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História Crossed Destinies - Her


Escrita por: psople e Nyck_Mikan

Notas do Autor


WHO'S BACK? sim, eu mesma
não me matem!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! a minha desculpa é sempre a escola </3
eu tentei o mais rápido que eu pude, so..................enjoy

Capítulo 19 - Her


Após almoçarmos todos juntos à mesa, meu pai foi trabalhar. Durante todo o almoço eu senti o olhar de minha mãe pesar sobre mim, eu sabia que coisa não viria. Nós não trocamos uma palavra sequer, então, eu não fazia a mínima idéia se ela  estava brava ou algo do tipo. Marina percebeu o clima um pouco pesado e chamou Sofia para arrumar suas coisas, assim logo poderíamos ir pra casa da Lauren.

E assim ficamos sozinhas na cozinha, eu estava retirando a mesa e colocando os pratos na pia, enquanto ela lavava. Eu estava ansiosa para a conversa que uma hora ou outra iria acontecer. Suspirei levemente e quando abri a boca para protestar o motivo de seus olhares, seu corpo virou e ela apoiou apenas uma mão na pia.

- Por que não me contou? – Encarei o chão e ergui meu olhar novamente.

- Por que não me contou? – Retruquei com o olhar sério. – Por que não me disse aquele dia no seu quarto? Se você tivesse me contado a verdade, eu iria te contar.

- As coisas não são simples assim, Camila. – Virou-se novamente e voltou a lavar a louça.

- Eu te digo a mesma coisa. Você acha que foi fácil pra mim? Eu passei 17 anos da minha vida acreditando em uma única coisa, eu passei 17 anos feliz, passei 17 anos reclamando de boca cheia e em 10 dias.. – Fechei os olhos e respirei fundo, tornando a abrir os olhos. – Apenas 10 dias, a minha vida virou de cabeça pra baixo.

- E eu passei 17 anos da minha vida remoendo a dor de ter perdido uma filha! Será que você não entende? – Arqueei minhas sobrancelhas e neguei com a cabeça, forçando um riso. – Você não tinha direito de me forçar a te contar uma coisa que eu iria levar pro meu túmulo.

- Eu tinha o direito de saber! – Exclamei e me arrependi de ter falado tão alto. – Eu descobri.. Nós duas descobrimos da pior forma possível. Você acha que isso foi justo comigo?

- E você acha que foi comigo? O modo que você me aparece com a minha filha que eu sempre achei que havia morrido, acha que foi justo? – Cruzei os braços e me encostei na pia, ficando lado a lado com minha mãe. – Eu não estou reclamando. Meu Deus, eu te agradeço por ter a encontrado. Mas você deveria ter me contado assim que voltou de viagem.

- E você deveria ter me contado que eu iria ter uma irmã.

- Que diferença isso iria fazer na sua vida, Camila? – Sua voz aumentou, eu estava nitidamente irritada com aquela conversa. – Você a traria de volta? Trocaria de lugar com ela? – Virei meu rosto lentamente, não acreditando no que eu tinha acabado de escutar. – Me desc..

- Não, eu não a traria de volta, e talvez diferente de como você espera, eu não conseguiria trocar de lugar mas eu TINHA DIREITO DE SABER! Eu poderi.. – Engoli o choro que estava por vir e me afastei. – Eu poderia deitar minha cabeça no travesseiro todas as noites e agradecer à Deus por estar viva, e pedir para que ele cuidasse da minha irmã.

- Camila.. Me desculpe, eu não quis dizer aquilo. – Continuei caminhando para trás e pressionei meus lábios. Eu não estava a reconhecendo mais.

- Mas disse. – Respirei o mais fundo que pude e neguei com a cabeça. – Eu não volto pra casa hoje.

                                                                                                                       

Dei as costas e caminhei o mais rápido que pude em direção ao meu quarto. Eu não iria chorar, eu não iria. Entrei em meu quarto e bati a porta, soltei o ar de meus pulmões, engoli o choro mais uma vez.

Eu ainda não estava acreditando no que eu tinha acabado de escutar, eu não conseguia aceitar. Eu sabia que toda essa situação havia sido desgastante, tanto pra mim quanto pra ela, mas.. Eu não conseguia. Eu não sabia o que pensar naquele momento, muito menos o que fazer. Eu só precisava sair de casa, pelo menos hoje.

 

- Lauren. – Busquei meu celular pelo quarto e o encontrei em cima do criado mudo. Disquei o número da Lauren rapidamente e coloquei o celular em meu ouvido.

- Oi, amor. – Fechei os olhos e coloquei para trás da minha orelha os fios que caiam em meu rosto.

- Você pode vim me buscar?

- Posso, o que aconteceu? – Caminhei em direção ao meu closet e suspirei.

- Minha mãe. Eu preciso ficar sem olhar para cara dela hoje, pelo menos hoje. – Ouvi seu suspiro no outro lado da linha.

- Vocês brigaram? – Puxei uma mochila de uma prateleira alta e a abri.

- Sim, ela disse que.. Eu deveria ter contado assim que voltei de viagem, eu acabei jogando que ela não havia sido justa comigo também. – Abri minha gaveta e joguei algumas peças intimas dentro da mochila. – E ela perguntou se eu  traria Karla de volta ou trocaria de lugar com ela.

- O q.. Uau. – Assenti e ajeitei o celular em meu ouvido. – Eu vou.. Vou trocar de roupa e vou, ok? Fica bem.

- Eu estou bem, Lauren. – Sorri levemente e continuei colocando roupas na mochila. – Eu só estou um pouco nervosa, nada que um dia com você não resolva.

- Marina e Sofia irão vir?

- Sim, mas Sofia volta ainda hoje.

- Tudo bem, eu já chego aí. Eu te amo.

- Eu também te amo. – Finalizei a chamada e guardei o celular em meu bolso.

 

Já em meu quarto, ouvi os risos de Sofia e Marina passando pelo corredor. E bem no fundo, aquilo me irritou mais. Elas não tinham culpa alguma do que tinha acontecido mas ver minha irmã mais nova feliz ao lado de Marina, uma irmã recém descoberta, despertou um ciúme lá no fundo. Coloquei minha mochila em minhas costas e sai do quarto, desci a escada rapidamente e encontrei as duas sentadas no sofá.

- Já arrumou suas coisas, Sofia? – Perguntei jogando minha mochila no sofá livre.

- Já, a Mar me ajudou. – Revirei os olhos e suspirou. – Você e a mama brigaram?

- Tem certeza de que não está esquecendo nada? – Me sentei no sofá e a encarei.

- Mila, está tudo bem? – Travei meu maxilar e assenti para Marina.

 

Ficamos as três em silêncio até meu celular vibrar com uma mensagem de Lauren pedindo para que eu abrisse o portão da garagem e avisando que não iria entrar.  Após abrir o portão, agarrei em minha mochila e na mochila de Sofia e fui em direção à porta.

- Vamos. – Disse um pouco mais calma. Esperei até que as duas saíssem e vi minha mãe descer as escadas.

- Camila, você não vai a lugar algum. – Ajeitei a mochila em minhas costas e sorri de canto.

- Eu já estou indo.

- Camila, volt.. – Antes que ela pudesse dizer algo, fechei a porta com força e comecei a andar em direção ao carro do pai da Lauren, que estava parado um pouco distante da saída da garagem.

- Droga. – Sussurrei pra mim mesma. Eu nunca havia desafiado minha mãe desse jeito, e isso foi absurdamente engraçado. Abri a porta do carro e entrei. – Oi.

- Oi.. Está tudo bem? – Lauren perguntou preocupada, assenti e lhe dei uma piscadela. – Tem certeza?

- Absoluta. Podemos ir?

 

O caminho inteiro só se ouvia a voz de Lauren e Sofia, as duas conversavam de forma animadas sobre a tal noite do pijama que eu havia proposto mais cedo. Marina ficou quieta, apenas ouvindo, eu não sabia como ela estava pois não ousei olhar para trás. Nós entramos e a casa estava um total silêncio, Lauren disse que Taylor estava prestes a chegar da escola e Chris havia ido à praia.

- Mama? – Lauren disse um pouco alto próxima à escada.

- Estou aqui na cozinha. – Sofia largou a mochila no chão e correu em direção à cozinha. Suspirei e peguei sua bolsa do chão.

- Hm.. Lauren? – Virei meu corpo para Marina assim como Lauren. – Eu vou tomar um banho, ok?

- Ok, suas coisas ainda estão no quarto de hóspedes. – Ela assentiu e sorriu meio sem graça, se virou rapidamente e subiu as escadas. – Sofia, nós estamos no meu quarto. – Lauren disse um pouco alto antes de agarrar em minha mão e praticamente me arrastar pelas escadas.

 

Nós subimos em silêncio e de modo completamente rápido, quando eu cruzei a porta de seu quarto e joguei minha mochila no chão, minhas costas se chocaram contra a porta. Eu até iria gemer de dor se os lábios de Lauren não tivessem me calado. Suas mãos vieram diretamente para a minha cintura, me pressionando cada vez mais contra seu corpo.

- Laur.. – Segurei seu rosto e afastei nossos lábios. – Calma. – Sussurrei ofegante, ri baixo quando senti seus lábios descendo por meu maxilar.

- Eu estou morrendo de saudade. – Disse em meio a um riso. – Me beija, Camila. Por favor.

 

Subi minhas mãos lentamente até o meio de sua cabeça e agarrei em seus cabelos, fazendo seu queixo erguer levemente. Seus olhos se fecharam e seus lábios entreabriram, esperando por um beijo. Percorri meus olhos lentamente por cada traço daquele rosto até finalmente chegar em seus lábios. Avermelhados, macios e carnudos. Sorri de canto e aproximei nossos lábios, encaixando-os. Folguei o aperto de seu cabelo para que não ficasse desconfortável. Desci uma de minhas mãos até seu rosto e tateei sua bochecha levemente com a ponta dos meus dedos. Separei nossos lábios mais uma vez mas permaneci com nossos rostos completamente próximos.

Eu sentia como se não existisse mais um mundo ao meu redor. Era apenas Lauren e eu. Eu não ouvia absolutamente nada, mas jurava ouvir, dentro da minha cabeça, as batidas descompassadas de seu coração misturadas com sua respiração pesada.

- Put your open lips on mine.. – Sussurrou contra meus lábios. Sorri fraco e envolvi meu braço ao redor do seu pescoço.

- And slowly let them shut. -  Sussurrei de volta.

- For they’re designed to be together. – Sorri abertamente. – With your body next mine. – Passou seus braços envolta de minha cintura, me apertando mais ainda contra seu corpo. – Our hearts will beat as one.

 

Desci minha mão livre por seu pescoço lentamente, deixando minhas unhas encostarem em sua pele fazendo-a se arrepiar. Selei seus lábios e iniciei um beijo lento. Eu estava tendo tudo que eu precisava naquele momento. Lauren. Eu sentia meu coração se apertar em meu peito cada vez que eu a sentia perto desse jeito, colada em meu corpo, com seus lábios nos meus.  Suspirei antes de cessar o beijo pela falta de ar.

- Lolo? – Sorri contra seus lábios e a empurrei levemente.

- É melhor abrir. – Sussurrei enquanto me afastava da porta. Sentei em sua cama e tentei fazer cara de paisagem.

- Oi, Sofi! – Lauren abriu a porta e deixou a pequena entrar, seu olhar foi completamente desconfiado para nós duas.

- Cadê a Mar? – Cruzei os braços e encarei o chão.

- Ela tá no quarto de hósped.. – Antes que Lauren pudesse terminar, Sofia deu as costas e saiu do quarto. O olhar da morena buscou o meu com total confusão. – Ué.

- Tudo pra ela agora é Mar, Mar, Mar e Mar. -  Me joguei contra a cama e tampei meu rosto com as mãos. O silêncio veio a tona e a única coisa que eu senti foi o colchão afundar e um arrepio percorrer por todo meu corpo quando eu senti os lábios da Lauren em minha orelha. – Para.

- É algo totalmente novo pra ela. É normal, amor. – Suspirei e encarei o teto, Lauren passou seu braço por minha cintura e permaneceu com os lábios encostados em minha orelha. – Logo logo ela vai dividir a atenção.

- Eu realmente espero que ela faça isso.

 

Lauren’s Pov

 

As horas correram, quando dei por mim já eram quase sete da noitee já estavam todos em casa. Minha mãe prepara o jantar na cozinha junto com a Camila, Taylor e Sofia, enquanto eu, Chris, meu pai e Marina optamos em ficar na sala vendo tv.  Eu estava ao lado de Marina que tombava de sono, e isso me arrancou alguns risos. As gêmeas eram idênticas, lutavam a qualquer custo contra o sono.

Chris até brigou comigo para ficar onde eu estava para quando Marina dormisse, ela deitasse a cabeça no ombro dele. Obviamente minha resposta foi não, ele não se aproveitaria da situação. Ela acabou deitando a cabeça no meu ombro e dormiu, eu não me movie permaneci assistindo. Senti seu braço passar por minha cintura e tentei ficar confortável com aquilo, mas eu não fiquei nem um pouco. Se a Camila visse aquilo.. Eu. Estaria. Perdida.

- Caramba, será que esse jantar vai virar almoço? – Meu pai resmungou ao meu lado. – Eu estou faminto.

-  Eu estou ouvindo reclamações? – Virei o rosto ao ouvir a voz da minha namorada. – Hm.. Já podemos ir comer. – Seu olhar veio diretamente no meu e naquele momento eu já comecei a preparar todo o meu discurso para me livrar do seu ciúme.

- Mar.. – A chamei. – Mar, vamos comer. – Toquei seu braço e ela ergueu seu corpo de uma vez, como se tivesse assustada. – Calma. – Ri baixo e me levantei.

- Eu estou bem. – Assenti e dei a volta no sofá, indo em direção à cozinha.

Camila estava sentada entre Sofia e Taylor, me sentei em sua frente e fiquei encarando-a fixamente, mas o olhar não foi retribuído. Suspirei um pouco alto e seu olhar veio até mim, um olhar fuzilante e cheio de raiva. Sorri de canto completamente sem jeito e peguei o prato que minha mãe havia esticado para mim.

- Laur, você pode trocar de lugar comigo? – Taylor pediu já de pé. – Eu mal falei com a Marina hoje.

- Hm.. Bom.. Ok. – Me levantei de uma vez e dei a volta na mesa. Percebi que Camila agarrou firme no garfo ao me ver puxando a cadeira para me sentar. – Você terão muito tempo pra conversar.

- Eu sei mas,  quero adiantar algumas coisas agora. – Me ajeitei na cadeira e esperei até que todos estivessem sentados.

- Quando vocês voltam pra Los Angeles? – Meu pai perguntou já se sentando na ponta da mesa.

- Na quarta-feira. – Camila respondeu remexendo na comida em seu prato. – Temos que selecionar as músicas do CD.

- Depois de dois anos de espera, finalmente. – Chris comentou com a boca cheia, e logo foi repreendido por nossa mãe. – Desculpa.

- Só uma pergunta.. Vocês já sabem o que vão fazer em relação à Marina? Digo.. – Toda a atenção se voltou para a minha mãe. – Vocês têm noção da proporção que isso vai ter quando a mídia souber de tudo? Não vai demorar muito para que todos saibam.

- Eu sei, nós precisamos.. Conversar com o LA, com todo o pessoal. – Camila largou o garfo e suspirou de forma cansada.

- Por enquanto eu vou ficar digamos que.. Escondida em casa. – Marina sorriu de canto e voltou a comer. – Pra mim isso não é um problema.

- Vamos esquecer todos esses problemas? – Meu pai disse de um modo animado, virei meu rosto devagar e encarei Camila ainda remexendo a comida.

- Você não vai comer? – Sussurrei encarando-a. Ela apenas me olhou rapidamente e não respondeu. – Camila.. – Desviei meu olhar para todos na mesa e encostei meus dedos em sua coxa por baixo da mesa. Sua mão empurrou a minha e a mais nova afastou sua cadeira da minha.

- Sofia? Ahm.. Não demore pra comer, ok? O papa vem buscá-la daqui a pouco. – Vai ser uma grande noite.

 

O jogo de ignorar permaneceu durante muito tempo, nós jantamos, assistimos tv, Sofia foi embora, ela tomou banho, eu tomei banho, e não tinhamos nos falado ainda. Aquilo estava sendo enloquecedor. Eu não podia acreditar que ela estava com ciúmes da própria irmã. Estava lendo quando meu quarto foi invadido pelas gêmeas e minha irmã. Respirei fundo e joguei o livro no colchão.

- O que foi? – Perguntei em um quase sussurro, me sentei e cruzei os braços. Quando meus olhos pousaram em Camila.. Meu Deus.  Ela usava uma blusa que ia até o começo de suas coxas e provavelmente usava um short minúsculo. Desviei a atenção para Taylor e sorri forçado.

- Trouxemos um jogo. – Assenti e evitei manter contato com a mais nova. Taylor abriu o tapete no chão e me encarou com um sorriso enorme. – Twister.

- Oh, não.. – Neguei com a cabeça e me levantei da cama. – Eu nã..

- Acha que não consegue? – Camila me cortou, encarei-a com surpresa e travei meu maxilar, fitando-a de cima e baixo.

- O que você disse? – Me aproximei devagar de seu corpo e em momento algum, ela recuou ou se sentiu intimidada.

- Acha que não consegue? – Repetiu encarando meus olhos. Fitei seus lábios torcidos em um sorriso desafiador e subi meus olhos até o seu mar castanho.

- Taylor, arrume tudo, vamos ver quem cai primeiro.

- Jesus, vocês são tão competitivas assim? – Continuei encarando Camila nos olhos mesmo com Marina falando comigo.

- Eu estava até estranhando o fato das duas chegarem vivas de Cuba, eu apostava na morte de uma das duas, ou Lauren chegando aqui sem uma mão ou Camila sem os dentes. – Ignorei minha irmã e suspirei.

- Credo. – Me afastei de Camila e ri baixo. – Vamos lá, quem quer começar?

 

O começo do jogo foi tranquilo, eu fiquei em posições desconfortáveis com Taylor, para a minha sorte. Até que a imbecil resolveu cair. Agora era somente eu.. E as gêmeas.  A cor que eu tinha que colocar minha mão direita estava acima da cabeça da Camila, ou seja, eu iria ficar com meu corpo praticamente por cima do dela.

- Camila, se abaixa um pouco. – Pedi enquanto Taylor ria do modo que nós três estávamos. Apoiei minha mão direita na bola vermelha e joguei meu cabelo para o lado, aproximei meus lábios da sua orelha e soltei o ar de meus pulmões. – Se você cair, eu vou fazer o que eu quiser com você, a noite toda.  Caso eu caia..

- Você pode me dar uma licença? Eu preciso me mover. – Tentei erguer meu corpo e a mais nova se moveu pra frente, ficando praticamente com sua bunda em minha direção. – Eu preciso de água, Taylor. Eu estou derretendo!

- Encoste o joelho no tapete ou caia. – Ri baixo e encarei Marina que parecia pensar em alguma tática para se mover.

- Laur, eu acho que.. Eu vou precisar passar min.. – Quando ela pensou em se mover, caiu de joelhos no tapete. – Droga!

- Temos duas sobreviventes. – Taylor brincou enquanto se ajeitava no chão ao lado do tapete.

- Camila, Camila.. Por que você desiste? – Perguntei movendo minha perna e ficando mais distante dela.

- Por que VOCÊ não desiste? – Sorri abertamente quando vi a roleta parar em uma cor que seria impossivel para ela se movimentar. – Não, não, não.

- Camila, você consegue, vamos lá. – Marina ficou ajoelhada próxima ao rosto da irmã.

- Eu não consigo, Mar. – Camila ameaçou se movimentar mas retrocedeu. Ri baixo e mordi meu lábio, minhas pernas estavam fraquejando pela posição mas eu aguentaria mais um pouco. – Eu não aceito perder.

- Quer que eu espere? Ok, eu espero. – Brinquei e respirei fundo.

- Mila, desiste. – Taylor aconselhou mas a latina parecia determinada a me fazer cair primeiro.

- Não. –  Ergui meu olhar em direção a aquela bunda que receberia belos tapas caso a dona caia. – Que porra.

-  Tem certeza que quer continuar? – Provoquei. Mordi meu lábio e abaixei minha cabeça, para me livrar de pensamentos sobre o que eu faria com Camila essa noite.

- Tenho. – Levantei minha cabeça e a vi retirar seu pé de onde estava para colocá-lo onde deve.

- Calma. – Mar aconselhou enquanto acompanhava os movimentos da irmã, obviamente segurando o riso.

- Oh.. – Como eu esperava, seu joelho encostou no tapete, me dando a vitória. Me levantei, esticando meus músculos. – Como é doce o sabor da vitória.

- Vocês duas precisam parar de ser tão competitivas. – Camila me fuzilava com o olhar ainda sentada no tapete. Estendi minha mão mas ela a empurrou e se levantou sozinha.

- Bom, eu vou dormir, tenho aula amanhã.. Boa noite, coisinhas lindas. E.. – Apontou para Camila e eu. – Não se matem, é só um jogo.

- Eu também vou indo, o calor aqui nesse quarto está insuportável. – Assenti e prendi meu cabelo em um coque alto. Marina saiu do quarto e Taylor a seguiu.

- Mila, depois você guarda as coisas. – Taylor avisou antes de sair e bater a porta.

- Ai ai.. – Camila se abaixou e começou a dobrar o tapete. Segurei o sorriso e cruzei os braços, observando-a. Ela se levantou e assentiu com a cabeça antes de se virar e ir em direção a porta. Falsa.

- Pra onde.. – Segurei em sua blusa e a puxei para trás, colando seu corpo no meu, a virei de uma vez e passei meu braço pela sua cintura. – Você pensa que vai?

- Dormir. – Disse com naturalidade. A fiz caminhar para trás e com a minha mão livre, tranquei a porta.

- Eu acho que alguém ganhou. – Aproximei meu rosto do seu para beijá-la mas Camila virou o rosto. – Não tem pra onde você fugir. – Tirei  a chave da porta e a joguei para trás, eu não queria fazer a mínima idéia de onde essa chave foi parar. Camila soltou o que tinha em mãos no chão e colocou as mãos em meus ombros, em um sinal de que iria me empurrar.

- Eu vou gritar. – Subi meus olhos até os seus e sorri de forma maliciosa. Ela sorria da mesma forma.

- Então grita.

Segurei Camila firme pela cintura e a direcionei até a poltrona que havia próximo ao closet, a fiz sentar na mesma e me encaixei entre suas pernas, ainda de pé. Nossos olhares não desgrudaram um segundo sequer.

- O que você vai fazer comigo? – Sussurrou prendendo seu lábio inferior entre os dentes.

- O que eu quiser. – Enfiei minha mão entre seu cabelo e o segurei firme, Camila gemeu e fechou os olhos. Sua respiração ficou mais ofegante e seus lábios se abriram levemente. Abaixei minha cabeça e a beijei com fervor, com desejo.  Camila me empurrou de uma vez e se levantou de uma vez, segurou-me pelo pescoço e atacou meus lábios novamente, a segurei firme pela cintura e pressionei minhas unhas ali, mesmo sendo por cima da blusa.

Camila me empurrou contra a cama e permaneceu de pé, me encarando com aqueles olhos que pareciam me devorar. Apoiei meus cotovelos na cama e mordi meu lábio, desci meu olhar por todo seu corpo até encontrar seus olhos novamente. Passei minha língua em meu lábio lentamente quando a vi começar a subir a blusa que vestia. Me sentei na cama e a puxei de uma vez pela cintura para se sentar em meu colo.

- Eu quero fazer isso. – Tirei sua blusa sem calma alguma e a joguei para frente. Desci meu olhar por seu colo e a inclinei para trás, ficando com o rosto na altura de seus seios. Passei minha língua lentamente por seu mamilo enrijecido e o suguei com um pouco de força.

- Oh.. – Apertei meus dedos nas suas costas e suspirei contra sua pele. Me deitei e a deixei por cima de meu corpo.

Camila deixou uma de suas pernas entre as minhas e praticamente se sentou em minha coxa, sorri maliciosa quando a mais nova roçou seu sexo em minha coxa e involuntariamente sua coxa roçou em meu sexo, me fazendo sentir uma pontada em minha entrada. Coloquei minhas mãos nas laterais de seu short e comecei a descê-lo de uma vez.

- Você acha que eu vou ser a única a tirar alguma coisa? – Neguei com a cabeça e ergui meus braços quando a mais nova começou a subir minha blusa regata.

 

O olhar que Camila me deu acendeu um fogo dentro de mim que nem eu mesma sabia que existia, eu a ataquei de tal forma, como se ela fosse a caça e eu o caçador. A deitei na cama com uma certa violência e arranquei seu short, o jogando no chão. Seus lábios estavam avermelhados por conta dos beijos violentos e eu não estava me importando com isso. Retirei meu short e voltei a atacá-la, o toque do seu corpo quente fazia o meu entrar em uma verdadeira ebulição, eu sentia tudo dentro de mim arder quando nossos corpos entravam em um contato intenso.

Me ajoelhei entre suas pernas e senti o suor escorrer entre os meus seios que ainda estavam em um sutiã, encarei aquela mulher deitada em minha cama, semi nua, entregue à mim. Me abaixei novamente e comecei a beijar sua barriga, fazendo uma trilha de beijos até a sua virilha, ergui o olhar e ela me assistia, ansiosa pelo próximo ato. Segurei nas laterais de sua calcinha e comecei a puxá-la para baixo sem pressa alguma. Camila ajudou-me a retirar a sua única peça e afastou suas pernas lentamente para mim, apoiando seus pés na cama.

- O que você quer? – Perguntei ficando de joelhos entre suas pernas.

- Você sabe o que eu quero. – Mordi meu lábio e neguei com a cabeça. Desci minhas unhas levemente por suas coxas e as arrastei de uma vez, com uma certa força, provavelmente deixando marcas.

- Eu quero que você diga. – Camila abriu mais suas pernas e apoiou seus cotovelos na cama.

- Eu quero.. – Me segurou pela nuca e puxou minha cabeça para baixo. – Que você me chupe. – Sussurrou de forma rouca no meu ouvido. Fechei os olhos e suspirei. Minha calcinha deveria estar completamente encharcada.

- Quer que eu te chupe? – Levantei minha cabeça para vê-la assentir. Ri baixo e fiquei de pé na lateral da cama, puxei o lençol da cama e continuei encarando-a. – Estique as mãos.

- O que você vai fazer?

- Eu mandei esticar as mãos. – Disse firme, Camila obedeceu e se sentou, esticando suas mãos. Encarei seus pulsos enquanto passava o lençol ao redor dos mesmos, juntando-os.

- Você vai me amarrar? – Perguntou com um sorriso malicioso nos lábios. Assenti e dei um nó fraco em seus pulsos, eu não queria machucá-la.

- E.. – Segurei seu queixo e lhe dei um selinho. – Se você for desobediente, eu te amordaço.  – A empurrei deitada e a mais nova ajeitou-se na cama, novamente com as pernas abertas.

 

Abri suas pernas e encarei seu sexo completamente molhado, passei minhas línguas nos meus lábios e troquei olhares com ela novamente, me abaixei e pude perceber por sua barriga o modo que sua respiração acelerava cada vez que minha respiração ficava cada vez mais próxima do seu sexo. Passei minha língua debaixo para cima lentamente. Camila gemeu manhosa e respirou fundo.

- Amor.. – Beijei sua coxa e a encarei de canto. – Você foi tão bem aquele dia, ficou tão quietinha.. Eu vou ter que te amordaçar? – A mais nova sorriu e fechou os olhos.

 

Chupei seu clitóris e circulei o mesmo com minha língua, lentamente. Abri seus lábios maiores e desci com minha língua por cada canto, cada espaço. Fazendo-a movimentar seu quadril, abri os olhos  e encarei seu rosto, desci minha língua até sua entrada e a forcei. Camila entreabriu os lábios e mordeu o lábio inferior logo em seguida. Comecei a movimentar minha língua rapidamente em seu clitóris. Camila passou a gemer e olhar diretamente para mim. Ela estava me provocando. Me ajoelhei na cama e segurei na amarra de seus pulsos, a fiz ficar sentada e encarei sua feição completamente safada.

- De joelhos e de costas pra mim. – Ordenei e ela obedeceu, ficou de joelhos de costas para mim. – Fica de quatro pra mim. – Camila se curvou lentamente e quando estava com os cotovelos apoiados na cama, jogou seus cabelos para um único lado e me encarou por cima dos ombros. – Não me provoca, Camila.

- Eu não estou te provocando. – Acariciei sua bunda e arrastei meus dentes em meu lábio inferior, dei um tapa em sua bunda que a fez suspirar. – Bate.

- O que? – Ergui minhas sobrancelhas totalmente com o pedido.

- Bate de novo. – Sorri de canto e dei outro tapa, um pouco mais forte, fazendo-a suspirar alto.

- Você sendo muito desobediente, Camila.. – Fiquei de pé e dei a volta na cama, ficando ao seu lado, me curvei em sua direção e dei um tapa em sua bunda que a fez gemer um pouco surpresa. – O que eu faço com você? – Desci meus dedos lentamente até alcançar sua entrada, onde circulei-os e desci até seu clitóris, circulando-o lentamente.

- Porra.  – Camila ergueu o rosto e sorriu safada para mim. – Você vai me torturar desse jeito a noite inteira, não é?

- Até eu achar que foi o suficiente pra você aprender a não me desafiar. – Levantei meu corpo e voltei para trás dela. Fiz com que suas pernas ficassem mais abertas e isso resultou em sua bunda mais empinada em minha direção. – Eu poderia te encher de tapas.. Mas não, eu posso fazer algo muito melhor com você.

 

Abaixei meu rosto e suguei seu clitóris fortemente, fazendo-a se remexer em cima da cama. Minha língua intercalava entre seu clitóris e sua entrada que se apertava cada vez mais. Arranhei suas coxas, dei tapas, apertei, mordi. E nenhum gemido, apenas suspiros altos, e a respiração completamente pesada. Ter Camila naquela posição estava realmente mexendo comigo, eu sentia vontade de chupá-la até ouvir seu grito de prazer.

Sua respiração ficou mais ofegante que o normal e isso me alertou de que ela estava perto. Afastei meu rosto do seu sexo e pude ouvir um gemido de frustração. Mordi meu lábio e subi na cama, de joelhos. Agarrei em seu cabelo, puxando sua cabeça para trás.

- Você sabe que a noite só está começando, não sabe? – A mais nova riu e mordeu seu lábio inferior. – Deita. – Mais uma vez, ela obedeceu, deitou-se de barriga para cima.Apoiei uma de minhas mãos no colchão e com a livre, subi meus dedos por sua barriga, arrastando-os. – Você está sendo obediente, vou te dar a chance de me pedir uma única coisa. – Encarei seus lábios entreabertos, seus olhos fixados em meu rosto. – Apenas uma. – Retribui o seu olhar e mordi meu lábio, fazendo-a suspirar embaixo do meu corpo.

- Apenas uma? – Encaixei minha perna esquerda entre as suas, tendo seu sexo encostado em minha coxa. Rocei nossos corpos bem devagar. – Eu.. – Abaixei meu rosto, escondendo-o em seu pescoço, onde distribui beijos molhados. – Eu quero ser sua, completamente sua.

Senti o peso de suas palavras e aquilo fez com que eu parasse de me movimentar, ergui meu olhar, podendo ver seu rosto. Seus olhos brilhavam, estavam ansiosos pelo o que eu iria falar, mas pra ser sincera eu não sabia. Eu havia entendido o seu pedido, e bom, nunca imaginei que tal coisa fosse fazer falta para ela durante o sexo.

- Você.. Você está sentindo falta? –  Me deitei completamente sobre seu corpo e apoiei um de meus cotovelos na cama, toquei seu rosto gentilmente, afastando seus cabelos.

- Não, claro que não. Mas.. – Nossas vozes sussurravam, mas naquele eu só ouvia o barulho da noite, enquanto seus olhos estavam fixos nos meus. – Eu quero que você faça isso. Eu te quero de todas as formas. Isso é importante pra mim, assim como eu sei que é pra você.

- Você tem certeza de que quer isso? Agora? – Encostei nossas testas e fechei os olhos, sentindo sua respiração bater contra os meus lábios.

- Eu tenho toda a certeza do mundo.

 

Assenti e selei nossos lábios, tomando-a em um beijo lento. Era incrível o modo que Camila muda de face em questão de segundos, não que isso fosse uma coisa horrivelmente ruim,  na verdade é ótimo. É um exemplo completamente estúpido mas, era como ter o céu e o inferno dentro de si.  E eu adorava aquilo, o modo que ela me levava na direção que queria, me influenciava em todas as ações, me tinha na palma de sua mão, fazendo o que ela realmente queria e como ela queria.

 

 

Acordei com o meu celular tocando insistentemente em cima do criado mudo ao lado da minha cama, eu relutei para abrir os olhos, eles pesavam e meu corpo pedia por mais horas de sono. Eu sequer sei que horas fomos dormir, mas foram horas e horas intensas sobre essa cama. Levantei meu rosto que antes, estava escondido na curva do pescoço da Camila e ergui meu braço e direção ao criado mudo. Peguei meu celular e o atendi sem ao menos ver quem era.

- Bom dia, bela adormecida. – Olhei no visor para ter certeza de que eu estava ficando louca.

- Veronica, são 8:23 da manhã. Primeiro, por que diabos está me ligando a essa hora? Segundo, o que aconteceu pra você estar me ligando? – Apoiei meu cotovelo na cama e esfreguei meus olhos.

- Eu sei. Bom.. – Ela suspirou e soltou um riso. – Eu estava trabalhando e pensei: Por que não ligar para a Lauren? – Revirei os olhos ao escutar sua gargalhada. – Agora é sério, eu estou em Los Angeles e eu queria matar as saudades, há meses que eu não te vejo.

- Eu vou pra Los Angeles amanhã, provavelmente ficaremos em um hotel qualquer. Eu te falo o endereço e pronto, você aparece lá.. – Camila resmungou ao meu lado e virou-se de frente para mim.

- Como eu vou entrar? – Ergui minha sobrancelha e soltei um riso nasal. – Oh, é só eu dizer que sou sua amiga.. Porque eles vão mesmo acreditar.

- Veronica, eles te conhecem, né.

- Eu te ligo quando estiver indo pra lá. – Assenti e permaneci em silêncio. – Como vai a vida?

- Se você não se importa, eu vou dormir. A Camila já resmungo..

- Espera, quem? – Perguntou completamente chocada. – Você disse.. Camila? Camila Cabello?

- Sim, Veronica. Eu disse Camila, aliás.. É a única que eu conheço.  – Sussurrei com um sorriso no rosto.

- Não me diga que.. Vocês.. – Segurei o riso e neguei com a cabeça.

- Tenha um bom dia.

 

Joguei o celular no canto vazio da cama e sorrateiramente, tentei me aproximar de Camila sem que ela acordasse. A mais nova virou na cama, ficando de costas para mim, e isso facilitou para que eu pudesse abraçá-la e retomar para o meu descanso. 

 


Notas Finais


Gente, não odeiem a Marina, serio, ela nao é do mal :(


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