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História Culpada - Capítulo XXIV


Escrita por: opsreh

Capítulo 24 - Capítulo XXIV


Fanfic / Fanfiction Culpada - Capítulo XXIV

- Por que não começamos o dia de hoje falando sobre seu pai? - Os dias estavam sendo difíceis pra mim, mais do que imaginava e muito mais do que já foi um dia. E Amanda Stratford não estava ajudando com o assunto sobre meu pai.

- Não quero falar disso agora - Suspirei me encostando na poltrona e ficando mais relaxada.

Hoje estava um dia frio, apesar de ser quase verão, não sei se sou eu, ou se o clima realmente está mais cinzento. Mas não sinto calor como nos outros dias, sinto aquela brisa gelada passando pelos corredores extensos e geralmente vazios nessa parte da prisão. Pode não ser um dia bom apenas, mesmo que todos os outros não tenham sido maravilhosos. E mesmo frio e com um leve vento, ainda me sinto sufocada por todos os problemas que venho enfrentando.

- Está chateada - conclui - Me conte o por quê?

- Só estou exausta de passar por tudo isso, sinto que já enlouqueci - Suspirei derrotada.

- Me conte o por quê, Anderson...

- Quando se tornou tão insistente? - cruzei meus braços e a olhei esperando uma resposta pra toda essa curiosidade sobre meus sentimentos e minha vida.

- Tenho que ser, sou sua psicóloga, preciso que fale comigo, que me conte o que está acontecendo e o que está sentindo - O meu problema é que eu não consigo confiar tanto em Amanda quanto eu deveria, pode ser bobeira, coisas da minha cabeça, mas depois de tudo... Como confiar em alguém que eu ao menos conheço? - Vamos lá, Olivia, já passamos por isso, não temos que regredir - me mostrei resistente e vi que a mesma estava perdendo um pouco a paciência comigo - Tudo bem, não precisa me falar nada, mas não me peça ajuda ou um ombro amigo quando precisar, nada do que falamos aqui até hoje são informações comprometedoras, e mesmo que fossem, tenho muita ética pra não sair falando com as pessoas sobre o que me disse. Nunca te perguntei ou induzi que me confessasse se foi você ou não que cometeu o crime. Estou aqui pra te ajudar a lidar com seus sentimentos e te fazer entender de onde eles vem.

- Ele disse que está arrependido de ter se afastado de mim e do meu irmão por tanto tempo - admiti finalmente fazendo ela suspirar em alívio e se encostar novamente em seu pequeno sofá.

- Como se sente com isso?

- Não acho que ele esteja realmente arrependido - E realmente não achava. Meu pai costumava ser uma pessoa maravilhosa, era nosso herói, eu e Nick admirávamos tanto ele que nossos olhos chegavam a brilhar, mas isso não mudou quando ele foi embora, mudou quando ele foi pra longe depois de uns anos e não nos procurou mais. Nos sentimos sem valor, menos importantes, porque foi isso que ele deixou parecer - É fácil demais se arrepender de seus atos quando seu filho está morto e sua filha está presa.

- O que sente exatamente? Raiva, mágoa, rancor...

- Ando sentindo muitas coisas ultimamente, mas por ele... Somente coisas ruins, e eu sei que isso me atinge muito mais do que atinge ele de fato, só não consigo ter sentimentos bons por ele - dou de ombros.

- Isso é totalmente normal diante de tudo o que aconteceu, você pode sentir isso e está tudo bem. Você não se torna uma pessoa ruim, está triste e com raiva pelo abandono dele com vocês e sente que agora está se aproximando por falso arrependimento. Mas não deixe isso te consumir, Olivia, ele fez isso e ele é culpado por você estar sentindo isso. Se não quer que ele faça mais parte da sua vida, diga, e não se culpe por não querer mais ele perto de você.

Bati a porta quando saí da sala de Stratford, falar do meu pai não me traz nenhum conforto, só me deixa mais irritada com tudo. Fico pensando se nossa vida tivesse sido diferente se ele não tivesse nos deixado, minha mãe poderia ter um tempo pra descansar ao invés de se matar pra trabalhar e sustentar a gente e aquela casa. Austin sempre foi maravilhoso, não posso negar, mas ele também não era um cara de tantas riquezas, trabalhava duro tanto quanto a mamãe pra manter nosso padrão de vida o melhor possível e ainda dar tudo para Alex.

- Pra onde vai tão apressadinha, Detenta? - um dos policiais esquisitões me parou no meio do corredor.

- O que disse? - perguntei confusa olhando para o homem que aparentava ter meia idade.

- Perguntei pra onde você vai, Detenta, está surda ou o que? - recuei um pouco com o tom de voz que ele usou comigo - E agora perdeu a língua?

- Estava indo para o refeitório - disse baixo enquanto dava uns passos pra trás - Algum problema?

- Acho que podemos nos divertir um pouco - seu sorriso me deu arrepios, não sabia onde aquilo iria chegar, sempre achei esse o cara mais esquisito de toda a cadeia - É a namorada do Detetive Styles, não é? - riu alto - Que piada! Uma detenta namorando um cara da polícia, não poderia imaginar que eu poderia me divertir tanto.

- Não estou entendendo o que está falando, se me der licença, estou seguindo para o refeitório - tentei passar pelo mesmo que segurou em meu braço, consegui sentir seu hálito quente em minha bochecha e o nervoso começou a me atingir com força.

- Onde pensa que vai? Disse que poderia me divertir um pouco.

- Larga ela, Barton, ou eu corto as suas bolas e esmago o que quer que você tenha entre essas imundas pernas - Suspirei aliviada ao escutar a voz de Rachel, mesmo que não goste dela e seja uma maluca psicopata, escutar a voz de alguém é bom, não sei o que poderia ter acontecido se eu e o cara estranho estivéssemos sozinhos.

Depois de ter passado pelos dois e continuado minha caminhada até o refeitório, pude parar pra respirar fundo, mais alguma coisa acontecendo na minha vida não iria aguentar. Estar em uma prisão não é só ter que conviver com várias detentas violentas ou policiais escrotos que nos tratam como lixo, mas nossa mente também fica aprisionada e tudo em que você pensa é na vida lá fora. Chega a ser engraçado onde minha vida deixou eu parar, até um mês atrás eu era uma garota normal do interior que se apaixonou pelo melhor amigo e ainda morava com os pais.

Hoje, sou a louca que veio parar na cadeia e que ninguém acredita que sou inocente, tirando meu querido namorado que além de ser Detetive e estar me metendo em encrencas, me ignorou por todo o meu julgamento. Eu não tinha ninguém, também não tive ele. É difícil ser machucada pela pessoa que ama, pior ainda quando tudo aconteceu com minha família. Já me disseram que o amor pode doer e machucar às vezes, não sabia que poderia ser tanto. Ainda não sei como me sentir de verdade em relação ao Harry, mesmo o amando, sinto que noventa e nove por cento de mim não o perdoou e não sei quando isso vai acontecer ou se um dia eu serei capaz disso.

- Garota Anderson - olhei pra trás vendo Rachel se aproximar - Sabe que só porque livrei sua cara daquele imundo desgraçado que tenha sido de graça...

- Não consegue fazer uma boa ação sem nem esperar algo em troca, Rachel? Sério mesmo?

- A lei aqui dentro não é a mesma que lá de fora, já tinha que ter se acostumado - se encostou na parede me olhando sorrindo - A moeda de troca aqui são favores, precisamos sobreviver, garota!

- Não te pedi pra fazer um favor pra mim, então não te devo nada - já estava irritada com aquela conversa.

- Acontece que as coisas aqui são bem diferentes, Anderson - sua mão passou pelos meus cabelos e colocou uma mecha atrás da minha orelha - Voce me deve, e não esperava que fosse fazer um favor pra mim tão cedo.

- O que quer?

- Sei que não vai se encrencar com qualquer coisa, seu namorado é policial, você é a laranja perfeita aqui dentro.

- Não, eu não posso ficar carregando drogas por aí, eu sou inocente de um crime de assassinato, não posso me comprometer com coisa errada aqui dentro.

- Preciso que pegue algumas drogas na biblioteca sem que ninguém perceba, não é algo tão difícil assim, sei que consegue.

- Não mesmo, meu processo está sendo aberto e investigado de novo, não posso pensar em fazer qualquer coisa que me prejudique ou que me faça parecer uma criminosa de verdade. Sinto muito, Rachel, não vai rolar - assim que fui saindo, senti sua mão agarrar o meu braço com força me fazendo dar um passo pra trás pra me equilibrar.

- Você é uma criminosa, mesmo que seja inocente, já está aqui dentro, o que muda isso, hein? - falava baixo em meu ouvido, seu tom era um tanto quanto ameaçador - Sabe muito bem que ordens minhas que não são cumpridas tem um preço a se pagar, e eu juro, Anderson, juro pela porra do Deus que você acreditar, que eu quebro a sua cara bonitinha. Acredita em Deus? Eu sou o Diabo.

- Não tenho medo de você - sussurrei sem virar meu rosto para olhá-la.

- Então não me faça mostrar quão perigosa eu sou, porque se você quiser... Eu posso fuder com sua vida, e reze pra sair daqui, porque se não sair... Ah, Anderson, só não te mato porque te torturar até seu último suspiro vai ser a melhor coisa na minha vida.

Não queria testar a paciência de Rachel quanto ao que estou devendo um favor que não pedi pra que ela fizesse. Mas antes de decidir se eu queria ver o que era o inferno, me sentei na cama e pensei no que mais valia a pena, e a única razão pela qual estou indo pagar minha dívida é pelo simples fato de não deixar com que a esperança de sair deste lugar me iluda.

- O que você quer, Anderson? - Camille, uma das detentas que andava praticamente grudada com Rachel, me perguntou assim que cheguei na biblioteca.

- Rachel vive cobrando favores e ela não te falou nada? - cruzei meus braços esperando uma resposta.

- Se acha espertinha demais, não é Olivia? Sorte sua que hoje estou de bom humor - seus dentes amarelos sorriram pra mim e tive que esconder minha cara de nojo.

- Me dá logo isso pra eu acabar de vez com essa situação - apressei.

- Tá aqui - era um pequeno saco com cocaína dentro, nem me pergunto como sei que é.

- Pra quem é?

- Sammie Banks, pra quem mais seria? Aquela garota cheira a cocaína de longe - riu. Olhei para o pequeno saquinho em minha mão e o guardei antes que alguém visse alguma coisa.

Meu caminho de volta até meu destino foi tão longo que parecia que eu não ia chegar nunca onde precisava. Tinha que tomar uma decisão sobre isso, se eu realmente iria participar do vício que Sammie se encontrava e eu nem imaginava, mas agora, tudo faz sentido.

- E aí, gata, qual a boa pra hoje? - me sentei na cama em que ela estava e suspirei de forma profunda - O que houve, Liv?

- Nunca me contou que usava drogas.

- Preciso? Acho que todo mundo já sabe disso, porra - riu e continuei a olhando sério.

- O que você dá em troca por essas merdas, Sammie? Sabe que a Rachel pode te matar se você tiver devendo...

- Que chato, mãe - revirou os olhos - Só tem um jeito de viver aqui dento - apontou pra sua cabeça - E eu vivi muito bem quando tô chapada, gata.

- Não vou ser mais uma responsável por isso.

- O que quer dizer com isso?

- Rachel me pediu pra pegar umas drogas na biblioteca e soube agora que são pra você, não vou te dar, Sammie, não quero ser responsável pelo seu vício só porque aquela mulher quer viver no poder de qualquer forma - saí andando e escutei os passos da minha amiga vindo rapidamente até mim.

- Calma aí, você tá com minhas drogas aí?

- Foi o que eu disse.

- Isso não é pro meu uso, Olivia, eu preciso delas agora, preciso que me entregue isso - olhei para trás vendo seu rosto desesperado.

- E são para o que?

- Não posso te contar - Suspirei e continuei andando para meu destino - Liv, se você não me entregar agora, a Rachel vai ter motivos pra me matar e te matar também, preciso que me dê elas agora - continuei andando até ela me parar e me virar pra ela - Gata, preciso que me dê isso. Vou ver meu advogado barra traficante hoje e eu preciso que ele entregue isso pro homem dela, isso não é só cocaína, isso é a melhor cocaína do país e eu preciso que faça isso por mim.

- Acha mesmo que vou acreditar nisso?

- Liv... - Andei até o banheiro e parei em frente a pia me encarando no espelho, olha até onde cheguei aqui, tô com drogas na mão e escutando uma viciada dando desculpas pra ter isso em mãos - O que vai fazer? - Não pensei duas vezes em despachar aquela coisa por água abaixo, fui direto para o vaso e despejei o saquinho rezando para não entupir - MAS QUE PORRA, OLIVIA, você acabou de matar a gente, Rachel vai matar a gente.

- E por qual motivo eu vou ter a honra de matar vocês duas? - olhei para Sammie que tinha desespero em seus olhos - Fizeram alguma merda, não foi?

- Rachel, eu posso explicar - minha amiga começou a gaguejar.

- Primeiro quero saber se Anderson conseguiu realizar o favor que eu pedi, porque não era tão difícil - sorriu.

- E sobre isso - Sammie dispôs a falar novamente - Prometo que vou pagar tudo.

- Não estou entendendo, onde estão as minhas drogas? - eu conseguia sentir o corpo de Rachel quente de raiva mesmo que estivéssemos a metros de distância - Não pensei que você fosse tão burra e não conseguiria entregar um pacotinho das minhas drogas, Anderson - seu hálito quente batia contra a minha pele enquanto eu tentava não deixar óbvio meu medo por ter achado que aquilo seria realmente para o uso de Sammie, na verdade, era algo bem maior do que temia.

- Quebra logo ela de porrada, Rachel - uma de suas garotas gritou da porta do banheiro.

- Sinto muito que eu vou ter que estragar sua carinha bonita, Olivia. Tenho uma condição pra não te matar - a olhei receosa mas continuei calada - Me paga tudo o que você jogou naquele vaso e vocês duas não estarão me devendo nada, por enquanto, mas eu vou precisar machucar vocês, não posso deixar as duas saírem aqui de dentro sem um arranhão.

- Ela vai pagar - Sammie sussurrou - Dou minha vida por isso - Depois só sentir ser arrastada pelo cabelo até a pia do banheiro e minha cabeça sendo chocada contra o espelho. Meu rosto ficou quente e consegui por um segundo ver o quanto de sangue escorria antes de apagar no chão.



HARRY STYLES


Câmeras... É o que estou procurando neste exato momento, mas parece que ninguém nesse bairro tem câmeras na porta de suas casas. É por isso que na investigação não tem nada arquivado no caso sobre as câmeras, não as vejo de qualquer maneira. Harrison conseguiu os documentos para meu acesso em qualquer câmera que pudesse ajudar na investigação, e aqui vou eu de novo andar pelas ruas ao redor procurando algum indício, espero que a sorte esteja do meu lado e que a vida seja boa de alguma forma com Olivia.

As ruas parecem vazias depois dessa tragédia com a família Anderson. Pode ser coisa da minha cabeça, mas esse bairro não parece ser mais tão interessante quanto eu achava quando conheci Olívia, penso que ela poderia ser a razão por toda a beleza que eu via nesse lugar, agora que ela não tá mais aqui e aquela casa deixa lembranças horrendas, não faz mais sentido ser feliz neste lugar.

Engraçado como tudo pode mudar de uma hora para a outra, era fácil imaginar meu futuro com Liv aqui, numa casa boa com um quintal grande e com grama verde, eu continuaria com meu emprego, ela estudaria no que sempre sonhou, viajaríamos para conhecer todos os lugares lindos que tem pelo mundo e eu tentaria convencer por todos os anos da minha vida até nossa velhice dela se casar comigo e termos filhos lindos, parecidos com seus traços de doce menina e personalidade forte, feliz e gentil. Esse era meu sonho, e parado em frente a essa casa, eu percebi que esse sonho pode nunca acontecer, destruíram nossa vida.

- Muito triste o que aconteceu aqui, não é? - uma senhora parou ao meu lado me fazendo olhar para baixo sem responder sua pergunta - Não consigo olhar pra essa casa e não sentir uma angústia tão grande, escuto os sons dos tiros como se estivessem acontecendo nesse momento.

- Estava em sua casa quando aconteceu? - franzi minhas sobrancelhas, ela era moradora dessa rua.

- Conheci a família desde que se mudaram, nunca pensei em algo do tipo acontecer - Essa senhora não me parece realmente estranha, eu a conheço, ela realmente é daqui, Liv já me falou dela - Moro aqui - apontou para a casa atrás da gente - Ah! Olha o George aí! - olhei para a rua e um senhor esticava sua mão para abrir a garagem e entrar com seu carro.

- Me lembro de vocês... São os Sawyer's, Olivia falava de vocês - a senhora começou a olhar nervosa para seu marido que ainda estacionava seu carro na garagem - Vocês são a família que tinha um bazar na garagem todo sábado - Olhei pra garagem - O carro ficava sempre do lado de fora, todos os dias, e a porta da garagem sempre ficou aberta e vocês nunca ligaram, ninguém mexia nas coisas que ficavam expostas - Me aproximei mais da garagem me deparando com o senhor receoso olhando para o lado de fora.

- O que quer dizer sobre isso, menino?

- Vocês tem uma câmera - resmunguei, percebi a câmera funcionando no fundo da garagem - E vocês moram exatamente em frente a casa deles - Ri e entreguei o envelope na mão do senhor - Preciso da gravação do dia do assassinato dos Anderson.

- Não temos nada desse tipo aqui - vi claramente nos olhos da senhora que estava com medo de algo - Apenas escutamos o que aconteceu.

- Então preciso de uma prova de que a câmera não gravou nada naquela noite, Senhora Sawyer, estou conduzindo uma nova investigação do caso e preciso que cooperem, na verdade - ri de novo - Não preciso disso, apenas de que me deixe entrar e pegar a gravação, tento poder sobre isso e acho que vocês não gostariam de obedecer o Estado.

E depois de milhões de pedidos de "pelo amor de Deus" por não quererem se envolver com a investigação e declararem que são inocentes, consegui pegar a maldita gravação daquela noite.

- Se omitiram alguma informação, pode ter certeza que a sua família pagará por isso - fui gentil e saí daquele lugar o mais depressa que consegui, indo direto pra minha casa e ligando para Gemma pra ir com urgência até lá.

- O que está esperando pra dar play nessa parte do vídeo? - Gemma cutucava suas cutículas de forma nervosa, eu também estava.

- Estou com medo - confessei - Mas tudo bem - apertei o botão, a câmera não gravava apenas a garagem, mas como grande parte do jardim da casa dos vizinhos da frente.

Pude ver toda a movimentação que teve durante o dia, minha namorada saindo pra trabalhar até a hora dela chegar e sair novamente pra correr, e graças a qualquer divindade que possa existir no mundo, o horário aparecia na tela. E era isso que eu precisava, provas para prova a inocência de Olivia Anderson estavam na minha frente.

Ela voltou correndo pra dentro de casa e saindo junto com Alex e logo ela me ligou, a hora em que ela saiu pra correr e a hora em que chegou faz com que prove que ela estava fora de casa quando o crime aconteceu. Essa é a prova em que eu precisava para inocentar e ela está diante de meus olhos e em meu poder.

- Não entrou ninguém na casa. Sabemos que realmente Olivia não fez isso, podemos tirar ela de lá, mas quem fez isso?

- Não tem só a porta da frente, alguém pode ter entrado pela cozinha, Tessa e Austin já estavam no andar de cima, no quarto, ninguém veria uma pessoa entrando pela porta dos fundos - salvei o arquivo em meu computador e não sabia o que estava sentindo com isso.

- Mas a porta não foi arrombada - concluiu.

- Podemos e vamos fazer a segunda parte da investigação, Gemma, mas precisamos mostrar isso pra justiça e tirar a minha namorada de lá de dentro urgentemente e essa é a minha prioridade. Nesse momento, estou pouco me fodendo pra quem fez essa porra, eu só quero ela comigo - meu celular começou a tocar por um número que não conhecia e atendi.

- Senhor Styles? - Uma voz masculina e rouca me fez estranhar aquela ligação.

- Sim senhor, está falando com ele.

- Precisamos informar que a Detenta Olivia Anderson sofreu um acidente esta tarde na prisão. Ela e sua amiga estão sendo tratadas na enfermaria.

- Como assim ela sofreu um acidente? - soquei a parede nervoso com o que tinha acabado de escutar, sabia que uma hora ou outra ela poderia se meter em encrenca, não tem como sair ileso de um sistema carcerário.

- Está tudo bem, levou alguns pontos, está em observação, mas já acordou. Só ligamos pra informar o ocorrido.

- Quero falar com ela.

- Não posso permitir isso, Detetive.

- Com quem estou falando?

- Com o diretor da prisão de segurança máxima de Illinois, é um prazer falar com o senhor, um colega de trabalho - ri de forma sarcástica.

- Robert Miles, se eu souber que Olivia Anderson está morta em sua direção nessa porra de prisão, eu mato você - desliguei o telefone e o joguei longe escutando o barulho dele se quebrando ao bater na parede e no chão, Gemma parecia assustada mas não disse nada, apenas contínuou tomando seu café.



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