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História Crystalia - Divisão de Exploração


Escrita por: Osipessoamaluca

Notas do Autor


OIEEE! Tudo beeem?
Espero que gostem! Desculpem qualquer erro, é que eu não revisei!
Começa a ação agora hein! Comentei ai se gostaram!

Capítulo 6 - Divisão de Exploração


Fanfic / Fanfiction Crystalia - Divisão de Exploração

Chegamos rápido graças a toda aquela correria, e eu pude ver uma árvore enorme, era tão grande, mas TÃO GRANDE, que era possível que dentro dele você não soubesse se está de dia ou de noite.

-... Nossa... – Estava espantada.

-Gostou? – Jasper me pegou em seus braços, tirando-me de suas costas – Foi minha ideia construir ali.

-Foi? – Perguntei impressionada – Você pensa?

Ela me olhou enraivecida, eu dei risada. Fomos caminhando até a árvore e subimos uma escadaria enorme até finalmente chegarmos ao alto... E eu estava certa.

O “interior” – que na verdade era apenas entre os galhos dela – tinha uma bela coloração e era escuro, parecia que estávamos de noite, e entre os galhos havia as salas, nenhuma parte da árvore foi cortada.

-Esse lugar é demais... – Falei surpresa.

-Sabia que ia gostar – Jasper sorriu.

-É, eu gostei... Mas... Pode me por no chão?

Jasper corou e me colocou no chão, ela vinha me carregando desde agora nem sei por que, quando eu posso andar sozinha numa boa.

-Que Divisão é essa? – Perguntei curiosa.

-... Nuummite – Ela pegou em meu ombro, puxando-me para perto – Bem-vinda a Divisão de Exploração.

Olhei ao redor, Gems e mais Gems, então essa era a divisão que explorava esse mundo e etc? Intrigante.

-Venha, eu vou te mostrar! – Jasper me puxou e as duas vieram atrás de nós.

Caminhamos pelas pontes, descemos e subimos escadas, entramos em algumas salas, e fomos até a copa da árvore, admito que gostei bem mais dessa base, é tão original. Ficamos dando voltas com Jasper falando e falando, tagarelando na minha cabeça até finalmente pararmos em uma sala de reunião.

Ela era grande, as paredes eram metade de pedra – a parte inferior – e metade de vidro colorido – metade superior – enquanto o teto era de madeira. As mesas também eram de madeira assim como o chão.

Havia uma Gem sentada lá e ela veio sorrindo até nós.

Aquela Gem era uma Howlite, que definia muito bem aquele lugar: Uma exploradora. Ela era mediana, com a pele branca feito papel e veios brancos pela pele, inclusive embaixo dos dois olhos e mãos, que eram completamente pretas. Seus cabelos eram brancos e curtos, jogados para o lado esquerdo de sua cabeça e formando uma pontinha para cima, enquanto sua franja era longa e caia por seus ombros.

Ela tinha seu tronco todo enfaixado por faixas lilases e finas, que se estendiam até seu pescoço e estavam meio soltas. Por cima havia um casaco sobre-tudo azul-cinzento de gola alta com rosas azuis nos ombros, cujas extremidades das mangas e todo o resto estavam levemente rasgadas. Ela também vestia um short curto preto e botas cano alto também pretas.

-Olá minhas amigas! Como estão? Bem-vinda de volta Jasper – Ela sorriu.

-Olá Howlite, óh, eu trouxe quem eu disse que vai se juntar a nós muito em breve – Jasper arrastou-me para frente – Essa é Nuummite.

-Como assim me juntar a vocês? Eu ainda nem conheci as divisões Jasper – Eu resmunguei, mas levei um tapinha no ombro como resposta.

Ela vai me pagar.

-Pois bem, antes de ver as outras divisões por que não me seguem? Vamos dar umas voltas e conhecer melhor esse lugar – Howlite ofereceu.

-Vamos – Jasper tomou a frente.

Eu revirei os olhos e as segui, Sillimanite parecia mais entretida com os comentários sarcásticos e risonhos de Dolomite que mal prestava atenção a sua volta, enquanto Jasper me guiava com as mãos em meus ombros e Howlite ia na frente, ela tinha um ar de imponência surpreendente, e sua pedra era na palma da mão e circular.

-Que tal começarmos o tour com perguntas? – Perguntou virando-se para mim – Enquanto caminhamos você pode perguntar tudo o que quiser, e diga onde tiver interesse de ir.

-Bem... Eu gostaria de perguntar... Se a Howli está aqui.

Jasper me olhou confusa e surpresa enquanto Howlite continuou imóvel.

-Que Howli está falando Nuummite? – Jasper me questionou.

-Vocês sabem, A Howli, a Howlite braço direito... Dela... – Silencio, é sempre difícil falar de uma perda trágica, eu sei... – Ela era e é a mais forte Howlite que temos, é de se esperar que esteja aqui...

-Você quer conhece-la? – Jasper perguntou.

-Quero, ela é-...

Eu fui parada por um simples gesto, uma mão estendida, era uma forma humana de cumprimentar alguém que você acabou de conhecer, e a Howlite estava fazendo isso, estendendo sua mão para mim.

Eu não entendi muito bem por que até me tocar... Ela... Ela é...?

-Howli...? – Questionei rouca, os olhos arregalados em surpresa, ela apenas sorriu.

-É um prazer conhece-la – Ela sorriu.

-Não acredito! Era você, nossa, eu tenho tantas perguntas...

-Eu entendo, todas tem – Ela disse rindo – Mas saiba que infelizmente não posso responder a nenhuma.

-Ahn? Por que não? Todas nós temos-...

-Eu sei – Ela me interrompeu séria, mas sem tirar o sorriso do rosto – Mas eu prometi a ela que não falaria, e em respeito a tudo que fez por nós eu respeitarei seu último desejo...

-... Entendo...

Todas nós ficamos em silêncio, era algo difícil de lidar, até Dolomite que sempre agia descontraidamente tinha um semblante triste em sua face, e era totalmente compreensível... Qualquer uma de Crystalia está ciente do quanto deve pelo sacrifício dela...

Ficamos em silêncio um tempo até um bater de palmas nos trazer de volta. Olhei para Howli e ela continuava a sorrir, trazendo-nos de volta a realidade.

-Bem, que tal continuarmos nosso tour?

Assentimos e ela começou a nos guiar, nos levou ao centro, onde havia um enorme mapa de Crystalia que ainda estava tendo atualizações, vimos outro mapa das partes exploradas desse planeta, várias salas com livros e estantes cheias das mais diversas informações sobre tudo e todos que aqui habitam, as ameaças, a natureza, vimos à sala de reuniões, conhecemos várias Gems, foi muito interessante.

-Nossa... Parece que essa árvore nunca acaba – Dolomite reclamou, mas mais parecia impressionada.

-Eu concordo, é gigante – Falei olhando em volta – Por que escolheram construir o forte numa árvore Howli?

-Achamos que seria apropriado e uma vantagem, é uma boa região, alta e com vista boa, além de estar a beira da floresta, nos limites da cidade, e como não queríamos derrubar essa grandona decidimos conviver com ela, e deu muito certo – Ela disse sorrindo, encostando-se a um dos galhos da árvore, que mais parecia uma enorme parede de tão grande – Então, já tem uma decisão Nuummite?

-Uma decisão?

-Isso, você quer se juntar a nós? Será muito bem vinda.

-... Fazer parte da Divisão de Exploração... – Falei pensativa.

-Você vai aceitar né? – Jasper sorriu esperançosa para mim.

E eu ponderei, Sillimanite e Dolomite esperavam minha resposta, apostando entre as duas para ver quem acertaria minha escolha, Howli me olhava impassível, esperando por uma resposta que independente de qual fosse não a abalaria, ela é forte, enquanto Jasper parecia desesperada por um sim, e isso me deixava incomodada, com certeza deve haver um grupo que se encaixe mais comigo.

Mas a ideia não me parece em nada tão ruim assim...

-Preciso de um tempo pra pensar – Falei por fim – Essa divisão chamou muito a minha atenção, mas não posso tomar uma decisão antes de verificar todas.

-Que? Mas-!

-Tudo bem – Howli interrompeu, endireitando-se em pé a minha frente – Darei um tempo para que pense em sua decisão, e quando a tiver tomado pode vir aqui a hora que quiser e me dizer, qualquer que seja eu aceitarei, e sei que fará o seu melhor Nuummite.

-Obrigada Howli, também agradeço pelo Tour, foi ótimo, eu adorei conhecer esse lugar.

-Voltem sempre que quiserem, agora eu tenho que retornar ao trabalho, até mais ver.

Acenamos para Howlite, que deu um passo e desapareceu num portal que ela mesma abriu no chão, essa é uma habilidade exclusiva das Howlites... Abrir portais, é impressionante.

Voltamos com a ajuda de Jasper, que conhece esse lugar perfeitamente, mas quem disse que foi um sossego? Ela veio o caminho inteiro reclamando e tentando me persuadir a aceitar, mas que Gem mais chata!

Não demorou a chegarmos a entrada, e estávamos prestes a sair quando um arrepio fez meu corpo estancar na entrada enquanto as mesmas foram na frente até perceberem que eu havia parado.

-Nuummite? Por que está parada ai? – Jasper perguntou, confusa.

-Vai ver ela está com medo de descer, tem medo de altura amiga? – Dolomite riu.

-Talvez tenha se decidido – Disse Sillimanite.

Mas não era nada daquilo, era simplesmente por que meu alerta de perigo estava apitando, e o motivo provinha da minha direita, algo gritava no fundo da minha mente para ir, e eu fui, deixando-as para trás.

Corri por um corredor extenso de pedra por entre os galhos, subindo uma longa escadaria até ouvir um choro, e quando consegui alcançar encontrei um tipo de observatório feito num galho, onde uma Gem chorava e era amparada por outra.

Era uma Axinite e uma Apophyllite.

Axinite, que chorava, era mediana, esbelta e muito bonita, com a pele clara e os cabelos e olhos cor de creme. Sua pedra ficava na nuca e era em formato de gota. Ela vestia um simples moletom, por baixo vestia uma camisa polo branca e calças vermelhas.

Ela chorava desesperadamente.

Apophyllite já era um pouco maior, com o corpo proporcional e não muito volumoso, sua pele era verde clara e seus cabelos loiros, lisos e cheios de volume, presos em uma trança alta que se dividia em duas. Sua pedra ficava no antebraço e era em formato de losango. Ela usava um sobre-tudo sem mangas até o chão, que mais parecia um vestido, da cor azul-marinho escuro, e um cachecol alto azul bebê.

-O que aconteceu? – Perguntei.

-Ela veio correndo da floresta, pulou direto pra cá e começou a chorar e pedir ajuda desesperadamente – Apophyllite explicou.

Eu me aproximei, e isso a assustou. O que quer que tenha sido realmente assustou essa Gem... Da pra sentir o pavor emanando de seu corpo.

-O que houve? – Perguntei, tanto para a Gem em prantos quanto para que tentava ajudar.

-Eu não sei, ela não consegue falar.

Pressionei os lábios em desgosto, tenho péssimos pressentimentos sobre isso, o que me obriga a fazer.

-Desculpe, mas vou ter que entrar nas lembranças dela... – Falei séria.

Essa é uma habilidade em comum para as Nuummites, eu posso entrar na memória de qualquer Gem e até de seres humanos, e descobrir tudo sobre o passado dessa pessoa, mas eu evito usar por direito a privacidade.

Entretanto essa situação é emergencial.

Respirei fundo e segurei o rosto de Axinite, fazendo-a se apavorar, e olhei fundo em seus olhos molhados de lágrimas.

Foi tudo rápido como a luz.

Eu vi sua memória mais recente, a de um ataque... Ela passeava pela floresta acompanhada de outra Axinite, sua amiga, quando de repente... O VULTO. Aquela coisa pulou das árvores, contorcendo-se como se estivesse tendo convulsões, parecia desforme, distorcido... A pedra tinha aquele brilho entranho e estava na testa...

As duas se assustaram e se prepararam para lutar, mas não tiveram chance, aquela coisa... Aquilo não era uma Gem, era apavorante... Aquilo... Destruiu a forma física da amiga dela... Mastigou a pedra como um chiclete e a cuspiu numa forma que eu nunca havia visto na minha vida toda...

Axinite correu e conseguiu escapar daquela coisa e veio parar aqui...

Quando sai das lembranças de Axinite ela voltou a chorar desesperadamente e Apophyllite me olhou confusa, esperando uma resposta.

Eu fiquei estática por alguns instantes, tentando entender o que havia acontecido.

-... Temos que-!

Nem deu tempo... Quando olhei finalmente para frente eu vi... Aquela coisa estava pendurada a janela, o manto negro, o corpo deformado, parecia uma Gem, mas com certeza estava longe de ser... Uma pedra retorcida e com brilho horroroso, babando um líquido escuro pelo que parecia ser uma boca enorme com dentes gigantes que se espalhavam até pelo seu céu da boca, pele cinzenta cheia de espinhos e buracos, poucos e quebradiços cabelos e pelos negros e brancos.

O que quer que fosse aquela coisa... Tinha os olhos mais aterrorizantes e horríveis que eu já tinha visto... E com aquelas mãos, donas das maiores garras que podem existir, ela pegou Axinite pelo pescoço.

Apophyllite tentou impedir, mas o susto foi tamanho que nem e nem ela tivemos reação para ajudar, aquela coisa pufou Axinite e fez a mesma coisa que a outra, mastigou e cuspiu a pedra dela.

Depois eu só a ouvi rosnar e olhar para nós...

Era a nossa vez...


Notas Finais


Espero mesmo que tenham gostado!
Comentem ai, por favoooor!!!
Obrithenks por ler!


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