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História Culture, art and chaos - Movies and truths


Escrita por: volkomenniel

Notas do Autor


O PENÚLTIMO CAPÍTULO FINALMENTE CHEGOOOOU!!! 🗣️🗣️
Logo estaremos no último e eu só quero dizer que estou muito orgulho da fic e de vocês todos por estarem vivendo isso comigo. Ansiosos? Vem aí o penúltimo capítulo.
Boa leitura

Capítulo 14 - Movies and truths


— Por que filme de terror? — Megumi questionou encarando os ingressos que seu namorado havia o entregado logo depois dele comprar os dois baldes de pipoca. — Eu não sou muito fã de terror. — murmurou, desviando o olhar.

— Não é que você seja fã de terror, Megumin. — respondeu, dando um sorriso de canto. — Você só é medroso demais para aguentar o filme. — provocou, vendo o olhar chocado do moreno. 

— Não acredito que você disse isso! — exclamou Fushiguro parecendo atingido pelas palavras do rosado, dando um sorriso divertido logo em seguida. — Você quer ver que eu aguento sim? — perguntou, recebendo um aceno positivo do namorado. — Ora, pois! — exclamou, indo na frente. 

Yuuji o seguiu correndo, ficando ao seu lado. A sala ainda estava meio vazia, o que deixou com que eles ficassem à vontade para escolher onde sentar. Escolheram as cadeiras de ponta na terceira fileira — para que o Itadori pudesse se divertir mais com o sofrimento do próprio namorado e o Fushiguro sabia bem disso. 

Já havia se passado uma semana desde que ele e Yuuji haviam concordado que eles teriam esse encontro, afinal, o que era melhor do que um encontro no sábado? Além do mais, isso iria fazer com que eles tivessem uma desculpa para escapar do jantar desastroso na casa dos Gojo-Geto. Aparentemente, Sukuna estava preparado para revelar aos pais que estava namorando o professor mais velho, Nanami. 

Embora fosse bom estar ali para dar suporte para o irmão gêmeo, Yuuji sabia que acabaria apenas deixando-o mais nervoso, então preferiu deixar com que ele lidasse com isso da sua própria maneira. Sukuna também preferia isso, de qualquer modo. Além do mais, se algo realmente desse errado, Yuuji e Megumi sempre estariam para ele. Sukuna também sabia que, com todos os eventos recentes, eles estavam precisando de um momento somente deles, a sós, esquecendo todos os problemas e lembrando-se que eles poderiam seguir em frente, não importasse qual fosse o problema da vez. 

Megumi enfiou a mão no balde de pipoca, levando-as até a boca, em uma tentativa falha de demonstrar o seu nervosismo e ansiedade. Nem tudo era só pelo filme de terror, o moreno estava mesmo nervoso por estar em um encontro com Itadori. Isso era engraçado, levando em conta que eles já estavam namorando há um tempo, além de já terem intimidade o suficiente. Balançou a cabeça, afastando os pensamentos pervertidos que surgiam lentamente em sua mente. 

— Ei. — O rosado chamou a sua atenção, segurando sua mão com gentileza. Megumi o encarou no fundo das íris castanhas, sentindo o coração palpitar no mesmo instante. — Você também está nervoso? É estranho, né? — indagou, sorrindo tímido. 

— Um pouco. — confessou, mordendo o lábio devagar. — Mas sabe, é perfeito. — riu baixinho. — É estranho porque já estamos namorando, mas mesmo assim parece que estamos no primeiro passo de novo. Consigo me sentir me apaixonando por você mais uma vez, Yuu. — expôs, corando. 

O peito de Yuuji bateu com força, fazendo-o sentir os batimentos cardíacos no pescoço. 

— A diferença é que agora você não precisa pensar se você pode ou não me beijar. — murmurou, sorrindo. — Porque eu ficaria chateado se você não me beijasse. — Sorriu, aproximando-se sutilmente. 

Megumi, sem demora, puxou o rosto do namorado para mais perto, beijando-o intensamente. Suas línguas brigavam por controle e eles estavam pouco se fodendo por estarem em um lugar público, eles precisavam daquilo com urgência. Pelo menos Fushiguro precisava antes de se perder no inferno assustador daquele filme que Itadori havia escolhido. 

Ao se afastarem do beijo, ambos se encararam profundamente, dando um sorriso sincero logo em seguida. Fushiguro passou a língua sobre os lábios, sentindo o gostinho de cereja que Yuuji havia deixado por ali. Como tudo naquele garoto poderia ser perfeito assim? Era impossível não amar o rosado. 

— Parece que começou. — Itadori comentou, animado, apontando para o telão enorme que começou a aparecer as imagens do início do filme. 

— Estava com medo de que você falasse isso. — expôs Megumi, afundando-se na cadeira, obrigando Yuuji a soltar uma risada baixa. 

— Se você precisar, pode se esconder no meu pescoço. — sussurrou para o namorado, dando beijinhos na orelha dele, antes de dar um sorriso para ele. 

Megumi retribuiu o ato, concordando com a cabeça antes de olhar para o telão, segurando a mão do companheiro com força, antes que ele acabasse desistindo e saindo correndo daquela sala, indo atrás da primeira comédia romântica ruim que ele encontrasse pela frente. 

Não poderia ser tão ruim, né? Afinal, havia sido uma escolha de Yuuji. 

Após duas horas e meia de filme, Fushiguro havia saído do salão como um defunto. Seus olhos estavam arregalados, seus cabelos estavam uma bagunça e ele sentia-se extremamente traumatizado com os horrores que havia presenciado naquele filme. Como um ser humano poderia ver aquilo e andar tão tranquilamente como Yuuji Itadori estava fazendo? 

O garoto de cabelos rosados encarava-o com um sorriso enorme nos lábios, divertindo-se com todo o medo que ele sentia. Durante toda a sessão, Fushiguro soltou gritos aterrorizantes, assustando-se todas as vezes e até mesmo chorando em algumas cenas. Já o menor havia assistido tudo na maior tranquilidade, não soltando nenhum berro ou sequer se assustando, mesmo nas partes mais tensas do filme. 

Que tipo de ser humano ele estava namorando? E que tipo de demônio tinha criado aquele filme endiabrado? 

— Você não pode ser normal! — acusou Fushiguro, encarando-o desacreditado. — Eu fui pro inferno e voltei e você parece que acabou de sair do paraíso! — exclamou. 

Itadori soltou um berro um pouco alto, gargalhando com o medo absurdo de Megumi. 

— Desculpa, desculpa. — pediu, limpando as lágrimas que soltava graças a crise de riso incessante. — Não foi tão ruim assim, Gumi. — murmurou, abraçando. — Vai conseguir dormir essa madrugada? — perguntou. 

— Não. — respondeu sincero, abraçando-o com força. — Você vai ficar acordado comigo. — Não perguntou. Ele não teria escolha depois de fazer isso com ele. 

— Ok, ok, eu fico! — exclamou, divertido. — Você quer comer algo agora? — perguntou, fazendo um bico fofinho. 

— Por favor. — respondeu, levantando as duas sobrancelhas como se isso fosse óbvio demais. Yuuji então deu um selinho no mesmo, alegre pela resposta. 

Uniram suas mãos, caminhando até a escada rolante para ir até a praça de alimentação do shopping onde eles poderiam comer alguma coisa. 

Não demoraram para entrarem em um dos McDonald's disponível no lugar. Ao entrarem no local, Yuuji não deixou de notar a pessoa que esperava na fila. Megumi encarou para o garoto com um pouco de raiva, enquanto Yuuji já sentia um sentimento diferente por ele. 

— Vamos para outro lugar. — disse para o namorado, que discordou. — Yuu? — indagou, confuso. 

— Ele não é uma má pessoa, Gumi. — murmurou. — Você confia em mim, não confia? — questionou, recebendo um aceno com a cabeça. — Vem! — pediu, andando até a fila. 

Ao perceber a presença do casal, Junpei sentiu todos os pelos do seu corpo se arrepiarem. Ele retirou os fones de ouvido e encarou-os, o rosto em uma mistura de surpresa e desconforto, talvez até mesmo um pouco de constrangimento. 

— Oi. — Yuuji disse, dando um sorriso fraco para ele. — Como você está? — perguntou, gentil. 

— O mesmo. — respondeu, desviando o olhar para Megumi, que não encarava-o diretamente. — Acho melhor eu ir embora… — murmurou. 

— Não! — disse Yuuji, meio alto. Todos ao redor encararam os três. — Por que não come com a gente? — perguntou. 

Megumi arqueou as sobrancelhas, encarando o namorado. 

— Yuuji, isso não é demais? — perguntou o moreno, recebendo um aceno negativo do mesmo. 

— Nós podemos superar tudo o que aconteceu, não podemos? — indagou, encarando o namorado. — Nós podemos ser amigos, até. — disse, esperançoso. 

Megumi suspirou, dando-se por vencido. 

— Pode ser. — concordou, encarando Junpei diretamente dessa vez. O mesmo então concordou com a cabeça, dando um sorriso sem graça. 

— Ótimo! — respondeu animado, puxando Junpei para ficar perto deles. 

Seria uma longa noite. 

[...]

Quando Nanami chegou na casa, Sukuna sentiu-se completamente travado. 

O loiro e seus pais pareciam bem próximos, como se não tivessem se conhecido há pouco mais de algumas semanas. Isso apenas fez com que sua mente acreditasse ainda mais que tudo iria dar errado e que seus pais sentiram-se decepcionados com ele. 

Ao chegar na cozinha, os seus olhos encontraram-se com os dele e então ele sentiu, momentaneamente, uma paz invadi-lo por completo. Era como se Kento pudesse ler a sua mente e dizer que tudo iria ficar bem, mesmo se não estivesse dizendo nada. 

Satoru parecia animado com a presença do professor, mas Suguru parecia estar da mesma maneira que sempre. Sukuna sabia que Suguru era o mais difícil de ser convencido e era exatamente isso que estava deixando-o preocupado. Suguru sempre foi mais próximo dele, embora Satoru também fosse perfeito com ele, e pensar que ele poderia decepcionar o pai estava matando-o por dentro. 

— Olha, não posso mentir, fiquei extremamente surpreso quando Sukuna deu a ideia de convidá-lo para o jantar. Meu filho não costuma gostar muito de professores. — Suguru disse, soltando uma risada baixa. Satoru também riu, mas diferente do marido, alto. 

— Sukuna na verdade odeia estudar. — confessou Satoru, deixando-o envergonhado. 

— Isso é novo. Ele parece ser tão inteligente. — Sorriu galanteador, olhando de canto para o namorado secreto. Sukuna deu um sorriso tímido. 

Suguru encarou a cena com um pouco de desconfiança. 

— Na verdade, teve um motivo para que ele me convidasse. — Nanami disse, colocando o garfo no prato, deixando a refeição de lado por um instante. 

Foi naquele momento que o coração do gêmeo mais velho parou. 

— Motivo? — O albino perguntou, parecendo confuso. Ele encarou o marido por alguns segundos. — Como assim? — perguntou. 

— É que… — Sukuna murmurou, olhando para baixo no mesmo instante. 

— Sukuna, olhe nos nossos olhos. — pediu Suguru, sua voz parecendo séria. — Olhe nos nossos olhos e diga o que quer dizer. — repetiu. 

Engoliu em seco, parecendo tomar coragem para dizer o que tinha que dizer. 

— Eu conheci Nanami antes dele ser um professor do colégio. E ele não é só um amigo. — disse, desviando o olhar por um instante. — Nanami é meu namorado. E antes que vocês digam algo por ele ser mais velho ou por ser professor, eu queria dizer que não ligo pra ele ser mais velho. Eu não queria mentir para vocês, mas fiquei com medo. E eu não faria isso se fosse só um caso, ou algo momentâneo. Eu gosto mesmo dele e ele gosta de mim. — murmurou. 

— Eu sei que tenho me aproximado de vocês nos últimos dias. Fiz isso exatamente para que pudéssemos ter algum tipo de convívio antes disso acontecer. — Nanami se pronunciou depois de uns minutos de silêncio na mesa. — Eu queria que vocês me conhecessem antes de saber… bem, que eu namoro um de seus filhos. — disse. 

Continuaram em silêncio por um instante. 

— É algo difícil de digerir. — murmurou Satoru, levando a mão até a cabeça. — Nanami, você é um bom homem. Acredito nisso de verdade. — disse. — E Sukuna, eu e seu pai amamos muito você, mas isso não é uma situação fácil. Você tem certeza que quer continuar com isso? — perguntou. 

Sukuna concordou com a cabeça no mesmo instante. 

— E você gosta mesmo do meu filho? — Geto perguntou, seu tom de voz tão afiado como uma faca e seu olhar tão mortal como uma espada. — Pense bem na resposta, Nanami. 

— Sim. — respondeu assim que o homem fechou a boca. — Caso contrário, eu não estaria aqui, não é? — perguntou. 

Os dois se encararam, voltando a encarar Sukuna e Nanami. Ambos suspiraram, como se estivessem em sincronia. 

— Se isso te faz feliz, então apoiamos você. — Suguru disse, dando um sorriso para ele. Sukuna se levantou no mesmo instante, pulando em cima do pai, abraçando-o. 

Gojo juntou-se ao abraço, dando uma risada baixinha. 

— Meu Deus eu amo muito vocês! — exclamou, extremamente feliz. Nanami deu um sorriso singelo. — Não é querendo abusar, mas eu posso ir dormir na casa dele? — perguntou, dando um sorriso fraco. 

— Você tá abusando já. — Suguru disse, revirando os olhos. — Mas sim, só hoje. — murmurou, recebendo mais um abraço. 

[...]

Yuuji encarou o céu noturno, observando as estrelas com brilhos nos olhos. 

Comer com Junpei havia sido uma ótima ideia. Ele havia relembrado para Megumi que um dia eles haviam sido amigos, apesar de tudo. Junpei parecia ter gostado de passar aquele tempo com eles, mesmo depois de tudo que havia acontecido e mesmo depois de tudo que tinha feito para eles. 

Sentiu a mão do namorado encostar na sua carinhosamente, fazendo com que ele parasse de encarar o céu, passando a observar o céu que era o azul dos olhos dele. 

— O que foi? — perguntou, recebendo um aceno com a cabeça. 

— Você tá bem? — perguntou, de repente. Yuuji concordou. 

— É claro que sim. — murmurou, sorrindo gentilmente. — Como poderia não estar? Mas por que você pergunta? — indagou. 

Megumi fez sinal de não com a cabeça, como se estivesse dizendo que não era nada. O Fushiguro apenas puxou-o para perto para beijá-lo, sentindo o seu corpo perto o suficiente para deixá-lo mais quente. 

Quando se afastaram, encarando-se no fundo dos olhos. 

Yuuji sentiu seu peito inteiro de preencheu com um sentimento bom. Ele finalmente havia encontrado a felicidade. E junto da felicidade, ele havia finalmente se encontrado. 

Yuuji gostava de quem ele havia se tornado. 



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