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História Culpada - Capítulo XV


Escrita por: opsreh

Capítulo 15 - Capítulo XV


Fanfic / Fanfiction Culpada - Capítulo XV

Fui praticamente jogada dentro de uma sala que acredito ser de interrogatório, Vivian passou as algemas que prendiam minhas mãos nas costas para frente e me sentou na cadeira dura e gelada. Eu não sabia o que estava acontecendo, não sabia o que tinha que sentir, não sabia de nada, e isso me deixava completamente confusa e desnorteada. Minha irmã estava em casa, Harry tinha saído cedo, e eu apenas me encontrava em mais um completo caos.

- Quero saber o porquê de eu estar aqui - disse baixo encarando uma Vivian brava, nunca tinha a visto assim, sabia que me odiava, mas não ao ponto de querer me matar com aquele olhar.

- É melhor falar na presença do seu advogado, queridinha.

- Disse que tenho direito à uma ligação - eu precisava da ajuda de alguém, claramente era um completo engano.

- Antes de você fazer sua ligação especial, você vai me escutar - olhei em seus olhos e esperei que falasse - Posso ser uma pessoa cética de vez em quando, Olívia, mas uma coisa que eu não deixo de acreditar é na minha intuição e olha - riu - Ela não falha. Sabia que você não era esse anjo todo que fazia as pessoas gostarem de você e te acharem linda e boazinha. Pelo amor, sabia que não poderia ser perfeita desse jeito. Você tirou a pessoa que eu amava, voce o manipulou, você matou sua própria família e esperava que a gente não descobrisse essa merda? Mas eu sempre suspeitei que você pudesse ser uma perversa - ela bateu suas mãos na mesa e chegou perto de meu rosto - Eu vou fazer você passar o resto da sua vida na cadeia, Anderson, não sabe o quanto de poder eu tenho em destruir e castigar as pessoas ruins que aparecem nesse mundo e você não vai ser excessão, vou garantir que a sua vida vire um inferno, se acredita em Deus, acho Melhor começar a rezar agora. E tente pelo menos ligar pra uma pessoa certa, implorar ajuda para o namoradinho não vai te ajudar em nada - a porta foi fechada com força e um bolo na garganta se instalou na mesma hora.

Mas que porra essa mulher estava falando?

Algemada em uma sala de interrogatório e ninguém veio falar comigo depois que ela saiu, tinha um telefone em cima da mesa, eu poderia ligar agora, sei que era apenas uma chance, e também sabia que estavam me vigiando por trás do grande espelho que tinha na frente de onde eu estava sentada. Mas pra quem eu ligaria? Harry já devia estar vindo pra cá, ele trabalha aqui, é óbvio que já estava sabendo do que estava acontecendo, Alex saberia por Harry, e se eu estava sendo acusada, precisaria de um advogado certamente, mesmo não podendo pagá-lo.

- Alô? - a voz do outro lado disse assim que disquei seu número e chamou duas vezes - Tem alguém na linha?

- É a Olívia.

- Olivia? Aconteceu alguma coisa, está tudo bem? - sua voz era de preocupação e desesperada.

- Preciso de sua ajuda, Gemma, acho que estou encrencada - sussurrei a última parte, a irmã de Harry era advogada, eu precisava dela agora e sem hesitar fui respondida com um "Estou indo agora aí", disse onde estava e só me restava esperar.

E eu esperei, eu não sei dizer o quanto esperei, fiquei dois dias talvez esperando por alguém, a sala escura com apenas uma lâmpada direcionada pra mesa me fazia pensar que poderia ser menos ou mais horas que estaria ali. Fui servida com todas as refeições e água, lógico que comi, mas com dificuldade, minhas mãos continuavam presas. Meus pulsos estavam ardendo, estavam extremamente vermelhos e o cansaço bateu intensamente.

- Olivia Davis Anderson, vinte e um anos, nascida no Texas - Detetive James Harrison entrou com uma pasta arquivo. Depois de muito tempo, pude escutar a voz de alguém, Harrison era um detetive que não conhecia muito bem - Matou a própria família, acusação de triplo homicídio - o nó garganta se instalava de novo, mas eu queria todas as respostas e não conseguia chorar por isso. Eu precisava entender o que aquilo significava e porque vim parar aqui.

- Podemos começar? - perguntou outro senhor, aparentava ter a mesma idade que James.

- Eu não fiz nada - sussurrei.

- Só responda o que perguntarmos, Senhorita Anderson - me limitei em apenas concordar, o senhor havia sido rude o suficiente pra eu entender que tudo poderia ser pior.

- Onde estava na noite do dia 07 de Fevereiro, às onze e cinquenta e sete?

- Eu estava correndo, tinha um tempo que eu corria em algumas quadras perto de casa, andava estressada com o trabalho e resolvi incluir isso em minha rotina - dei de ombros.

- Alguém pode confirmar isso?

- Não sei, talvez Alex possa, alguns vizinhos...

- Tudo bem, disse que escutou quatro disparos e correu pra casa - concordei - Viu alguém por perto que pudesse ser suspeito?

- Já respondi essas perguntas, Detetive, se puder olhar meu relatório... - isso de novo não, essas perguntas de novo não, eu não iria conseguir responder nada, não poderia viver tudo isso novamente em minha cabeça.

- A diferença entre seu primeiro relatório e esse, Anderson, é que agora você está sendo acusada e se puder colaborar com a polícia, com certeza isso dará um benefício no julgamento.

- Julgamento? Acusação? Mas o que está acontecendo? Por que eu estou sendo acusada? - me exaltei - Eu fui algemada no meio de um monte de gente, fui deixada aqui por horas ou dias, ninguém falou nada comigo, só falou de acusação, e eu estou tendo que responder perguntas que já foram respondidas e vocês continuam não me falando nada! - eu praticamente gritava com os dois que me observavam sem paciência - Só quero saber o porquê disso estar acontecendo.

- Daremos um tempo pra você pensar no que vai responder pra gente, Olivia e recomeçaremos o interrogatório - os dois senhores se levantaram e saírem por aquela porta.

Duas horas que eu estava aqui, novamente sem respostas, ninguém passava por aquela porta, estava começando a me irritar, era uma pegadinha? Isso é tão injusto. Não tinha ninguém ali, ninguém por mim, nem uma ligação, nem um rosto pra me confortar e dizer que está tudo bem, que isso tudo é um engano ou que passa de uma brincadeira de mau gosto. E com esses pensamentos, vi ele entrando e parando na minha frente. Soltei um suspiro longo de alívio.

- Por que demorou tanto pra vir?

- Você é a porra de uma psicopata de merda - suas palavras foi como um disparo em meu coração, fiquei sem palavras apenas o encarando esperando que ele fosse rir, olhei para os lados pra saber que ele estava falando com alguém, era comigo, Harry estava falando comigo.

- Harry... O que está acontecendo? - eu já senti muita dor ultimamente, mas medo é pavoroso demais.

- Como você pode, Anderson? Como teve coragem? Acho que tô fazendo a pergunta errada, na verdade, até porque não deve sentir nada por ninguém de verdade, é uma vadia falsa que só pensa em você mesma, que usa as pessoas, que é capaz de manipular e fazer tudo isso pra se beneficiar de alguma forma que eu não faço a mínima ideia- ele cuspia as palavras pra cima de mim, minha respiração começou a ficar pesada, não posso ter uma crise de ansiedade agora - Porra, Olivia - bateu sua mãos na mesa e atirou o telefone pra longe o quebrando com o impacto que bateu na parede.

- Para Harry - Gemma entrou na sala, vestia um terno preto e me encarou dando um breve sorriso - Se for pra ter um ataque, vou te mandar pra fora dessa sala agora!

- Estou falando o que ela deveria escutar - riu sarcasticamente. Estou tão surpresa com toda a situação e sua atitude sobre mim que não conseguia ter qualquer tipo de reação.

- Harry, você é meu irmão, mas consegue ser um tremendo otário quando quer. Não adianta ficar estourando pra cima da sua namorada por coisas que você ouviu da boca de alguém.

- Não ouvi da boca de ninguém - ele me olhou e senti uma onda de calafrios com a frieza que o mesmo me olhava - Eu vi as provas.

- Acredita mesmo que ela fez isso? - Gemma falava mais alto dessa vez.

- Acredito na ciência, Gemma, acredito no que as evidências estão me provando - gritava perto do rosto dela.

- Prefere acreditar na ciência do que na pessoa que ama, Detetive Styles? E se estiverem erradas? - fechei meus olhos, eles tinham provas de que eu havia feito aquilo e isso deixava o cenário ainda mais perturbador - Se julga ela por ser uma assassina, por que ainda está aqui e não com sua equipe reunindo tudo pra incrimina-la? Por que veio aqui jogar as merdas que está sentindo em cima dela? - Harry ficou calado olhando pro chão - Foi o que pensei, se for pra dar mais um ataque, saia agora dessa sala, não vou deixar que você piore a situação que ela está passando porque está se doendo todo - De cabeça baixa, sem olhar pra mim novamente, Harry se encostou no canto da sala.

- Como está se sentindo? - sua irmã ficou em pé me encarando - Quer alguma coisa pra comer? Está com sede?

- Preciso que tire minhas algemas - sangue seco rodeava minhas mãos, nem sentia mais dor - Por favor.

- Está com as chaves aí? - dirigiu seu olhar ao seu irmão - Anda Harry, ela não é nenhum bicho, podemos tirar as algemas dela - seu toque enquanto abria com a chave me fez arrepiar, mas era bruto, era indiferente, eu não poderia perder mais um pessoa em minha vida, mas perdi - Obrigada - passei minhas mãos pelo pulso tentando aliviar o incômodo.

- Liv, não posso te representar - mais uma facada em meu coração - Não porque acho que você é culpada de alguma coisa, pelo contrário, mas eu não vou conseguir ver as fotos e tudo mais... Eu conhecia eles sabe, tínhamos uma relação... - consegui chorar, não era alto, mas eu precisava colocar minha angústia pra fora - Não se preocupe, já arrumei uma pessoa pra fazer isso, é um amigo e eu confio nele, estarei acompanhando seu caso de qualquer forma.

- O Frank? - Harry perguntou - Chamou o Frank?

- Agora está interessado em saber quem vai defender ela? - Gemma cruzou seus braços e ficou em uma postura imponente.

- Só estou perguntando se é o Frank, não era você quem ficava com ele antes de estar com seu namorado?

- Vou pegar algo decente pra você comer, Liv, sei que tudo aqui pode parece péssimo. Frank vai chegar logo, então não responda uma pergunta sequer sem a minha presença ou a dele - Gemma beijou minha testa e saiu da sala nos deixando sozinhos.

O silêncio que se instalou foi aterrorizante, estava com uma pessoa que não conhecia mais, não sabia o que poderia acontecer com nós dois, não queria saber, a dor de uma decepção nesse momento delicado pra mim.

- Disse pra mim que nunca me abandonaria - sabia que esse comentário chamaria a sua atenção e foi o que aconteceu, nos olhamos por um tempo até ele abrir e boca e fechar novamente como se quisesse escolher melhor as palavras pra se dirigir à mim - Me ama o suficiente pra acreditar em mim ou sempre disse que me amava até eu ser acusada de alguma coisa?

- Gemma pediu pra que não falasse até ter a presença dela ou de Frank - enfiou suas mãos no bolso e olhou para a parede.

- Não estou falando nada além da gente, Harry, mas se não consegue responder... Tudo bem, não vou esperar por mais nada a partir de agora.

- Continua aí? - Gemma retornou a sala com uma bandeja e a comida cheirava melhor do que qualquer coisa que havia sentido nas últimas horas - Já esperava por isso de você Harry, acha que ela é culpada mas ainda não terminaram a relação né? Voltarei mais tarde, Liv.

- Onde Alex está? - perguntei para Harry quando nos encontramos sozinhos novamente - Tenho o direito de saber onde está minha irmã.

- Deixei na casa de seus avós - seus olhos verdes me olhavam mais uma vez me analisando. Queria agradecer por isso, ela precisaria de alguém por perto, era muita coisa pra nossa cabeça e jamais deixaria ela sozinha nessa.

- Por que não me deu uma chance? Por que não me deixa falar com você e te acessar? - estava prestes a chorar novamente, era a única coisa que eu sabia fazer ultimamente - Por que não conversamos sobre a gente?

- Não existe a gente, Olivia, ainda não entendeu?

- Então por que ainda está aqui comigo? - desviou seu olhar do meu e endireitou sua postura - Acha mesmo que eu seria capaz de fazer isso?

- Não sei mais de nada, Olivia, a gente sempre se surpreende nos casos.

- Olha em meus olhos e diz que não acredita na minha inocência, Harry - pedi já sentindo as lágrimas escorrendo pelo meu rosto - Amor, olha em meus...

- Não me chame assim - cerrou seus dentes, um soluço saiu da minha boca - Acredito no que as provas tem a me dizer, Olivia.

O que eu fiz para merecer isso?

Pelo que me lembro, nunca fui uma pessoa de quebrar regras, leis, de ser má com as pessoas, sempre tentei ser boa, sempre tentei viver de forma certa, mas olha onde eu estou? Em um lugar completamente horrível, sendo acusada por um crime que eu jamais cometeria, mesmo sendo com pessoas que não suporto, eu não sou capaz de ferir alguém.

- Pelo que vejo, o clima não está muito bom aqui - Montorini entrou na sala - Vai ficar do lado dessa vadia ou o que? - Não suportava escutar a voz dela, cada palavra que saía fazia meu corpo se contorcer de nervoso.

- Não ouse a falar dela desse jeito - me surpreendi com sua defesa comigo - O que está fazendo aqui? Você é perita, deveria estar com sua equipe, não vindo visitar ninguém nessa sala.

- Só vim te avisar que as fotos estão prontas, Harrison deve vir interrogar ela, soube que sua irmã está aqui também - cruzou os braços - Ótimo saber da briga familiar que vocês estão tendo por ela. Te vejo mais tarde, Styles - massageei minhas têmporas com tudo o que estava acontecendo nesse dia, já tinha visto muitos rostos, já escutei muita coisa, não aguento mais um segundo a ficar com ele no mesmo ambiente.

- Boa noite, Senhorita Anderson, meu nome é Frank Gales, serei seu advogado a partir de hoje - um homem bonito e alto apareceu na porta - Boa noite, Styles, sabe que não pode ficar aqui.

- Deixa ele, Frank, ele não vai atrapalhar - Gemma entrou em seguida com dois copos de café na não - Vamos te ajudar a sair dessa.

- Sabe que pode ser um problema o Detetive escutar conversas confidenciais com a minha cliente, não é? - o advogado sentou na cadeira de frente pra mim e tirou de lá vários papéis.

- Eles são namorados - olhei pra Harry que novamente desviou seu olhar para o chão. O que mais me deixava confusa era o fato dele não negar toda vez que Gemma falava sobre nosso relacionamento, mas foi rude o suficiente comigo pra querer me fazer deixá-lo a qualquer momento.

- Problema maior ainda, Styles, um detetive barra namorado messa sala? Não confio.

- Faz o seu trabalho Gales, não se preocupe comigo - sorriu irônico - Vou garantir a segurança de vocês.

- Não quero ele aqui - fechei meus olhos e suspirei tentando controlar minha respiração e ficar menos nervosa, quando olhei para Styles, ele parecia surpreso com meu pedido - Ele não acredita em mim, não preciso de mais uma pessoa duvidando da minha palavra.

- Tudo bem, muito drama pra uma noite só, sinto muito Detetive Styles, terá que sair dessa sala agora, ou terei que tomar outras medidas? - Gemma parecia brava com o irmão e a última coisa que eu queria nesse momento era causar alguma confusão entre os dois que sempre foram muito unidos.

- Está se sentindo bem? - meu novo advogado perguntou - Posso pega uma água pra você.

- Tô bem - sorri de canto para que mostrasse para os dois que não precisavam se preocupar comigo, já estava em um poço sem saída, Harry deveria ser o menor dos meus problemas.

- Posso te chamar de Liv? - concordei - Liv... Doutora Styles me disse o que houve, pesquisei tudo sobre você e sua família, peguei toda a investigação e estudei o máximo que pude pra poder te ajudar de alguma forma. Styles me disse que era inocente - olhei pra Gemma que sorriu de forma acolhedora pra mim, é bom saber que alguém pode estar do seu lado quando precisa - Com tantas provas que eles tem, vamos precisar montar uma defesa absurda. Mas quero saber de você, a verdade, você cometeu o triplo homicídio contra sua família?

- Jamais faria isso. Era a minha família, eu tinha uma ótima relação com eles, não sei que tipo de provas podem me incriminar, eu não estava lá, mas eu já dei esse depoimento para todos e mesmo assim estou sendo acusada - respirei sentindo meu ar faltar nos pulmões - Eu sou inocente.

- Vou precisar que conte detalhe por detalhe daquela noite, tudo bem? - balancei a cabeça novamente - Mas agora, vou pedir pra que te liberem por aqui mesmo pra tomar um banho, Gemma trouxe uma muda de roupas, não vai poder votlar pra casa, eles tem arquivos suficiente pra te manter aqui - Frank se levantou me deixando sozinha com Gemma que batucava a mesa com seus dedos.

- Obrigada por estar aqui comigo, não sei o que faria se não tivesse aceitado meu pedido de ajuda - peguei em sua mão e a olhei apreensiva.

- Sabe que Harry só está confuso com tudo, não é? - dei de ombros e me encostei de novo na cadeira, já quase não sentia meu corpo de tanto tempo que passei sentada ali- Ele ainda te ama, só não sabe no que acreditar, está tendo um conflito com ele mesmo, com o que ele trabalha e com a pessoa que ele ama.

- Não quero que eu seja o motivo de uma briga entre vocês, mas também não esperava que ele fosse achar mesmo que eu não sou inocente.

- Vem, vou te levar pra tomar um banho, ser irmã de um Detetive e amiga de Lorenzo me dá privilégios, e isso quer dizer que você tem privilégios - andar pelos corredores com todos me olhando e me observando era horrível, eu conhecia cada um, e hoje, eles me vêem como uma verdadeira assassina.

- Gemma Styles, o que está fazendo? Você ficou maluca? Senhorita Anderson está presa, algemada, o que esta fazendo com ela andando por aí? - Montorini se levantou de sua cadeira e a perguntou.

- Quieta, Montorini, ela não vai sair da vista de ninguém, dou minha palavra que ela não vai sair daqui e cumprir com tudo o que mandarem - Lorenzo sussurrou algo no ouvido de Vivian que concordou relutante.

Gemma abriu a porta do escritório de Styles pra mim e o encontrei jogado no sofá de cabeça baixa, ele percebeu nossa presença e se levantou rapidamente enxugando seus olhos, parecia que estava chorando há poucos minutos atrás.

- Preciso das algemas - Gemma pediu - Trouxe ele pra um banho e trocar de roupa, provavelmente vão levar ela para uma cela temporária daqui e amanhã vai ter um interrogatório com os detetives e Frank - explicou. Harry não trocou nenhuma palavra com sua irmã, apenas obedeceu o que ela pediu e passou as algemas em meus pulsos sem apertar. Senti o toque de seus dedos sobre meu machucado, mas logo tirou suas mãos de mim.

- Harry... - sussurrei mais uma vez - Fica aqui - supliquei, mas o de olhos verdes negou.

- Na verdade, preciso de uma autoridade com a gente o tempo todo - sua irmã se pronunciou - Ela precisa de alguém a olhando a cada segundo e eu não tenho esse poder, não sei se vai querer outra pessoa a vendo tomar banho.

- Gemma...

- Faz isso por mim, Harry, eu nunca te pedi nada nesse nível e eu sei que pode fazer isso por hoje - ele a analisou e demorou para concordar com seu pedido. Trancou a porta e ficou parado encostado nela olhando para o chão enquanto sua irmã me ajudava a tirar minha roupa e a ir até o pequeno banheiro que tinha em seu escritório. Um bom banho seria a melhor coisa desses dias que havia acontecido.



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