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História Crossfire - Farwell


Escrita por: Haruka_Miyazaki

Notas do Autor


Olá meu povo,

AIIII QUE COMEÇA A VIR AQUELA DORZINHA NO CORAÇÃO, AQUELA SENSAÇÃO DO FIM ESTAR A CHEGAR!
Bem, meu povo aqui vai um capítulo que me doeu até na alma para escrever mas espero que gostem!

Boa leitura, meu povo.

Capítulo 18 - Farwell


Eren POV:

Ainda estávamos no campo de batalha e procurávamos por mortos, feridos e sobreviventes. O Levi quis ficar com a Patrícia, mas pedi ao Laurent para o vigiar porque não queria que ele fizesse algum tipo de disparate. Contudo, o Larry também ficou já que ele também perdeu alguém importante na vida dele: a namorada.

Outro motivo pelo qual eu não quis que eles viessem comigo era para não virem Camila. Os gémeos já tinham perdido a cunhada e agora a irmã, apenas me questionava se seria capaz de dar a notícia a Diana.

Havia encontrado bastantes sobreviventes/feridos: Adam, Xavier, Hanji, Dean, Armin, Mikasa, Annie, Reiner, Sasha, Connie, Bertholt, Gabriel, Rafael, Daniel, Dylan e mais alguns da Fortaleza.

Quem tinha perdido mais pessoal foi a Legião mas nem isso me tranquilizou.

Adam e Xavier trataram do corpo de Camila enquanto nós tratávamos dos mortos que tínhamos tido.

Ao ver os dois tratarem da Camila revi a forma horrível como ela morreu e vai custar apagar as imagens daquela guerra da minha cabeça.

Flashback:

A chuva caia pesada sobre nós e nem conseguíamos ver direito com quem lutávamos. Ouvimos um tremor, seguido de um estrondo quando nos deparámos com o Titã Deus bem à nossa frente. A Camila estava connosco e pediu para que fugíssemos mas quando ela avançou vimos cerca de vinte homens da Legião rirem loucamente, esfaquearem-na, baterem-lhe. O Adam forçou a que nos escondêssemos e ficássemos em silêncio acontecesse o que acontecesse e que nos iria resgatar mais tarde quando fosse melhor ideia.

Os homens começaram a rasgar as roupas da Camila e a violarem-na. Todos de forma nojenta, esfaqueando-a enquanto o faziam e nós não podíamos mexer-nos até que Dylan apareceu defendendo-a. Cobrindo o corpo nu da Camila, o Dylan levou-a para outro lugar até termos escutado um novo estrondo e o Dylan voar para trás.

Não aguentei mais e quando saí vi Gerard, conhecido como Insano, esfaquear e obrigar a Camila a chupá-lo enquanto a penetrava com a mão inteira na intimidade.

Depois disso, Camila pediu misericórdia mas acabei por atirar uma pedra à cabeça do homem e vê-lo vir na minha direção. Não me importei, só queria salvar ou pelo menos arranjar maneira de a libertar das garras daquele louco. Ainda lutámos mas eu perdi.

Vi-o esfaquear a Camila no peito inúmeras vezes até ficar com o rosto coberto de sangue e a expressão de terror no rosto dela.

Eu não a pude salvar.

Eu matei a Camila.

Flashback off.

-Eren!

-Ah! Ah, és tu Armin. – Respirei fundo quando vi o Armin a meu lado.

-Eren, tu não a mataste, ok? Ninguém conseguiu fazer nada.

-C-Como vou dizer aos gémeos, à Diana e aos miúdos que a Camila morreu? Não…não vou ser capaz de lhes dizer. – Apercebi-me que chorava quando senti os olhos arderem e o rosto molhado. O Armin abraçou-me fortemente, tentando dar-me consolo mas nada disso me ajudaria. Queria ter salvo a Camila quando ela sempre arranjou forma de nos ajudar, salvar.

-Eren.

Voltei-me e vi o Adam e o Xavier aproximarem-se.

-Sim?

-Deixa-nos dizer à Diana que a Camila pereceu, está bem? – Pediu Xavier abalado com tudo o que acontecera. – Nós conhecemo-nos desde crianças e…

-Eu entendo. – Assenti afirmando a ideia do Xavier. – Eu não iria conseguir de qualquer forma.

Adam afagou o meu cabelo.

Depois de termos recolhido todos os mortos, fizemos uma fogueira para os soldados da Legião. Quando terminou, nós carregámos os nossos mortos num silêncio pesado, de luto.

Levi POV:

A mente está em branco.

Atrás de mim, seguia a carroça que carregava os corpos da Patrícia e da Camila. Quem olhasse para elas sem ver o sangue, julgava que elas apenas dormiam e quem me dera que elas estivessem apenas a dormir, porém elas dormiam um sono profundo e eterno.

O Eren seguia a meu lado, em silêncio.

Eu queria acordar amanhã e ver que isto foi tudo um grande pesadelo, que ninguém que eu ame morreu e que estou a viver a vida que sempre quis mas sei que a realidade iria fazer o favor de me mostrar a dor.

Apenas queria fazer um funeral digno para a minha irmã, queria esquecer tudo mas, por algum motivo, a imagem do Eren sorrir para mim surgiu na minha mente.

Já tínhamos chegado até à Vila quando vimos os civis aproximarem-se mas o que partiu mais o coração foi ouvir o Ethan e o Caleb perguntarem pela Camila.

-Tio Larry, tio Lau, a mamã?

Vi os tios deles trocarem um breve olhar, baixando a cabeça enquanto Diana ia até à carroça que levava a Camila e a Patrícia.

-Não…- A Diana tapou a boca com as duas mãos, deixando as lágrimas escaparem ao ver a esposa morta. – Não…por favor…não!

Olhei para as crianças e o sorriso de esperança que elas tinham murchar cada vez mais, sendo trocado por choro e lagrimas.

-Mamã…

Os dois correram para a mãe, vendo Camila ali morta.

-E a tia? A tia sobreviveu?! – Perguntou Caleb quando notou que havia mais alguma coisa ao lado da mãe.

-É! A tia sobreviveu, não foi?!

Diana olhou para Larry, vendo-o chorar imenso depois olhando para mim mas abaixei simplesmente os olhos.

**

Diana retirou o pano, mostrando Patrícia ao lado de Camila, morta.

-Não!

-Tia!

Os garotos choravam pesadamente pela perda das duas mulheres importantes na vida deles. Diana gritava de dor, angustia, sofrimento pelas pessoas que perdera contudo ela gritava por aqueles que perderam seus entes queridos na guerra.

Ela gritava por Larry, Laurent, Levi, Ethan, Caleb, por todos os que chorava e gritavam em silêncio.

Dois dias depois a Vila permaneceu em silêncio, permaneceu num luto. Depois desses dois dias se passarem fizeram-se os funerais dos soldados mortos com as respectivas famílias, deixando para últimos os funerais de Camila e Patrícia.

Adam e Xavier carregavam o caixão de Camila até à cova aberta no terreno ao mesmo tempo que Larry e Laurent carregavam o caixão de Patrícia até ao local.

Ethan tinha o capacete de Patrícia nas mãos enquanto Caleb tinha um colar com a fotografia de família que Camila usava sempre ao pescoço. 

Eren e Levi estavam atrás de Ethan enquanto Diana estava atrás de Caleb.

Adam e Xavier foram para perto da amiga de infância ao mesmo tempo que os gémeos iam para perto de Eren e Levi ficando ao lado dos comandantes.

-Queridos irmãos e queridas irmãs, é com um grande pesar que estamos aqui reunidos para nos despedirmos de Camila De La Buena Muérte e Patrícia Gonzalez. – Começou o padre. – Oremos pelas senhoras caídas, as nossas heroínas a quem ficaremos eternamente gratos mas com grande divida pelas nossas vidas. Ó Santo Pai, Te agradecemos pelas vidas de Camila De La Buena Muérte e Patrícia Gonzalez Ackerman. Te agradecemos pela sua devoção à causa, pelo carinho e amor que elas tinham por todos nós, por serem pessoas exemplares que nunca se esqueceram dos seus queridos. Nada fará elas retornarem para junto de nós mas pedimos-Te, Pai, que cuides dessas duas grandes guerreiras que sempre serão lembradas com amor, carinho, saudade e pesar. Amén.

-Amén. – Disseram todos em conjunto.

-Há alguém que queira se despedir de Camila e de Patrícia?

Ethan ergueu a mão, vendo o padre dar permissão.

-Eu…Eu quero despedir-me da mamã e da tia. – Começou Ethan deixando as lágrimas escaparem. – A mamã sempre amou o seu povo, sempre fez o melhor que podia por todos nós. Ela podia não ser perfeita mas sempre esteve lá, sempre deu o melhor de si para que nada de mau nos acontecesse. Eu acredito que a mamã vai poder descansar e…eu queria…queria tanto que ela e a mãe continuassem a sorrir lado a lado, dar carinho, ralhar connosco quando nos portamos mal mas eu…eu ia saber que foi apenas um pesadelo. Mamã, eu te amo e amarei sempre. – Ethan limpou desajeitadamente as lágrimas mas fitando o capacete da tia. – Já a tia Pat…ela podia nem estar sempre connosco mas eu sabia que ela lutava pela nossa segurança. Eu…eu considero a tia Pat a minha heroína, a minha guerreira favorita e…eu amava muito a tia. Ela ensinou um monte de coisas novas para mim, ela…ela saia de manhã cedo comigo para irmos ver o sol nascer, para passarmos muito tempo juntos e compensar o que faltou quando ela teve ausente. Ela…Ela foi uma outra mamã que eu ganhei, ela era a minha melhor amiga…a minha tia…eu…eu vou sentir muita falta. Sentir falta de conversar com ela antes de ir dormir, dos passeios à noite quando era verão, de tudo. A tia é e sempre será a minha samurai que eu vou amar sempre. Descansa em paz, tia.

Ethan chorava pesadamente olhando para o capacete da tia até que sentiu alguém o tirar e colocar na sua cabeça. Ao limpar os olhos, Ethan viu Levi também a chorar mas a sorrir levemente. O menino não aguentou e abraçou o irmão de Patrícia fortemente, encontrando semelhanças com a tia.

Caleb não teve a mesma coragem que o irmão mas acolheu-o nos seus braços enquanto Diana se dirigia à frente.

-A Camila foi a melhor coisa que me aconteceu na vida e não posso negar que ela me fez muito feliz em tantos anos de casamento e sem ser de casamento. Ela foi uma companheira leal, verdadeira, honesta, justa, carinhosa…Ela era capaz de deixar o que tinha para dar a quem necessitava e isso fazia-a feliz quando via a outra pessoa melhor. Ela…ela era um amor de pessoa que será sempre o amor da minha vida. Meu amor, eu amo-te como no primeiro dia e serás sempre uma parte muito importante para mim. Eu…Eu…Descansa em paz, meu eterno amor. – Chorava Diana desconsolada sentindo Laurent e Larry abraçarem-na. – Em relação à Patrícia…ela…ela era a minha melhor amiga, uma irmã para mim e…quando mais precisámos dela, ela surgiu. Já se tinha tornado hábito eu lhe chamar de “Anjo da Guarda da Fortaleza” e…ela ria-se sempre quando me ouvia a dizer isto. Não posso negar que ela não me vai fazer imensa falta assim como a Camila, mas ela será sempre lembrada com amor e carinho de uma irmã que agora chora a morte dela. Não é justo as melhores pessoas serem as que morrem cedo demais. Elas…elas mereciam viver…Eu adoro-te muito, Patrícia. És e sempre serás a minha irmã. Obrigada por…por tudo o que fizeste por mim e por todos nós.

Diana foi acompanhada por Laurent para o lugar enquanto Larry tomava a frente.

-A Patrícia sempre foi o amor da minha vida. – Começou o gémeo de Laurent. – Desde crianças que eu sempre fui apaixonado por ela e quando começámos a ter uma relação eu…eu sentia-me o rapaz mais sortudo do mundo. Ela fascinava-me muito e…apesar de termos acabado uma vez, quando voltámos tudo parecia melhor que antes e…eu estava mais apaixonado ainda por ela. Ela podia estar na miséria mas encontrava sempre forças para lutar por nós. Ela…era capaz de revirar mares e marés por nós, fosse quem fosse e…e foi o que ela fez até…ao último instante. A Patrícia foi uma pessoa lutadora, guerreira, amiga, conselheira, protetora, maravilhosa e leal até ao fim. Eu te amo muito, minha samurai. – Larry limpou as lágrimas desajeitadamente olhando para os seus entre suspiros. – Quanto à minha irmã…ah, as coisas boas que me recordo de ter vivido ao lado dela…são coisas que ficam marcadas, sabem? Ela era a minha melhor amiga, a minha confidente e nós eramos ligados para caramba e…eu não queria que isto fosse verdade também. Eu queria acordar amanhã com ela a meu lado, com a paciência enorme que ela tinha para ficar dez minutos a chamar-me para irmos tomar o pequeno-almoço. Ela…ela sempre será a garota mais legal que eu conheci. Te amo, irmãzinha. Descansa.

 

Laurent, Diana, Caleb, Ethan, Levi, Eren e os restantes membros da Tropa de Exploração e da Tropa da Fortaleza observavam aquela cena enquanto o seu se cobria de nuvens pesadas, negras.

Larry olhou para Levi ao mesmo tempo que limpava o rosto e era acolhido pelo irmão gémeo num abraço carinhoso.

Chegando à frente, Levi olhou para os dois caixões, relembrando todos os momentos que vivera com cada uma das jovens sem se aperceber de que Eren o fitava preocupado.

-Ahm…Durante…Durante estes seis anos que convivi com a Cam, posso dizer que ela ajudou-nos imenso quando fomos expulsos das Muralhas, quando atravessámos por momentos difíceis das nossas vidas pessoais. – Começou Levi, limpando algumas lágrimas dos olhos azuis-acinzentados. – Ela uniu-nos de forma simples e amorosa e eu queria ter tido mais tempo para fazer algo melhor por ela mas…eu…eu não pude. Seja onde for que estejas, Cam, eu quero-te agradecer por tudo o que fizeste por nós, por mim. Juntaste-me com o rapaz que amo mais do que a minha vida, eu criei laços com outras pessoas que são da Vila e que posso chamar amigos, os laços de amizade que eu foram mais aprofundados e…peço desculpa não ter-te ajudado.

Os olhares de Levi e de Eren encontraram-se e o Ackerman sabia que devia continuar e prestar o seu tributo desta vez à irmã. Olhando para o céu e suspirando profundamente algumas vezes, Levi ganhou coragem para continuar.

-Quanto à Patrícia, a minha irmã…- Levi limpou o rosto, lançando um pequeno olhar para o namorado, vendo-o assentir afirmativamente para continuar. – A minha irmã…ahh…eu sei que não passei tanto tempo com ela como alguns de vocês mas…ela fez imensa coisa por mim, por nós e eu não pude ajudar, eu…A minha irmã morreu à minha frente e…eu não pude fazer nada, não agi e não a salvei! A culpa é minha por ela ter morrido quando…QUANDO PROMETEMOS QUE QUANDO TUDO ISTO ACABASSE SERIAMOS UMA FAMILIA! – Levi caiu de joelhos no chão, chorando imenso. – Eu queria tanto que ela estivesse viva, queria ter a minha irmã do meu lado e fazer as coisas que imaginámos…Eu tenho tantas saudades dela…Eu te amo, irmã…

Eren abraçou Levi fortemente, sentindo o mais velho abraçá-lo fortemente até sentir mais alguém abraçá-lo.

-Não tiveste culpa pelo que aconteceu, Levi, ninguém pôde fazer nada para evitar aquilo e acredita…não és o único que se culpa pelo que aconteceu naquele dia. – Disse Larry soluçando um pouco.

-Eu também queria ter salvo a Patrícia e não consegui fazer nada. Eu também me culpo por aquele maldito dia e quantas vezes olho para o céu e peço perdão por não ter conseguido fazer nada. – Murmurou Laurent cuja voz estava embargada de tristeza. – Ela era a minha melhor amiga e uma irmã, Levi.

-Desculpem. Desculpem. Desculpem. Desculpem. – Repetia Levi agarrando com mais força as roupas de Eren.

Eren abraçava Levi com mais força, dando pequenos beijos no topo da cabeça do namorado, murmurando coisas que pudessem acalmá-lo, fazendo carinho nele.

-Levi, olha para mim. – Sussurrou Eren, vendo Levi fitá-lo com os olhos marejados de lágrimas. – A culpa não é tua. Ela não ia querer ver-te assim, Levi, ela ia dizer-te o quê?

-Pa-Para se-seguir com…a minha vida…e…ser feliz…

-Tu podes fazer o teu luto, está bem? – Viu Levi assentir afirmativamente. – Todos nós estamos aqui. – Disse Eren apontando para o grupo ali presente.

-Eu…desculpem…

-Tio Levi? – Chamou Ethan aproximando-se dos dois acompanhado pelo irmão e pela mãe. Levi ergueu a cabeça vendo Ethan aproximar-se e abraçá-lo. – Eu também queria que a Tia Pat estivesse aqui assim como a mamã mas…elas não iam querer ver-nos assim, não é? Então vamos ser fortes juntos, Tio Levi?

Levi assentiu afirmativamente sentindo as pequenas mãos de Ethan limparem o seu rosto.

-Tu és um guerreiro como a Tia Pat. – Disse Ethan quando Levi abriu os olhos e sentiu o capacete da sua irmã na sua cabeça, vendo o pequeno repetir o gesto que ele mesmo fizera à uma questão de minutos.

Os dois abraçaram-se fortemente enquanto Eren tinha Caleb ao colo, chorando silenciosamente pela perda.

Levi ficou com Ethan no colo assim como Eren tinha Caleb no seu e assim ficaram até ao final da cerimónia fúnebre das duas jovens guerreiras.

**

Semanas mais tarde…

-Tio Levi, Tio Levi! – Chamava Ethan correndo para a entrada da Vila das Bênçãos com Caleb atrás, acenarem-lhe e sorrindo.

-Olá, meninos! – Cumprimentou Levi erguendo a mão enquanto se aproximava ainda no cavalo da entrada da Vila. – Trouxe umas coisinhas para vocês.

-Sério?! – Disseram os meninos em coro, vendo o Ackerman sair de cima do cavalo e entregar dois embrulhos a cada um.

-Podem abrir.

Enquanto os pequenos abriam os embrulhos, Eren já havia alcançado os três e aproximando-se do companheiro.

-UAU!

Eren e Levi sorriram ao verem os pequenos vestirem os mantos verdes da Tropa de Exploração com um brilho enorme nos olhos. Ethan e Caleb trocaram um pequeno olhar cúmplice fazendo continência a Eren e Levi que repetiram o gesto, seguido de risos.

Pegando em cada um, Eren e Levi colocaram Caleb e Ethan em cima dos cavalos entrando na Vila.

-Mamã! Mamã! Somos da Tropa de Exploração!

-Sério, queridos?

Os membros da Tropa de Exploração fizeram continência enquanto os pequenos passavam na avenida da Vila seguido de um sorriso meigo.

-E então? Gostaram da surpresa? – Perguntou Eren retirando Caleb do cavalo.

-Sim!

Levi olhou para o monte, vendo a árvore de folhas vermelhas saborear a brisa suave de Verão.

-Tio Levi, posso ir contigo? – Perguntou Ethan ainda no colo do Ackerman.

Levi olhou para Diana e para Eren vendo-os assentir afirmativamente, levando então Ethan consigo visitar os túmulos.

Aqui jaz
Camila De La Buena Muérte
Mãe, irmã, amiga e líder
Acarinhada por todos


Aqui jaz
Patrícia Gonzalez Ackerman
Tia, irmã, namorada, guerreira leal
Para sempre na memória de todos

Colocando um ramo de flores em cada um dos túmulos, Levi limpava a lápide de Patrícia enquanto Ethan limpava a de Camila, ambos em silêncio sem ser necessário conversarem sobre como se sentiam semanas depois da morte de ambas, do fim daquela guerra maldita.

-Tio Levi? – Chamou Ethan que estava encostado à lápide da mãe como se pudesse sentir a presença dela ali.

Levi permaneceu também encostado à lápide da irmã, olhando para o horizonte.

-Sim?

-Achas que a mamã e a tia estão a ver-nos?

Levi fitou o céu vendo que começava a escurecer mas sempre havendo aquela brisa suave da estação.

-Acredito que sim. – Suspirou o homem olhando para Ethan. – Porquê?

-Eu acho que elas não estão apenas a ver-nos mas que estão aqui connosco, sabes? Eu gosto de vir aqui porque sinto que elas nunca nos deixaram.

Levi sorriu carinhosamente para o garoto, afagando o cabelo negro do mesmo até sentir que alguém estava ali perto: Eren com Caleb de mão dada.

-Eu acho que está na hora de irmos, está bem?

-Sim. – Ethan ergueu-se limpando as roupas e chocando levemente o seu punho com cada uma das lápides. – Até depois, mamã e tia.

Ethan, Levi, Caleb e Eren foram-se embora enquanto o vento varria as folhas vermelhas que preenchiam o chão e as lápides naquele anoitecer de Verão. 


Notas Finais


Sabem aquela dorzinha que vos falei no incio?
AIIIII QUE A SAFADA AINDA ESTÁ AQUI!
Sim, até os autores podem chorar e ter um enfarto pela morte de personagens.
Bem, vou mas é escrever mais um capítulo para passar a dor no coração ;-;


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