“Amar, é fazer das nossas vidas uma só vida, é ver o sol brilhando mesmo num dia chuvoso… ver as estrelas brilharem e pensar que isso só ocorre porque estamos juntos… Amar é ser feliz ao lado de quem se ama!”
(...)
Ficamos nos três ali abraçadas, e meu coração continuou apertado, eu não podia perder o Paulo, eu nunca me perdoaria se algo acontecesse com ele.
Caos... essa poderia ser a palavra que definiria aqueles minutos, fãs desesperadas, gritaria, empurra-empurra, ambulância surgindo, mães desesperadas achando que algo tinha acontecidos aos seus filhos, enfim, uma completa confusão foi formada em questão de segundos
Os seguranças escoltaram eu e as meninas dali do camarote até uma salinha reservada onde estavam Nathan e Caíque
- Onde ele está!? – Perguntei me soltando do segurança que mais parecia uma muralha e correndo pra dentro da salinha
- Calma Ash, ele foi levado pro hospital já – Ele disse segurando em meus ombros – Nós só estávamos esperando vocês pra irmos também
- Então vamos logo – Meg disse e todos concordamos. Novamente o segurança nos escoltou até a saída, várias fãs ainda estavam na entrada do Show, algumas chorando e outras gritando pelo Caíque e Nathan. Assim que entramos na van minhas lagrimas voltaram a cair, tentei esconder mas foi em vão a Meg me olhou com uma cara triste e veio até mim
- Hey, ele vai ficar bem Ash, deve ter sido alguma queda de pressão ou algo do tipo – Ela falou tentando me aclamar
- É, eu espero que sim – Falei suspirando
- Olha Ash se você quer um conselho, assim que o Paulo estiver bem fala com ele, pra vocês se acertarem, cara vocês têm tudo a ver e vocês se amam – Ela disse sorrindo pra mim
- Ah Meg, de novo com essa história? – Falei olhando pra janela
- Tudo bem eu não vou mais insistir – Olhei com um sorriso amarelo pra ela – Mas depois não diga que eu não avisei – Falado isso ela se levantando e indo sentar no lugar ao lado do Caíque. O caminho inteiro até o hospital eu fiquei pensando nas palavras da Meg e pensando se talvez ela não estivesse certa. E depois de pensar muito cheguei à conclusão que meu amor pelo Paulo era maior que qualquer empecilho que pudesse impedir a gente de ficar juntos, eu iria lutar por esse amor, até o fim...
.....
Chegamos ao hospital dentro de alguns eternos minutos e assim que adentramos o hospital eu fui direto perguntar do Paulo a secretaria
- Ele está no quarto já, se você quiser pode ir vê-lo, você é a namorada dele? – A secretaria perguntou com um sorriso
- Ah não sou amiga dele – falei forçando um sorriso para a mulher
- Ah claro me desculpe – Assenti com a cabeça e ela me indicou em qual quarto ele estava
- Você tem certeza que quer fazer isso sozinha, eu posso ir com você – A Yasmyn falou pegando na minha mão antes que eu pudesse caminhar até o quarto
- Está tudo bem Myn, eu tenho que falar com ele – Falei apertando a mão dela que assentiu com a cabeça e saiu dali. Respirei fundo e caminhei pelo extenso corredor até a sala 205 que era onde ele estava, aquela porta branca me trazia várias lembranças do dia em que o Paulo foi atropelado e me expulsou do quarto, um calafrio percorreu meu corpo, respirei fundo novamente e tomei coragem pra abri a porta
- Licença – Falei abrindo a porta do quarto. O seu rosto que estava virado para a parede se inclinou para me olhar, seus olhos estavam vermelhos provavelmente ele andara chorando – Oi, ta tudo bem? – perguntei me aproximando da cama
- Ta sim – Ele disse sorrindo fraco, um silencio então pairou no ar – Pensei que você não viria até aqui – Ele disse quebrando o gelo, olhei pra ele confusa
- Claro que eu viria Paulo, eu fiquei desesperada ao ver você caído naquele palco, o que aconteceu? – falei pegando na mão dele, ele olhou baixou o olhar pra minha mão na dele e logo voltou a olhar pra mim
- Ashley desde daquele acidente, do beijo, e você indo embora só deixando um bilhete, eu fiquei muito mal com tudo isso, me abalou muito – Ele disse após um suspiro – Minha alimentação ficou uma droga, não fui mais malhar, não fiz nada além em pensar em você – Olhei pra ele pasma, tudo isso então tinha sido culpa minha
- Paulo, me desculpa eu não queria causar isso na sua vida – falei passando a mão pelo cabelo dele
- Está tudo bem, eu não consigo ficar zangado com você, porque toda vez que eu olho nos seus olhos azuis, é como se o tempo voltasse e eu lembrasse da primeira vez que te vi naquele mercado, e eu me apaixono mais ainda por você – Quando ele acabou de falar senti lagrimas invadirem meus olhos, eu nunca havia recebido qualquer tipo de declaração como essa, e nunca pensei em receber principalmente vindo de um ídolo meu
- Paulo eu não sei nem o que dizer – falei limpando algumas lagrimas do meu rosto – Eu só sei que eu não consigo mais ficar longe de você, eu juro que eu tentei mas acho que nossos destinos estão cruzados pra ficarmos juntos – falei sorrindo entre as lagrimas
- Ashley – Ele se levantou da cama num pulo
- Paulo não levanta, você ainda ta fraco – falei tentando fazer com que ele sentasse
- Dane-se isso, eu preciso de só de você – Ele disse segurando meu rosto entre as mãos. – Ashley, eu te amo – ele disse em meu ouvido, como magica um sorriso se estampou imediatamente em meu rosto
- Eu também te amo –Sussurrei em seu ouvido.
......
E como por magica aquele momento tão esperado pelos dois aconteceu seus lábios finalmente se acalmarão e dançaram em uma perfeita sincronia
Era curiosa a simetria apresentada e vinda dos dois. O beijo entre eles representava mais que amor, era um amor acumulado há tempos, mas nem um pouco frio, a paixão continha um tipo de conservante que não os deixava livres.
As mãos dele queriam segurá-la, inteiramente, ao mesmo tempo e apesar de ela estar nos braços dele, ele ainda não acreditava nisso, e temia que aquele sonho acabasse de novo, de modo não resolvido, como tinha acontecido antes no passado e lhe causara tanta dor e agonia. E o tempo, a duração do beijo, era o fator mais insignificante, o que eles queriam eram apagar aquele fogo dentro de si, ela queria decorar como se sentia totalmente presa por ele, à ele. Queria lembrar o cheiro e a textura do pescoço dele. Ela segurava seu rosto entre suas mãos e dava o máximo de si naquele beijo. Nessa hora, nenhum sentia mágoa de ninguém; só o que demonstravam eram as coisas boas que sentiam, a pureza apaixonada, a inocência, ela o abraçava implorando o calor de seu corpo, as mãos e os braços dele, agarravam sua cintura, seu rosto, suas mãos. Lembravam-se do quanto esperavam por isso, o quanto sonharam com cenas e ocasiões diversas em que algo assim pudesse acontecer e o sonho finalmente agora era real
“Que o amor não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro. Que ele possa vir com toda simplicidade, de dentro para fora, de um para o outro...”
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