.

– Elcana, o Jovem, não aparece desde que...

Eu o salvei! – exclamei bem mais alto do que pretendia. Dippet me olhou reprovativo e Berny surpreso, como há instantes atrás. – Quer dizer, eu encontrei ele, ou melhor, ele me encontrou... ou seria... Querem saber? Nós nos ajudamos em Dulin, foi isso. Agora ele está são e salvo na Cidade-Forte, pronto para lutar com Malcon se for preciso. – E dito isto, os dois me fitaram sem dizer nada, o que me fez achar que eu tinha sido um tanto rude, então tudo que me restou foi baixar os ombros e concluir: – O que estou tetando dizer é que não podemos deixar de ter esperança nesse momento, só isso.

– Uma guerra não é fácil, garota, e as ruinas desta cidade podem provar isso – Dippet afirmou um tanto sombrio, confesso, mas vi medo em seus olhos e senti o quanto ele realmente temia por aquilo. – Eu não vivi durante as maiores guerras deste mundo, mas já houve muitas desgraças no passado de Penina e em todas elas a esperança sempre foi a primeira a ser morta.

– É por isso que estou tentando mantê-la viva, senhor.

Nesse instante, sem avisar, Berny se inclinou sobre a mesa e me fitou com olhos de súplica:

– Por favor, me deixe ir com você. Se meu pai ainda vive, eu quero encontrá-lo.

– Não seja bobo, Berny – Dippet intrometeu-se. – Você só atrapalharia as coisas. Além do mais, a mocinha aqui está indo na direção contrária. Seu pai está ao sul, talvez indo para a Cidade-Forte, já ela está indo para o norte.

– Mas você vai voltar para lá, não vai? – o rapaz insistiu e vi seus olhos brilharem de tanta esperança: a esperança de que falávamos.

– Na hora certa eu vou voltar sim – afirmei.

– É isso, então! – Ele sorriu satisfeito. – Não tenho mais nada aqui em Valdomeio. Tudo que me resta é meu pai e se eu encontrá-lo serei feliz onde estivermos. Peço que me leve, por favor.

Olhei-o por mais meio segundo inerte. Confesso que aquele pedido me emocionou – achei leais e dedicadas as palavras de Berny, envolvidas pelo amor de um filho separado de seu pai –, era quase poético, mas ao invés de dizer isto, sorri com um pouco de tristeza por ter que dizer a ele que...

– Não posso deixar você vir comigo, Berny. – anunciei, e ao ver seus olhos decepcionados, acrescentei: – É uma viagem incerta, não sei o que irei encontrar e não sei se posso mesmo ajudá-lo a voltar para seu pai.

– Mas...

– Desculpe – interrompi antes que ele continuasse, firme e decisiva. Seria melhor não dar a ele uma promessa que eu não poderia cumprir. Virando-me para Dippet, inquiri para mudar logo de assunto: – Então, senhor Dippet, vai ajudar minha amiga agora que contei tudo ou não?

Dippet finalmente assentiu, rendido.

– Imagino que ela não queira entrar aqui – ele disse. – Tem um alpendre logo ao lado. Chame-a e diga que vou tratar seu ferimento ali.

Saí da casa para buscar Tauane assim que ele disse isso, mas foi estranho, pois quando cruzei a soleira, o céu já não estava tão claro como antes. Havia-se coberto de nuvens carregadas e cinzentas como se uma chuva tempestuosa estivesse prestas a cair, e até mesmo um vento gélido já correria sobre as ruinas da cidade. Alisei meus braços, um pouco duvidosa e sentindo o frio me arrepiar, e segui o caminho pelo qual vi a harpia se retirar.

Seria aquela mudança repentina no clima ainda um efeito do desequilíbrio? Um sinal da fragilidade do Muro da Realidade?

Pensar naquilo me fazia voltar a questionar o andamento das coisas na Cidade-Forte, afinal, se o Muro ainda estava instável – e eu sabia que o reflexo disto em Penina era a desordem natural –, significava que algo havia impedido o jovem Mago de dar um fim ao hospedeiro de Malcon, que até então estivera destruindo aos poucos o pilar daquele mundo.

Mas o quê teria impedido Elcana?

Por outro lado, eu podia estar pessimisando demais as coisas. Aquilo podia ser apenas um temporal comum, uma chuva rotineira daquela região, que viria e logo passaria. Tentei me acalmar e afastar os pensamentos ruins.

Tudo está bem na Cidade-Forte... Tudo está bem...

Olhei adiante e avistei Tauane parada à margem do Cisão, com suas penas sacudindo um pouco juntas ao vento. Caminhei devagar até ela, sem saber qual seria a reação do seu instinto: se recuaria ou não, se recusaria falar comigo ou não, mas só quando cheguei perto o suficiente percebi que ela não faria nada.

– Desculpa, Tauane – eu disse baixinho, assim que fui notada, a fim de evitar qualquer rejeição. Seu olhar sempre mordaz, de pupilas avermelhadas, estavam agora fixos do outro lado do rio, talvez sonhando com as montanhas do Horto, que dali eram apenas sombras borradas, e por isso não olhou quando eu disse aquelas palavras. Ao contrário de mim, Tauane estava mais perto de casa e mais perto de voltar a sua vida normal, o que já deveria ser um conforto para ela, porém o silêncio entre nós durou até que, ainda sem me olhar, ela fez uma pergunta:

– Você acha que está sendo fácil pra mim?

Olhei-a e pisquei, surpresa, mas não respondi porque um relâmpago iluminou o céu além das nuvens e me assustou. Foi quando ela prosseguiu:

– Eu nunca tive tanto contato com os Filhos do Pó como estou tendo agora. – E respirou fundo. – Cada vez que me submeto aos seus modos, sinto que traí minha honra e meu povo. Não sou digna de voltar para meu reino, mas estou tentando. – Só então ela me olhou finalmente. – Não me faça retornar mais humilhada do que já vou estar.

– Não vou obrigá-la a fazer nada que não queira – expliquei assim que ela se calou, ainda em tom de desculpas. – Eu sei que é uma princesa com honras a zelar e está com a maioria delas feridas, mas saiba que seu povo aceitando ou não, você já fez mais pelo mundo dos Filhos do Pó do que qualquer outra harpia. Essa nobreza você carrega e eu devo minha vida e a vida dos meus amigos a você, Tauane, por isso deixe-me tentar retribuir um pouco disto ajudando você com seu braço. Não era minha intenção domá-la, somente ajudá-la.

Ela piscou os olhos vermelhos em minha direção, me olhando de um jeito um tanto estranho para uma harpia – pelo menos até onde eu já tinha aprendido empiricamente sobre elas –, pois parecia o tipo de olhar que só se entrega a um amigo, um olhar para poucos. Depois disto, Tauane inclinou levemente a cabeça de lado, como fazem a maioria dos passáros quando são encarados, e disse baixinho:

– Eu vejo honra em você, garota, e honra é a virtude do meu povo. O grifo também viu isso, por isso a escolheu. – Ela se virou novamente para olhar além do rio e acrescentou: – Foi por isso que eu a ajudei, mas eu já disse a você que gratidão não é bem vista por nós, então não diga mais estas coisas.

Eu sorri de canto, acanhada, e já me preparava para responder, porém, desta vez, o que nos interrompeu foi um trovão alto que soou retumbante acima de tudo, como se mil tambores batessem e o firmamento estivesse desmoronando. Olhei para as águas e estas continuavam ainda mais fortes, então conclui que tínhamos que sair dali.

– Será que podemos ir para baixo de algum alpendre? – sugeri. – A chuva promete ser forte e Dippet disse que não tem problema tratar seu ferimento do lado de fora.

– Vou permitir – ela finalmente cedeu. Eu sorri de alívio e fiz menção de se virar para sairmos juntas, mas, antes de me acompanhar, a harpia ainda disse: – Há Filhos do Pó naquela direção. – Ela apontou para além do Cisão, à oeste de onde olhava até então. – Vejo uma grande fogueira acesa lá.

Minha primeira reação foi querer perguntar como ela sabia daquilo, mas lembrei que harpias também eram metade águias e águias tinham uma visão extraordinária, portanto, com certeza Tauane tinha também. Tentei me aprumar para onde ela apontava, na esperança de ver alguma coisa, mas tudo que eu enxerguei foi um mero volume do que poderia ser uma cidade distante, entre colinas altas e borradas pelo vento frio que subia – ou também poderia ser simplesmente invensão da minha cabeça.

De qualquer modo, não pude confirmar com certeza a suspeita dela.

– Dippet disse que além do rio ficava Caudal, outra cidade, lembra?

– Mas o Sombrio devastou lá também.

– Provavelmente sim, mas deve ter havido sobreviventes. Talvez depois de tratarmos seu ferimento e nos alimentarmos, possamos ir até lá dar uma olhada.

Nesse momento a chuva começou. Os pingos foram finos, mas logo se tornaram grossos, então Tauane e eu corremos para o alpendre ao lado da casa de Dippet.


Notas Finais


Uma relação bem frágil deve ser mantida com a harpia, não é? São criaturas bem incomuns, mas Tine tá se saindo bem com Tauane. Heheh
Berny já mostrou interesse por seguir viagem com eles, mas Tine se negou a levá-lo, embora os motivos do garoto tenham sido nobres, não acham?

Enfim, esperio que tenham gostado e não esqueçam de me contar o que acharam!
Um abração e até o próximo capítulo! :D


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