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História Cuida que o Filho é Teu! - Capítulo 19 - O que você espera de mim?


Escrita por: Lucinha_silva

Notas do Autor


Olá!! Sejam bem vindos a mais um capítulo, espero que seu corações estejam preparados porque hoje a estrela do capítulo é o nosso casal IwaOi.

282 FAVORITOS???? Vocês são demais!! A história está cada vez mais perto do fim, meu coração já está com saudade!

Espero que tenham uma ótima leitura e até o próximo capítulo <3

Capítulo 21 - Capítulo 19 - O que você espera de mim?


Fanfic / Fanfiction Cuida que o Filho é Teu! - Capítulo 19 - O que você espera de mim?

Capítulo 19 – O que você espera de mim?

 

Sasuke dormia tranquilamente no carrinho ao lado de Oikawa.

Shoyo chegaria mais tarde naquela noite devido ao treino e Tobio estava preso em uma reunião com Hajime, porém, ficar sozinho com aquele bebê não era nenhum problema para Tooru na verdade aquela era uma ótima oportunidade para ele testar suas habilidades paternais.

E como o esperado, ele estava indo super bem naquilo, o acastanhando estava pronto para se tornar pai ao lado do seu Iwa-chan.

Observando o sobrinho, Oikawa sentiu muito orgulho do seu irmão caçula. Kageyama de fato era um pai e aquilo não era nenhuma surpresa, Kageyama Fuyuki era um ótimo pai tanto para o filho quanto para si, Tooru nunca ia esquecer como seu padrasto se ofereceu para leva-lo ao altar com um enorme sorriso rosto.

Faziam apenas quatro anos que ele havia morrido e só a mínima lembrança de seu padrasto traziam lágrimas aos seus olhos.

Se Tobio era um bom pai por causa de Fuyuki, ele seria um péssimo pai por causa de Oikawa Shiro?

Seu relacionamento com seu pai era de longe um dos mais mal resolvidos que tinha em sua vida – mesmo que amasse profundamente Shiro, existia uma enorme barreira entre os dois – quando se assumiu aos quinze anos, a reação que recebeu do patriarca não poderia ter sido pior, ele só não o machucou porque Yumi, Fuyuki e Tobio o impediram, sem contar que Hajime teve que ser segurado por seu pai para não acabar se envolvendo em uma briga com o sogro.

Demorou muito tempo para que a imagem do Oikawa dizendo como se arrependia por ser seu pai e de ter o colocado no mundo saísse de sua mente. Os dois não se falaram durante meses até que um dia, durante um encontro com Iwaizumi, o telefone de Tooru tocou e era Shiro perguntando se ele havia decidido o que faria depois do ensino médio.

Não houve um pedido de desculpas ou então uma simples pergunta se ele estava bem, o homem apenas decidiu ignorar tudo o que havia acontecido entre os dois, como se isso pudesse apagar todas as noites em que Oikawa acordou gritando por causa de um pesadelo com o pai.

Yumi disse que aquela era a melhor maneira que seu ex-marido tinha achado para aceitar tudo, porém, Tooru sabia muito bem que esse não era o caso. Seu pai tinha escolhido ignorar quem de fato era para poder amá-lo, como essa poderia ser a melhor escolha?

Foi no dia de seu casamento, quando seu pai nem ao menos se deu ao trabalho de responder o convite, que Oikawa entendeu que aquela era a decisão que Shiro tinha tomado e se esse era o final da história, ele preferia não ter mais nenhum contato com seu patriarca.

Nunca faltou amor da parte de Yumi para consigo, a família de Hajime o tratava como se fosse mais um filho, Tobio apesar do seu jeito estranho de demonstrar sentimentos também o amava. Agora com Shoyo e Sasuke em sua vida, ele sentia ainda mais amor.

Seu coração deveria estar completo, mas algo faltava.

Tooru estava pronto para começar a lavar as mamadeiras do sobrinho quando a campainha de sua casa tocou.

- Será que o Chibi-chan já chegou? – o acastanhado perguntou para si e abriu a porta. Estava pronto para dar um longo discurso como o ruivo deveria aprender a passar algumas horas sem o filho quando seu o olhar cruzou com a da pessoa em sua frente.

- Oi Tooru – a voz que não ouvia há tantos anos ecoou por seus ouvidos – eu trouxe pão de leite, você gostava disso quando era criança, não era?

O corpo de Oikawa pareceu estar congelado, a última vez que tinha ficado sozinho com seu pai quase havia sido espancado, os gritos que deu naquela noite pareciam inundar sua mente.

- O que você está fazendo aqui? – sua voz saiu mais baixa e trêmula do que o normal – como descobriu onde eu morava?

- Eu perguntei para sua mãe – Shiro responde também baixo – eu vim conversar com você, posso entrar?

- Não – Tooru diz rapidamente – eu não estou sozinho em casa, não quero acordar o bebê.

- Bebê? – o patriarca pergunta com os olhos arregalados – você tem um filho? Eu sou avô?

Soltando uma fraca risada, Oikawa balança a cabeça em negação.

- Você está brincando comigo, não é? Sasuke não é o meu filho e mesmo se eu tivesse um, você nunca seria o avô dele. Para ser avô tem que ser pai e você deixou bem claro que ser meu pai era uma grande decepção para você.

- Tooru, eu vim concertar meu erro – Shiro tenta segurar a mão do filho, mas o acastanhado se afasta – por favor, vamos conversar.

- O que você espera de mim? – Oikawa questiona elevando a voz deixando algumas lágrimas descerem por seu rosto – você some da minha vida por anos, ignora tudo o que aconteceu entre nós, não se dá o trabalho de comparecer no casamento do seu próprio filho e agora, do nada, você quer conversar? Isso é algum tipo de piada?

- Meu filho, por favor, me escute.

- Eu já entendi o que está acontecendo, você está morrendo, não é isso? – Tooru pergunta segurando a porta com força – veio aqui esperando algum alivio de consciência, se era isso que você esperava, por favor vá embora.

- Eu não estou morrendo, eu apenas quero falar com você – Shiro responde quase desesperado – eu sinto tanto a sua falta, meu filho, sei que cometi muitos erros no passado, mas por favor se há alguma parte de você que sente a minha falta, me dê uma chance para tentar reatar nosso laço.

Oikawa chorava encarando o chão, em sua cabeça passava flashs das inúmeras vezes que seu pai havia gritado consigo, de como seu corpo havia sido empurrado com força e como ele havia ido embora sem nem olhar para trás.

Ele não sabia o que fazer, mas uma coisa era certa, aquele homem não entraria em sua casa.

- Como eu disse, não estou sozinho em casa e não quero que o meu sobrinho fique tão perto de alguém como você – a dor, o ressentimento e a raiva eram óbvios na voz de Tooru – eu não tenho nada para falar com você e nem quero ouvir nada agora, por isso vá embora, nós dois sabemos que não é a primeira vez que você irá fazer isso.

A boca do mais velho abriu e fechou, não sabia o que falar especialmente quando tudo o que tinha ouvido estava certo. Assentindo, ele entregou o pacote com pães para o filho e foi embora, assim que seu pai sumiu do seu campo de visão, Oikawa fechou a porta com força e começou a chorar, com o barulho alto Sasuke acordou assustado.

- Me desculpe Sasuke-chan, o titio não queria te assustar – o acastanhado falou aninhando o sonho em seu peito – me perdoe, Sasuke.

Pegando o telefone deixado em cima do sofá, Tooru fez uma ligação.

- Tooru? O que aconteceu?

- Você pode vim para casa agora? Eu preciso de você.

- Não diga mais nada, estou indo agora mesmo.

Quando o telefone de Tobio tocou e ele viu o nome do irmão seu coração logo estranhou, será que algo havia acontecido com Sasuke? Contudo, ao ouvir o choro vindo de Oikawa seu coração apertou, seu irmão era dramático, mas Kageyama sabia muito bem quando ele estava machucado.

E Tooru parecia estar dilacerado.

Catando as coisas mais rápido que conseguiu o moreno foi em direção a sala do cunhado, bastou mencionar o nome do irmão para que Hajime levantasse com rapidez da cadeira e pegasse as chaves do carro para que fossem ao encontro do acastanhado.

- Ele te falou o que aconteceu? – Iwaizumi pergunta apertando o volante.

- Não, apenas pediu para que fosse para casa – Kageyama responde encarando o cunhado – se você continuar apertando desse jeito vai acabar arrancando o volante, se acalme antes que você nos mate.

- Como você pode me pedir uma coisa dessas? – Hajime fala irritado – se fosse Shoyo te ligando desesperado com certeza você já teria movido céus e terra para o encontra-lo, Tooru é o meu marido, a pessoa mais importante do mundo pra mim, se ele estiver em perigo e eu não poder salvá-lo nunca poderei me perdoar.

Tobio sempre soube como seu irmão amava Iwaizumi, ele só nunca tinha parado para pensar no quanto aquele homem amava Oikawa.

O coração do homem ao seu lado batia exclusivamente por Oikawa Tooru.

- Você tem razão, desculpa – o moreno diz virando sua atenção ao trânsito em sua frente – tenho certeza que aquele cabeça oca vai estar bem, apenas dirija com cuidado porque se ele descobrir que eu deixei o precioso Iwa-chan se machucar ele mesmo me mata.

Soltando uma risada baixa, Hajime concorda.

No ritmo em que estavam não demoraram muito para chegar no apartamento onde o casal vivia, Iwaizumi estava com tanta pressa que se recusou a esperar o elevador e subiu até o oitavo andar de escada.

Quando abriu a porta de sua casa e encontrou se marido segurando Sasuke em seus braços e com os olhos inchados de tanto chorar, Hajime apenas correu ao seu encontro e o abraçou o mais forte que pode. Qualquer que seja a dor que Oikawa estava sentindo, ele queria tirar de seu corpo.

- Está tudo bem, eu estou aqui agora – Iwaizumi sussurra e Tooru voltou a chorar – nada vai te machucar, eu prometo.

Por mais que estivesse preocupado, Kageyama não sabia o que fazer para ajudar, indo ao encontro do irmão pegou seu filho e deu um selinho no topo da cabeça do mais velho.

- O que aconteceu com você? – Tobio pergunta gentilmente colocando Sasuke no carrinho – está machucado? Alguém veio aqui?

- Meu pai – os olhos de Hajime e Tobio logo se arregalaram e depois suas expressões surpresas se tornaram irritadas – ele disse que queria concertar os erros do passado.

- O que aquele velho maldito tinha na cabeça? Ele é idiota ou algo assim? – o moreno de olhos azuis diz irritado

- Ele não entrou aqui né? Só de pensar em você e Sasuke sozinho com ele meu sangue ferve – Hajime fala apertando ainda mais o marido em seus braços – se ele tiver feito alguma coisa com você eu juro que vou atrás dele e dessa vez ninguém vai me impedir.

- Lógico que não o deixei entrar aqui – Oikawa responde fungando – acho que ele está morrendo ou algo do tipo, mesmo que ele tenha negado isso não tem outra explicação pra ele ter vindo atrás de mim.

- Como ele descobriu onde é a nossa casa? – Iwaizumi pergunta curioso.

- Minha mãe contou.

- Mas puta que pariu, dona Yumi é uma boca solta mesmo – Tobio bate a mão em seu rosto – se você quiser eu posso pedir para que Ushijima fique de guarda por aqui, não vou deixar ninguém machucar meu irmão.

- Não precisa trazer seu bando pra porta da minha casa – Tooru diz se levantado do sofá – além do mais eu nem gosto do Wakatoshi.

- Você não precisa gostar, só precisa estar seguro – Kageyama insiste mais uma vez, contudo, o balançar de cabeça do cunhado faz com que ele pare de tentar – tudo bem, sem Ushijima de guarda na sua porta.

Oikawa sabia que aquela era a forma de seu irmão dizer que se importava consigo e por mais que ele apreciasse isso só tinha uma pessoa que de fato o faria se sentir seguro e essa pessoa era Iwa-chan.

Seu marido era o seu melhor amigo, seu porto seguro há tantos anos que uma vida sem a presença de Hajime ou então uma vida sem ouvir ser chamado por Kusokawa não fazia sentido para si. Tooru o amava com todo o seu coração.

Novamente a campainha tocou e Tobio marchou em direção a porta pronto para acertar quem quer fosse, porém, toda a sua pose mudou quando notou que era Hinata. O ruivo estranhou a presença do namorado e o cunhado tão mais cedo do que o esperado, entretanto, bastou olhar o rosto de Oikawa que de alguma forma tudo vez sentido.

- Tooru você está bem? – Shoyo questiona se ajoelhando em frente ao cunhado – seus olhos estão inchados, por que você chorou? Alguém morreu? Eu sinto muito.

Hinata falava tudo de uma vez só ao passo que abraçava o mais alto, aquela era primeira vez que via Oikawa em um estado como aquele e ele não poderia estar mais assustado. O que poderia ter deixado o Grande Rei daquele jeito?

- Chibi-chan, você está me sufocando – Tooru dá leve batidas nas costas do menor – ninguém morreu, só o meu pai que apareceu.

- Oikawa-sama? – o tom surpreso de Shoyo causou curiosidade nos outros – eu achei que seu pai tinha falecido, por isso que a dona Yumi se casou com o pai do Tobio, céus, me perdoa por isso.

O pequeno desespero do ruivo fez com que o acastanhado soltasse uma leve risada acalmando o coração de Kageyama e Iwaizumi, Hinata era de fato um raio de Sol ambulante.

- Meu pai não morreu, antes fosse isso – Oikawa encosta a cabeça no ombro do marido – nós não nos damos bem, passamos anos sem se ver e do nada ele apareceu. Ele não é um bom homem, mas não se preocupe eu não deixei que ele chegasse perto do Sasuke-kun.

- Eu não estou preocupado com isso, tenho certeza que quando Sasuke está ao seu lado ele não corre nenhum perigo – o ruivo responde com um sorriso no rosto – me preocupo com você. Não sei qual é a história entre vocês dois e nem preciso saber, tudo o que eu quero é que fique bem.

- Não vai me dizer que eu deveria encontrar com ele?

- Claro que não, isso é uma escolha sua – Shoyo balança a cabeça em negação – se eu pudesse ter a chance de ver meu pai novamente, eu não perderia tempo, contudo, meu pai não é o seu pai. Só você sabe o que é melhor para você e qualquer que seja a sua decisão todos nós vamos te apoiar porque amamos o nosso Grande Rei.

- É quase inacreditável que um raio de Sol igual a ele namora com você – Hajime comenta rindo e Tobio revira os olhos – obrigada Shoyo.

Oikawa dá um forte abraço no cunhado e quando Sasuke resmunga no carrinho, Kageyama chama o namorado para que eles possam ir para casa.

- Qualquer coisa me liga – Tobio diz para o irmão que assente – é sério, eu posso vim qualquer hora.

- Tenho certeza que o Hajime-san vai cuidar do Tooru, meu bem – Hinata fala rindo empurrando o carrinho do filho – até amanhã gente.

- Até – os anfitriões falam juntos – você já tomou banho? Posso prepa—

Iwaizumi é interrompido por um forte abraço do marido.

- Tooru? O que foi?

- Eu nunca vou ser como ele – Oikawa fala com voz abafada por estar com o rosto na curva do pescoço do outro – eu prometo que vou ser um bom pai para o nosso filho ou nossa filha. Vou amar nosso bebê com todo o meu coração, eu prometo.

- Eu sei disso meu amor – Hajime acaricia o rosto do marido – eu não tenho um pingo de dúvidas que você vai ser o melhor pai do mundo. Eu acredito em você.

Com um sorriso no rosto, os dois sobem para o quarto, Iwaizumi logo se prontificou para preparar um banho de banheira para o amado. Fazia um bom tempo que não dividiam um banho e o moreno achou que aquele era o momento perfeito para retomar a velha prática.

Quando enfim resolveram sair – apenas depois que notaram que seus dedos já estavam enrugados – Hajime fez questão de aninhar Oikawa em seu peito, sabia que tinha uma grande chance de que o acastanhado tivesse pesadelo naquela noite e ele queria que o outro tivesse certeza que de que ele estava ao seu lado.

- Haji? – a voz baixa de Tooru chamou a atenção do marido.

- Pode falar – o moreno responde acariciando o cabelo do outro.

- Eu quero ter um filho – os olhos em expectativa de Oikawa encarava o sorriso de Iwaizumi – eu estou pronto, quero que nossa família cresça.

- Eu também quero meu amor – Hajime responde sem parar com o carinho – estou louco para ter um mini Oikawa correndo pela casa.

- E eu quero um mini Iwa-chan para pôr ordem em tudo – Tooru diz rindo – nós podemos ir no orfanato amanhã?

- Com certeza, mas agora descanse.

- Estou com medo de ter um pesadelo – Oikawa abraça o marido com força – não sei o que vai aparecer dessa vez.

- Apareça o que for, eu estarei do seu lado – Iwaizumi responde com um terno sorriso – não vou pra lugar nenhum.

- Eu te amo Iwa-chan.

- Eu te amo Kusokawa.

Naquela noite Oikawa dormiu tranquilamente nos braços do amor da sua vida.


Notas Finais


Próximo Capítulo: O Último Pedido

Então meus anjos, eu comecei a preparar o roteiro dos próximos extras, tem algum casal que vocês acham que merece um capítulo só para eles? Tem algo que vocês querem ver do nosso Sasuke lindo e maravilhoso? Me contem e eu vou dar o meu melhor para tentar trazer todos os pedidos.

Mil beijos.


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