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História Crônicas três irmãos da Areia: versões de um crime - Capítulo 1


Escrita por: Kah_

Notas do Autor


Boa madrugada, leitores! Postando mais uma crônica pra vcs o/

Essa aqui já estava escrita no meu pc há um tempo, mas só resolvi postar agora.
Não foi tão fácil escrever essa, até precisei fazer um roteiro do enredo para não me perder no meio do caminho. Isso porque estou tentando escrever uma fic com versões diferentes para um mesmo acontecimento, uma possível explicação de um assassinato que aconteceu em Sunagakure.
Cada um dos irmãos irá relatar o que ocorreu naquela noite; quero ver quem dá palpites logo de início sobre o que de fato pode ter acontecido. Quem está mentindo e quem está falando a verdade: Kankuro, Temari ou Gaara?

Espero que gostem dessa nova crônica. Os três irmãos vão narrar cada cap. O atual será contado pelo Kankuro.

Beijos a todos e boa leitura ^^

Capítulo 1 - Capítulo 1


Fanfic / Fanfiction Crônicas três irmãos da Areia: versões de um crime - Capítulo 1

 

Eu preferia estar treinando minhas habilidades com ninjutsu... Ou então estar trabalhando em minha coleção de marionetes... Preferia até mesmo estar lendo um daqueles livros chatos sobre estratégias shinobi que meu pai insiste em dizer que são leituras essenciais para um ninja...

Porque, definitivamente, qualquer outra coisa seria melhor do que estar aqui!

Uma sala pequena, com pouca mobília: quatro cadeiras e uma mesa. Era um espaço para reuniões secundárias que fazia parte do conjunto de cômodos da Cúpula do kazekage.

Parecia que nós dois também fazíamos parte da decoração: Baki-sensei e eu. Éramos duas estátuas naquele lugar pouco ventilado. O shinobi a minha frente não fazia nenhum movimento significativo, na verdade, a única parte dele que parecia se mover às vezes eram os traços de seu rosto: suas sobrancelhas arqueavam em certos momentos, também tinha os olhos apertados e a boca cerrada.

O silêncio entre nós já estava me irritando. Por que Baki não começava logo o interrogatório? Não consegui continuar naquela disputa psicológica; entreguei-me a impaciência:

— Dá para começar logo, sensei? Eu tenho mais coisas para fazer no dia de hoje além de ficar aqui, olhando para o senhor.

Baki apertou mais os olhos. Pelo menos, pareceu que ele iria finalmente abrir a boca.

— Kankuro, eu também tenho muitas coisas para fazer e pode ter certeza de que eu não estou nenhum pouco feliz por estar aqui fazendo isso.

— Bom, então somos dois. Podemos começar de uma vez? O que quer saber?

O shinobi me encarou um pouco mais seriamente.

Talvez ele não soubesse que eu já estava ciente do motivo de estarmos ali, nós dois, naquela sala, sentados em cadeiras uma frente à outra; é claro que eu sabia.

Tratava-se de um interrogatório sobre o que havia contecido acerca de três noites atrás em Sunagakure: a morte de um jovem ninja.

Tá bom, eu sei. Ninjas morrem todo o santo dia e muitos deles são jovens. Mas esse maldito garoto não havia morrido acidentalmente nem em função de uma doença, muito menos em batalha ou algo do tipo.

Segundo os ninjas peritos que observaram o caso, o jovem foi morto de modo cruel e implacável. Parece que teve os ossos quebrados e o pulmão perfurado por quem o atacou por trás.

A coisa ficava mais crítica ainda pelo fato de o tal garoto assassinado ser o único herdeiro de um clã muito importante da Areia: a família Kawachi. Eles são importantes comerciantes daqui, além de serem ninjas poderosos que usam o mesmo estilo de luta que eu: ninjutsu com marionetes. O tal que foi morto (nem sei o nome dele), era um shinobi habilidoso, já estava sendo apontado até mesmo pelo kazekage como promissor na arte das marionetes. Claro, depois de mim!

Baki-sensei começou a caminhar pelo espaço daquela sala. Ouvi sua voz pesada fazendo aquele pedido.

— Conte-me o que aconteceu naquela noite. Quero todos os detalhes.

Suspirei e retomei mentalmente ao episódio da morte daquele moleque:

— Meus irmãos e eu estávamos indo para casa, até que eu me separei deles para encontrar uma garota linda que tinha marcado um encontro comigo. Ela é tão gostosa, Baki-sensei, o senhor tinha que ver como ela era boa fazendo...

— Ei, pode pular essa parte!

— Você disse que queria todos os detalhes! – respondi, ironicamente.

Baki suspirou, pendendo os ombros para baixo.

— Tudo bem, conte logo sua versão do que aconteceu.

 

~~~~~

Assim que terminamos de treinar naquele dia, meus irmãos e eu voltávamos para casa. Subitamente, lembrei-me de que tinha marcado um encontro com uma garota aqui da vila; me separei deles e fui até o local onde marcamos de nos ver.

Era uma praça perto dali. Como já estava anoitecendo, pensamos que aquele seria um bom local para nos encontrarmos, já que naquela hora, a praça poderia estar vazia.

 De fato estava, exceto pela garota que eu ia encontrar.

Ela era mesmo linda, não tinha mais que um metro e cinquenta de altura; pelo tamanho e aparência, devia ter uns treze aninhos. Ela usava roupas num tom escuro que realçavam a cor de seus olhos verdes e o tom de sua pele, tão clara como neve. Seus cabelos eram escuros, presos em uma trança longa que lhe tocava a cintura. O corpo dela era magro, com curvas nos lugares certos; tinha um par de pernas instigantes. Queria ter logo minhas mãos naquelas pernas perfeitas. Mas teria que ir com calma com aquela ali, não foi fácil conseguir convencê-la a me encontrar naquele dia, pois segundo ela, seus pais eram muito rígidos e ela não tinha estado com nenhum outro garoto antes. Tá bom, vou fingir que acredito nisso!

Me aproximei dela, que sorriu ao me ver. Como era mesmo o nome daquela garota? Ah, lembrei. Ela se chamava Yumi.

— Me atrasei um pouco. Gomen – disse eu, tentando parecer educado.

— Tudo bem, cheguei aqui faz pouco tempo.

Assim que ela terminou de falar, me acheguei e beijei sua boca rosada. Ela pareceu se assustar com minha atitude direta, mas era para isso que estávamos lá, certo?

No início, Yumi mostrou-se tímida, mas depois nosso beijo ficou mais intenso; aproveitei sua entrega e comecei a deslizar minhas mãos nas costas dela, descendo lentamente até sua cintura. Quando tentei tocar sua bunda, Yumi se afastou um pouco, interrompendo nosso beijo.

— Kankuro, eu... Não sei se é uma boa ideia estarmos aqui. Já está bastante escuro e meus pais...

— Fica tranquila, Yumi. Só tente relaxar um pouco – foi o que eu disse, voltando a beija-la.

Essas garotinhas de Suna podem se fazer de difíceis às vezes, mas no fim, elas acabam cedendo. Eu sou um dos filhos do kazekage daqui, todas as kunoichi da vila olham para mim, esperando que eu as perceba. Essa tal de Yumi deveria ficar agradecida por ter conseguido minha atenção, isso sim!

Dessa vez, ela não impediu minhas mãos e eu pude tocar no corpo dela da forma que eu bem entendesse. Minhas mãos pousaram sobre todas as curvas de seu corpo, cintura, seios, bunda. Já estava na hora de sairmos dali e procurar um local mais apropriado para terminarmos aquilo.

— Eu conheço um lugar aqui perto onde podemos ficar mais à vontade... Você quer ir até lá?

A garota ficou me olhando por alguns momentos. Confesso que aqueles olhinhos inocentes e aquela boquinha vermelha e entreaberta me fizeram querer fazer ali mesmo, naquela praça.

Sorri quando a vi balançando a cabeça e dizendo que sim, timidamente.

Caminhamos de mãos dadas pelas ruas que levavam até o local onde eu me referia, era uma guarita abandonada, onde ninjas ficavam de vigia, mas há algum tempo aquele espaço não era mais usado para outra coisa, a não ser para acomodar casais procurando um lugar para fazer sexo.

Assim que entramos naquela espécie de casinha, comecei a beijar Yumi intensamente, deixando mais claro ainda o que estava querendo com ela. Pelo modo como retribuía meus gestos, afastando as pernas daquele jeito, abrindo espaço para me encaixar entre elas, a garotinha também mostrava que queria a mesma coisa que eu. Bom, pelo menos até o momento em que um barulho em algum lugar chamou sua atenção e mais uma vez, ela interrompeu nosso beijo.

— Ouviu isso, Kankuro?

— Eu não ouvi nada – respondi. Era mentira.

— Olha, eu sinto muito, mas acho que... Acho que é melhor eu voltar para casa.

Filha da puta! Ela estava mesmo planejando me deixar ali "naquele estado" e simplesmente ir embora? É por isso que eu detesto menininhas mais jovens. Prefiro as mais experientes.

— Ah, mas está tão bom ficar aqui com você.

Ouvimos um barulho ainda mais alto do que o último. Dessa vez, até eu fiquei alarmado.

— Acho melhor eu ir. Gomen.

— Tem certeza? Eu posso te levar até em casa.

— Não precisa, eu já fiz você perder muito tempo...

Yumi encolheu os ombros e corou. Tive vontade de beijá-la outra vez, mas o orgulho me impediu, não gosto de ser deixado na mão desse jeito!

Tive que assistir aquele corpinho lindo indo embora daquela guarita, caminhando a passos apressados para longe dali. Adeus pernas perfeitas, vou sentir saudades!

Bom, quando finalmente me conformei, saí dali rumando de volta para casa, percorrendo um beco escuro que dava para uma rua mais ampla que me levaria até o quarteirão da Mansão Kazekage.

Antes de sair daquele beco, notei o corpo do garoto, o tal membro do clã Kawachi, estirado no chão, com um único ferimento certeiro. Me aproximei dele, chequei seu batimento cardíaco. Ele já estava morto.

Pensei por um instante sobre o que eu deveria fazer, se levava o corpo dali ou se deixava-o do jeito que encontrei. Acabei decidindo seguir meu caminho e relatar o que vi aos líderes da aldeia no dia seguinte, afinal, eu sempre ouvi dizer que não podemos alterar uma cena de crime. Pensando assim, simplesmente virei as costas e continuei meu caminho.

Durante o percurso, não ouvi nem sinal de outra pessoa por perto, ninguém que poderia ser considerado o assassino daquele jovem.

Não é todo o dia que jovens ninja são assassinados assim, sem explicação aqui em Sunagakure, mas também não posso dizer que é algo raro. O fato era que o único herdeiro da família Kawachi estava morto numa ruela escura e eu nem precisei informar isso aos meus líderes no dia seguinte; a notícia chegou aos ouvidos dos governantes da aldeia muito rapidamente.

~~~~~

 

— Então essa é a sua versão da história? – Baki me perguntou, depois de ouvir todas as minhas palavras.

— Não é minha versão, é o que de fato aconteceu, sensei – respondi, seriamente.

Depois disso, houve um momento de silêncio entre nós dois. Baki estudando meu rosto e eu me esforcei para não rir da cara de detetive que ele parecia ter naquela hora.

— Posso ir agora? – perguntei, quebrando o silêncio.

Meu mestre suspirou.

— Hai. Você pode ir... Chame o Gaara aqui antes de voltar para casa. Se isso foi cansativo com você, imagine com o seu irmãozinho.

Fiz que sim, antes de me levantar da cadeira. Abri a porta daquela sala, me preparando para sair, mas antes, ouvi uma última vez a voz pesada de Baki.

— Tem certeza que o que você me disse é a verdade, Kankuro?

Sorri para ele.

— E o senhor acha que eu seria capaz de mentir para o meu sensei?

Fechei a porta e suspirei aliviado. Finalmente aquele interrogatório tinha chegado ao fim e parecia que eu tinha conseguido me sair bem durante toda a conversa.

Assim que voltei até o local onde meus dois irmãos estavam esperando a vez deles de serem questionados sobre o incidente com aquele garoto, percebi de imediato como Temari parecia aflita, isso porque ela estava com uma das pernas inquietas, batendo o pé esquerdo de forma ritmada contra o chão, sem falar naquele par de sobrancelhas franzidas na face.

Eu estava disposto a ir embora para casa, mas não sem antes tocar as mãos geladas da minha nee-san e dizer qualquer coisa que a fizesse ficar mais calma.

— Tá tudo bem, Temari – sorri, tentando parecer relaxado. —  São só algumas perguntas, nada de mais.

Minha irmãzinha fez que sim com a cabeça, fitando meus olhos, em seguida, voltando o olhar para Gaara, que estava recostado em uma parede, de braços cruzados e olhos fechados.

Fui até ele.

— Baki-sensei está te esperando.

Gaara não fez questão de me responder, apenas saiu dali a passos pesados em direção àquela sala.

Fui embora de vez, imaginando se um dia pegariam o verdadeiro assassino daquele garoto. 

 


Notas Finais


E então, a história de Kankuro convenceu alguém? Já arriscam um nome para o assassino do garoto do clã Kawachi?

Espero que tenham gostado desse primeiro cap.
O próximo será narrado pelo Gaara.

Beijos e até mais ^^


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