1. Spirit Fanfics >
  2. Cruel Summer >
  3. Welcome back

História Cruel Summer - Welcome back


Escrita por: girlslikeyus

Notas do Autor


Olá pessoas, como vocês estão?

Antes de lerem eu quero que fique bem claro que isso aqui é uma fic Saidahmo. Sempre tenham isso em mente, não importa o que aconteça essa fic continuará sendo Saidahmo. Em vários momentos irei focar em duas delas mas no final das contas o mais importante é a relação das três, entendido?

Essa é minha primeira long fic, espero que gostem.

Boa leitura.

Capítulo 1 - Welcome back


Fanfic / Fanfiction Cruel Summer - Welcome back

Pessoas lotando as praias, relaxando depois de um dia exaustivo, se bronzeando ou tomando um banho de mar. Outras preferem ficar na piscina de sua própria casa, convidando amigos e familiares para uma pequena festa. Um período que na maioria das vezes significa descanso e paz. Amado por muitos mas também odiado por vários. A estação preferida de Minatozaki Sana. 


Verão. 


E por ser seu período favorito do ano ela decidiu fazer algo especial e agora está no caminho para visitar algumas pessoas que ela não via a muito tempo. 


Pela janela do carro Sana observa o céu azul, livre de qualquer nuvem. Ela sente o vento batendo em seu rosto, fecha os olhos e sorri respirando fundo.


'Como é bom estar de volta.'


Talvez ela fique por tempo indeterminado ou talvez volte para o Japão – lugar onde nasceu e passou os últimos cinco anos –, tudo depende de como serão as coisas nessas próximas semanas. 


'Eu vou fazer desse o melhor verão da minha vida.' 


Esse era o plano, mas nem sempre as coisas saem como planejamos.



-------------



Ressaca é provavelmente uma das duas piores consequências que se pode ter ao beber muito. A outra seria fazer algo e não se lembrar. Pior do que acordar de ressaca é ser acordada por um som incessante que vem da campainha. A loira até tenta abafar o som usando o travesseiro mas sem sucesso. Desistindo, ela bufa e joga as cobertas no chão ao se sentar na cama. Ela para por um minuto colocando a mão na cabeça – estava doendo – antes de jogar as pernas para fora da cama, finalmente levantando. 


'Eu nunca mais vou beber tanto.' 


Ela sabia que aquilo não era verdade. Ela fala essa frase na esperança de que algum dia ela realmente decida parar. Ainda com os olhos meio abertos a loira abre a porta já preparada para xingar seja lá quem fosse o idiota que estava incomodando ela a essa hora da manhã. 


"Surpresa!" 


A voz extremamente doce e alta – quase irritante, quase – invade os seus ouvidos e por um segundo ela pensa em levar as mãos até eles para abafar o som mas seu estado de choque a impede de se movimentar.


"Sana?"


"Dahyunnie!" 


Antes que a loira pudesse falar mais alguma coisa, ela sente dois braços a sua volta e um corpo se chocando contra o seu, a empurrando de volta para dentro do apartamento. 


"Eu estava morrendo de saudades!" 


Sana apertava Dahyun contra seu corpo, quase sufocando a mais nova. Quando ela se afasta seus olhos se encontram. Não é como se a loira tivesse mais facilidade em respirar agora.


"Você sabia que eu iria voltar, só estou uma semana adiantada. Por que parece tão chocada?" Ela ri enquanto mantém suas mãos segurando os braços da outra. 


Bom, por onde Dahyun deveria começar? Sim, ela sabia que Sana iria visitar neste verão  porque a japonesa havia pedido para ficar em seu apartamento e Dahyun aceitou sem pensar duas vezes. O que a loira não conseguia processar era a beleza da mulher que estava na sua frente. Sana sempre foi linda e isso não tem como negar. Ela vivia sendo chamada para ir em encontros mas sempre negou e preferia passar seu tempo com suas duas melhores amigas. Porém Dahyun não a via pessoalmente a mais de cinco anos. É seguro dizer que as fotos não fazem jus a beleza da mais velha. Parecia impossível mas ela conseguiu ficar ainda mais bonita nesses últimos anos.


"Eu… só estou feliz em te ver de novo." Ela finalmente responde e abraça Sana mais uma vez. 


Ela sentiu muita falta daquele abraço. 


Após quebrar o abraço, Sana volta até a porta para pegar sua mala, a falta contato tem um efeito imediato na loira que agora sente sua cabeça doer novamente. Ao se virar Sana vê uma Dahyun sentada no sofá massageando as têmporas. 


"Não me diga que no meu primeiro dia de volta vou ter que aguentar você de ressaca." 


"A culpa é sua por vir sem avisar." Ela brinca.


"Ontem foi quarta-feira, desde quando você bebe no meio da semana?" Sana fala adquirindo um tom mais sério, ela se senta no sofá ao lado da loira. 


"Muita coisa mudou nos últimos anos." Dahyun levanta do sofá e vai em direção a cozinha pegar algo para aliviar sua dor de cabeça, aproveitando para fugir do assunto. Mas as coisas não são fáceis assim com Sana.


"Eu sei que mudaram mas você nunca comentou que agora bebe tanto ao ponto ficar tão mal no dia seguinte." Um pouco antes de Sana viajar para o Japão ela alertou Dahyun de que ela não deveria começar a beber tanto e a loira prometeu que seria só aquela noite. Sana não pôde deixar de ficar um pouco chateada por saber que Dahyun não cumpriu a promessa. Talvez ela nem se lembre. 


"Não se preocupe. Não é algo frequente." A loira volta para o sofá e se joga nele de frente para a japonesa. Silêncio toma conta do ambiente e elas apenas se encaram por alguns segundos. 


"Você mudou." Sana fala com a voz bem mais baixa e calma do que aquela que ela tinha ao entrar no apartamento.


Dahyun nega com a cabeça. "Eu continuo a mesma Dahyun de sempre." Depois ela sorri tentando fazer com que Sana desfaça aquela cara de preocupação. Afinal ela não estava ali para lidar com seus problemas. 


Sana respira fundo e olha em volta pela primeira vez. O apartamento de Dahyun fica bem próximo da praia, então a varanda e as paredes de vidro ficam responsáveis por deixar o local bem iluminado. A japonesa sempre soube que a mais nova tinha uma fixação por branco mas não esperava chegar a tanto. Tudo era branco. O piso, as paredes, o sofá, os balcões da cozinha, as cortinas, até mesmo sua camiseta – que por sinal era muito grande para ela – era branca. Era um alívio olhar para sua calça moletom e para os objetos de decoração, eles não eram brancos mas sim cinza. Todo o ambiente entra em contraste com o seu cabelo loiro e a camisa roxa e calça jeans de Sana. Era um lindo apartamento mas de certa forma parecia que faltava vida nele. 


"É um belo apartamento." 


"Obrigada, quase tive que vender alguns órgãos para pagar por ele." Ela brinca, em partes. "Momo vive reclamando, falando que ele é morto. Ela que não entende todo o conceito." 


O cérebro de Sana para ao ouvir o nome da mais velha. 


Momo.


O motivo de ela ter voltado. 


Não a entenda mal, Sana também sentiu falta de Dahyun. Mas após perceber o quão bom foi passar os últimos anos no Japão, Sana pensou seriamente em ficar. Ela poderia muito bem manter contato com Dahyun e visitar sempre que pudesse, quem sabe até mesmo levar a mais nova para visitar o Japão. Porém algo, ou melhor, alguém a impedia de fazer isso. Com Dahyun, mesmo que fosse difícil, ela poderia manter uma amizade a distância mas com Momo as coisas são diferentes. Os sentimentos são diferentes.


Não seria fácil viver longe de Dahyun por muito tempo mas ela daria um jeito de matar a saudade. Agora seria impossível viver longe de Momo por muito tempo. Sem poder abraçá-la, sem poder brincar de guerra de travesseiro como se ainda fossem crianças e sem ter a mão dela para segurar sempre que ficasse nervosa. Os últimos cinco anos foram difíceis mas necessários. Após terminar a faculdade Sana decidiu ir para o Japão sem previsão para voltar tão cedo, um tempo longe seria bom para ajudá-la a pensar. Ela mantinha contato com as suas amigas, mas elas não conversavam sempre já que viviam ocupadas. Assim a japonesa resolveu aproveitar a maior parte do tempo para ficar com a sua família e Sana até ficaria mais tempo porém só se conseguisse tirar uma pessoa de sua cabeça.


Momo. 


Sana sempre gostou de Momo, quer dizer, sempre foi apaixonada por ela. Mas o medo de ser rejeitada pela melhor amiga fazia com que a japonesa mais nova ignorasse esse sentimento. Tudo parecia acumular em seu coração e estava prestes a explodir. Ela deu graças a deus quando seu curso terminou e ela pôde finalmente viajar. No Japão ela teve várias fases. Sana passou por uma fase na qual ela só queria esquecer tudo o que sentia, porém no dia seguinte ela acordava querendo pagar um passagem de volta. Um dia Sana até mesmo pensou em se declarar por mensagem mas rapidamente ela apagou e só mandou um boa noite ;). 


Agora Sana chegou em um ponto em que não tinha mais como adiar esse encontro. Se ela queria dizer tudo o que sente ela precisaria criar coragem e voltar para fazer isso pessoalmente. Por isso ela está de volta.


O plano era simples: se declarar para Momo. 


Se ela aceitar sair com Sana, a japonesa mais nova fica. Se ela disser não, Sana volta para o Japão porque sabe que não conseguiria viver próxima de Momo sabendo que a mais velha não sente o mesmo. Obviamente ela manteria contato com Dahyun mas precisaria de um bom tempo para, quem sabe, falar com Momo novamente. Isso se a mais velha ainda estiver interessada em ser sua amiga, é claro. 


Sana estava animada e até mesmo otimista antes de desembarcar mas agora, depois de ouvir o nome de Momo e sentir as famosas borboletas no estômago, ela não sabe se juntou coragem o suficiente para se declarar. 


"Sana… Terra chamando Sana." Dahyun havia parado de falar ao notar o olhar distante de sua amiga e agora balançava a mão na frente de seu rosto. 


"Ah, desculpa, eu… me distraí." Ela balança cabeça e pisca algumas vezes. 


"Hm, ok." A loira se encosta novamente no braço do sofá. "Qual é o plano agora?" 


Sana sabia que ainda era muito cedo para o plano principal e ela precisava de mais alguns dias. Então enquanto esse plano fica de lado, o melhor a se fazer seria começar pela parte fácil. Revivendo os velhos tempos.


"Vamos visitar Momo." Ela fala e logo pôde ver a loira refletir o sorriso que estava em seu rosto. Ambas sentiam saudades de passar um tempo juntas, provavelmente Momo também. 



-------------



"Sana?!" Dessa vez foi Sana quem mal teve tempo de falar antes de Momo abraçá-la e em seguida girá-la pelo apartamento. "Você voltou!"


Na maior parte do tempo Momo parecia um bebê. Essa era a melhor forma de descrevê-la. Com a sua personalidade brincalhona, seu coração puro e sorriso doce, a mais velha era capaz de matar qualquer de tanta fofura. Porém não se deixe enganar, esse bebê possui braços bem fortes e um corpo de dar inveja, aquele mesmo sorriso doce, em um piscar de olhos, pode se tornar um sorriso mortal. A mesma mulher que faz o coração de várias pessoas derreterem também faz muitas pernas virarem gelatina de uma hora para outra. Você nunca sabe o que esperar de Momo.


E isso só fazia Sana sofrer em dobro.


Enquanto Momo girava a mais nova em seus braços Sana só sabia rir. 


"Olá, bom dia para você também." Dahyun falou sarcástica enquanto entrava no apartamento e fechava a porta. Ela anda em direção ao sofá de couro preto e se joga nele. 


O apartamento de Momo era quase o oposto do de Dahyun. Não dava aquele ar de seriedade mas sim de uma coisa mais aconchegante. Sofá e estante pretos, uma prateleira de madeira cheia de livros e alguns bonecos de super-heróis como homem-aranha e homem de ferro. Quadros que fazem referência a filmes e séries. Mesmo sendo a mais velha, Momo era a que mais tinha o que sobrou da adolescência com ela. Ao contrário de Dahyun, que parece ter esquecido os vestidos floridos no guarda-roupa há muito tempo. 


Quando Sana colocou os pés chão novamente tudo ainda parecia girar. 


"Tecnicamente é boa tarde, Srta. Dahyun." Momo vira em direção a loira e encontra ela esparramada em seu sofá. "E tira esse sapato sujo do meu sofá." Ela chuta levemente o pé da outra mas Dahyun ainda mantém os olhos fechados, só que agora com os pés não encostando no sofá. 


Ela decide deixar Dahyun e vira em direção a Sana, que apenas ficou admirando ela nos últimos segundos. Momo vestia uma regata cinza mais solta e um sutiã esportivo preto por baixo, fora as pernas que estavam expostas pelo shorts preto e curto. Sana suspeita que Momo deve ter acabado de voltar de uma corrida ou algo do tipo. 


"Senti sua falta." A mais velha tinha as mãos na cintura de Sana e um sorriso enorme no rosto.


'Como ela consegue ser tão fofa e gostosa ao mesmo tempo?'


"Eu também senti muito a sua falta." Ela abraça Momo novamente.


"Ah, eu estou toda suada. Nem deveria ter abraçado você em primeiro lugar." 


"Eu não me importo. Me abraça direito!" Momo coloca os braços ao redor da cintura de Sana e a prende em um abraço mais forte. As duas fecham os olhos aproveitando o momento. 


A dois metros delas está Dahyun encarando a cena com uma expressão indecifrável no rosto. 


Quando elas se separam, ambas olham para o sofá e encontram a loira com os olhos fechados. Elas pensam que Dahyun possa até ter cochilado. 


"Vem. Vamos conversar ali fora." Momo pega na mão de Sana para puxá-la em direção a varanda. A mais nova sente suas pernas fraquejarem com o contato. 


Chegando lá, elas sentam no pequeno sofá bege de dois lugares. 


"Gostei do lugar." 


"Valeu, não foi fácil organizar tudo já que Dahyun não foi de nenhuma ajuda." Elas riem. Sana já imaginando que a outra não deve ter mexido um dedo para ajudar.


Sana olha para baixo e vê que suas mãos ainda estavam conectadas. Ela posiciona sua mão esquerda em cima das outras duas e Momo faz o mesmo com sua direita. Elas se olham e sorriem. 


"Por que não me falou que viria? Eu poderia ter te buscado no aeroporto." Ela tinha um pequeno bico nos lábios, era o ponto fraco de Sana.


"Aí estragaria todo o significado da palavra surpresa." 


"Dahyun foi te buscar?" 


"Não, foi surpresa para ela também, ela estava me esperando só na próxima semana." Momo revirou os olhos, ela queria ter buscado Sana. Afinal faz anos que ela não pisa nesse país, deveria ser recebida de maneira digna e não por uma Momo toda suada depois de correr.


"Vocês sempre planejando as coisas pelas minhas costas." Ela resmunga.  


"Como está a vida como designer?" Sana ignora a reclamação da outra e pergunta curiosa para saber mais sobre a vida de sua amiga. 


"Melhor do que imaginei." Momo abre os braços como se indicasse o lugar. Que era um apartamento tão grande quanto o de Dahyun. Ela logo volta a segurar as mãos de Sana. "E você professora?" 


"Dar aula para crianças é uma das coisas mais estressantes e mais gratificantes do mundo." Sana tinha uma enorme sorriso no rosto e Momo não poderia estar mais feliz por ver a sua amiga feliz. "E Dahyun?"


"Dando aula de música para uns ricos mimados aí. Daí que vem todo esse dinheiro." 


O silêncio cai sobre elas e Sana não pôde deixar de pensar no que viu mais cedo e se preocupar com a mais nova. Ela decide perguntar para Momo porque sabe que ela seria sincera.


"Ela mudou né?" Sana começa, ela tinha os olhos nas mãos de Momo enquanto desenhava círculos e linhas com o dedo.


"Sim, mas no fundo continua sendo a mesma Dahyun." A mais nova levanta o olhar procurando ver a verdade nos olhos de Momo. "Bem no fundo mesmo, mas está lá." Ela garante sabendo que Sana não acredita nela. 


Sana olha pela porta de vidro e vê que Dahyun ainda se encontra no sofá.


"Ela anda bebendo muito, de tipo… passar dos limites?" Pergunta preocupada.


"Ela bebe mas quase nunca passa dos limites." 


Era mentira mas Sana não precisava saber disso. Não agora que acabou de voltar.


"Você ainda não falou o motivo de ter voltado." Momo troca de assunto o mais rápido possível. 


Sana fica nervosa ao lembrar do porquê está ali mas logo dá um jeito de tirar isso da cabeça, agora não é o momento. 


"Mas não é óbvio? Eu senti a falta de vocês." 


"Vai ficar por quanto tempo?" A mais velha sabia que Sana havia gostado muito de passar os últimos anos no Japão e era difícil ela ter voltado para ficar, mas no fundo era o que Momo esperava ouvir. Ela sentiu saudades de sua amiga.


"Verão inteiro. Talvez mais ou…" Ela desvia o olhar para a cidade porque não consegue manter o contato visual. "...talvez menos." 


'Espero que seja mais.' Sana pensa.


Sem saber que a outra pensou a mesma coisa, ela olha para Momo novamente, se perdendo pela milésima vez nos olhos castanhos. 


"Hey." 


As duas pulam e afastam as mãos imediatamente com o surgimento de uma terceira voz.


"Desculpa atrapalhar aí mas eu estou com fome." Dahyun tinha a cara emburrada e ambas a conheciam bem o suficiente para saber que não era fome.  


Um sorriso de lado surgiu nos lábios de Momo. "Pequena Dubu está triste porque não está recebendo atenção?" Ela tinha a voz fofa. Diferente do tom sério de minutos atrás. 


"Nós vamos comer ou não?" A loira ignora e Sana apenas ri enquanto Momo levanta, já sabendo o que vinha a seguir.

 

"Cadê o meu abraço?" Ela vai em direção a Dahyun com os braços abertos e a loira volta para dentro do apartamento.


"Nos vemos quase todos os dias, sai!" Ela tenta correr mas Momo é mais rápida e a abraça por trás, atacando sua bochecha com beijos enquanto ela reclama. "Ai, que nojo! Você está toda suada. Argh!"


Sana apenas observa a cena de longe com um sorriso no rosto. Algumas coisas nunca mudam.


Sana e Momo cresceram juntas e foram conhecer Dahyun no começo do ensino médio. De primeira foi difícil se aproximar da mais nova porque ela era bem introvertida mas com o passar do tempo as coisas fluíram. Entre Sana e Dahyun as coisas eram mais tranquilas, elas sempre conversavam e contavam segredos uma para outra. Conversavam sobre assuntos que a mais velha das três não se importava muito em saber. Já com Momo, Dahyun tinha uma relação mais conturbada. As duas começaram simples, quando a mais velha roubou um doce da outra na frente dela sem hesitar. Com o passar dos anos as coisas só pioraram e o primeiro ano de faculdade foi um caos porque elas viviam implicando uma com a outra. Sana só observava e ria das duas, que só paravam quando ela implorava por um momento de paz e um pouco de atenção.


Um dia, após receber um presente, Momo deu um beijo de agradecimento na bochecha de Dahyun e observou como elas ficaram vermelhas. Aí que Momo descobriu que a mais nova corava com beijos na bochecha. Até Sana brincava com Dahyun em relação a isso mas Momo era quem mais se divertia com a situação. Assim começaram os ataques de beijos na bochecha. Como esse que Sana estava vendo agora na sua frente. 


Dahyun finalmente consegue se libertar depois de alguns segundos. "Vai tomar um banho! Você está fedendo, não vou sair com você assim." A loira tinha a cabeça baixa e fingia limpar as bochechas quando na verdade estava esperando a coloração vermelha sumir.


"Ok, estou indo, estou indo." Momo vai em direção ao corredor com um sorriso no rosto. 


"Se demorar muito eu vou sem você." Ela fala ainda esperando o vermelho sair de suas bochechas. Ela odiava quando Momo fazia isso. Dahyun levanta a cabeça quando percebe que Sana estava chegando perto dela enquanto mantinha os braços para trás e um sorriso suspeito no rosto. "O que foi?" 


Ela é muito lenta e não consegue bloquear o beijo de Sana na sua bochecha.


"Mas que-" Ela se afasta de Sana, que ri da reação da loira enquanto senta no sofá.


"Eu senti saudades de fazer isso." 


"Eu odeio vocês! As duas!" Elas gritou para Momo também ouvir enquanto se afastava do sofá e ficava perto da porta. Atenta para outro ataque. 


Sana se deixa relaxar no sofá e começa a se questionar. Será que foi uma boa ideia voltar assim? Talvez ela devesse ter pensado um pouco mais antes de comprar a passagem. Toda a sua segurança foi pelo ralo depois de ter falado com Momo, ela não sabe dizer se conseguiria falar tudo o que sente na cara da mais velha. Na cabeça dela parecia tão mais fácil. Porém só a presença da outra já deixava ela nervosa. Como ela iria se declarar assim? Momo nunca deu sinal de que a via como mais que uma amiga. Talvez tenha sido um erro.


A japonesa respira fundo, ela ainda tem tempo para pensar em como vai colocar seu plano em prática. Enquanto isso, nada melhor do que matar a saudade de suas amigas. 


Ainda tem um verão inteiro pela frente. 




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...