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História Crônicas do Dia-a-Dia - Dia 21 - Excitação


Escrita por: UliEvee

Capítulo 22 - Dia 21 - Excitação


Cambaleei pelas ruas, sentindo o frio invadir meu ser, congelando todos os órgãos do meu corpo. Mesmo depois de enfrentar sete assassinos, nove atiradores e três líderes de gangues, sobrevivi ao “massacre”. Será que meu inimigo mortal agora… era o frio?

Olhei em volta, procurando me orientar. Onde é que eu estou? Fitei o ponto de ônibus e alguns prédios. Acho que sei onde estou. Caminhei até um prédio, entrando no mesmo. Subi as escadas arrastando-me até o terceiro andar. Me apoiei na porta, ofegante e sem forças. Meus olhos fechavam aos poucos. Não podia… apagar… agora…

_ Henry. - chamei.

No instante em que a porta se abriu, meu cérebro desligou, ao que caí no chão apagado.

 

Senti um pouco de calor circundar partes do meu corpo. Por reflexo, agarrei-me a quem entregava esse calor a mim, enterrando meu rosto num lugar macio. Nunca necessitei tanto de calor quanto agora. Abri os olhos devagar, notando que havia um corpo próximo ao meu. Meu rosto estava próximo a um peitoral masculino. Ergui a cabeça, encontrando o rosto angelical e adormecido de Henry.

Afastei-me devagar, examinando-me e notei que ambos estávamos nus, apenas cobertos por um cobertor negro. Sentei no chão, olhando em volta. Estava em seu apartamento. Voltei a olhá-lo, deitando-me do seu lado e o abracei, pousando minha cabeça em seu peito e entrelaçando nossas pernas. Senti-o se remexer sob mim e me deitar ao seu lado.

_ O que aconteceu ontem à noite? - perguntei.

Henry me olhou sem entender, respirando fundo. Havia tomado um susto. Sentei devagar, coçando a cabeça. Ao olhá-lo, o vi corar violentamente e desviar o olhar.

_ Você desmaiou em frente ao meu apartamento. - disse ele, levantando-se.

Engoli em seco, admirado com aquela estrutura corporal. É complicado manter o foco quando a pessoa que você ama simplesmente está nua na sua frente. Concentração, por favor?

_ Desmaiei? - franzi o cenho.

Henry me olhou e assentiu, suspirando. Procurei por minhas roupas no meio da sala, não encontrando-as. Logo, voltei a olhá-lo, vendo vestir a boxer preta. Suspirei pesadamente, puxando o cobertor para me cobrir.

_ Aqui. - olhei-o, enquanto ele me estendia uma camisa e uma boxer pequena. Não que eu não ficasse bem com elas, mas quando suas verdadeiras roupas não se encontram por perto, você relativamente aceita o que te oferecem. - A sua roupa está na secadora.

Assenti, pegando as roupas e me vestindo. Levantei do chão, andando até o banheiro (por incrível que pareça, é o único cômodo que reconheci). Enquanto me limpava, escutei a campainha tocar. Verifiquei os ferimentos em meu corpo, encontrando alguns arranhões nos braços, costas e barriga. Espera um pouco. Eu transei com ele e não sabia? Franzi o cenho, saindo do banheiro e, no momento em que entrei na cozinha, avistei Ângela e Henry conversando.

_ Minha senhora! - Ângela me olhou assustada e surpresa. - O que aconteceu?

Olhei para ele, esperando uma explicação. Henry apenas levou a jarra de café até a mesa, servindo.

_ Eu já a encontrei assim. - disse ele.

Ou seja, não rolou nada. Neguei com a cabeça, pegando o casaco que ela me estendera e me vesti.

_ Já vão? - Henry nos olhou.

Ângela assentiu, se despedindo dele. Saí da cozinha, esperando do lado de fora do apartamento. Logo minha assistente retornou, carregando minhas roupas e sapatos. Descemos as escadas do prédio e logo entramos no carro. Rapidamente, dei a partida, saindo dali.

_ Mimi? - chamou ela.

_ Fui atacada. - expliquei. - Estavam tentando…

_ Na verdade… - interrompeu ela. - Iria perguntar por que você marcou o peito do Henry.

Parei o carro bruscamente, fitando o vazio. Eu fiz o que? Olhei para Ângela que apenas respirou fundo, um pouco assustada.

_ Como é? - perguntei.

_ Henry disse que você mordeu o peito dele, um pouco acima do mamilo. - disse ela.

Por isso que ele corou… Engoli em seco, encostando minha cabeça no volante e respirou fundo. Eu… o marquei. Eu marquei aquela pele nua, macia, e máscula…

Ergui a cabeça, passando a marcha e partindo. Meu Deus… Não posso ter feito isso. Digo, eu só mordi? Não transamos, nem nada? Só pode ser brincadeira! Peguei eu gravador, estendendo-o para Ângela, que o pegou sem entender.

_ O que é isso? - perguntou ela.

_ Preciso que pegue o depoimento dele, de tudo o que aconteceu hoje. - falei. - Quero saber de tudo minutos antes de eu aparecer.

_ Sim, senhora. - assentiu ela.

Estacionei o carro, descendo do veículo e caminhando até o elevador. No instante em que as portas se abriram, sentei no chão do elevador, apoiando minha cabeça na parede metálica. Aos poucos, minha mente foi invadida dos momentos em que estive com Henry.

Seu peito subia e descia tranquilo, evidenciando sua respiração longa. Suas feições angelicais e suaves me faziam questionar se ali não era um anjo. Sua pele macia e intocável, a qual eu cortaria a mão do bastardo que tentasse marcá-lo. Sue corpo desenhado, parecia ter sido esculpido por Michelangelo, tamanhos detalhes que este possui. Ah, essa não.

Senti uma excitação percorrendo por meu corpo, como milhares de arrepios seguidos. Respirei fundo, mordendo o lábio inferior e ordenei que Ângela fosse até ele imediatamente. Quando as portas tornaram a se abrir, arrastei-me em direção ao meu apartamento e entrei, trancando em seguida. Estava decidida em cuidar daquela situação e, antes mesmo que eu fosse até o banheiro, o telefone tornou a tocar.

_ Quem é? - perguntei entre dentes.

_ Henry. - murmurou a voz angelical. Ah, ótimo! - Quer me dizer por que chegou naquele estado no meu apartamento?

_ É uma longa história.

_ E sobre me morder?

_ Longa… História? - falei hesitante.

_ Tem alguma coisa que você consegue dizer além de “longa história”?

_ Sim. - concordei. - Você está mais malhado.

_ Mimi, precisamos conversar.

_ Então venha ao meu apartamento. Faz algum tempo que não nos vemos direito… Se é que me entende.

_ Estarei aí ao meio dia. - e desligou o telefone.



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