História Crows Have Eyes Diamond - Prólogo

Ninguém é imortal. Talvez exista uma arte que faça esse favor a certas bruxas, mas não é do meu interesse. Talvez eu até morra queimada em praça pública como destino de todas as bruxas inofensivas, só pelo fato de eu ter feito uma escolha.

 Não quero andar por aí matando quem quer me matar. Mas fugir também não é sobreviver...

 Era um dia 13 de 1728. Saí do castelo abandonado de Capital City. Era um frio que eu nem sentia, mas podia abrir minha boca e ver a pequena fumaça de calor de minha respiração. Estava indo ao poço, teoricamente fugindo de Brigit, minha aprendiz, uma imprestável que vivia fazendo feitiços para se apaixonar.

 Corvos começaram a me cercar. Alguém estava perto. Corvos sempre me procuravam quando algo estava  errado.

 Era Archibald, eu sentia sua presença. Um mago assassino que me perseguia por séculos.

- O que voce quer! - Dei um passo para trás quando ele apareceu.

- Trouxe uma visita...-  Estendeu a mão para uma garota que escondia o rosto.- Essa é...Pansy.

 Finalmente olhou pra mim. Tinha os cabelos negros como se fosse uma rebelião de corvos e tinha olhos desafiadores que pareciam diamantes.

 - Há um século atrás...- Continuou Archibald - ...Voce teve uma filha. Com quem, não é do meu feito saber...Mas...Aqui está! Linda não é....Se parece com a mãe.

 Franzi a testa. Não tinha uma filha. Eu obviamente saberia...

 - Como pode Bertha, rejeitou sua filha e ainda por cima a matou.

 - Não matei ninguém...

 - Pois então olhe para ela, não ve a tristeza que pesa em seus ombros, ela carregou o fardo de saber que a mãe a matou, mas lógicamente, filha de bruxa...bruxa é....

 Pansy deu um passo  á frente e estendeu a mão citando palavras que não compreendi, e em uma fração de segundos fui jogada contra a muralha do castelo. não dava pra voltar lá dentro e me proteger sobre o domo invisível que nos cercava, eu estava definitivamente presa.

 A garota tinha sangue pelos braços e estava cheia de correntes amarrada a saia de seu vestido. Aquilo teria sido um modo de tortura...

 Estava cheia de símbolos nas mãos, e avistei uma SerpensKlave, um amuleto usado para realizar rituais sanguinários contra vampiros. Ela tinha a armadura necessária pra me fazer ficar ali pro resto da vida. Mas seus olhos me diziam mais, ela queria mais. Parecia buscar vingança.

 - Me solta! Eu não tenho filha nenhuma! Archibald!!!

 -  Só te digo uma coisa, não importa em que vida ou século, uma bruxa do bem voce não é. Ás vezes voce precisa sofrer sem saber da verdade, ou...buscar por ela. Busque pela sua verdade em outro lugar Bertha. Em outra vida. Mas dessa aqui cuido eu - Disse apoiando-se  em Pansy - Vamos afilhada, voce vai ter muitas vidas ainda para fazer pessoas sofrer, ela não é exceção... 

 Archibald tirou o colar que me protegia de todo e qualquer ser e assim, sumi do mundo.