História Crossroads - Meu mundo caiu

Dias depois...


P.o.v Kéfera


Terminei de fritar alguns bacons e os coloquei em um pequeno prato de inox que estava em cima do balcão, fui na geladeira e peguei um suco de pêssego pra acompanhar.


Me sentei na cadeira e coloquei o prato no meu colo e comecei a comer.
- Menina Kéfera! - Mada apareceu toda desajeitada na cozinha ajeitando o avental no corpo. - Desculpe a demora. Dona Pattie e o senhor Justin devem está bravos. - Ela mexia em algumas panelas no armário as derrubando no chão.
- Calma Mada. Justin saiu super cedo hoje, e Pattie tomou um chá que ela mesma fez antes de sair e pediu que você não se preocupasse com o café. - Ela soltou um ar de alívio.
- Obrigada menina. - Ela arrumava as panelas.


Senti meu estômago revirar e uma vontade de vomitar tomava conta de mim, levantei as pressas pondo o prato e o copo em cima do balcão e fui correndo pro banheiro que tinha aqui mesmo na cozinha.
Mada veio logo atrás e segurou no meu cabelo enquanto eu botava tudo pra fora.
- Menina, está bem? - Ela parecia preocupada.
- Só um pouco enjoada. - Passei a mão da boca limpando o excesso do vômito.
- Precisa de um médico.


Botei a mão na barriga e quando dei por mim já estava com um sorriso bobo no rosto.
- Será que... Está grávida menina? - Ela arregalou os olhos.


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Contei a Pattie oque havia acontecido e a mesma insistiu que eu fosse ao médico.


Já tinha feito o teste e o exame e só me restava esperar.
- Calma querida, vai dar tudo certo. - Pattie tentava me acalmar.
- Quero que dê positivo. - Disse a fazendo rir e olhamos pra trás ao mesmo tempo quando ouvimos a porta sendo aberta.
- E então doutor. - Pattie perguntou animada.
- Então... Tenho duas notícias. - Ele ajeitava os papeis. - Você não está grávida e nunca vai poder está.
- Mas... Como assim? - Não estava entendendo nada.
- Querida, sinto muito, de verdade, nunca vai poder ter um filho porque você é estéril esse enjôo que sentiu deve ter sido algo que comeu.


Isso quer dizer que nunca vou sentir a dor de um parto? Nunca vou poder acordar de madrugada com o choro do meu filho porque ele sente frio? Nunca vou poder trocar fraldas?


- MEU DEUS! - Pattie levou a mão até a boca.
- Isso tem cura, mas é um tratamento demorado. Sinto muito por isso.
Senti as lágrimas arderem meus olhos.
- Nunca vou poder ter um filho. - Disse baixo em meio as lágrimas.


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Minha aparência estava horrível, eu só conseguia chorar. Sai do banheiro já vestida encontrando Justin todo esparramado na cama.
- Ké? - Ele se levantou. - Oque você tem?
- Eu nunca vou poder te dar um filho Justin, nunca! - Disse abraçando minha barriga com minhas mãos e logo ad lágrimas começaram a descer.
- Como assim? Que papo é esse? - Ele se levantou vindo até mim.
- Nunca vou poder te dar um filho porque sou estéril Justin. - levei minhas mãos até minha cabeca caindo de joelhos ao chão.
- Kéfera! - Ele oe pegou no colo e me levou até a cama.
- Me explica isso.
- Esses dias passei mal, senti um enjôo, até vomitei. E hoje fui no médico fazer exame ou mesmo um teste de gravidez. Mas o médico disse que eu nunca poderia ter um filho porque sou estéril Justin.


P.o.v Justin


Não sabia como reagir diante dessa situação, não sabia oque falar, nem oque fazer.
- Podemos adotar se quiser. - Foi a primeira coisa que pude falar no memento.
- Justin, eu nunca vou poder te dar um filho.
Isso doeu, de verdade. Não queria adotar criança nenhuma, mas a mulher que eu amo não pode ter um filho.


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Não sabia oque fazer, Ké ficou trancada no quarto dela o dia inteiro w suponho que esteja chorando.
Já tentei de todas as maneiras tentar que ela abrisse a porta, mas nada.
Me sentei no sofá e encondi minha cabeça entre minhas mãos.
- Ei querido. - Minha mãe se sentou ao meu lado.
- Mãe, a Ké nunca vai poder ter um filho. - Disse a olhando os nos olhos.
- Não chore meu amor. - Ela limpava minhas lágrimas.
- Porque isso com a gente? - Deitei minha cabeça no seu colo.
- Querido, a vida nos surpreende sempre, você não pode mudar isso.
- Mas...
- Meu amor, vocês podem adotar.
- Eu não queria adotar mãe, queria um filho meu, de verdade.
- Eu sei meu amor, mas com a Ké não vai dar.
- Mãe, se eu não tiver um filho com a Ké, não vai ser com mais ninguém. - Ela fazia cafuné. - Ela está trancada no quarto e não quer sair por nada.
- Não tem nenhuma amiga que ela confie?
- Eleanor.


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P.o.v Kéfera


Só abri a porta pra Eleanor porque ela é como uma irmã ora mim.
- Ké, Justin me ligou desesperado pedindo que eu largasse tudo e viesse te ver. Oque você tem amiga?
- Eu... Nunca vou poder ter uma filho.
- Mas, porque?
- Sou estéril.
- Amiga. - Ela me puxou pra um abraço. - Sinto muito.
- E o pior de tudo é que nunca vou poder dar um filho pro Justin.
- Ei, olha pra mim. - Ela segurou no meu rosto me fazendo encara-lá. - Justin gosta de você, e não é só porque você não pode dar um filho pra ele que ele vá te deixar.
- Obrigada amiga. - A abracei outra vez.


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3 semanas depois...


Justin passou todos esses dias me mimando, me presenteando, me surpreendendo sempre.


Passamos alguns dias sobre adotar um menino e uma menina, e a verdade é que eu gostei da idéia.


Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo e desci encontrando Justin me esperando na sala.
O carro já estava pronto e agora iríamos a caminho de um orfanato que não ficava muito longe da qui.



~~Continua~~